Maria.Clara 19/04/2022
Necessário.
Esse livro veio a mim através de várias amigas que disseram que era um trabalho de pesquisa maravilhoso. Fui sem nenhuma expectativa e sem ler nada sobre ele. Quando descobri que o descobri que esse seria um livro sobre a ditadura militar e sua tortura, principalmente sobre a tortura que os pais do Matheus Leitão sofreram(sendo a sua mãe a jornalista Míriam Leitão). Pensei que seria o livro perfeito para começar os meus estudos sobre o assunto, felizmente estava certa sobre isso.
Há todo tempo pensei se eu como uma jovem de 19 anos de idade daria conta de sofrer o que Míriam sofreu com essa mesma idade, será que se houvesse outra ditadura conseguiria passar por tudo isso com bravura? Eu certamente, não me calaria e tentaria lutar com todas as minhas forças contra o sistema opressor.
Cada relato, cada entrevista, cada frase marcada ficará comigo guardado, como símbolo que isso deve ser falado por mais doloroso que seja, por mais intimista que pareça. A história, os livros históricos tem como dever relembrar o passado e não deixar que a gente repita ele. Quem esquece da sua própria história, está condenado a repeti-la.
Frase favorita do livro entre tantas outras:
?[...] Quem tem direito ao esquecimento são as vítimas ou os parentes da vítimas, que, por problemas próprios que não cabe aqui discutir, não querem ver mais o assunto ser debatido e os nomes trazidos de novo à discussão. no que se refere aos algozes, o direito é ao contrário, é o direito à verdade. A sociedade brasileira tem que saber o que se passou para que num futuro, que eu espero inexistente, mas se houver, possamos analisar quão grave é a quebra de um regime democrático e a implantação de um regime totalitário[...]?