Quando Tudo Faz Sentido

Quando Tudo Faz Sentido Amy Zhang




Resenhas - Quando Tudo Faz Sentido


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mayalo 09/01/2021

Gosteii
Eu achei muito interessante o livro, toda a história, mas eu ficava irritada com a troca de tempo, num momento estava perto do futuro, e de repente, no próximo capítulo já voltava pro passado.
Mas tirando isso é uma história muito interessante! Adoro como ele retrata a personagem principal, ela era uma pessoa muito egoísta e maldosa, por motivos rasos, eu ficava furiosa com as atitudes que ela tomava, e triste também por que Liz não conseguia parar com aquilo, além de acabar com o psicológico das pessoas ela também detonava o seu mesmo.
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Mokumura 28/02/2021

Eu fiquei um pouco perdida na narração no começo, mas isso torna esse livro, de certa forma, especial. Não posso negar que fiquei um pouco angustiada ao chegar ao último capítulo e não ter um desfecho claro, abençoados sejam os epílogos reveladores.
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Déh Carvalho 19/10/2021

Livro que trata de assuntos importantes, com um estilo de escrita único
Liz Emerson é a garota mais popular do colégio e toma atitudes cruéis com todos, incluindo com suas melhores amigas - Kennie e Julia. Durante todo o enredo acompanhamos Liz em cenas intercaladas sobre sua infância, o passado e o presente (onde médicos lutam para faze-la sobreviver). Entendemos a trajetória que levou Liz se tornar uma pessoa de que ela mesma não se orgulha, até o momento em que decide dar fim à sua vida através de um acidente de carro. Aguardamos ansiosos junto com sua mãe e amigos na sala de espera do hospital e torcemos igualmente para que ela sobreviva.

O livro nos desperta muitas emoções, odiamos Liz quando a vemos tomar atitudes tão ruins apenas para ver as pessoas se sentirem mal, mas também nos compadecemos dela por estar tão triste e vazia. Ninguém parece enxergar o quanto ela precisa de ajuda e isso é o que mais nos perturba.

Os capítulos são bem curtos e apesar de gostar de narrativas no estilo dessa, em que nos são dadas poucas informações para irmos entendendo aos poucos o que está acontecendo, senti falta de mais detalhes sobre os personagens. A história foca-se na vida de Liz e sabemos pouco sobre Julia e Kennie, não conhecemos nada de Liam (personagem que eu adoraria conhecer melhor). Terminei o livro com a sensação de "acaba assim?" e muitos pontos de interrogação ficaram em aberto. Talvez a intenção da autora foi justamente deixar o desfecho pouco detalhado, para refletirmos sobre, porém, ainda fiquei curiosa sobre o que aconteceu com Liz depois.

"Quando tudo faz sentido" é uma narrativa que trata de assuntos pesados (bullying, bulimia, depressão, suicídio, aborto e uso de drogas e álcool), mas a escrita da autora é delicada. Mesmo assim, não recomendo a leitura para quem não estiver emocional e psicologicamente pronto para ela. O enredo me recorda livros como "Garotas de vidro", "Os Treze Porquês", "Por Lugares Incríveis" e "As vantagens de ser invisível".
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Driely Meira 16/05/2017

Gostei muito!

Para toda ação há uma reação oposta e de intensidade igual. – página 4

Liz Emerson é uma das garotas mais populares do colégio. Ela se senta na mesa dos populares, tem duas amigas lindas e igualmente populares, um namorado desejado por muitxs e é dona de uma aparência invejável. Mas poucos sabem de seus problemas com a solidão e com a bulimia, e que sua mãe é mais ausente do que presente, e que Liz perdeu a luz e a alegria de viver quando o pai faleceu. E ninguém sabe de seus planos de se suicidar.

Acontece que, por trás das belas aparências e da atitude “não me importo”, Liz era uma garota muito solitária, e não só por não poder contar totalmente com suas amigas e sua mãe. Ela tinha medo de ser ela mesma, estava sempre fingindo, e a pior parte é que ninguém percebia. Como podiam não perceber? Como ninguém via além de seu sorriso malicioso e de suas palavras cruéis? Sua tentativa de suicídio não fora descoberta, todos pensaram que um acidente de carro havia acontecido, e enquanto narra os últimos momentos de Liz (com uma contagem regressiva de seus últimos dias), a autora nos mostra sua vida de antes. Antes da morte do pai, antes da decisão. Antes de tudo desmoronar.

