The Hate U Give

The Hate U Give Angie Thomas




Resenhas - The Hate U Give


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Marina 01/08/2018

Um bom livro, mas não superou minhas expectativas
Difícil falar sobre este livro quando quase todo mundo achou a leitura excepcional e pra mim não foi tudo isso. Novamente tive problemas com as expectativas, esperei demais do livro.
De uma forma geral eu gostei do livro, a autora aborda o tema de violência policial contra a comunidade negra de uma maneira interessante, e dá uma perspectiva da história que todas as pessoas que não são negras precisam ler/saber/conhecer. Até aí ótimo, todo mundo já falou sobre as qualidades do livro, então vou dizer as coisas que me incomodaram:
- achei o livro desnecessariamente longo. Há diversas cenas que não acrescentam muito, que fazem o ritmo do livro desandar, então em vários momentos achei um pouco cansativo.
- achei tudo muito exagerado e caricato. Ok, eu entendo que a autora quis dar um ar mais leve e ter uma pegada mais cômica, mas também não acredito que a intenção fosse que parecesse um roteiro de sitcom, onde as famílias negras e brancas caíram em clichês super esteriotipados. Acho que isso pra mim tirou muito o foco do drama, pois a violência contra a comunidade negra é um assunto muito pesado.

Enfim, é bom livro sim, e um livro muito importante, é bom ver que romances com essa temática estão virando best-sellers. Eu só não achei ele tão perfeito quanto a maioria das pessoas.
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Nai 10/07/2018

"Once upon a time there was a hazel-eyed boy with dimples. I called him Khalil. The world called him a thug."
Como descrever este livro? Eu tinha noção da sua temática e devido a sua relevância, resolvi lê-lo. Por se tratar de um livro infanto-juvenil, receei que o tema fosse tratado de maneira superficial e repleto de estereótipos. No entanto, o livro surpreende a cada questionamento realizado pela autora através da sua protagonista.

“The Hate U Give” é a história contada a partir da ótica de Starr (sim, são dois “r”  ), uma garota de 16 anos que vive em um bairro periférico nos Estados Unidos com seus pais e irmão, mas frequenta uma prestigiada escola particular. Tudo na vida dela parecia “sob controle” até ela presenciar o assassinato do seu amigo Khalil por um policial. A partir deste episódio, ela passa a questionar as suas atitudes e o como deve ser o seu posicionamento perante os seus amigos, familiares e perante a sociedade após presenciar o assassinato.

Dentre os temas abordados, temos a violência policial, tensões raciais, o questionamento de estereótipos, bem como suas implicações sociais e a influência familiar na formação do indivíduo. Além disto, discute a complexidade dos fatores que colaboram para a manutenção desta conjuntura em que o racismo ainda persiste em diversos aspectos, muitas vezes sutil, mas não menos perigoso.

Apesar de tratar de temas densos, Angie Thomas consegue tornar a leitura leve e até divertida em alguns momentos (a exemplo das ocasiões em que há citações a Harry Potter, pois a personagem Starr é fã da série).

Definitivamente, este livro é ideal para provocar jovens (e adultos, por que não?) a questionar a estrutura social vigente, compreender o racismo para além do senso comum e alertá-los que só com a discussão do tema é que podemos superá-lo.
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Ana:) 05/01/2022

Não sei dizer se gostei muito não? esperava mais coisa pelo que as pessoas comentavam sobre? Achei razoável!
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Jéssica 07/03/2021

Puts, que livro! A história é contada de forma tão real que é impossível não se revoltar durante toda a leitura. A narrativa é extremamente cativante, me prendeu do início ao fim, não conseguia parar de ler apesar de ter momentos difíceis de digerir. A vontade que eu tenho é de dizer pra todo mundo ler, recomendo demais.
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Livia.Maria 28/12/2020

Super pertinente
Como pessoa branca, nada tenho a falar sobre a dor da personagem. É por isso mesmo que achei essa leitura urgente: a própria Starr ensina sobre a dor dela, nos dando um choque de realidade a cada capítulo.

A autora traz um monte de referência a grandes militantes pretos e tece uma narrativa super criativa (a autora foi rapper quando era adolescente!) e bem construída sobre como opera "The hate U give". Dei ainda mais valor por esse trabalho de escrita que me pareceu bem fundamentado.

