Resenhas - Sempre Vivemos No Castelo

jfs_ 22/05/2021

Vale a pena conhecer
Leitura obrigatória para os amantes do horror. Shirley Jackson deveria ser conhecida por todos que gostam do gênero. Um livro que me pegou de surpresa. Recomendo.

Kel 25/05/2021

Muito legal mesmo!
Minha estreia como leitora de Shirley Jackson foi arrebatadora! Que livro interessante e intrigante. Aqui acompanhamos a narradora Merricat e sua irmã Constante que vivem com seu tio Julian no chamado "castelo" uma mansão um tanto afastada da cidade que o pai delas construiu. Amenina de 18 anos tem pensamentos, falas e atitudes de criança, é
desconfiada, está sempre em posição de ataque e não gosta de ninguém que venha a se aproximar de sua irmã mais velha. Constance por sua vez é doce, leva a vida um tanto assustada e devido a tragédia ocorrida na família não sai de casa, mesmo porque elas sofrem represália dos demais habitantes. É cruel o modo como quando Merricat vai as compras o resto da cidade a trata, a deixam acuada, assustada e até mesmo ameaçada,
querem que elas vão embora como se fossem uma semente ruim. Aos poucos vamos vendo que a mente de Merricat é realmente psicótica e obsessiva, seja com a irmã, com as coisas que gosta de enterrar e até mesmo com o gato Jonas que ela acredita falar. E isso é a graça do livro, porque mesmo não tendo grandes acontecimentos (exceto o clímax do livro em relação ao "castelo") é divertido acompanhar as falas e pensamentos um tanto sombrios de Merricat e observar suas ações peculiares. Ao mesmo tempo, mesmo de modo torto é bonito ver o amor e carinho entre irmãs, independentemente das circunstâncias. É um livro do qual gostei muito, uma leitura diferente e bem prazerosa, vale muito a pena. Existe também
um filme desse livro, de 2019, estrelando Taissa Farmiga como Merricat que também vale a pena conferir.

Tha 26/05/2021

Deliciosamente perturbadora.
Se você já leu ?A assombração da Casa da colina?, deverá estar familiarizado com o tipo de personagem que Shirley Jackson tem o dom de criar. Pessoas que possuem uma inocência exagerada e perturbadora, uma peculiaridade cativante e desconcertante.

A história de ?Sempre vivemos no castelo?, no entanto, nada tem a ver com o outro livro da autora. Aqui, temos uma narrativa quase juvenil, mas de um jeito absolutamente incomum e, eu diria, até subversivo.

Por mais que a trama não traga uma grande revelação final (logo se desconfia acertadamente sobre o que se trata o mistério), a escrita de Jackson é envolvente, fascinante e estranha o suficiente para, junto de sua criatividade latente, tornar o desenrolar da história surpreendente.

Se eu já me considerava grande fã da autora antes, agora posso me firmar nessa categoria com ainda mais convicção! A grande Shirley Jackson merece mais livros traduzidos para o Brasil!

Luana.Carrilho 30/05/2021

Enterrando coisas por aí
Achei o livro um pouco cansativo, apesar de ele não ser grande, mas do meio pro final a história engrena. A personagem principal Merricat é irritante muitas vezes, com atitudes infantis para uma mulher/moça de 18 anos. Não é explicado porque ela é desse jeito, mas acredito que seja por conta do acontecimento com a família dela, não sei.

Li várias resenhas positivas sobre o livro e foi isso que me fez me interessar por ele.
Não sei o que esperava da história, mas esse livro fez com que, pelo menos por enquanto, eu não busque outras obras da autora.

Marina 06/06/2021

Fiquei muito surpresa com esse livro. A Merricat é bizarra? A dinâmica dela com a Constance é suspeita no mínimo, eu suspeitava que tinha sido ela mesmo a envenenar a família mas quando veio a revelação ainda fiquei chocada, a forma como a Constance fala como se isso não fosse nada......
As cenas finais são uma loucura, o Charles, o incêndio e depois a forma com que elas estabelecem uma nova rotina, sem sair de casa e recebendo comida da pessoas da aldeia.
Mesmo não respondendo todas as perguntas q eu tinha, eu gostei.

Gio 27/06/2021

gostei muito da estória, da estranheza dos personagens e situações.
eu imaginava que a Marricat seria a responsável pela morte da família, só queria que a autora tivesse deixado mais claro o motivo disso

rafa 02/07/2021

A palavra que eu acho que descreve bem esse livro é: estranho.
A narrativa é estranha, os diálogos são estranhos, os personagens são estranhos.
O modo como a autora desenvolve o enredo é bem peculiar e nos deixa com uma sensação de incômodo por não ter ideia do que pode acontecer e também por não saber quem são aquelas pessoas realmente.
O foco principal acaba não sendo quem envenenou a família (e esta é uma revelação óbvia), mas sim como a relação ali acontece - a relação entre as irmãs, as relações com as outras pessoas, com o meio e, principalmente, com a casa.
O livro é narrado em primeira pessoa pela Mary Katherine e ela com certeza é bem singular. Ela tem alguns tiques bem particulares e sua linha de pensamento é bem ímpar.
As relações interpessoais podem ser vistas como até caricatas de tão teatrais e isso faz com que a história carregue até mesmo um tom sombrio.
Apesar de ser um livro pequeno não consegui ler tão rápido, principalmente porque a maior parte é narração e com certeza esse é um ponto forte - o modo como tudo é construído e narrado nos envolve bastante.