“Às vezes – disse ela, tão baixo que Julia ficou sem saber se era dirigido a ela. – Às vezes esqueço que estou viva.” – página 150

Preciso dizer: não é fácil gostar da Liz. Ao mesmo tempo em que eu sentia por ela, por sua depressão e sua solidão, e pelo fato de ninguém perceber o que estava acontecendo, eu a odiava por fingir tanto e por todas as coisas horríveis que fez. Liz não era uma pessoa boa, e esse foi um dos motivos que a levou ao desejo de morrer. Ela sabia que não era boa, sabia que suas ações tinham desencadeado outras e que afetara muitas vidas, provavelmente estragando a todas elas.

Gostei da forma como a autora narra a história, é rápida (terminei o livro em questão de poucas horas), leve e divertida, além de muito bem desenvolvida. Conhecemos os personagens secundários e seus problemas (especialmente os de Julia e Kennie, as melhores amigas de Liz), e também vemos como foi crescer como Liz Emerson. Ela não era uma pessoa ruim, mas crescer em meio a tantas crianças e adolescentes invejosos que não aceitavam o diferente a transformou em quem ela era, e Liz não aceitava e não conseguia gostar da pessoa em quem se tornou.

Algumas pessoas morriam porque o mundo não as merecia. Liz Emerson, por outro lado, não merecia o mundo. – página 257

Outro ponto positivo foi a narração. Eu imaginava que o livro seria narrado pela própria Liz, mas aí não conseguiríamos ver o que estava acontecendo com os outros personagens. Então imaginei que fosse ser narrada por um narrador qualquer. Quando tudo faz sentido é narrado por um narrador especial e bem diferente. Mas eu não vou falar quem...haha’
Uma coisa que me deixou completamente presa à história e doida para continuar lendo, foi o fato de a autora não contar se Liz morre ou não. Ela vai para o hospital, seu estado é crítico, mas só sabemos se ela vive ou morre nas últimas páginas, o que é um incentivo e tanto para continuar lendo, se eu já não tivesse motivos o suficiente...haha’

Tento me lembrar da última vez em que ela foi feliz, de seu último dia bom, e demoro tanto para procurar em meio às outras lembranças, as infelizes, as vazias e as perturbadas, que é fácil entender por que ela fechou os olhos e virou o volante para o lado. Porque Liz Emerson guardava tanta escuridão dentro de si, que fechar os olhos não fazia muita diferença. – página 21

Só não entendi muito bem por que o livro é considerado um romance, se não é bem o que ocorre aqui. Sim, Liam Oliver (o rapaz da sinopse) é apaixonado por Liz, e ele é a única pessoa que percebe que ela é mais do que sua aparência mostra, apesar de ela não ter sido muito gentil com ele ao longo dos anos. Mas vai entender, né?! Ainda assim, não entendi como ele a resgatou e como esse livro é considerado um romance e não drama.

Achei a capa de Quando tudo faz sentido muito linda, o azul é um tanto cintilante e as fórmulas de aceleração e etc no fundo fizeram muito sentido depois que li o livro, e a edição ficou maravilhosa, a editora Rocco caprichou, não encontrei nenhum errinho de revisão 
Para quem gosta de livros que abordam temas como depressão, suicídio e bullying, além de problemas alimentares e de drogas, Quando tudo faz sentido é uma ótima pedida.

Quando tudo parou, ela estava deitada no ninho de vidro, olhando para o céu. – página 184


site: http://shakedepalavras.blogspot.com.br
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Beatriz.Goncalves 07/06/2022

O LADO DO BULLER
Confesso que detestei como a Liz se comportava. Imaginem uma garota tão fútil a ponto de humilhar pessoas que querem o bem dela. E ela tinha plena consciência que seus atos prejudicavam demais a vida das pessoas que eram seus alvos. Mas também consigo entendê-la, mesmo não concordando, que essa era a forma que ela encontrou de "chamar a atenção". Porém, essa não é nem de perto o jeito correto de agir por conta de seus problemas.
Quando tudo faz sentido me conquistou ao abordar temáticas carregadas de tensão e preconceitos, mas de grande importância e que devem ser discutidos, como comportamentos autodestrutivos, bullying, depressão, suicídio, bulimia, drogas, aborto, relacionamentos e pressões sociais.
A obra nos faz pensar sobre o tema, sobre como lidamos com os nossos problemas e perceber que o sofrimento pode vir de muitas maneiras, para qualquer pessoa, e que todas as dores devem ser respeitadas.
No geral, o livro foi uma agradável surpresa. Por mais que a protagonista não sofresse bullying, aliás, pelo contrário, fosse uma "buller", ela também tinha seus próprios fantasmas. Certas coisas na vida de Liz poderiam ter sido evitadas com uma simples conversa ou um apoio emocional. A autora usa de sua escrita para nos mostrar que pessoas más podem ter sim sua redenção.
Aconselho para todos que gostam de ver o outro lado da história do bullying, o lado das pessoas que praticam o ato.
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Ceci 26/03/2020

