Resenhas - Sempre Vivemos No Castelo

J_Piexak 15/01/2022

Esse é aquele tipo de livro que a gente lê em uma sentada. Curto mas envolvente e profundo. Devorei as páginas pra descobrir os segredos da família Blackwood.
O plot é previsível e sem muita explicação, deixando em aberto o final (que não curti nada).

Barbara857 12/01/2022

Estranho...
...e inquietante, com personagens igualmente estranhos e inquietantes, todos eles. Até o gato.
Marycat e Constance claramente tem transtornos psicológicos, embora não seja possível saber se eles surgiram somente após o assassinato da família ou se elas já eram peculiares assim antes disso. Os habitantes do vilarejo são perversos. Marycat também é, mas não demonstra em público. O livro prende porque, embora tenha uma certa monotonia, faz crescer página após página uma curiosidade enorme saber o que houve de fato, o porquê de essa família ser tão peculiar, o que motivou o crime e quem foi o responsável. Mais para o fim, você nota que, na verdade, revelar essas coisas ao leitor não é relevante, não é o foco, tanto que pouquíssimas informações dão dadas, deixa muito para a especulação mesmo
Por fim, o que mais intriga ao final da história, é como as duas irmãs optam, pela segunda vez em suas vidas, em varrer toda a sua ruína para debaixo do tapete (agora quase que literalmente) e "criar" uma realidade ilusória de perfeita felicidade (e os paralelos que isso nos permite traçar...) num cenário completamente melancólico e desolador.
A parte final do livro mostra claramente como se dá o surgimento das "lendas urbanas", o que gostei bastante.
Eu não diria que é um livro de terror, mas sim um drama com suspense.

jjuniecode 12/01/2023

melhor do que eu imaginava
não consegui gostar do primeiro capítulo, apenas a partir do segundo em diante que a leitura se transformou prazerosa. a história é super interessante, algo que faz você devorar cada página! a autora está de parabéns.

constance me trouxe um sentimento estranho...uma mistura de paz harmoniosa com medo. foi agonizante ela sempre mudando de assunto para alivar a situação!

já merricat, sempre senti que não poderia confiar nela, logo percebi que ela seria o grande plot twist (mas também acho que isso estava na cara, então provavelmente não deve ter sido uma reviravolta...)

charles sempre teve meu ódio, isso foi outra certeza.

sobre julian, tenho muito o que falar mas irei ficar calada



termino essa resenha com a frase: "como você é boba, Merricat"

Lyn 05/01/2022

10/10
Esse livro ele é perfeito em todos os sentidos, desde a pequena Merricat até a Constance. Sempre mostrando amor entre as duas irmãs e a superação delas em meio ao caos.

O plot do livro é muito bom, a partir do cap 5 começa o desastre do livro, deixando tudo mais sombrio e inquietante. Passei raiva com o Charles e o odeio mais do que tudo nesse mundo. Mas como eu já disse, as irmãs conseguem continuar superando o caos com o amor entre as duas.

Michele 04/08/2019

Então...
Aí, vc tá lá, lendo e de repente... Pah, a informação principal do livro é jogada na sua cara...

Tô até agora com cara de tacho kkkkkkkk

Muito bom... Recomendo se vc gosta de livros mais lentos, com informações subliminares.

Julia.Martins 23/10/2022

Adorei
Esse livro é maravilhoso. Atmosférico, envolvendo, sombrio. Perfeito para ler em dias chuvosos e frios. O livro fala sobre as irmãs Blackwood que permaneceram no castelo da família mesmo após a morte da família inteira. A dinâmica familiar é claustrofóbica e patológica, o que faz do enredo peculiar e misterioso. A leitura pode parecer lenta, pois apenas perto do final a ação acontece, mas de forma alguma é um livro sem acontecimentos e nuances. Recomendo bastante para quem gosta de mistério slow burn.

ana bia 15/11/2022

surpreendente
Se existe uma palavra para descrever esse livro, na minha experiência, essa palavra é ?surpreendente?.

Não achei surpreendente a história em si, na verdade, achei bem previsível. Mas o que me surpreendeu foi a escrita da autora e como ela fez a personagem narrar os acontecimentos de forma tão natural, mesmo sendo uma maluquice.

Outro motivo que me fez escolher essa palavra foi a fluidez da história. Lembro que quando eu terminei o primeiro capítulo, pensei que a história seria maçante e eu demoraria semanas para terminar, mas estava totalmente errada. O livro me prendeu tanto que eu não consegui parar de ler o feriado inteiro. Shirley Jackson fez um ótimo trabalho.

Por mais que eu tenha adorado essa experiência, não acho que a leitura merece cinco estrelas. Mas fica aqui minha recomendação.

Adriana1161 13/03/2020

Sororidade
Gosto bastante da escrita da autora, mas esse livro está um pouco devagar.
História de uma família, focada na amizade e cumplicidade de duas irmãs.
A história toda é bem surreal, um humor macabro. Deixa tudo um pouco noar, apesar de ter um desfecho bom.
Algumas passagens me fizeram lembrar do filme Mother.
Personagens: Mary Katherine Blackwood, Constance, Julian, Charles, Stella, Helen Clarke, Lucille Wright, Jonas, o gato

Lara2561 09/06/2024

Demorei muito tempo pra terminar esse livro minúsculo porque a história simplesmente não ia pra frente! eu esperava um grande mistério, mas só recebi divagações de uma menina em que claramente faltava o diagnóstico de toc?

julia 08/02/2021

Esse livro é uma brisa. Acho que tem muita coisa pra pensar a respeito e foi uma leitura tão rápida! Não sou muito fã de terror, mas esse aspecto psicológico, os temas de isolamento, me conquistaram muito.

