Kemilly128 09/04/2020Menos páginas e seria perfeitoLiane tem essa coisa. Mesmo me fazendo passar raiva e aflição em muitos momentos, ainda assim chego ao final da leitura querendo dar um beijo nessa mulher e avaliar o livro da melhor forma possível.
Se você ainda não conhece o estilo de escrita dessa australiana, vou te explicar brevemente: você tem a impressão de que o livro inteiro vai girar em torno de um só plot, relacionado com o título e/ou a capa, mas não é NADA disso. Na verdade, esse é o assunto que dá origem a todo o restante, que está intrinsicamente interligado (e nem sempre percebemos).
Nos livros dela temos a chance de dissecar os personagens a tal ponto que imaginamos que eles são nossos vizinhos e nos pegamos pensando que seríamos bons amigos ou, então, que não olharíamos nem na cara daquela megera. Os personagens são reais, bem construídos e não do tipo "Erika é uma mulher morena, de 1,60 e 55kg..." NÃO! Conhecemos o íntimo dos personagens, suas personalidades, seus medos, desejos, sonhos e sentimentos de uma forma que nem mesmo seres humanos se conhecem.
Em Até que a culpa nos separe podemos perceber que nenhuma relação é tão sólida quando parece e que pequenos incidentes podem mudar tudo - para o bem e para o mal. Também podemos ter a certeza de que ninguém é perfeito nem completamente imperfeito. Todos temos nossos segredos e nossos motivos para agir assim ou assado e que, às vezes, a ajuda vem de onde menos esperamos.
Afinal, o que aconteceu no fatídico DIA DO CHURRASCO que mudou completamente a vida das três famílias envolvidas e suas formas de agir entre si?
A nota 4,5 foi só porque é BEM enrolado no começo, até descobrirmos o que ocasionou toda a mudança na rotina dos protagonistas. Depois é impossível parar de ler.