Diferente de tudo que eu imaginei
Comprei pela sinopse e ao longo da leitura percebi que não tinha nada a ver, o que me deixou bem chateada. Acho que o que me fez gostar desse livro, mesmo se mostrando tão diferente do que eu imaginei, é a abordagem à temas sensíveis e a forma que a autora faz isso. Capítulo 20, por exemplo.
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Galáxia de Ideias 31/05/2017

Livro perfeito por mostrar situações imperfeitas

Costumo dizer que é muito complicado explicar porque um livro se tornou especial. É muito simples apontar defeitos e dizer as razões por desgostar, mas dizer porque gostamos é uma tarefa quase impossível. Parece que tudo que falamos não faz jus e jamais será igual a tudo que a obra nos proporcionou. Essa é minha tarefa hoje, dizer porque amei tanto a obra que Amy Zhang criou, e a única coisa que consegui fazer foi separar em três categorias:

1º Quando tudo faz sentido é o tipo de livro que quando você termina fica parada olhando pro nada só absorvendo tudo o que leu.
2º Quando tudo faz sentido é perfeito por ter situações tão imperfeitas.
3º Quando tudo faz sentido tornou-se o meu livro favorito do ano.

A primeira perfeição dessa estória começa pelo narrador que conta a estória em primeira pessoa. Não é a Liz que conta sua estória, não são suas melhores amigas, nem sua mãe ou Liam. Quem conta a estória é um mistério revelado somente no final e foi simplesmente genial da parte da autora pensar em algo assim. Não vou dizer quem é pra instigar vocês a lerem ainda mais, pois essa é a missão que tracei quando terminei o livro, convencer a todos a conhecerem a estória (risos).

Esse é um livro de drama, e como tal, tem uma carga muito forte, mas diferente dos livros do gênero ele não repele o leitor para digerir as coisas que acontecem, mas sim, nos instiga profundamente a ler cada vez mais e mais, e não estou brincando, li a estória toda num dia pois não consegui parar. Era como se eu estivesse ali junto com os personagens e sentisse todos seus sentimentos e aflições.

Liz não é uma boa garota e ela sabe disso tanto que desistiu de viver exatamente por ser quem se tornou, e ela odeia cada segundo em viver quem não é. É conflitante os sentimentos sobre ela pois ao mesmo tempo que me compadecia por toda sua luta interna, também ficava enojada com as atitudes que tomava para com os colegas de escola e que levaram a várias vidas serem destruídas. E quando digo destruídas é realmente nesse sentido, o bullying que ela faz é gritante e maldoso. Porém ela sente o peso de cada vida que machucou, e isso que torna a estória tão diferente dos livros sobre suicídio que tem por ai. Quando tudo faz sentido mostra o outro lado do bullying, mostra porque a Liz se tornou uma pessoa tão odiosa. É doloroso ver ela enfrentando seus sentimentos, e pior ainda é ver que ninguém se importou o suficiente para notar que ela humilha as pessoas pra que se sintam tão miseráveis e vazias como ela se sente. A personagem enfrenta sozinha uma depressão profunda que ela realmente se sente vazia, miserável, e não se considera digna de viver no mundo.

A estória me fez refletir como a muito tempo já não fazia. As pessoas mostram uma para as outras somente aquilo que desejam. Todos guardam uma parte de si que tem medo que os outros vejam. Alguns são ousados e não se importam de demonstrar suas fraquezas, mas outros assim como Liz, esconde e vivem vazias. É da natureza do ser humano buscar formas de se preencher, alguns com Deus e religiões, outros com bebidas, drogas e sexo, mas é até mesmo quem nega esse vazio é preenchido por essa certeza de que ele não existência. Liz sabia que era vazia porém faltou-lhe vontade de buscar preencher o espaço.