Eu li em inglês mesmo, então acabei travando em algumas gírias e referências. Mas acho que a versão em português deve ser bem mais fluída, justamente porque a linguagem adotada pelos personagens é informal.
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Luciana 22/01/2018

The Hate U Give Little Infant F*cks Everybody - Tupac
Resenha disponível no meu blog: www.abookandabeat.blogspot.com.br

Nota: 4/5


"The Hate U Give Little Infants F*cks Everybody" - Tupac

The Hate U Give estava na minha lista dos devo ler desde que ganhou o Goodreads Choice Awards 2017 na categoria Debut Goodreads Author e Young Adult tirando do posto uma das minhas autoras preferidas do gênero: Kasie West (e um dos livros mais fofos dela também: By Your Side - quem não leu, leia).
Trabalho de estréia da autora Angie Thomas este livro retrata com exatidão um tema que, inacreditavelmente, ainda faz parte do nosso cotidiano: o racismo. A história é narrada em primeira pessoa por uma adolescente negra de dezesseis anos chamada Starr que testemunha o assassinato brutal e injustificável de Khalil, seu colega de mesma idade e cor, por um policial branco. Dividido em cinco partes conforme as semanas pós-evento, o livro mergulha na questão emocional desta adolescente e sua busca por justiça.
A obra foi inspirada em Oscar Grant: jovem negro americano assassinado por um policial indevidamente na California o que desencadeou inúmeros protestos e rebeliões à favor da igualdade racial em 2009. Além da tragédia citada, Thomas ainda acrescentou à narrativa eventos de sua própria vida, como o fato da protagonista ser uma das únicas negras de sua escola e ter testemunhado tiroteios ainda quando criança.
Preferi ler na língua original pois queria compreender ao máximo as barreiras gritantes existentes entre negros e brancos americanos a começar pelo modo de falar e suas gírias. Já tinha minhas expectativas do que encontraria nesta leitura mas me surpreendi ao perceber um racismo bidirecional também orientado, ainda que de maneira sutil, aos brancos.

A frase do rapper supracitada resume para mim o livro e a triste realidade enfrentada ainda hoje no mundo. The Hate U Give Little Infants: o ódio, o preconceito, a seclusão imputada aos negros desde a infância Fucks Everybody: reduzem suas oportunidades de crescimento e induzem a criminalização, culminando em um ciclo vicioso de violência e marginalização.
Nossa protagonista é uma filha amada de um ex-presidiário, moradora de uma região pobre regida por gangues e sonorizada por tiros. Criada testemunhando balas perdidas e amigos envolvidos no tráfico e consumo de drogas. Para uma melhor oportunidade de vida seus pais a enviam à Williamson Prep, escola de um bairro mais nobre povoada por basicamente brancos de renda alta. Starr então se sente presa entre os dois mundos vigiando seu modo de agir e falar, sendo incapaz de pertencer a nenhum deles. Após uma festa, ela e Khalil são abordados por um policial que acaba matando-o com três tiros sem motivo sendo, posteriormente, justificado pela mídia pelo fato da possível relação da vítima com o tráfico de drogas. Nada diferente de nosso país, não é verdade?
Somos rápidos em aceitar mortes de pessoas com possível envolvimento criminoso. Somos tentados em concordar com o medo do policial.

"... unless you're in his shoes, don't judge him, It's easier to fall into that life than stay out of it."
(a não ser que esteja em seu lugar, não o julgue. É mais fácil cair do que sair deste tipo de vida. - Tradução livre de parte de citação).

Quantas vezes negros não são olhados com medo, não são associados à violência e ao crime apenas pela sua cor? Não esperamos sempre o pior? Qual a diferença intelectual, de força, de capacidade, de beleza entre negros e brancos?

"I wish people like them would stop thinking that people like me need saving."
(Eu queria que pessoas como eles - brancos - parassem de pensar que pessoas como eu precisam de salvação. - Tradução livre de citação do livro).

Mas, ao contrário do esperado, pude perceber também no livro inúmeras referências ao preconceito dos negros com os brancos. Como o fato do pai de Starr ser contra o namoro da filha com o Chris (o personagem mais fofo) por ele ser branco, o fato de orarem ao Black Jesus (não pode ser apenas o Jesus nazareno de todos?), de se sentirem como os únicos que podem usar certos tipos de tênis Jordans ou Nikes e recriminarem brancos que dançam suas músicas ou seus passos.

Dei nota 4 ao livro por sentir que foi uma leitura um pouco cansativa. Achei que seria um page turner e fiquei um pouco decepcionada com o real resultado. Acho que pelo fato de ser um livro tão realista, o que o deixa emocionalmente carregado. Mas o recomendo a todos os que ainda sentem que cor de pele é assunto de discussão.
Acredito que enquanto houver esse debate, essa diferença do que negro (ou branco até) pode ou não pode fazer, de acharmos que são intelectualmente ou socialmente diferentes, a sociedade humana estará fadada ao fracasso.

"Eu tenho um sonho que minhas quatro pequenas crianças vão um dia viver em uma nação onde elas não serão julgadas pela cor da pele, mas pelo conteúdo de seu caráter." - Martin Luther King Jr

É uma lástima pensar que, cinquenta anos depois, o sonho de Martin continua na maioria das vezes apenas isso: um sonho.
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Ju_leitora 12/02/2022

Perfeito!
A história é um retrato do que acontece diariamente em bairros mais pobres e do que passam os negros que lá habitam.
Maravilhosamente escrito por uma autora extremamente sensível. Amei!
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