Beatriz 18/01/2023É Sobre AutoaceitaçãoComecei a reler esse livro em 2022, mas estava tão atarefada que não foquei até janeiro de 2023. Mas falando sobre o livro agora, imagine nascer num lugar em que todos são coloridos e que a cor é a força que move todo o seu mundo, mas você nasceu sem nenhuma cor, como uma tela em branco? Essa é a realidade de Alice, ela é diferente de todos da sua cidade e até da sua família, além disso seu pai, a quem ela tanto ama e que a amava mesmo sem cores, desapareceu. Esse é o contexto que leva Alice a se aventurar num mundo louco e perigoso na companhia de um antigo desafeto para encontrar seu pai. O livro conta com muitas aventuras, perseguições, crescimento pessoal e criatividade, é um mundo muito interessante. Mas o foco principal da história é o ser diferente, a autoaceitação e a amizade. Com o desenrolar do livro Alice aprende a se aceitar e cria sua primeira amizade com alguém que ela pensava que era mau e inconfiável, mas mostrou ser só mais uma pessoa com suas próprias feridas. A lição da história de Alice é para todas as idades, mas recomendo a história para pré-adolecentes. Falando de coisas mais técnicas no livro, tem momentos que a autora se dirige diretamente ao leitor e narra a história como alguém que ouviu essa história dos próprios personagens, além disso, o final é bem rápido, mas isso não quer dizer que seja mal feito e nos deixa com vontade de saber a continuação dessa história, mesmo que seja um livro único.
Parte favorita: "Alice sabia que ser diferente sempre seria difícil; sabia que não existia magia capaz de abrir a mente fechada das pessoas ou acabar com as injustiças da vida. Mas também começava a entender que a vida nunca era vivida em termos absolutos. As pessoas a amariam e a desprezariam; elas mostrariam tanto gentileza quanto preconceito. A verdade era que Alice sempre seria diferente - mas ser diferente era ser extraordinário, e ser extraordinário era uma grandíssima de uma aventura. Como o mundo a via isso já não tinha importância. O que importava era como Alice se via. E Alice escolheria amar a si mesma, diferente e extraordinária como era, todos os dias da semana" pág 385-386