O Mundo Pós-Aniversário

O Mundo Pós-Aniversário Lionel Shriver




Resenhas - O Mundo Pós-Aniversário


83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Duda 29/07/2011

"Ninguém é perfeito", como diria a frase de abertura desse romance que tanto mexe com os anseios não só de Irina, mas de todos nós. O romance nos joga diante do paradoxo da dúvida e certeza de que a decisão não tomada seria a melhor. De que a perfeição nos escapa por um triz e que assim, estamos fadados às consequências absurdas que poderíamos ter evitado.
Porém, ele também nos joga em uma verdade cruel: essa perfeição só é passível de existência graças a não concretização do fato.
Nada é perfeito, a não ser que não aconteça.
Ao retratar tão simples e verdadeiramente os dois universos de possibilidades inteiramente distintas, porém com um ligação dolorosa e constantemente presente, percebemos que jamais conseguiremos escapar do cotidiano, seja ele ao lado de um jogador de sinuca elegante ou dividindo pipoca com um intelectual chato de relações internacionais. Todavia, Lionel nos consola, lembrando-nos de que é nas imperfeições do dia-a-dia que encontramos - quem diria! - a perfeição.
Mauro Lima 30/07/2011minha estante
a resenha mais linda !! =)


Fabiana 16/07/2012minha estante
Muito boa resenha!!! Compartilho de sua opinião!!!


Carla 15/01/2013minha estante
Comprei este livro nas ferias em uma praia, depois de encerrar os que trazia comigo. Comprei junto com O cemitério de Praga e fiquei na duvida entre qual dos dois começar primeiro.
Ta resenha, com certeza, me instigou a começar, sem duvidas, por ele.
Adorei a forma como definiste a trama e o que ela subentende. Se o livro for tão bom quanto a tua descrição, serei uma leitora mais feliz daqui uns dias...:)


Helder 12/03/2014minha estante
Resenha perfeita. Escreves tão bem quanto Lionel Shriver!


Ana Claudia Car 04/02/2016minha estante
Lionel Shriver, é sem dúvida a minha autora feminina favorida, que escrita impecável.


Ed 28/10/2016minha estante
Resenha perfeita.. A Shriver é espetacular, amo a forma direta como ela coloca as coisas, seus pontos de vista. Acho difícil alguém ler um livro dela e em algum momento não se deparar com seus próprios dilemas.


Gabriel 25/06/2019minha estante
Que resenha foda!!!
Totalmente arrepiado e com vontade extrema em reler esta obra!




Simone de Cássia 18/01/2017

Descobri que adoro os temas dessa autora!! Ela desnuda a alma da gente... Confesso que logo no comecinho eu queria abandonar... e... de repente eu não queria mais largar!! Não olhei as resenhas antes de começar a ler, por isso levei um tempinho pra sacar as duas "versões" da história...E foi aí que me prendi ao relato sofrido da Irina! É surpreendente como a autora consegue retratar tão bem as dificuldades íntimas de todos nós, meros mortais. Ela escancara as portas das dúvidas que nos assolam no decorrer da caminhada e mostra direitinho as encruzilhadas que se nos apresentam. ... Pois é, "quem nunca?!?" Gravei dela uma frase que achei simplesmente tudo: " a perfeição sempre está na opção que não fazemos" !! Xeque mate, né? Enfim, adorei! Nota "M" de magistral !!
Claudia Cordeiro 18/01/2017minha estante
Que pena, esse eu abandonei.... no começo, rsss, vc persistiu e deu certo :)))


Nana 18/01/2017minha estante
Também senti vontade de abandonar no começo e depois adorei! Os livros dela são todos muito bons!!


Riva 18/01/2017minha estante
Eu adorei esse livro e logo saquei que os capítulos se bifurcavam e aí num tínhamos o que teria acontecido se a decisão tivesse sido x, e no outro, o que teria acontecido se a decisão tivesse sido y! Achei fenomenal isso!


Helder 24/01/2017minha estante
Tb adoro esta autora e acho que um dia ela ainda vai ganhar um Nobel por desnudar nossa alma como vc disse. Pelo que me lembro, o final deste livro tb é sensacional.




Sabrina 23/06/2016

Incapaz de produzir uma resenha na sua forma ~clássica, deixo aqui o desabafo dessa leitura arrebatadora!!

Nada de universos outros, tramas mirabolantes e/ou personagens ultra-originais. Lionel Shriver acertou em cheio ao construir personagens tão palpáveis, a ponto de, por vezes, ser desconfortável acompanhá-los. E é esse desconforto que cria um nível de empatia que não dá nem pra descrever.

