spoiler visualizarPrefácio às Claras 18/12/2021
"Se vocês se interessam por histórias com final feliz, é melhor lerem algum outro livro."
“Mau começo” é o primeiro livro da série “Desventuras em Série” que conta o início dos infortúnios na vida dos irmãos Violet, Klaus e Sunny Baudelaire, crianças encantadoras e inteligentes que após perderem os pais em um incêndio, vão morar com Conde Olaf, um parente distante que até então nem sabiam da existência. Como se perder os pais não fosse ruim o suficiente, os órfãos precisam lidar com o tratamento terrível desse homem odioso cujo único interesse é descobrir uma forma de tomar a herança deixada pelos seus pais e que só poderá ser usada após Violet completar maior idade.
Então quando Conde Olaf muda completamente o comportamento e começa tratá-los um pouco melhor, eles desconfiam que existe algo por trás da falsa amabilidade daquele homem horrível que claramente os detesta e será preciso usar toda a inteligência para descobrir o que ele está tramando. O que eles não imaginam é que a maldade do Conde vai além de servir mingau frio e grudento e os obrigar a fazer trabalhos domésticos pesados e como irão perceber, sendo um homem perverso e abominável, ele está disposto a tudo para conseguir o que quer.
Desventuras em série definitivamente é e não é para a minha faixa etária, pois com sua história simples e curta, temos um enredo sem muita fantasia ou reviravoltas e acredito que é exatamente isso que faz a história ser tão gostosa de ser lida.
Lemony Snicket é um autor grandioso que com sua escrita simples, direta e divertida, traz uma leveza impressionante para, como o próprio autor descreve “é um livro que não tem de jeito nenhum um final feliz”. Servindo para todas as idades, com linguagem fácil, uma variedade interessante de personagens e poucas páginas, o livro só me trouxe um arrependimento, o de não ter lido antes. Que venha a sequência para descobrirmos o que aguarda nossos órfãos na “Sala dos Répteis”.
“Vocês sabem que uma boa e longa sessão de choro é capaz de melhorar nosso ânimo, mesmo que as circunstâncias se mantenham as mesmas.”