Ju Furtado 30/07/2010
Ao ler o título, antes de iniciar a leitura propriamente dita, já me peguei pensando: "teria o Dr. Yalom a pretensão de 'curar', através da psicoterapia, o maior pessimista de todos os tempos"?
E foi este instigante pensamento que aguçou minha curiosidade pelo livro! Dei aquela folheada básica e o considerei "pequeno" caso minha suspeita se confirmasse, já que mesmo eu sendo totalmente leiga em medicina, o problema (curar Arthur Schopenhauer) me pareceu elevado demais até mesmo para o brilhante Dr. Yalom.
Enfim... curiosidade se sacia: li o livro! E que livro! Impossível descrever em palavras as sensações que me foram proporcionadas. Personagens muito bem construídos, diálogos impecáveis... as páginas me transmitiram angústias e alívio praticamente palpáveis!
Bom... o que me "levou" a ler o livro foi o título, certo? Pois bem: ao final da obra, fiquei fascinada pelo brilhantismo empregado pelo autor. O personagem Philip ganhou, na minha imaginação, vários "corpos" diferentes! Então, no fundo, entendi o título da seguinte maneira: a obra de Schopenhauer pode "curar" vários "Philip's" perdidos por aí, mas não foi suficiente para "curar" o próprio filósofo! A interação É fundamental à saúde mental de todos nós; as pessoas, por piores que sejam, não podem se fechar hermeticamente em si mesmas.
Enfim, um livro inesquecível, fora o brinde extra fornecido pelo Dr. Yalom ao leitor: conhecer de maneira extremamente prazerosa um pouco da vasta obra de Arthur Schopenhauer!!!