Eu me vi torcendo, sentindo a dor, a raiva, o desespero, o constrangimento, arrependimento de modo alternado com cada personagem. Devo admitir que me inclinei muito a um desses personagens - algo me diz que foi justamente pela desilusão com esse personagem, embora totalmente "previsível", mas que eu desejei muito, muito mesmo que não acontecesse (mas que fez todo sentido ter acontecido), que não dei 5 estrelas, apesar de amar essa frustração peculiar que só textos realistas construídos por ótimos autores me causam.

O prazer e a empolgação de ler um livro tão bom como esse não cabe numa resenha e nem no meu tempo. Simplesmente arrebatador!
Sabrina 04/10/2016minha estante
Pensei melhor nos meus motivos das 4 estrelas e não, não eram suficientes. Livro fantástico!


Sabrina 04/10/2016minha estante
Pensei melhor nos meus motivos das 4 estrelas e não, não eram suficientes. Livro fantástico!


Ed 17/10/2016minha estante
Amo a Shriver


Lari 04/12/2016minha estante
"Eu me vi torcendo, sentindo a dor, a raiva, o desespero, o constrangimento, arrependimento de modo alternado com cada personagem." basicamente descreve tudo que eu sinto. fico com dó do Lawrence na realidade em que Irina o abandona e desprezo ele na realidade em que ela é fiel e ele a trata de forma horrenda. Não terminei de ler, mas tenho a impressão de já saber do que vc esta falando sobre a desilusão com certo personagem.




@wesleisalgado 13/07/2023

Sabe quando você não dá nada pra um livro e ele acaba sendo ótimo. Só isso já fez valer a experiência com O MUNDO PÓS-ANIVERSÁRIO.
Quem nunca esteve no papel da Irina? Quem dera pudéssemos saber os caminhos resultantes de uma decisão. A premissa é excelente e a escrita da Lionel Shriver afiada e culta. É o primeiro livro que leio da autora mas possuo alguns na minha estante, incluindo o famigerado PRECISAMOS FALAR SOBRE KEVIN, e estou ansioso para lê-la novamente.
O fim dos anos 90 e início dos anos 2000, em Londres e Nova York, são narrados de maneira muito pungente, inclusive o 11 de setembro aparecendo nas duas versões da história. Como homem, a minha impressão foi o que um jogador profissional de sinuca bonitão e intelectual da política viram em Irina? Apesar de vermos as duas histórias através dos olhos dela, as duas versões da personagem são bem insípidas.
Talvez seja uma visão um pouco machista, ou a personagem tenha sido construída dessa maneira propositalmente. Gostaria da opinião de alguma mulher que leia esta resenha e tenha lido o livro ou esteja lendo. Se puder fique a vontade nos comentários.
isaindistress 12/11/2023minha estante
Sobre, o que eles viram na Irina. Eu acho que ela tem vários méritos - é cuidadosa, se importa com o relacionamento, tenta fazer as coisas darem certo, tem bastante flexibilidade (nas mudanças quanto ao trabalho, por exemplo). Ela entende e balanceia bastante a falta de traquejo e rigidez do Lawrence, mas por outro lado consegue embarcar e curtir as grandiosidades do Ramsey. Apesar de bem sucedidos profissionalmente, os dois homens têm vários defeitos no âmbito pessoal e de relacionamento, acho que os 3 precisavam de muita terapia antes de um casamento
Fiquei pensando na sua impressão, e se talvez não seja a intensidade da coisa - o Ramsey entregando um campeonato por ela quando ela escolhe não ficar com ele, o Lawrence levando anos pra se relacionar de novo -, e acho que o principal é a mensagem do livro como um todo, que o perfeito é sempre aquilo que não acontece. Porque nas duas versões, a pessoa com quem ela fica junto gosta dela mas também tem várias críticas e defeitos
Por fim, também acho que ser o ponto de vista dela enviesa bastante. Afinal, ela tem uma puuta síndrome do patinho feio, provavelmente a visão dela mesma é mais negativa que realista


@wesleisalgado 12/11/2023minha estante
Exato, como a perspectiva das duas vidas é somente dela o livro todo, faz sentido eu ver ela como o patinho feio se ela se considerava assim nas duas versões.


isaindistress 12/11/2023minha estante
Sim! Achei super bacana você questionar se seria machismo pensar assim, mas acho que é uma dúvida bem plausível com ela. Lembrei de uma passagem que o Lawrence fala que ela cuidou dele esses anos todos, e ela fica surpresa pq achava que ele quem cuidava dela. Acho que ela é beeem generosa com as qualidades deles (e em passar pano pros defeitos) do que com as próprias


GioMAS 02/04/2024minha estante
Iria reflete, dr forma genérica, o papel social que é atribuído às mulheres. Muitas de suas características são decorrentes de uma estrutura pautada no patriarcado - o desejo por um amor calmo, que se coloca acima de pretensões particulares, a subserviência, a tolerância excessiva, a divagação, a insegurança física e profissional, a tendência a acreditar que o homem, seja qual for, lida melhor com questões mais objetivas como finanças e trabalho etc. Evidentemente, são generalizações, mas estão, sim, presentes em nossa sociedade, atingindo o universo particular das mulheres de forma distintas, porém, por vezes, previsível. Ahh, também vale à pena lembrar da questão da maternidade. A autora levantou esse ponto de forma bem delicada, sutil, mas estava lá... toda a complexidade da questão da maternidade foi trazida como um sopro, mas um sopro complexo em suas nuances (talvez, perceptível apenas para mulheres já com certa idade, com determinados planos e possibilidades de trajetos ainda não t9talmente definidos).




