Verão no aquário

Verão no aquário Lygia Fagundes Telles




Resenhas - Verão no Aquário


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Adriana1161 28/02/2018

Bem escrito, mas um pouco enfadonho
O livro alterna momentos bons e momentos chatos.
Já li outros livros da Lygia que gostei bastante, acho a biografia dela bem interessante tb, mas esse livro não me cativou.
A história não me prendeu muito, mas a autora escreve muito bem. Ela faz a gente pensar junto com a protagonista.
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Janis 02/01/2022

Perfeito
Que livro perfeito!!!! Senti um misto de irritabilidade, pena e amor pela Raíza, uma personagem tão ambígua e envolvente. Na verdade, eu amei tudo no livro. É incrível pensar que eu vivo no mesmo país em que a escritora deste livro vive e respira.
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najuliass 08/11/2023

"Até para o vício é preciso ter coragem, ela dissera. Até para o mal era preciso ter alguma fibra.
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Rodrigo 22/07/2021

Relações familiares
Uma história que nos envolve a cada página e permite que percebamos como as relações familiares são importantes para nos conhecermos e tomarmos decisões mais assertivas.
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Débora 27/01/2020

Não foi um dos meus preferidos da autora
A Lygia tem uma escrita intrigante que me leva para dentro de suas histórias, mas este romance não foi um dos meus preferidos dela.

Raíza, que é a narradora e protagonista, é uma personagem muito imatura e em alguns trechos me cansou.

O enredo acabou deixando algumas reflexões e boas frases, mas não entrou para a lista dos que me cativaram.
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Renato Medeiros 25/09/2010

Ensaio para a obra prima

A relação conflituosa entre mãe e filha se configura como o eixo de Verão no Aquário, segundo romance de Lygia Fagundes Telles. Publicado em 1964, o livro ainda parece ser o embrião de outro romance, As Meninas, publicado nove anos depois e considerado por leitores e críticos como sendo a obra-prima da escritora paulista.

Raíza é uma jovem em constante devaneio, que vive presa em sua redoma fictícia, sendo afetada pelo ar abafado de um caloroso verão. Alimenta em si sentimentos de inferioridade e aflições por acreditar sofrer a rejeição de sua mãe. Já Patrícia é uma escritora reclusa e que aparentemente não se importa com sua filha, não demonstrando grandes afetos, provavelmente pelo fato de Raíza pensar e agir de maneira contrária aos seus princípios retos e conservadores.

É desse desencontro entre as duas que surge a vontade de competição, que faz a filha disputar com a mãe a atenção de André, um jovem religioso, amigo de Patrícia e que Raíza julga ser amante dela. Entretanto, mesmo que de maneira inconsciente, a jovem parece disputar mesmo é a atenção de sua mãe, pois demonstra ter inveja do carinho que ela deposita inteiramente em seu amigo ou amante. Sendo assim, o interesse de Raíza por André, que ela acredita ser amor, pode não representar nada mais além de ciúme.

Quase todas as personagens de Verão no Aquário são bem definidas e aprofundadas. Mesmo que nem todas se relacionem diretamente com o que fora chamado de eixo da narrativa, cada uma tem sua importância e suas peculiaridades destrinchadas. Tia Graciana, Marfa, Dionísia, por exemplo, têm suas presenças indispensáveis e justificadas. Até mesmo Fernando, amante de Raíza e que supostamente tem papel secundário, contribui significativamente para se compreender melhor a protagonista. Porém, esse romance não é o primeiro nem o mais brilhante em que Lygia Fagundes Telles executa a elaboração de suas personagens. Em As Meninas há uma evolução nesse aspecto. Isso evidencia o quanto a autora é comprometida com a sua literatura, empenhada em criar mais do que meros personagens e situações para preencher espaços.