Além da autora mostrar com bastante clareza os sentimentos da personagem, também mostra situações de quem ela foi no passado. Uma menina inocente e encantadora que adorava sentir os raios de sol em sua pele e que impedia o pai de contar estrelas para não aprisiona-las. Foram nessas horas que sentia pesar por ela ter deixado de ser assim e ser obrigada passar pela morte do pai sozinha, e ainda, conviver com adolescentes mimados, ricos e superficiais. Ela teve que se adaptar ao ambiente que vivia e odiou cada segundo.

Não somente os problemas de Liz são aprofundados na estória, mas também de Julia e Kennie, melhores amigas e tão tristes como ela. Liam é apaixonado por Liz e é o único que vê que ela é mais do que mostra paras as pessoas, mas também nunca fez nada porque sofreu bullying, e pra ser bem sincera, depois do que ela fez com ele, eu nem ao menos olharia em sua direção, mas ele continua a observá-la em silencio. Não tem um romance de fato na estória, mas mostra Liam desejando profundamente que ela se recupera, e nos dá a entender que eles podem sim ser um casal caso ela sobreviva, fato qual não sabemos até que chegue ao final.

Quado tudo faz sentido é um livro diferente de tudo que já li dentro do gênero. A autora conseguiu trazer humanidade para quem pratica bullying mas sem tornar o ato suavizado, e é exatamente o que sempre pensei sobre isso. Pessoas que dedicam sua vida a fazerem a vida de outros infelizes é porque são infelizes e insatisfeitos com suas próprias vidas. Em meio a tantos livros sobre suicídio, Quando tudo faz sentido se destaca por sua originalidade e trás ao leitor um misto intenso de emoções vivida pelos personagens. Depois de tudo isso creio que preciso recomendar a estória não é mesmo? (riso)

Resenha postada no blog Rillismo

site: http://rillismo.blogspot.com.br/2017/05/resenha-quando-tudo-faz-sentido-por-amy.html
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Suellen.Estumano 04/03/2020

Envolvente mas sem resposta
Terminei de ler porque queria saber o final, mas deixou a desejar ou eu não sou uma boa leitora, o livro fala em dois momentos, fica várias questões pendentes que eu queria saber, mas termina de uma forma surpreendente, foi fragmentado várias coisas insignificantes, e o que eu mais queria saber ficou por isso.
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tutuca 28/09/2022

quando tudo realmente fall into place
Em um passeio que te leva desde a melancolia da infância até o turbilhão de emoções, experiências e pensamentos da adolescência, eu me senti parte do universo de Liz. Durante todo o enredo eu me identifiquei com partes dela, mesmo que sua vida seja tão diferente da minha. Ler Quando tudo faz sentido foi como colocar em palavras todas as emoções presas e esquecidas que eu tive durante a minha vida. Ver de forma tão evidente o desamparo, tristeza e desespero de alguém e ainda mais perceber uma protagonista tão crua quanto Liz me fez lembrar das inúmeras reflexões que eu e outras pessoas já tivemos acerca do que é ser humano. A experiência de leitura que é Falling into place foi pessoal e viciante. Eu quero ler tudo de novo pela primeira vez. E também quero ler segundas e terceiras vezes, porque experiências mudam de acordo com quem eu sou, e poder reler esse livro quando eu tiver 20, 35 ou 50 faz eu me sentir acolhida pela possibilidade de relembrar a humanidade mais crua que é a juventude.
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gevsbela 14/01/2023

é tudo culpa das leis de newton.
O livro consegue fazer com que você se sinta cada vez mais absorto dentro do mundo que a autora criou para ele. A forma como são narradas as atitudes que a protagonista tem, onde claramente ela não se sente bem fazendo aquilo, mas continua pelo seu status é onde muitas pessoas podem se identificar, já que as vezes fingimos ser algo para agradar terceiros. A escrita não é chata então ele é um livro que te faz querer continuar lendo para descobrir qual o destino de Liz, se ela consegue, ou não sobreviver, isso foi um dos fatores que mais me agradou e me fez querer continuar lendo o livro. Sobre a história, eu acho que haviam mais informações que poderiam ter sido colocadas sem pesar na leitura, mas entendo a decisão da autora de tirá-las, não gostei do final, eu particularmente não gosto de finais abertos, mas confesso que AMEI o livro, até por que li extremamente rápido. Pretendo ler mais obras da Amy Zhang, pois adorei a forma com que ela transmite suas ideias para o papel. Sem dúvidas um livro excelente.
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Ana Luiza 22/07/2017