Rodrigo1001 19/05/2019

Somos livres pra escolher, mas prisioneiros das consequências (Sem Spoilers)
A leitura de O Mundo Pós-Aniversário é dupla: há dois livros dentro de um único livro. A obra nos brinda com duas versões do que teria acontecido a partir de uma escolha da protagonista. É, basicamente, o livro do ?e se?: analisando as diferentes consequências de uma decisão, a autora nos apresenta a dois futuros possíveis que nos permitem analisar o desfecho de uma situação a partir de dois primas distintos: uma recusa e uma aceitação.

Talvez a única maneira de escapar de um spoiler zero nesta resenha seja enveredar pelo campo da filosofia. Porém, antes de me aprofundar no tema, permitam-me dizer que você amará este livro com a mesma intensidade em que irá odiá-lo. Talvez você torça por um dos futuros possíveis, talvez você torça o nariz para a marcha lenta do início, mas, indubitavelmente, você sairá da 542º página com muito o que pensar.

Esse livro é pura gasolina para a fogueira dos que constantemente ponderam sobre suas próprias escolhas.

Com potencial para levar à falência os fabricantes de soporíferos, o início é capaz de fazer insones caírem num sono profundo em menos de 30 páginas. Arrastado de início, o enredo só ganhou força mesmo pra mim a partir da página 175, quando a autora começa a aguçar a curiosidade com os tais futuros alternativos. Desse ponto em diante, a história segue em ritmo constante, embora a estrada pela qual enverede seja um tanto longa demais e tortuosa por vezes.

Entre os pontos positivos, o estilo de escrita da autora consegue exprimir os sentimentos de uma maneira bonita e reflexiva, indo até o âmago do que se quer dizer. Por outro lado, embora a trama e o estilo me obrigassem a continuar virando as páginas, o puritano em mim estava repetidamente irritado com a incapacidade da autora em ser sutil e discreta em algumas passagens. É preciso muito mais habilidade e inspiração para ser inteligente e sutil do que para ser claramente obsceno. E este livro era simplesmente obsceno às vezes, margeando perigosamente a vulgaridade e criando um ar de novela mexicana que, essencialmente, comprometeu o conjunto.

Dito isso ? e partindo para a filosofia ? o livro martela sobre o cármico. Seriam as nossas escolhas pré-determinadas? Teríamos o mesmo resultado independentemente dos caminhos que tomamos? Está tudo escrito ou o futuro é uma página em branco? O que teria acontecido se tivéssemos escolhido A em detrimento a B?

O livro não se propõe a responder essas perguntas, mas cria um ambiente em que nós mesmos somos levados a refletir sobre as nossas decisões. É muito interessante fechar o livro e automaticamente abrir a nossa caixa de pandora particular. Foi correto dizer sim naquela ocasião? É correto permanecer? Deveríamos fugir? Esses são alguns dos pensamentos que o livro promove. Como ferramenta para se analisar a própria vida, a autora realmente desperta muitos vulcões adormecidos na gente.

Para concluir, embora exaustivo, o livro se paga no fim. A recompensa pode não ser o que você espera, mas não é banal o bastante para descartar a importância de se refletir sobre as nossas próprias decisões e arrependimentos. Do que poderia ter sido.

Leva 3.5 de 5 estrelas.

Passagens interessantes:

?É engraçado como aquilo que nos atrai numa pessoa é o mesmo que passamos a desprezar nela? (pg. 277)

?Pode-se passar um tempo terrivelmente longo esperando a chegada daquilo que se teve desde sempre, como quem tamborila os dedos a espera de uma entrega da FedEx, enquanto o embrulho aguarda pacientemente fechado do lado de fora da porta? (pg 499)
edu basílio 19/05/2019minha estante
é, o último capítulo me fez concluir que o mais sábio é se viver o presente sem muito questionamento sobre 'o longo prazo', porque invariavelmente... [também não darei spoilers para seus amigos e seguidores]


edu basílio 19/05/2019minha estante
PS: os motivos por que "apaguei" algumas estrelas em minha própria classificação foram pelos mesmíssimos que você, com tanta elegância e doçura, apontou em mais essa adorável resenha :-)


Rodrigo1001 25/05/2019minha estante
Teus comentários sempre tao gentis. Obrigado! Ansioso pelo 4321 agora! ;)




Aymee2 06/09/2015

Só é perfeito aquilo que não acontece
Assim como todos os livros que acabam me envolvendo demais essa resenha vai ser mais um desabafo do que resenha (Até porque, dizer que o livro é bom e envolvente todo mundo ja disse)

Senti muitas coisas lendo esse livro, mas de longe a coisa que mais senti a maior parte do tempo foi INDIGNAÇÃO.Lionel Shriver como sempre criou personagens reais demais.Do tipo ue você olha e pensa " já vi alguém assim em algum lugar" e acaba levando a coisa pro lado mais pessoal mesmo.