Queria dizer que eu SEMPRE SOUBE que a Merricat era a assassina. Imaginava que a Constance soubesse também, porque ela sempre passou muita a mão na cabeça da irmã. Achei ela a personagem mais interessante do livro, especialmente quando apareceu o Charles na história. Fiquei um pouco tensionada a achar que a visão que a gente tem dele pode não ser muito confiável, porque a narração é sempre em primeira pessoa e a Merricat tinha motivos muito concretos para querer ele longe: a vontade de se isolar completamente junto com a irmã e somente com ela. A destruição da casa, no fim, é o que possibilita alguma coisa semelhante a uma vitória para Merricat. E achei doido como isso dialoga com o título do livro: elas vivem em um castelo, uma fortificação histórica que as mantém isoladas do mundo, desde sempre e (como ninguém tem certeza se elas ainda estão lá) para sempre.

Achei que teríamos elementos sobrenaturais, mas também gostei que não teve. A atmosfera em si é meio fantástica, o texto constrói esse clima muito bem, e quando essa reviravolta não veio, não me incomodou. Na verdade, a reviravolta foi justamente não ter nada propriamente fantástico.

Enfim, saí totalmente da minha zona de conforto com essa leitura e achei muito massa!

Mannuella.Walraven 19/11/2022

Vamos falar do sobrenatural com elegância.
Eu não pensava que poderia classificar uma leitura com a palavra suave, mas foi exatamente isso que essa história me passou. Elegante, contada com nuances de suspense e indefinição. Em muitos momentos vc se perde, pq não sabe onde será levado, e vai seguindo junto com eles. Então começa a se surpreender, pq nem tudo é o que parece, não mesmo. Pra falar a verdade, ainda hoje me pergunto o que era real, o que era sonho e o que transcendeu sem explicações convincentes. Enfim, eu gostei muito desse livro. Recomendo demais essa leitura.

Julinho 20/02/2021

Um livro pertubador
Os livros da Shirley Jackson sempre se encerram numa atmosfera surrealista, de sonhos alucinógenos, ou melhor pesadelos.
Em "Sempre vivemos no Castelo" conhecemos uma galeria de personagens afundados em suas neuroses e relações doentias, ainda que bastante humanos (e até por isso mesmo, assustadores). A prosa da autora, é poética de um jeito meio desconcertante - pois em nenhum momento nos deixa esquecer da realidade pungente e nefasta da alma humana.

Januska 11/05/2021

Maluco, mas bom
Livrinho doido com uma escrita e personagens peculiares.
Adoro histórias com personagens femininas fora do comum, e Shirley Jackson contempla muito bem isso em suas obras.
Me apeguei muito na doidinha da Merricat.
Gostei muito, mas continuo amando mais a Assombração na Casa da Colina.

Kel 25/05/2021

Muito legal mesmo!
Minha estreia como leitora de Shirley Jackson foi arrebatadora! Que livro interessante e intrigante. Aqui acompanhamos a narradora Merricat e sua irmã Constante que vivem com seu tio Julian no chamado "castelo" uma mansão um tanto afastada da cidade que o pai delas construiu. Amenina de 18 anos tem pensamentos, falas e atitudes de criança, é
desconfiada, está sempre em posição de ataque e não gosta de ninguém que venha a se aproximar de sua irmã mais velha. Constance por sua vez é doce, leva a vida um tanto assustada e devido a tragédia ocorrida na família não sai de casa, mesmo porque elas sofrem represália dos demais habitantes. É cruel o modo como quando Merricat vai as compras o resto da cidade a trata, a deixam acuada, assustada e até mesmo ameaçada,
querem que elas vão embora como se fossem uma semente ruim. Aos poucos vamos vendo que a mente de Merricat é realmente psicótica e obsessiva, seja com a irmã, com as coisas que gosta de enterrar e até mesmo com o gato Jonas que ela acredita falar. E isso é a graça do livro, porque mesmo não tendo grandes acontecimentos (exceto o clímax do livro em relação ao "castelo") é divertido acompanhar as falas e pensamentos um tanto sombrios de Merricat e observar suas ações peculiares. Ao mesmo tempo, mesmo de modo torto é bonito ver o amor e carinho entre irmãs, independentemente das circunstâncias. É um livro do qual gostei muito, uma leitura diferente e bem prazerosa, vale muito a pena. Existe também
um filme desse livro, de 2019, estrelando Taissa Farmiga como Merricat que também vale a pena conferir.

rafa 02/07/2021

A palavra que eu acho que descreve bem esse livro é: estranho.
A narrativa é estranha, os diálogos são estranhos, os personagens são estranhos.
O modo como a autora desenvolve o enredo é bem peculiar e nos deixa com uma sensação de incômodo por não ter ideia do que pode acontecer e também por não saber quem são aquelas pessoas realmente.
O foco principal acaba não sendo quem envenenou a família (e esta é uma revelação óbvia), mas sim como a relação ali acontece - a relação entre as irmãs, as relações com as outras pessoas, com o meio e, principalmente, com a casa.
O livro é narrado em primeira pessoa pela Mary Katherine e ela com certeza é bem singular. Ela tem alguns tiques bem particulares e sua linha de pensamento é bem ímpar.
As relações interpessoais podem ser vistas como até caricatas de tão teatrais e isso faz com que a história carregue até mesmo um tom sombrio.
Apesar de ser um livro pequeno não consegui ler tão rápido, principalmente porque a maior parte é narração e com certeza esse é um ponto forte - o modo como tudo é construído e narrado nos envolve bastante.