Qualificar Verão no Aquário como ensaio de As Meninas pode ser bastante perigoso, mas a comparação parece ser inevitável para quem teve acesso aos dois textos e principalmente para quem leu As Meninas primeiro e pôde observar o quão forte é a carga literária contida em suas páginas. Verão no Aquário é inteiramente narrado por Raíza, que em seu fluxo de pensamento leva o leitor a permanecer em constante contato com sua mente contraditória, ambígua, porém própria. Aliás, investir no psicológico de suas personagens é uma característica marcante na obra de Lygia Fagundes Telles. Contudo, em As Meninas essa qualidade é intensificada em um texto que tem sua narração alternada pelo fluxo de pensamento de três personagens - e de outra voz anônima -, utilizando-se de linguagens distintas para cada uma. Sendo assim, Raíza se apresenta como o que mais tarde viria a ser desenvolvido nas personagens Lorena, Lia e Ana Clara.

Quanto à linguagem, a autora dá um salto de qualidade em As Meninas, quando modifica a forma de dizer e pensar de cada personagem, todas as vezes que o ponto de vista da narração se alterna. Em Verão no Aquário essa linguagem ainda não sofre experimentações, possui a qualidade e a elegância, mas não há a ousadia do trabalho posterior. Outro detalhe que torna ainda mais íntima a relação entre os dois textos é a apropriação do vício de Marfa, que sempre repete a palavra/pergunta "compreende?" após suas falas, constante em Verão no Aquário. Esse recurso é novamente utilizado, de forma amadurecida, na composição da personagem Lia, de As Meninas, que repete palavra semelhante: "entende?".

Dispondo de alguma linearidade, Verão no Aquário é dividido em quinze capítulos que possuem certa independência, mas que mantêm ligação entre si. Entretanto, é mais um livro que pode ser chamado de "romance de meio", que começa quando já se começou ou pelo menos já deveria ter começado quando se tem acesso, na primeira página, ao fluxo de pensamento de Raíza. Cabe ao leitor juntar indícios do que houvera para reconstituir o que linearmente deveria ter sido o início. A autora envolve o seu leitor em dúvidas que nem sempre serão elucidadas e permite que ele também construa, pensando o pensamento de sua personagem-narradora.

Embora não seja o melhor texto de Lygia Fagundes Telles, Verão no Aquário tem seu destaque garantido por suas qualidades estéticas e pelas possibilidades de discussão que pode trazer à tona.
Andinho 02/08/2013minha estante
Gosto de VERÃO NO AQUÁRIO. Desde seu título e narrativa. Acho-o melhor que AS MENINAS. Mas da Lygia eu aprecio AS HORAS NUAS. Bela resenha!!!!




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Joao Lira 22/03/2024

Verão no Aquário, Lygia Fagundes Telles
A sensação que eu tive lendo esse texto é de que eu estava num sonho daqueles bem oníricos que a gente vai e volta e se perde e demora um pouco a entender o que está acontecendo. A história aqui mora nas sutilezas e na atmosfera que a autora criou.
É um verão. Mas não aquele verão que traz vitalidade. Praia, sol, vento, vida não são elementos dessa história. Pelo contrário, é um verão intimista ? abafado, sudoreico, úmido e na iminência de uma tempestade. E nele temos uma narradora personagem (Raíza) na sua juventude, vivendo com a mãe (com quem ela nutre certa rivalidade) e envolta de outros personagens mas presa em si mesma.
Raíza mente o tempo inteiro (para si, pois pra mim, não me convenceu fofa kkkk) ao afirmar que quer ser livre e ter a vitalidade daquele verão lá de fora. Porém não custa muito para o leitor perceber que ver a vida e suas tragédias acontecendo externamente, enquanto ela vive sua vidinha abafada e cheia de privilégios do lado de dentro é mais cômodo ? mesmo que isso traga incômodos existenciais sobre ?não ter identidade/personalidade?.
Raíza olha para o aquário de sua sala e se reconhece naquele peixinho. Poderia estar no mar, onde tem muitos perigos. Mas ali, tendo sua água trocada, comida adequada e o ambiente limpo das impurezas e sujeiras persistentes parece ótimo. E isso teve tamanho impacto em mim? sinceramente, que medo de ser a Raíza ? ficar preso num mundo fútil de aparências enquanto a vida real acontece ao meu redor. Chego até a pensar que esse livro é de terror, inclusive.
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Vanu 14/10/2020