Achei a princípio que Irina era uma pensagem muito sem sal.É aquele tipo de amiga que você que dar uns tapas pra ver se acorda pra vida e para de se meter em encrenca.Achei ela muito ingenua e extremamente dependente emocionalmente.Aquela choradeira ouvindo Alanis enquanto ela cozinha logo no inicio do livro ja me fez torcer o nariz um pouco.

A coisa que mais me indignou no livro foi o fato de que nos dois universos Irina não era valorizada NUNCA.Ramsey é possessivo, briguento e adora gastar. Lawrence é um arrogante que acha que o mundo não merece toda a sabedoria que ele tem.Passei o livro todo desejando que Irina cedesse a fantasia de "chupar uma xoxota" logo e largasse esses dois trouxas

No mundo em que Irina fica com Ramsey : eles discutem por qualquer bobagem, Ramsey é agressivo, a chama de vadia e tem o adorável habito de jogar coisas longe e brigar mesmo na casa da sogra.O tempo todo trata Irina como posse.Detestei ele desde o início.É impossível defender um cara que fantasia com estupro.Sem contar o fato dele ter destruído a noite mais importante da carreira dela por puro orgulho.

No mundo em que Irina fica com Lawrence : Lawrence é um covarde que desvia de todas as perguntas , além de manter um comportamento passivo agressivo e tratar Irina como se ela fosse criança. Orra, o cara responde apenas "ok" quando ela fala de se casarem,o que pode ser mais frio que isso? Lawrence empurrava o relacionamento com a barriga aparentemente só pra ter quem cozinhasse pra ele.
Ah, e aliás, dava pra sacar que tinha algo errado DESDE O INICIO.As personagens ao redor percebem, o leitor percebe, todo mundo percebe, menos Irina.

Depois de Irina colorir seus papéis de trouxa nos dois universos finalmente chegamos na resposta de qual das historias era a "real".Mais pro final do livro a gente ja vai percebendo também qual é a verdadeira história.a Lionel conduziu com muita maestria essa coisa "efeito borboleta" em que cada pequeno gesto e cada dialogo tinha um efeito diferente dentro de outra situação.E pra variar, o final não é feliz nem de longe, mas passa uma mensagens verdadeira sobre como devemos lidar com as nossas escolhas.
Lari 09/12/2016minha estante
Tive o mesmo sentimento: queria que Irina largasse os dois mas duas realidades. Ela ficaria melhor sozinha.


Aymee2 15/12/2016minha estante
né? baita dedo podre ela kkkkk




Henggo 05/05/2023

Voyeurismo literário
Sabe quando você pensa "e se eu tivesse feito diferente"? "E se eu tivesse escolhido outro caminho"? Aquele movimento, meio perigoso, beligerante, de ficar se corroendo em um eterno "e se" que nunca você experimentará. Pois, este livro é a exacerbação e a exploração desse "e se".

Olha, não é um livro simples. Lionel Shriver é uma autora dada a grandes divagações e isso pode afastar as pessoas. Porém, sério, se você se permitir mergulhar, se você tiver paciência e der um pouquinho de crédito, terá em mãos muito o que pensar. "O mundo pós-aniversário" é sobre a vida, o amor, o sexo, os desejos femininos; sobre casamento, traições, vontades, convenções e ousadias; é sobre se descobrir e se descobrir no olhar do outro.

E o mais intenso é que a autora te força a entrar na intimidade desses personagens, coisas tão profundas, veladas e reais, que é quase vergonhoso. Ler este livro é como entrar furtivamente em uma casa e ficar lá, onipresente, vendo cada atitude.

"O mundo pós-aniversário" é uma experiência de voyeurismo para além do erótico.

Querendo ou não, você se encontrará. E será tocante. Em todos os sentidos.
GioMAS 02/04/2024minha estante
Sua percepção sobre os livros me agradou bastante. Não só este, mas, também, os outros em seu perfil. Bom encontrar alguma identificação entre essas mil abas do skoob.


