JurúMontalvao 17/05/2024
E, no fim, Caraval foi só um carnaval de gritos
Gritos, frases vazias, gritos, monólogos disfarçados de diálogos, gritos, coisas aleatórias sinalizadas como importantes só que não, gritos, gritos e mais gritos...
Esses gritos são, literalmente, personagens gritando umas com as outras, praticamente, a cada interação.
Esses gritos são também, metaforicamente, a protagonista repetindo à exaustão - pra dentro e pra fora do livro - o que ela tanto gostaria de ser, tanto gostaria q enxergassem nela.
Essa foi a impressão q me deixou as dezenas de frases iniciadas ou terminadas com "eu juro!", "por favor!", "acredite em mim!", "faço qualquer coisa!" (e suas variantes, tipo, "faço td q vc quiser!", "se precisar eu morro!" etc etc etc)
Há quem ganhe no grito. E, por isso, sinceramente, parabenizo a autora, Stephanie Garber, por ter conseguido fazer sua obra chegar a tantos leitores, inclusive àqueles que não se identificam com esse estilo de escrita - o meu caso, já q comprei e foi logo a trilogia.?????
Um benefício inesperado de Caraval foi que, pra mim, perto da Scarlett, a Evangeline - por quem eu havia criado um ranço estratosférico - ganha contornos até interessantes.
Dúvidas genuínas e outras bobeiras:
"Ninguém deveria ser obrigado a assistir à morte de duas pessoas amadas no mesmo dia."
- se for 0, 1, 3 ou mais pessoas amadas, então, tá liberado?
- e se for em dias diferentes?