Verão no Aquário
Num universo de vontades e frustrações vive Raíza, jovem que divide sua arrastada existência entre as memórias do pai amado, um homem frágil que preferiu perder-se na bebida a enfrentar o mundo, e a rivalidade velada com a mãe escritora, ao mesmo tempo seu objeto de idolatria e raiva.
Através de imagens líricas e poéticas, que parecem discutir a validade da própria existência. Aos poucos, ela - Raiza - descobre que a vida num aquário, apesar de pacífica, é uma vida pela metade, pois não oferece luta
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Rafael G. 15/10/2022

Resenha - Verão no Aquário
Raíza, a narradora de ?Verão no Aquário?, fuma inúmeros cigarros, acorda às duas da tarde, dorme com seu amante casado e vai a muitas festas, num ciclo de absoluta entrega ao prazer - onde não há mais espaço, por exemplo, para o piano (vocação abandonada quando percebeu que jamais se tornaria uma grande pianista). Ela escorre pelos dias a punir-se pela vida hedonista e alimentando a obsessão por André - seminarista que está sempre em reuniões a portas fechadas com sua mãe. Patrícia, ao contrário da filha, é bastante disciplinada e preenche o apartamento cotidianamente com o som da máquina de escrever.

Esta é uma das oposições latentes em ?Verão no Aquário? - o rigor de Patrícia contra a ironia displicente de Raíza -, diferença que é costurada a imagens de oposição entre claro e escuro ou sonho e lucidez. Lygia escreve um romance profusamente imagético, mas justamente num registro econômico, direto, que sempre deixa margem para a incerteza. A narradora é este avatar conduzindo o leitor pela ruína da casa e pela repetição abafada de cenas - afinal, o fato de ?entregar-se aos exageros da vida presente não lhe franqueia a libertação, o desprendimento verdadeiro que a faria romper os limites do aquário? (como aponta Ivan Marques no Posfácio).

O livro foi me puxando, portanto, não só por essa costura entre passagens poéticas e cenas cortantes (sobretudo os diálogos), mas também porque adoro romances de formação. Acompanhar o arco de Raíza, bem como seus embates com Patrícia e André (principais interlocutores) é interessantíssimo. Lygia constrói uma narradora carregada de nuances, que nos conduz pelo insucesso de suas tentativas de romper o aquário - lugar que diz muito do apodrecimento de uma velha burguesia.
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Ana Luiza 21/02/2014

De longe Raíza é a personagem mais "crica" e rasa da Lygia.
Garrei ódio e torci pela mãe o livro todo!!!
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silbreiemo 18/05/2022

Como sair do aquário?
Metáforas e dicotomias profundas sobre as crises da vida adulta. Traumas e traumas. Bom, porém não me cativou tanto, mas as análises são profundas e valem muito.
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And 09/01/2016

Mulheres
Se a mente de uma mulher funcionar assim como a protagonista do livro, então nós homens devemos tomar muito cuidado com este grande mundo por trás de uma mulher que abre infinitos parenteses e pontos de vista, acorda a cada dia uma mulher diferente com desejos e sensações novas.
A história não me prendeu muito, mas gostei do modo como foi escrito e de como a autora leva o pensamento do leitor junto em seu próprio devaneio.
É preciso recomendar este livro às pessoas certas.
Line 24/07/2017minha estante
interessante isso de recomendar este livro para as pessoas certas, rs




Cla 22/06/2023

é um bom livro a escrita é boa me lembrou um pouco fleabag e essas obras atuais kkkk pretendo ler mais dessa autora
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