Henggo 02/04/2024minha estante
Mergulhar nos livros é muito intenso. :)




SARITA 09/08/2010

Fabulosamente fabuloso!
Irina McGovern é personagem central de uma história fictícia que se contada em linhas gerais parecerá vulgar e pouco atraente. Com tiradas cáusticas acerca do relacionamento homem e mulher, seus percalços e vieses, a autora Lionel Shriver faz analogias fabulosas sobre as decisões e rumos que tomamos. E se Irina abandonasse a sua união estável com um homem estável? E se, de repente, ela deixasse todo o conforto para se aventurar nos braços de um homem aventureiro? É assim que a autora nos presenteia, com possibilidades!

Como teria sido sua vida profissional se optasse por ter a vida mansa a qual estava acostumada? E como seria o Natal na casa da sua mãe rígida e neurótica ao lado de Ramsey, aventureiro e pouco intelectual, ou ao lado de Lawrence, estável e compenetrado em agradar a sogra?

Há sempre 2 capítulos para 1 situação. No primeiro, Irina continua a sua vida organizada ao lado de seus temperos e do homem previsível que é Lawrence. No segundo, Irina arrisca tudo e compra novas roupas para viver ao lado de um homem que ganha a vida debruçado numa mesa de sinuca. E, ainda, põe Irina entre a leveza de ter grana e a rigidez de ter que economizá-la.

Essa história nos leva a refletir sobre a vida. Sobre como QUALQUER DECISÃO tem seu ardor. E que quando optamos por UM caminho, é certo olharmos para o outro - aquele que não escolhemos - com frescor. Quase posso sugerir que todos os homens são iguais ou que todos os relacionamentos são iguais ou que não se pode ter tudo. Mas não farei isso, soaria simplório e prejudicaria a beleza desse livro.

Ao final, independente da sua escolha, Irina terá o mesmo gosto agridoce na boca, mas como chegou até ele, as dores e prazeres, serão peculiares e únicos. Tristemente, esse livro me levou a uma descrença maior sobre os relacionamentos afetivos homem-mulher. Sobre como somos dolorosamente substituíveis, reforçando coisas que eu acredito e, relutantemente, tento driblar. Talvez não doa assim para todos. Mas doeu para mim e foi com areia.


* A história é baseada em fatos reais. Como na vida não há como viver 2 caminhos ao mesmo tempo, como sugere o livro, a escritora curiosamente escolheu o "jogador de sinuca".
Nessa Gagliardi 01/09/2010minha estante
Oi Sarita!
Amei sua resenha!
Esse livro também me doeu. Achei belíssimo! Vi a Shriver na FLIP desse ano e falei pra ela que me vi em Irina diversas vezes, em suas dúvidas e desejos e ela me disse que TODA mulher é um pouco Irina. E não é que é mesmo?


SARITA 04/09/2010minha estante
Oi Nessa! Acredito que todas somos Irinas, sim! Comprei o livro anterior dessa escritora: Precisamos falar sobre o Kevin, que tem outra temática, estou ansiosa para ler. =)


Flavinha 19/09/2011minha estante
amei o Kevin... acabei de realizar uma troca para ler esse tb.




Ana Luiza Anjos 06/09/2010

Me pareceu um ótimo livro de início. Bastante interessante na questão do paradoxo. Mas parecia que nunca ia terminar. As vidas de Irina com as suas repetições e omissões me deixaram profundamente cansada! Argh! E as suas limitações sexuais,seus medos e especulações sem graça e sem paixão me deixaram profundamente irritada!
avaliação geral: fraco, até mesmo sofrível.
Priscila856 20/09/2010minha estante
concordo em genero numero e grau !!!!


Ay. 28/12/2011minha estante
Discordo em gênero número e grau!!!




Nana 06/01/2010

A escolha entre dois amores!!
O livro conta a história de Irina, que vive um relacionamento tranquilo de quase 10 anos com Lawrence. A situação muda quando ela se apaixona por Ramsey, um famoso jogador de sinuca que é amigo do casal.
A partir deste momento a personagem encontra-se diante de um dilema: continuar a viver com amor, tranquilidade e segurança ao lado de Lawrence ou se aventurar na paixão, infidelidade e a vida desregrada com Ramsey.
A autora mostra em paralelo a cada capítulo, como seriam as duas opções de Irina, o que aconteceria se ela optasse por um ou pelo outro.
A leitura nos faz refletir sobre as consequências das escolhas que fazemos na vida.
Capítulo a capítulo vamos vendo como seria o futuro da personagem vivendo com estes dois homens de temperamentos tão diferentes.
Ela define Lawrence como "um bom homem" e Ramsey como "Um homem encantador". Qual seria a melhor escolha?
No início achei que por ser um livro com mais de 500 páginas, seria cansativo e faltaria assunto após algumas páginas...mas me enganei, já nos primeiros capítulos comecei a gostar e sentir uma grande curiosidade pela trama!
Acredito que o leitor que viveu alguma situação parecida vai gostar mais ainda e se identificar. Recomendo!
vsc bibliotecária 09/04/2010minha estante
Sua resenha me fez ter vontade de ler logo este livro. Parabéns!!!


