A estrada

A estrada Cormac McCarthy




Resenhas - A Estrada


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joaoggur 22/12/2023

Qualquer dia a gente se vê.
?Ele pensou que na história do mundo talvez até pudesse haver mais punição do que crimes, mas isso o reconfortava pouco.?

O maior problema da obra, indubitavelmente, é a exaustiva repetição de conceitos e descrições. Ao ler a sinopse do livro, em alguma contracapa ou em um site de venda, saiba que ela já diz 99% do que o livro é. Entenda; o livro é, simplesmente, um pai e um filho em um mundo pós apocalíptico, andando pela estrada em busca de melhores condições de vida. Não há absolutamente nada além disso.

Creio que o autor, optando por criar uma obra sem tanto requinte de informações, acabou tendo seu tiro saído pela culatra. Na trama não há desenvolvimento de história, nem de personagens (fico pensando se o livro em si tem uma ?trama?). Não sabemos quem é o homem, se seu filho nascera em um mundo já apocalíptico, tal como não sabemos como este cenário configurou-se. A falta de informações, ao invés de proporcionar um tom misterioso, acaba caindo em um certo desinteresse por parte do leitor.

Outra crítica se dá a questão estilística. Cornac McCarty vai do passado para o presente (e vice-versa) sem nenhuma demarcação, tal como, em momentos aleatórios, o narrador parte para a primeira pessoa (geralmente um momento que tem a duração de um parágrafo), e volta para o narrador observador em repente. E, principalmente, as longas descrições das mesmas coisas me incomodaram (sempre ou uma casa abandonada, ou o acampamento que eles pernoitam? uma repetição nauseante).

Mesmos os pontos negativos se sobrepujando aos positivos, há certas coisas boas; o estilo de narração cru, seco, (bem ?a lá Hemingway?), deixa tudo com um ar muito mais sombrio que parece e, em cenas que já seriam normalmente pesadas (a cena do porão, do bebê no acampamento?), ficam com o triplo de seus pesos. E, devido as detalhadas descrições de momentos suplicantes (por toda a obra), nas paginas finais ficamos com o coração apertado a cada momento de tensão passado pelo Pai e pelo Filho. Inclusive, o diálogo entre ambos não é demarcado com aspas ou travessões, tornando difícil saber ?quem é quem? (algo que, de início, me incomodara; mas, com o passar da leitura, entendi a genial metáfora por detrás deste conceito).

Se não se importa com muitas descrições, vá. Leia atentamente. Há muitas camadas em coisas que, aparentemente, parecem supérfluas.
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Luiz692 19/12/2023

Bom livro pós apocalíptico
O começo é bom, escrita tranquila e fácil que nem se percebe o tempo passando, conclui a história de forma satisfatória
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Mayara945 04/12/2023

Bem devagar
Essa foi uma leitura que não funcionou para mim. Acho que, na verdade, não li em um bom momento. Já estava em uma ressaca literária e esse livro acabou me afundando de vez.

O enredo gira em torno de pai e filho num mundo pós-apocalíptico. Não sabemos o nome dos personagens. Não sabemos porque do mundo só restam cinzas e cadáveres. Só sabemos que pai e filho caminham por essa estrada tentando chegar ao sul. O que tem lá? Nem eles sabem.
O foco do livro é justamente trabalhar essa relação entre os dois personagens, em que cada um é tudo para o outro.

Não existem grandes reviravoltas, nem muitas surpresas, apesar dos dois vagarem por um mundo cheio de humanos selvagens e canibais. Um mundo sem esperança, sem futuro.