Intrigante, fofo e crítico
A HISTÓRIA
Após uma aula de física sobre as leis de Newton, Liz Emmerson pega sua Mercedes, vai para a estrada e se envolve em um acidente de carro. Por sorte, um colega da escola, Liam, estava passando por ali e chamou uma ambulância. E agora Liz está em coma, passando por intermináveis cirurgias, à beira da morte. O acidente é um choque para todos: por que justamente Liz Emmerson, a garota mais popular da escola, que têm tudo o que um jovem poderia querer: muitos amigos, riqueza, beleza e inteligência, corre o risco de morrer tão jovem? Contudo, o que ninguém sabe é que o acidente de carro não foi um acidente e sim uma tentativa de suicídio.

“Deitada na grama com a janela estilhaçada emaranhada ao cabelo e seu próprio sangue ao redor, Liz olha para cima e vê o céu de novo. Começa a chorar, porque é muito azul, o céu. Muito, muito azul. Isso a enche de uma estranha tristeza, porque ela tinha se esquecido. Tinha se esquecido do azul do céu, e agora é tarde demais.” Pág. 9

Liz planejou por um mês. Ela queria que acontecesse longe de casa e que parecesse um acidente. Ela encontrou a curva certa para perder o controle do carro, esperou para que a pista estivesse coberta de gelo… Ela contou com as leis de Newton e a gravidade para tirar sua vida instantaneamente. Liz Emmerson queria morrer, queria apagar todos os seus erros, deixar para trás a pessoa miserável que tinha se tornado. Porque, debaixo da máscara da popularidade, Liz via uma pessoa horrível: que gosta de machucar os outros, incapaz de ajudar os amigos e a si mesma. Liz via uma pessoa assombrada pela solidão, tomada pela tristeza. E ela decidiu que essa pessoa deveria morrer.

Entretanto, as coisas não saíram como o planejado e Liz ainda têm uma chance de sobreviver. Os médicos dizem que, se ela for forte, viverá. E todos contam e rezam por isso. Sua mãe, Mônica, que nunca soube como criar a filha; suas melhores amigas, Julia, que é viciada em drogas, e Kennie, que se ressente por ter sido convencida por Liz a fazer um aborto; e, claro, Liam, que é secretamente apaixonada por Liz a anos. Todos eles têm seus motivos para odiar e amar Liz Emmerson, e não conseguem imaginar um mundo sem ela. E todos eles estão envolvidos com os maiores arrependimentos de Liz, que a fizeram cogitar o suicídio. Mas, tudo isso é passado e agora a única questão que importa é: será que Liz vai permanecer viva?

A LEITURA, TEMÁTICAS E CRÍTICAS DO LIVRO
Eu estava curiosa para ler Quando Tudo Faz Sentido. Por causa da sinopse (oficial) misteriosa da obra, eu não sabia bem o que esperar. Contudo, fui cativada logo nas primeiras páginas e devorei o livro em algumas horas. Para começar, a escrita da Amy Zhang é incrível. Pouco descritiva, a narrativa em primeira pessoa poética e bastante reflexiva combina com as temáticas da história. Contudo, o mais fascinante é o narrador da trama: uma amiga imaginária da Liz, que a acompanhou a vida inteira, mesmo quando Liz se esqueceu dela, o que foi bem interessante.

A história de Quando Tudo Faz Sentido se divide entre o antes e o depois da batida de carro de Liz. Eu adorei como a autora entrelaçou trajetória da Liz com as três leis da física de Newton, o que reforça bem o caráter adolescente da obra ao mesmo tempo em que dá um ar intrigante para ela. A trama não se organiza de forma cronológica, ela vai e volta no tempo, o que não foi confuso de maneira alguma, já que os nomes dos capítulos, como “Cinquenta e oito minutos antes de Liz Emerson bater o carro”, indicavam quando aquilo estava acontecendo. E eu gostei bastante que a história não tenha sido narrada de forma linear, isso tornou a leitura mais intrigante e rápida, além de ter sido uma boa maneira de equilibrar as cenas mais tensas com acontecimentos mais leves.

Mas não se enganem, Quando Tudo Faz Sentido tem bastante cenas pesadas e emocionantes. Não consegui segurar as lágrimas em vários momentos, especialmente quando a autora narra a batida de carro de Liz e as visitas que sua mãe e amigos fazem no hospital. Contudo, as cenas mais fortes são aquelas que mostra o lado “negro” de Liz, em que ela maltrata colegas ou se engaja em comportamentos autodestrutivos. A autora demonstra bem que para uma pessoa chegar ao ponto de planejar a sua própria morte, como Liz fez, ela provavelmente está em grande sofrimento, como a Liz estava.

Entretanto, me preocupa um pouco que Quando Tudo Faz Sentido chega perto de romantizar o suicídio. Na minha opinião, a autora tentou retratar, através de Liz e seus amigos, que não existe vida perfeita, que uma garota pode ter tudo – juventude, beleza, popularidade, inteligência, riqueza – e ainda assim ser infeliz, ter problemas e dores. Mas, ao mesmo tempo em que mostra que Liz não é perfeita (como ninguém é), Amy Zhang também demonstra que Liz Emerson nem sempre era uma pessoa boa e que ela encontrou no suicídio uma forma de “pagar pelos seus pegados”. É preciso, claro, dizer que a ideia de “se redimir” através do suicídio vem da personagem, e não da autora, e que isso exemplifica ainda mais o quanto a personagem estava sofrendo.

“É nesse momento, quando ela se liberta da necessidade de entender, que tudo passa a fazer sentido. As coisas não são tão simples.” Pág. 10

Em determinado momento do livro, é dito que “todas as coisas terríveis, cruéis e escotas que Liz já fizera tinham voltado para ela”, mas a história não mostra exatamente como, e eu senti falta disso, especialmente porque esses momentos seriam justamente os que rebateriam e desconstruiriam a ideia de que a Liz precisava tentar se matar como forma de compensar o seu erro. Mas, tirando esse detalhe, Quando Tudo Faz Sentido desenvolve bem os temas que se propõe abordar. Comportamentos autodestrutivos, bullying, depressão, suicídio, bulimia, drogas, aborto, relacionamentos e pressões sociais são alguns dos assuntos que a história trata e com a sensibilidade necessária. Mesmo sendo um livro sobre e para jovens, Quando Tudo Faz Sentido não diminui a importância ou suaviza nenhum dos problemas que retrata, algo que merece elogio, já que abordar assuntos tão pesados, mas de maneira real e impactante é uma boa maneira de conscientizar as pessoas sobre eles.

(...)

CONCLUSÕES FINAIS
Um livro sobre jovens e para jovens, mas que pode agradar também os mais velhos. Mesmo sendo um pouco difícil me identificar com os personagens clichês, típicos de histórias adolescentes, Quando Tudo Faz Sentido me conquistou profundamente ao abordar temáticas carregadas de tensão e preconceitos, mas de grande importância e que devem ser discutidos, como comportamentos autodestrutivos, bullying, depressão, suicídio, bulimia, drogas, aborto, relacionamentos e pressões sociais.

Com uma escrita envolvente, poética e intrigante, já que o narrador é uma amiga imaginária da protagonista, esse livro traz a trajetória triste e impactante de uma jovem e sua tentativa de suicídio. A obra nos fazer pensar sobre o tema, sobre como lidamos com os nossos problemas e perceber que o sofrimento pode vir de muitas maneiras, para qualquer pessoa, e que todas as dores devem ser respeitadas. Contudo, mesmo abordando assuntos pesados, Quando Tudo Faz Sentido foi uma leitura rápida e leve, além de muito emocionante. Apesar de não ser tão marcante, a obra vale a pena ser lida e discutida, especialmente pelos adolescentes.

LEIA A RESENHA COMPLETA E VEJA FOTOS DO LIVRO NO BLOG:

site: http://www.mademoisellelovesbooks.com/2017/07/resenha-quando-tudo-faz-sentido-amy-zhang.html
Lucineide 22/07/2017minha estante
Louca pra ler


Ana Luiza 23/07/2017minha estante
É uma leitura bem legal! Espero que curta tanto quanto eu!




Bela Lima 31/07/2017

(...) em nenhum momento, você vai ler que Liz não teve culpa, porque ela teve. Liz é culpada, mas também é inocente.
Liz Emmerson sofre um acidente de carro e é levada para o hospital em estado crítico. Entrando e saindo de várias cirurgias, ninguém acredita que a bela e invencível Liz pode morrer a qualquer instante.

E ninguém sabe que o acidente não foi tão acidental quanto acham, mas uma tentativa de suicídio, todavia, apesar das muitas pessoas ali no hospital, esperando uma resposta, muitos não se importariam, porque Liz era amada e odiada e, para muitos, não faria diferença.

"Ela morreria, e talvez todo mundo esquecesse que ela sequer tinha vivido. (...) E não vou esquecer. Prometo a ela o que ninguém mais pode prometer. Prometo a ela, sempre."

Não existe muita coisa na sinopse do livro, apenas que Liz é popular, tem uma vida invejável (será?) e que decide que vai morrer num "acidente" de carro, mas que nada sai como esperado quando Liam, um garoto que ela despreza, a resgata - e, bem, essa sinopse não chega nem perto de descrever a história.
Qualquer um que leia isso vai pensar (eu pensei), que era uma história romântica, mas não é, esse não é o foco. Sim, Liam é apaixonado por Liz, mas teve um momento que a odiou, todos já tiveram esse momento com Liz Emmerson, mas ele a perdoou.

Ela não.

Liz não era uma pessoa boa, ela fez muitas coisas ruins e sabia disso e queria não fazer, entretanto ela não podia parar. E ela se culpa. E ela não quer mais isso. E ela queria que tudo parasse. Que o mundo parasse. Que ela parasse. Ela decide se parar.

"(...) tentou pensar em um motivo para seguir em frente. Não conseguiu. Porém conseguiu pensar em mil razões para desistir."

Num dia, três semanas antes da morte do seu pai, Liz decide que vai morrer, que vai fazer tudo parecer um acidente, e que vai ser no dia que o seu pai morreu também , porque assim será só um dia triste para sua mãe, porque, se ela não pode ser uma pessoa boa, se não pode mudar, ela também não precisa continuar prejudicando os outros.

Contudo Liz se deu uma semana antes de desistir de vez, para tentar ver se ela não podia mudar mesmo, se ela não podia ser melhor, mas... não conseguiu. Não valia a pena. Ela não valia a pena.
Liz acredita que não.

"Algumas pessoas morriam porque o mundo não as merecia.
Liz Emerson, por outro lado, não merecia o mundo."

Quando você ver uma história sobre bullying, você percebe como a pessoa que é o alvo não é forte, não se acha forte o bastante para fazer isso parar, mas o contrário também acontece. E isso foi o que eu achei interessante e inovador no livro, porque não é sobre quem sofre, é sobre outra vítima, quem pratica também é uma vítima. Liz foi uma vítima. De si mesma. Dos outros. Da vida. E ela não quer mais ser. Ela não quer mais fazer os outros se sentirem mal. Ela quer acabar com tudo e ela decide acabar consigo. Ela decide acabar com a causa para que não haja uma consequência. Ela decide que não merece viver e que precisa fazer algo bom uma única vez na sua vida, e que esse "algo bom" vai ser morrer.

"Fique viva.
Mas ela não quer ficar. Ela não quer ficar.
Tento me lembrar da última vez em que ela foi feliz, de seu último dia bom, e demoro tanto para procurar em meio às outras lembranças, as infelizes, as vazias e as perturbadas, que é fácil entender por que ela fechou os olhos e virou o volante para o lado.
Porque Liz Emerson guardava tanta escuridão dentro de si, que fechar os olhos não fazia muita diferença."

O ponto alto da história é a narração, porque você não sabe quem está narrando e você quer descobrir - você quer saber se é alguém real, vivo; ou talvez seja um amigo imaginário; ou talvez um anjo da guarda; ou talvez... talvez seja a Morte, acompanhando Liz até aquele momento, vendo todas as suas escolhas (sim, eu pensei que fosse a morte e... surpresa!).

Mas, em nenhum momento, você vai ler que Liz não teve culpa, porque ela teve. Liz é culpada, mas também é inocente. Somos todos inocentes, somos todos culpados (talvez alguns mais do que outros), mas estamos tentando e não podemos parar de tentar, porque ser uma pessoa boa é uma escolha e não acredite no contrário, e é difícil - se não fosse todos seriam.

E, não importa de qual lado esteja, você precisa pedir ajuda. Você pode pedir ajuda. Sim, você é forte. Sim, você pode lidar com isso. Mas você não está sozinho. Pedir ajuda não é sinal de fraqueza, não vai torná-lo fraco. Mas admitir que não é tão forte quanto todos acreditam, que você mostra que é? Vai fazê-lo forte. Vai ajudá-lo a ter o que se agarrar. Vai tornar claro que você não está sozinho.

"Eu a vi tentar enfrentar seus medos sozinha, orgulhosa demais para pedir ajuda, teimosa demais para admitir que estava com medo, pequena demais para combatê-los, cansada demais para escapar.
Eu observei Liz crescer.
Você ainda tem a mim."

A capa é linda e não tenho vergonha de dizer que foi a primeira coisa que me chamou atenção (capa serve para isso). É um carro que sai da pista, que cai, e tem um monte de fórmulas de física, porque foi assim, durante a aula de física, falando sobre as Leis de Newton, que Liz decidiu morrer. E tem uma mão que segura o carro - o narrador onisciente? E a misteriosa frase "não existe acidente"... Por que o acidente não foi um acidente? Porque toda ação gera uma reação e então nada é acidental?

Outra coisa misteriosa é o titulo "quanto tudo faz sentido", além de ser irônico, porque nada nunca faz sentido. Não tem um momento que tudo faz sentido, existem momentos que algumas coisas fazem sentido, mas não tudo. E Liz percebe isso quando gira o volante e está capotando e não morre de imediato, tudo faz sentido... as coisas não são tão simples.
A vida não é tão simples.

"A vida é mais que causa e efeito.
As coisas não eram tão simples assim.
Naquele momento, tudo se encaixou.
E Liz Emerson fechou os olhos.
Pisou no acelerador."

O livro aborda vários temas sérios, como aborto, bulimia, e, é claro, suicídio, de forma crua e direta e ainda sim poética - não tem como não ser por causa do narrador. E o livro é lindo. A história é triste, não me entenda mal, mas o livro é lindo. Eu adorei ele.

site: http://sougeeksim.blogspot.com/2017/07/resenha-quando-tudo-faz-sentido.html
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mikele | @respiropalavras 01/05/2018

Liz Emerson tentou se matar.

Ninguém sabe, é claro. Ela fez com que parecesse um acidente. Só não contava que seu plano perfeito desse errado e ela fosse parar no hospital.

Enquanto está em coma, vamos acompanhar os desdobramentos das atitudes de Liz na vida das pessoas a sua volta. No meio de uma mãe negligente, duas amigas com muitos arrependimentos e um garoto que nutre uma paixão secreta por Liz, a história de uma garota é contada.

"Quando Tudo Faz Sentido" foi uma leitura que me fez refletir sobre o impacto que nós temos na vida do outro, mesmo que inconscientemente. O quanto somos efêmeros e pequenos diante do universo e suas leis que jamais entenderemos.

A narrativa certamente é singular. Não sabemos quem a faz, e isso me deixou com uma pulga atrás da orelha durante a leitura, aonde eu me perguntava: "quem está contando isso?", e quando descobri foi surpreendente. Esse fator adicionou um "quê" de mistério a história, que já possui sua própria dose ao nos deixar no escuro quanto ao estado de Liz. Ela morre ou não? Só lendo para saber.

Os capítulos, alternados entre antes de Liz sofrer o acidente, e depois, deixam o leitor a par dos desdobramentos enquanto discorre sobre a vida da garota, seu círculo de amizades, a convivência em casa e na escola.

Tratando dos conflitos da adolescência, da necessidade de se encaixar e ser aceito, bem como de drogas, aborto e depressão, Amy constrói uma boa história.

O livro pode não possuir grandes surpresas, porém, suas características resultaram em uma história sensível e marcante.

Você já parou para pensar no quanto a vida é frágil?
Bruna 01/06/2018minha estante
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Debyh 23/10/2017

Não sou muito de ler esse tipo de livro, parece quase sempre uma mesma história e por isso eu esperava drama, esperava adolescentes insuportáveis, esperava sick lit, e eu tive tudo isso nesse livro, mas eu recebi coisas surpreendentes como reflexão sobre culpa e o que cada um merece pelos seus atos. Eu fui maravilhosamente surpreendida.
Liz Emerson decidiu que não merecia mais viver e tenta morrer em um acidente de carro que ela mesma provocou, essa é basicamente a premissa. Neste livro conhecemos adolescentes que cometem muitos erros, um diferente do outro, mas todos tentando fazer com que a vida tenha algum sentido. Real, muito real essa história.

(continua no blog Eu Insisto - link abaixo)

site: http://euinsisto.com.br/quando-tudo-faz-sentido-amy-zhang/
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