Nessa Gagliardi 11/07/2010minha estante
Nana, tô lendo o livro e amando também!




Helder 12/03/2014

O momento é tudo!
Esta frase é o resumo deste livro interessantíssimo. Um momento e uma decisão podem te guiar a caminhos completamente diferentes. Mas conseguimos escolher qual caminho seguir ou tudo vem por acaso?
Desta vez Lionel Shriver está um pouco menos amarga. Só um pouco menos! Mas seu talento com as palavras continua incrível e aqui ainda vem com uma estrutura muito interessante, que nos leva a seguir em frente querendo comparar os dois mundos, ou as duas vidas possíveis.
Trair ou não trair?
Irina e Lawrence são dois americanos ue se mudaram para Londres. Vivem juntos sem serem casados no papel. Ela ilustra livros infantis. Ele trabalha para uma associação que estuda o Terrorismo no mundo. Eles são amigos de Ramsey, um famoso jogador de sinuca e sua mulher Judy, autora de livros infantis ilustrados por Irina. Há uns anos eles se encontram no aniversario de Ramsey para jantar, porem neste ano Ramsey está separado e Lawrence está viajando. Mas ele pede que a esposa não deixe de lado o tradicional jantar e é ai que as coisas acontecem. Ramsey a leva para jantar em seu jaguar e na volta a convida para ir a sua casa. Ali, Irina sente uma grande atração por Ramsey e ...
... ela não resiste e acaba beijando-o. Uma atitude que desencadeia diversas situações. Irina resolve largar a sua vida e se entregar aquela paixão, vivendo com um homem rico e famoso.
... ela resiste a tentação e não o beija, voltando para casa e continuando com sua vida com Lawrence.
Mas qual é o melhor cenário? Qual é a melhor vida? O arroz com feijão seguro de todo dia, ou o Caviar com Champagne em hotéis caríssimos de todas as noites?? Arroz e feijão é mesmo seguro? Caviar com Champagne duram para sempre?
E como é de costume nos textos de Lionel Shriver, dá-lhe tapa na cara dos leitores. A autora aproveita as duas realidades para discutir o dia a dia das relações e faz isso com maestria novamente, fazendo a gente enxergar nossas atitudes mais mesquinhas em seus personagens. E como sempre temos aquele sentimento de roda gigante pelos personagens, amando-os e odiando-os logo em seguida. Mas será que teríamos agido muito diferente??
Recomendo este livro para quem procura uma leitura adulta e vale a pena viajar nestas duas estórias para chegar num final extremamente bem elaborado, onde somente na ultima linha é que você percebe de qual vida está sendo falada.
Nem tudo está perdido, mas o momento é tudo!
Ed 03/09/2015minha estante
Por enquanto só li tempo é dinheiro, de verdade fiquei encantada com a forma crua com a qual ela lida com as palavras. Amei sua resenha e tenho certeza que vou amar esse livro.




gleicepcouto 11/12/2012

Abordagem criativa e cáustica do grande e temível “E se?”
http://murmuriospessoais.com/?p=5208

***

O Mundo Pós-Aniversário (Intrínseca), da autora e jornalista norte-americana Lionel Shriver, é o oitavo livro de uma lista de nove já escritos. No Brasil, além deste, já foram lançados Precisamos Falar Sobre Kevin (que foi base para o filme de mesmo nome) e Tempo é Dinheiro (resenha aqui).

Shrive nos apresenta a norte-americana Irina, ilustradora de livros infantis, que mora em Londres com o parceiro, Lawrence. Ele tem um bom emprego (aliás, por conta disso que moram em Londres), é inteligente e disciplinado; ou seja: um bom partido. O casal parece sólido para a maioria das pessoas, e até para eles mesmos.

Um dia, porém, essa estrutura se abala. Quando saem para jantar com um casal de amigos, Irina sente uma louca vontade de beijar o marido de sua colega: o jogador de sinuca mega conhecido, Ramsey.

Todo o desenrolar da história parte daí. Afinal, Irina cede a esse desejo ou não? Que rumo sua vida pode tomar para cada uma dessas duas situações? Podemos controlar as consequências de nossos atos?

Diva, segundo o dicionário Aulete Digital: "sf. 1. Divindade feminina; DEUSA." E é exatamente isso que a Lionel Shriver é. A cada livro que leio dela, mais me surpreendo com sua capacidade de inserir sentimento, ambiguidade e realismo ao caracterizar a sociedade atual. As páginas exalam contemporaneidade, expressada por personagens ambivalentes e crus. Resumindo: dá gosto de ler um livro assim. Instigante e inteligente, que leva o leitor além do básico com um desfecho surpreendente. Na verdade, o final é a grande sacada - mesmo com um possível sentimento de raiva encubado.