ninah 05/07/2021

sempre vivemos no castelo
O livro fala sobre uma menina chamada Marricat, cuja a família é um tanto esquisita. Ela tem uma irmã chamada Constance e um tio chamado Julian. Todo o resto de sua família morreu envenenada, não se sabe como. É muito legal o fato de ter esse suspense de o leitor descobrir quem matou a família.
É muito interessante ler sobre a relação entre a Constance e a Marricat porque elas são muito diferentes e mesmo assim se amam muito. A relação de Constance com tio Julian também é muito bonita, dá pra ver que ela sente prazer em cuidar dele. A história do personagem do tio Julian poderia ter sido mais aprofundado.
O final foi muito previsível, era quase óbvio que quem tinha assassinado. Gostei muito do livro e de como a autora descreve todas as cenas, mas por acharmos a narrativa do livro algumas vezes repetitivo não tivemos uma leitura prazerosa e sim cansativa.

Thai 20/07/2021

Razoável
Razoável quase que não termino a leitura o livro é muito parado muito chato nada de legal acontece narrativa parada e lenta enfim não funcionou pra mim.

Lelopes. 20/08/2021

?Simplesmente amei?
?Fico pensando se eu conseguiria comer uma criança se a oportunidade surgisse.?
?Não sei se eu conseguiria cozinhar uma?, disse Constance.
?Coitados dos desconhecidos?, eu disse.
?Eles têm tantos motivos para ter medo.?
?Bom?, disse Constance, ?eu tenho medo de aranha.?
?Jonas e eu não vamos deixar que aranha nenhuma chegue perto de você. Ah, Constance?, eu disse, ?nós somos tão felizes.?

julota 25/08/2021

O que é esse livro? ??????
Mulheres estranhas que vivem com um velho tio e gato. Bizarro eu diria. E uma das minhas leituras favoritas do ano. Merricat me ganhou com sua estranheza e Constance com certeza me ganharia pela barriga ?. Aconteceram coisas que eu fiquei "OQUEEEE??" e que me fizeram passar raiva. Eu acertei o plot/mistério enfim, foi uma leitura muito gostosa.

dmartinsc 08/09/2021

Peculiar
Esse é o meu segundo livro da escritora e portanto estava preparada para esse tipo de história. Não me decepcionei. O livro tem aquela aura peculiar e que me agrada muito. Eu que sou muito introvertida curti bastante o estilo de vida das irmãs, o que é meio doido.
A única ressalva é que a autora poderia ter abordado mais o motivo dos assassinatos. Mas é uma leitura que vale o tempo.

Robledo.Milani 24/09/2021

Shirley does best
Shirley Jackson não é considerada uma referência no gênero por acaso. Li motivado pelo lançamento do filme baseado na obra, e mais uma vez a fonte é superior!

Laíssa 03/10/2021

Gosto quando o livro para e fala: então bora abandonar toda a lógica? Então vamo.
Basicamente isso kk
Mas falando sério eu entendo que tenha a sua lógica própria, é só que você tem que largar um pouquinho a realidade e o bom senso pra ir fluindo legal com os personagens nesse livro.
Eu gostei dele desde a primeira frase, sabia que era um livro que conseguiria ler rápido. Acho que é questão de ser em primeira pessoa mas também porque desde o início me afeiçoei a Mary. Acho que principalmente por saber a dificuldade de lidar com uma ansiedade as vezes paralisante.
Mas apesar de tudo senti que faltou alguma coisa... Mas recomendo.

Haulnny 10/10/2021

Esse livro é bastante sobre estar bem consigo mesmo e não deixar que terceiros façam o seu dia ruir. É também um livro sobre pessoas introvertidas e talvez até um tanto problemático, mas eu não estava na pele delas.

O que sentia enquanto lia esse livro era raiva. Porque eu queria muito que as personagens se impusessem nos conflitos que surgiam. O primo delas por exemplo é o maior cretino da história. Imagine ter um hospede que nem aquele?

Mary Kate provavelmente é INFP, né? Seu refugio era sua imaginação. E uma forma de escapismo necessária para alguém que vive recluso. O ódio que ela sente dos moradores também é compressível. Eles a odiava desde muito antes do crime. Mas se parar pra pensar...eles não estavam tão errados em algumas das criticas e preocupações. Talvez por isso elas aceitassem de tão bom grado aquela "sentença" de reclusão.

É uma historia bem diferente da maioria que já li. Fiquei surpreso em como as coisas desenrolavam.