O final é bem triste e também não entrega um desfecho muito satisfatório.
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Vivian.Tamires 25/11/2023

Poético
Em um mundo cinzento pai e filho percorrem uma estrada, obstinados e solitários, rumo ao sul com fé de que encontrarão esperança por lá.
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AndrAa58 21/11/2023

Uma jornada à natureza humana
"A Estrada" é uma história pós-apocalíptica que me proporcionou uma reflexão profunda sobre a humanidade. Ao retratar a luta constante pela sobrevivência e a relação profunda entre pai e filho, o livro aborda temas como a esperança diante do desespero, a natureza da bondade e crueldade humanas, e a capacidade de resiliência em qualquer situação, mesmo nas mais extremas. Com uma narrativa melancólica e emocional, o livro transmite a angústia e a beleza de uma jornada muito humana, permeada pela incerteza.
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Lucas 20/11/2023

O livro é maravilhoso. Segunda leitura e foi tão surpreendente quanto a primeira. Acho que é o melhor do autor.
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Dani 07/11/2023

Breves comentários sobre
Um pai e um filho caminhando por um mundo pós apocalíptico e tentando sobreviver apesar de tudo (e às vezes questionando se vale a pena sobreviver apesar de tudo).
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Douglas211 07/11/2023

Chucro e envolvente, a inocência encontra o caos.
A Estrada de Cormac McCarthy é ganhador do Pulitzer de 2007, mas não crie tantas expectativas assim, porém é um bom livro que te envolve rapidamente.

O autor não liga em detalhar como os personagens são de início, o que eles estão buscando, aonde eles estão e porque estão ali, ou até mesmo o que aconteceu. Literalmente a preocupação é com a estrada em um mundo pós apocalíptico que foi coberto por fogo e restam apenas as cinzas. E através dela, temos a relação do pai com um filho e a luta deles pela sobrevivência.

A escrita "chucra", com diálogos rápidos e simples, através de parágrafos com formatações estranhas, junto da falta de indicação de quem está conduzindo os diálogos, brinca propositalmente com o leitor. Mas ainda assim, o autor deixa sua bela escrita em algumas passagens, mas não faz isso demasiadamente, apenas o suficiente.


A inocência e a humanidade da criança, mesmo diante de todo o caos e as decisões que tem de tomar fazem contraste com algumas cenas pesadíssimas que mostram um mundo devastado e esquecido, em que alguns já perderam a esperança e outros estão perdendo.

Uma obra rápida, envolvente e que pode fazer analogias à inúmeras coisas, dependendo apenas do leitor.
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thiagoespíritosanto 06/11/2023

A estrada, o caminho e o destino
A Estrada, de Cormac McCarthy, é meu primeiro livro do autor, e o último de sua carreira. A narrativa é contagiante, prende o leitor às páginas e o mantém atento ao que pode acontecer com o homem e seu filho, personagens principais da história, e que se passa em um mundo pós apocalíptico perigoso.
A estrada, que dá nome ao livro, é citada o tempo todo, e pode ser interpretada como algo além do sentido literal da palavra, assim como tudo nesta obra de McCarthy, que traz simbologias nos personagens, suas falas e na conexão entre pai e filho.
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suellem 31/10/2023

Bom e confuso
Em um mundo totalmente destruído onde tudo que resta é cinza e pó , vamos acompanhar a trajetória de um pai com seu filho tentando fugir disso tudo e chegar a praia rumo ao sentido sul . Com fome, com frio e fugindo de outros sobreviventes que em meio as circunstâncias acabam virando canibais , esse pai e esse filho vão seguindo nessa estrada enfrentando muitos desafios .

O livro já se inicia no meio do caos sem muitas explicações e você só segue acompanhando os personagens na tentativa de entender tudo aquilo.

Achei o livro confuso , porém muito instigante , lia muito curiosa para saber os próximos passos , o que aconteceu e nos momentos bons eu ficava pensando o que viria a seguir .
A escrita é bem leve a história sem enrolação , direto ao ponto e com conversas curtas entre os personagens.
O livro tem algumas metáforas pelo que eu pude entender como apocalipse e a história de Eli , um fundo religioso . Porém, acho que algumas me passaram despercebidas e por isso foquei mais na história que estava me sendo entregue pelo autor .

Terminei a leitura confusa se tinha gostado realmente ou não da história . Não consegui me conectar tão bem com os personagens. Acho que faltou um pouco mais de informações sobre o antes e o porquê de tudo . Não é um livro ruim, mas é um livro que contém muitas camadas . O livro é fino , porém não perde nada para um calhamaço .
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francisbins 30/10/2023

Simulador de caminhada
O livro conta a história de um homem e um menino, pai e filho, em um mundo pós apocalíptico, nenhuma informação de como o mundo acabou nos é transmitida, e a história é basicamente eles andando pela estrada (que dá o nome do livro) para ir ao sul (méxico?) onde o clima é mais quente, e durante a ida eles vão procurando comida em tudo que é lugar. O livro é desanimador e "sem impacto" mas isso é proposital, o autor quer passar a sensação de viver em um mundo onde tudo acabou, nada mais existe, só há cinzas que caem do céu a anos sem parar, e essa é a minha ideia do livro, é um livro para sentir ao invés de entender, porque a história não se empenha em fazer entender, o final é aquela coisa filosófica em aberto sabe, que dá espaço pra você "sentir" sem entender o proposito de todas aquelas páginas lidas. Para mim esse tipo de leitura não funciona infelizmente, preciso de história amarrada, de desfecho palpável, não dispenso a razão pelo sentimento.
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bardo 28/10/2023

Já tem algum tempo que tenho curiosidade para com esse autor e considerando que Meridiano de Sangue sua obra talvez mais aclamada seja um calhamaço considerável a escolha natural para adentrar sua obra seria esse livro.
Bem a leitura trás um misto de sensações, impressiona a capacidade de imersão da obra, o autor te joga dentro da história sem maiores informações em poucas frases; o leitor é sugado pelo senso de urgência da narrativa. Por outro lado o subtexto judaico-cristão não exatamente claro pode ser bastante incômodo, principalmente por sua ambiguidade.
A estrutura é ao mesmo tempo cativante e um tanto exasperante, temos um imenso diálogo intercalado por alguns poucos acontecimentos e um ou outro flashback. Ocorre a intervenção de pouquíssimos outros personagens. Leitores com algum conhecimento bíblico não vão achar gratuita a presença de um Ely.
É um tanto incômodo o autor não nos dizer em nenhum momento o que afinal aconteceu, somos levados a pensar em um mundo pós guerra nuclear. A contraposição de cidades destruídas pelo fogo e um inverno aparentemente permanente nos dá essa impressão ao mesmo tempo que o texto alude lendas sobre Sodoma e sua destruição.
A relação entre os dois protagonistas é bastante comovente e basicamente a geradora da tensão e urgência do livro. A resolução final entretanto, me parece o ponto mais fraco, não pela resolução em si, mas pela forma como ela é apresentada. Um livro tão pessimista e niilista meio que merecia um final à altura.
Em suma A Estrada está longe de ser um livro perfeito, mas traz talvez uma das melhores descrições de um mundo pós apocalíptico, suscita questões éticas e filosóficas importantes em meio a um texto árido e brutal com ocasionais lampejos de uma certa beleza.
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Raquel.Euphrasio 25/10/2023

Não sei muito o que dizer, é um livro bem pequeno mas parece que li um calhamaço, Ainda bem que estava lendo com a Galera do DLX, pq suavizou um pouco.
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Luiza Meneghini 24/10/2023

Uma obra repleta de sentimentos!
Comprei o livro apenas por ser do meu gênero favorito que é distopia, mas impossível dizer apenas isso sobre ele. Que obra! O cenário é brutal, mas o amor e respeito que acompanhamos durante a história vale as dores. C
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Jeferson.Alcantara 19/10/2023

Intenso e Sombrio
"A Estrada" é um romance pós-apocalíptico escrito por Cormac McCarthy. A história segue um pai e seu filho enquanto eles viajam por uma paisagem desolada e perigosa após um cataclismo que devastou a civilização. Eles buscam sobreviver e encontrar um lugar seguro, enfrentando ameaças humanas e naturais ao longo do caminho.

O livro explora temas como a sobrevivência, a relação entre pai e filho, a busca por esperança em um mundo sombrio e a natureza humana diante de circunstâncias extremas. A narrativa é intensa e sombria, oferecendo uma visão profunda e muitas vezes perturbadora do apocalipse e da condição humana.
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