A história criada pela autora gira em torna de escolhas. E se você é como eu, que acha toda escolha um parto, sinto (!) dizer que vai ficar tensa com esse livro. A todo o momento, conhecemos a vida da protagonista por dois pontos de vistas diferentes: A e B. Se ela tivesse beijado o cara, sua vida seria A; caso contrário, sua vida seria B. O grande e temível “E se?”. O mais genial é que tanto A quanto B afligem o leitor, mas também faz com que ele torça pela personagem. Há situações boas e ruins em qualquer uma das opções. E não é assim na vida real? Somos responsáveis pelas nossas escolhas e temos que arcar com tudo o que vem com elas.

A capacidade do ser humano de nunca estar satisfeito é tratado de forma cáustica; a efemeridade do momento e das pessoas causa desconforto; as reflexões maduras e oportunas em torno do já citado “E se?” lança dúvidas em nossas próprias escolhas na vida. É um livro que interage com o leitor de maneira agridoce: a mesma realidade que te faz perceber coisas é a que te machuca.

O amor expresso pela Shriver não é aquele idealizado de “Óh-como-te-amo-muito-e-até-seu-peido-é-cheiroso.” Acorda, gente! Ela fala sobre o modo como escolhemos quais pessoas amar e o amor aqui é real. Tem sentimentos, emoções, é carnal. Por outro lado, há conflitos, ciúmes, mesquinharia e até inveja! Vai dizer que não se identifica? Não? Vai pra terapia que você mesmo tá se enganando, fofa(o).

A abordagem psicológica em O Mundo Pós Aniversário vem carregada da marca já característica de Lionel Shriver. Seus personagens querem e não querem. Amam e odeiam. Se importam e não dão a mínima. Ou seja, é um retrato fiel de pessoas comuns, como eu e você. Qualidades? Muitas. Defeitos? O dobro.

Aqui, porém, também conseguimos perceber uma Shriver se aventurando mais, como se quisesse descobrir os limites do seu estilo único. As descrições são um pouco mais arrastadas que os demais livros dela, mas de forma alguma, mal redigidas. Precisando apenas, talvez, de aparar as arestas, ou de alguém que dissesse: “Ok, já entendi. Próximo assunto.”

Em todo caso, a autora ainda continua em larga vantagem em relação aos demais colegas da área literária. Além de saber escrever, seus livros sempre tem premissas interessantes e personagens altamente identificáveis. Quando digo que a mulher é Diva não é à toa.
Manuella_3 16/01/2014minha estante
Escelente e instigante resenha, Gleice. Tenho o livro há um tempo e, sem saber por que, ele está parado na minha estante. Vou já colocá-lo na lista desse ano.




Nathalie 23/09/2012

Meu pai chegou um dia com este livro e o deixou na minha estante, confesso que não me chamou muito a atenção, dei uma olhada e acabei colocando outros como prioridade. Um dia chegou a vez dele e devo admitir que logo nas primeiras páginas percebi que meu primeiro julgamento tinha sido equivocado.

Meu critério para decidir se um romance é bom ou não é bem simples, se em grande parte da leitura eu fico ansiosa, curiosa, pensativa e tentando me ajeitar na poltrona o tempo todo, ele é bom!
Devorei as 200 últimas páginas em dois dias, precisava saber o desfecho logo, não podia esperar. Terminei de ler esses dias, fiquei totalmente inquieta e confusa com o fim, resolvi escrever logo sem pensar muito, para expressar melhor o que senti.

O romance começa mostrando a vida de um casal que vive junto há quase 10 anos, a protagonista é a mulher, Irina. Em determinado momento Irina fica diante de uma situação onde sua escolha afetará completamente sua vida, ela precisa decidir entre Lawrence e Ramsey . O livro se divide em dois, acompanhamos como a vida de Irina segue nos dois casos.
Em alguns momentos ficava claro pra mim qual tinha sido a melhor escolha, depois já não sabia mais.
O ideal mesmo seria uma mistura dos dois, acho que todo mundo concordaria com isso, mas tendo que escolher um, Ramsey. Eu vi alguns problemas com a Irina também, acredito que jamais me comportaria como ela em algumas situações, em outras, vejo muito semelhança.
O fim é uma grande ironia. A autora nos dá um banho de sarcasmo, deixa o leitor com cara de paisagem ao final do romance. É uma visão nua e crua da vida. Concordo com muito do livro, mas igual, fiquei incomodada com o balde de água fria. Ele mexe com nosso orgulho, expectativas e pensamentos. O livro pode ser encorajador ou opressor, depende muito de quem você é e que momento está vivendo.

Os dois primeiros recados que a autora quer passar ficam bem claros no livro:
* Todas as escolhas que você fizer trarão coisas boas e ruins.
* Trair é tão ruim quando ser traído.

Os outros ficam para a interpretação.

