Camila 28/12/2021"Ninguém que se recuse a ir tão longe quanto estou disposto a ir tem o direito de impedir que eu vá"putz, esse livro foi uma montanha russa pra mim... pensei em desistir algumas várias vezes, mas algo lá no fundo me fazia continuar, e fiquei feliz de ter insistido. o ritmo da ursula le guin já é conhecido pra quem leu algum outro livro dela, então já esperava aquele começo turbulento meio sem entender nada, sabendo que uma hora entenderia (ou não kkkkk). só comecei a engatar de fato na leitura do meio para o final do livro, o que foi uma pena, porque senti que muitas informações importantes da primeira metade acabaram sendo esquecidas por mim.
achei a ursula como sempre bem honesta nas reflexões e críticas (in)diretas que ela faz, sem muito romantismo, mas cirúrgica como de costume. fiquei absurdamente TRANSTORNADA com esse final e por pouco ele não me fez ficar arrependida de ter lido o livro. toda a parte sobre física e simultaneidade deu um nózinho na minha cabeça de humanas, mas quanto mais se lia, mas as ideias iam ficando cada vez mais visíveis na própria disposição da escrita e do livro. me marcou muito o trecho: "se for vista como algo com qualquer propósito, a Revolução jamais começará de verdade", e não sei faz muito sentido, mas pra mim se conectou bastante com o próprio final abrupto e aberto deixado pela le guin. a incerteza do fim não anula o processo...