Tenho certeza que quem optar por ler O Mundo Pós-Aniversário, vai no mínimo pensar em repensar algumas escolhas e reafirmar outras.
Helder 12/03/2014minha estante
Curti demais o final deste livro. Adorei o sarcasmo da autora. Mas não achei um balde de agua fria não. Achei perfeito! Como vc mesma disse, " Todas as escolhas que você fizer trarão coisas boas e ruins."




Carous 24/09/2017

Mais um livro em que parecia que eu lia umas 20 páginas, mas quando via o status no kindle ainda não tinha chegado na metade do livro!
As pessoas daqui vão dizer que não é um livro para qualquer um. Vão dizer que precisa ter uma experiência de vida ou inteligente superior para apreciar essa obra de arte. Aviso: sempre que ouvir ou ler alguma crítica assim, foge porque você já sabe que se trata de algo ruim e algumas pessoas usam esse artifício para te manipular. Ninguém quer ser taxado de burro, devagar, inexperiente. Pois bem, eu nem ligo!

O estilo de Lionel Shriver segue o de Virgina Wolf, com tempo psicológico e eu, no momento, estou sem tempo de saber quando a história está no presente, no passado, na mente do personagem.

Além disso, os personagens são chatos! Daquele tipo intelectual que se acha melhor que todo mundo, blasé mesmo. Já estou cheia de gente assim na vida real - e fugindo de todos -, não vou aturar em leitura por prazer de jeito nenhum!
P. S. Brunno 13/12/2017minha estante
Esse foi um dos livros que mais reli na vida, é perfeito. Intrigante como o que agrada uma pessoa chateia outra.




Mariana Destacio 29/11/2015

O Mundo Pós-Aniversário
Irina e Lawrence são casados há cerca de 9 anos, e conhecem Ramsey - um jogador renomado de sinuca - através de uma amiga de trabalho de Irina - Jude. Aparentemente o casamento de Ramsey e Jude não vai bem, o que faz com que Irina e Lawrence sejam convidados para jantar no aniversário de Ramsey. Isso acaba virando uma rotina dos casais, e quando Jude a Ramsey se separam e o próximo aniversário chega - sem que Lawrence esteja na cidade - sobra para Irina ir fazer as honras.
E então se inicia o mundo pós-aniversário.
O livro apresenta duas histórias: Irina continuando com Lawrence e Irina ficando com Ramsey. Fique meio perdida no início pela forma que o livro é escrito, pois não
pesquisei muito antes de comprar. Simplesmente quis ler outro livro de Lionel depois de "PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN". E novamente, Lionel mostra como o diálogo entre um casal é importantíssimo.

É difícil falar exatamente o que cada personagem nos faz sentir, já que eles agem de formas diferentes nas duas realidades.

Lawrence é um cara inteligente, conservador e estável. E ninguém o veria de outra forma. Com o passar do tempo ele se fixa numa ideia do que é Irina e de como deve ser um casamento, fazendo da rotina uma lei, e se retraindo diante de qualquer mudança. Esse é sem dúvida o personagem mais difícil de falar, - já que é o que apresenta o comportamento mais diferente nas duas realidades - e tive uma séria relação de amor e ódio por ele.

Ramsey parece o cara mais gentil de um lado, mas do outro ele é infantil e irritadiço. Ele ansiava por alguém que estivesse ao seu lado e o exaltasse o tempo todo, não admitindo nada menos do que isso. Mas ele falava o que Irina queria ouvir, e não a reprimia por tudo. Ele oferecia - e compartilhava liberdade.

De uma lado vemos uma mulher que parece ter um casamento feliz, mas no fundo é ignorada. E fica dividida entre frustração, e gratidão. Afinal, todo mundo tem problemas e as coisas poderiam ser bem piores. Se queixar por certas coisas insignificantes não parece certo. E do outro lado, uma mulher que anseia liberdade, mas que quando a busca, não consegue se desgrudar da vida anterior - já que poucas pessoas a apoiam na nova escolha.

Somente lendo para entender - dizer muito mais estragaria - mas basicamente o que o livro me passou:
1) Todos temos alto e baixos.
2) Só se dá valor quando se perde.
3) As vezes é preciso arriscar.
4) Deve-se aprender a viver com as próprias escolhas.

Ao final, vamos descobrindo qual das histórias é a real. E a Lionel não decepciona.

Como no outro livro que li, o dicionário do kindle se fez útil, mas já estou me acostumando com a escrita. E tem várias frases em Russo, já que Irina também é fluente nesse língua e a usa em várias situações.
Além disso, o livro é ambientado em Londres, e se passa principalmente entre 1997 e 2003, falando sobre a situação política daquela época no mundo e fazendo várias menções ao terrorismo - já que o Lawrence trabalha estudando sobre isso - tendo até um destaque sobre o 11 de setembro - e mostrando a posição dos personagens nessas situações.
Nan ® 29/11/2015minha estante
Parece bom, gostei!




83 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR