A Distância Que Nos Separa

A Distância Que Nos Separa Kasie West




Resenhas - A Distância que nos Separa


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GeovannaLandim 16/01/2023

"? Eu te amo ? sussurro. ? Oi? Não ouvi. ? Não abusa. ? Também te amo? ele diz e cola o rosto ao meu. ? Muito."

"Xander pegou o ridículo, o hidrante de incêndio da minha canção , e me fez perceber que ela pode ser algo mais, algo diferente."
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Hannah Garcia 14/01/2023

O que falar de Kasie West
A Kasie já se tornou uma das minhas autoras favoritas e uma autora conforto.
Todos os livros dela me dão vontade de ler mais e me fazem ficar viciada. Espero que lancem mais livros dela aqui no Brasil
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Yasmim 14/01/2023

Preocupada comigo, li esse muito rápido KKKKKKKK
Muito bom o livro, me prendeu do início ao fim. Kasie West não decepciona nunca, me prendo em todos os livros que leio dessa mulher, e me apaixono por todos os caras que ela escreve?
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anddwss 04/01/2023

Esse livro é bem característico da Kasie, se vc leu outros livros dela não vai se surpreender tanto, mas se é a primeira vez pode se decepcionar um pouco com o final por causa das pontas soltas e de como ele se torna livre pra imaginação de cada um.

Eu achei a parte do triângulo amoroso um pouco chata, mas fora isso foi um livro q eu gostei, eu realmente precisava de um livro levinho e bobinho assim

????

? Posso ajudar, senhor? ? Só minha mãe teria percebido o sarcasmo que tempera a pergunta.
? Sim, preciso de uma boneca.
? Desculpe, não temos
[...]
? Engraçado ? ele responde, mas não como se realmente visse graça na piada. É mais como se não quisesse me ouvir falar. E ele ainda não olhou para mim. ? Qual dessas você acha que agradaria a uma mulher idosa?
? Todas.

? Por que o cachorro não tem nome? ? E lê alto o título na caixa: ? ?Peggy e cachorro.? ? Porque as pessoas gostam de dar aos animais o nome de seus amados bichinhos de estimação.
? É mesmo?
? Não. Não sei. Posso dar o telefone do fabricante, se quiser perguntar.
? Você tem o número do telefone de quem fez essa boneca?
? Não. ? Digito o preço da boneca no teclado da caixa registradora e aperto ?total?.
? Você é difícil de ler ? ele comenta.

? Recebi uma missão incomum ? ele diz.
? Mais um dia convivendo com a plebe e aprendendo a dar mais valor a sua vida?
? Mais ou menos isso ? ele resmunga.

? Eu nem imaginava, só isso.
? Quer dizer que ela nunca fala sobre o neto brilhante?
? Pensei que ela fosse mandar o Alex.
? Eu sou o Alex.

? Manda um oi para sua avó por mim.
? E ela vai saber quem é o ?mim??
? Todo mundo sabe.
? Todo mundo menos eu, aparentemente. ? Ele pega o celular e digita alguma coisa.
? O que está fazendo?
? Mandando seu oi para minha avó.
Reviro os olhos.
? Isso é jogo sujo.
? Não sabia que estávamos jogando
[...]
? Caymen? ? Ele levanta as sobrancelhas para mim. Dou de ombros. ? Bom, a Caymen mandou um oi... Doce? Não sei se é doce, mas é interessante. Eu estou sendo gentil. Você devia dizer a ela para ser gentil. Ela nem me disse o nome... Não, não é porque eu fui grosseiro.

? Caymen.
? Xander.
? Isso quer dizer que eu ganhei o jogo?
? Não sabia que estávamos jogando.
Ele pega a boneca e se afasta com um sorriso daqueles, mordendo o lábio.
? Acho que sabia sim.

? Ah, alguém perguntou de você ontem à noite.
? Onde?
? No Scream Shout.
? Quem?
? Não sei, um cara que parecia ter dinheiro para ser dono do bar. Roupas de grife, dentes brancos...
Por alguma razão, isso provoca em mim um arrepio de medo.
? O Xander?
Ela dá de ombros.
? Não sei. Ele não falou o nome dele.

? Alô, Dolls and More.
? Uma semana atrás, alguém me avisou para não comer os muffins de mirtilo da Eddie?s, mas eu não dei atenção ao conselho. Agora tenho essa vontade desesperadora nas horas mais absurdas.
Sinto um alívio tão grande por saber quem é que deixo escapar um misto de risada e suspiro, depois pigarreio tentando disfarçar.
? Eles são preparados com substâncias viciantes.
? Agora eu acredito.
Sorrio.
? E aí, vai me deixar entrar? Está frio aqui fora. Eu divido o muffin.
Olho para a porta.
? Acho que esse muffin pode até ter o seu nome na embalagem... Ah, não, desculpa, é o meu nome.
? Eu...
? Você não quer que eu morra de hipotermia, quer?
? Acho que aqui não faz frio suficiente para isso

? Oi. ? A voz dele ecoa no telefone que ainda seguro junto da orelha. Desligo o aparelho.
[...]
? Chocolate quente. ? Levanta o copo na mão direita. ? Ou café. ? Repete o gesto com o copo da mão esquerda. ? Bebi um gole de cada um, tanto faz para mim.
Legal. Talvez a riqueza seja uma doença contagiosa. Aponto para a sua mão direita.
? Chocolate quente.
? Achei mesmo que você seria uma garota que gosta de chocolate quente.

? Seu olhar persistente pode deixar um cara inseguro.
? Não é um olhar persistente, só estou... observando.
? Qual é a diferença?
? A intenção de observar é obter dados e formar uma teoria, ou chegar a uma conclusão.
Ele inclina a cabeça.
? E que teoria você formou?
Você está pelo menos um passo afastado da normalidade. O enorme anel preto em seu dedo mínimo bate em uma cadeira de balanço quando ele vira para olhar a loja escura. Levanto as sobrancelhas. Talvez dois passos.
? Você é uma pessoa matinal.
Ele abre os braços como se reconhecesse a precisão da minha declaração.
? Eu também fiz uma observação ? diz.
? Ah, é?
? Seu cabelo está molhado.
Ah, é verdade.
? Bom, você me pegou de surpresa. Não acordo toda arrumada e perfeita.

? Nota mental: Caymen é muito boa em sarcasmo.
? Se você está criando um registro oficial de notas mentais, faça o favor de substituir a palavra ?muito? por ?excepcionalmente?.

? Tudo bem, sua vez ? ele diz.
? De quê?
? De me fazer uma pergunta.
? Tudo bem... hum... Você sempre força as garotas a te convidarem para entrar?
? Nunca. Elas sempre me convidam espontaneamente.
? É claro.

? Me conta, srta. Observadora: qual foi a primeira impressão que você teve de mim?
? Quando você veio à loja?
? Sim.
Essa é fácil.
? Arrogante.
? Sério? Por quê?
Ele está surpreso?
? Achei que era a minha vez de perguntar.
? Quê?
? Não é assim que funciona? Cada um faz uma pergunta?

? O que você não fez e quer fazer?
Dou de ombros.
? Não sei. Tento não pensar muito nisso. Estou satisfeita com a vida que tenho. Acho que a infelicidade é resultado de expectativas frustradas.
? O que significa que quanto menos você espera da vida...
? Não. Não é bem assim. Só tento ser feliz e não querer mais do que posso. ? Bom, pelo menos nesse objetivo eu estou melhorando. E ter gente como ele por perto só serve como um lembrete de tudo que não tenho.
Ele termina de comer o muffin e joga o papel dentro do saquinho.
? E funciona? Você é feliz?
? Na maior parte do tempo, sim.
Ele levanta o copo térmico para um brinde.
? E isso é tudo que importa, certo?

? Está no último ano?
Ele faz que sim com a cabeça.
? E você?
? Também. ? Levanto o copo. ? Obrigada pelo café da manhã.
? De nada.

? Acho que tem uma reunião de viciados em muffin toda quinta-feira à noite no Luigi?s. Se não resolver, ouvi dizer que existe um comprimido.
? Acho que não quero superar o vício ? ele responde.
Olho para ele de lado. Ainda estamos falando dos muffins, não estamos?
? Sinto muito.

? Você está usando lentes de contato?
? Quê? Essa é a pergunta?
? Sim.
? Não estou. Por quê?
? Nunca vi olhos tão verdes. Pensei que fosse lente colorida.
Viro a cabeça para esconder o sorriso e, mentalmente, xingo Xander por me fazer sentir especial.
? E você?
? É claro que não. Você acha que eu teria olhos castanhos de propósito? Que coisa sem graça.
? Os reflexos dourados criam a impressão de que eles são cor de âmbar

? Qual é o ramo de negócios da sua família?
Ele inclina a cabeça, como se tentasse decidir se a pergunta é séria.
? The Road?s End.
? Vocês são donos do hotel?
? Mais ou menos isso.
? Como assim, mais ou menos? Ou são, ou não são.
? São quinhentos hotéis.
? Ah.
? No total.
? Ah! ? Entendi. ? Vocês são donos de todos eles... ? Caramba. O cara não é só rico. Ele é RICO. Meu corpo inteiro fica tenso.
? Sim. Estou sendo preparado para assumir a rede um dia. Como você.
Como eu.
? Praticamente almas gêmeas.

? Você disse para eu tentar vender o que temos no estoque.
? Não à custa dos sentimentos daquela mulher.
? Sentimentos não custam nada. Bonecas custam.
Ela sorri para mim e passa a mão no meu rosto.
? Sentimentos, minha querida, são a coisa mais valiosa do universo. Um dia você vai aprender.

? Normalmente você tem um comentário sarcástico quando me encontra.
? Sou sua dose diária de maus-tratos?
? Mais ou menos isso. ? Ele tosse baixinho

? Você não sabe o que quer fazer da vida. Eu também não sei o que quero fazer da minha. Mas nós dois sabemos que não queremos saber de bonecas e hotéis.
? Parece horrível, mas continuo ouvindo.
? Então vou descobrir o seu destino, e você pode descobrir o meu.
? Como é que é?
? Vou tentar descobrir o que você gosta de fazer.
? Como?
? Experimentando coisas diferentes, é claro. Um dia da profissão, se você topar. Eu posso marcar o primeiro. Amanhã, à uma da tarde. Esteja pronta.
? Amanhã é sábado. Você não tem uma partida de tênis para ver, ou alguma coisa do tipo?
? Ah, não, eu odeio tênis.

? Quer dizer que, se você tivesse celular, não me daria o número?
Demoro um segundo para perceber que ele está retomando nossa conversa anterior.
? Eu não disse isso. Só apontei que esse não era um fator concreto para comprovar a sua teoria.
Ele abaixa o visor na minha frente e abre um espelho.

? Que foi?
? Você usa luva para dirigir.
? E daí?
? É engraçado.
? Engraçado fofo?
Balanço a cabeça.
? Se você diz...

? Por que tenho a sensação de que você não queria que eu conhecesse a sua mãe?
Pensei que ele não havia percebido. Mas percebeu.
? Porque eu não queria.
? Bom, isso explica a sensação.
? Ela... Vamos dizer que eu preciso de um tempo antes de apresentar vocês dois. ? Cinquenta anos seriam suficientes, acho.
? Tenho certeza de que eu gostaria dela.
Dou risada.
? Ah, gostaria, sim.
Ele para em um cruzamento, e três mulheres vestidas com casacos coloridos atravessam a rua na frente do carro.
? Espera, você está insinuando que ela não gostaria de mim? Nunca conheci uma mulher que não gostasse de mim.
Olho para as mãos enluvadas.
? Tem uma primeira vez para tudo.

? Você não me contou que era o modelo.
? Não falei que o meu pai queria que eu fosse a cara dos negócios? ? ele responde e baixa o olhar. É a primeira vez que o vejo ficar vermelho. ? É constrangedor, mas ele descobriu que as pessoas se sentem mais atraídas por fotos nas quais há vida.
? Quer dizer que essas fotografias são para flyers, coisas assim?
? Para o site da rede, basicamente, mas, sim, também vão aparecer nos flyers.
Um site. Por que não temos um site para a loja de bonecas? Sorrio e levanto a câmera diante de um olho.
? Tudo bem, capricha. Faz um esforço.

? Relaxa, Xander ? peço em dado momento.
? Quê? Estou relaxado.
? Está muito formal. A ideia é de que você está em férias, não é? Você precisa ter uma atitude adequada.
? Eu estou de terno. A ideia é dar a impressão de que estou em uma reunião de negócios ou alguma coisa assim.
? Reunião dos funcionários tensos?

? Não.
? Ah, agora é a sua vez de ficar do outro lado da câmera. Preciso ver se a carreira de modelo não faz parte das suas possibilidades.
? Não tem a menor chance.
? Com esses olhos? ? Mais uma foto. ? É uma possibilidade, sim.
Pode ser minha imaginação, mas ele parece estar flertando. Engulo o nó na garganta.
? Esses olhos estão prestes a cometer um redrum.
Ele ri mais alto do que jamais o ouvi rir antes, confirmando minha suspeita de que está fazendo tudo isso para impressionar o pai.
? Vai, Caymen, relaxa ? diz, repetindo minhas palavras.

? E aí, fotografia? É o seu futuro?
? Faz parte da lista de possibilidades.
? Achei que você poderia gostar, porque você disse que gosta de ciências, o que exige observação e atenção aos detalhes. Você é boa nisso, e essas características são muito úteis para quem olha por um visor.
Eu o encaro, surpresa.
? Que foi? ? ele pergunta.
Percebo que devo parecer chocada e viro para olhar o reflexo turvo de nós dois nas portas douradas do elevador.
? Eu... Obrigada... por notar.

? Que número você calça? ? pergunto.
? Quarenta e três. Espera... vamos comprar sapatos aqui? Não sei se consigo usar sapatos que outras pessoas já usaram.
? Acho que você acabou de fazer uma afirmação filosófica. Mas vai ter que encarar, gato, porque é isso ou acabar com seus lindos sapatos.
? Não me importo de estragar os meus.
? Espera. Eu disse que você tem escolha? Esquece, não confio nas suas escolhas. Vamos comprar seus sapatos aqui.

? Quinze dólares? Por tudo isso?
Quando voltamos para o carro, ele ainda está surpreso.
? Eu paguei trinta dólares por um par de meias na semana passada.
? Porque é idiota.
? Valeu.
? Adorei seus sapatos novos, aliás.
Ele revira os olhos.
? Se humilhação é uma carreira, vou avisar logo que não estou interessado.
? Mas você seria muito bom nisso.

? Coveiro? ? ele pergunta quando começamos a andar. ? Sério? Você realmente acha que essa é uma opção?
? Não é só cavar um túmulo, Xander. Tem a ver com todo este lugar. Viver uma vida pacata cercado de morte tranquila.
? Você é mórbida.

? Pena eu não ter trazido luvas. ? Ele abre uma das mãos, e vejo uma bolha de sangue na palma.
? Xander!
? Que foi?
Pego a mão dele e a examino com atenção, tocando com cuidado a pele ferida.
? Você não falou que tinha machucado a mão. ? Eu havia puxado as mangas do moletom sobre as minhas. O dele era meio pequeno para isso.
? Não é tão grave.

? Espera ? diz Xander. ? Um trator vai acabar de cavar o buraco?
? Sim, eles não cavam sepulturas com pás há anos. Só achei que seria divertido.
? Eu vou te matar.
? Bom, estamos no lugar perfeito.

? Você é diferente, Caymen.
? Diferente de quê?
? De todas as garotas que eu já conheci.
Considerando que as garotas que ele conhece devem ter cinquenta vezes mais dinheiro que eu, não é muito difícil ser diferente. Pensar nisso faz meus olhos arderem.
? É animador. Você me faz sentir normal.
? Humm... Acho que eu preciso me esforçar mais, porque você está bem longe da normalidade

? Não vai mesmo me deixar dirigir? Você deixou o manobrista do hotel estacionar o seu carro.
? Aquilo era um estacionamento. E, se você bater o meu carro, não vamos mais poder ser amigos. O que seria de você?
? Não tem mais três iguais a este?
? Quatro, na verdade, mas quem liga?

? Ele conheceu a sua mãe?
? Quê? Quem?
? O cara do piercing na boca.
? O Mason. Sim, conheceu.
? Sua mãe aprova esse cara, e você ficou com medo de ela não me aprovar?
? Os amigos do Mason nunca me chamaram de vira-lata. É tão difícil assim de entender?
? O quê?
? Eu ouvi o que o seu amigo falou.
Ele ri com amargura.
? Por isso que você foi embora? Você devia ter ficado e ouvido um pouco mais, porque ele estava falando da minha camisa. Ele chama flanela de ?tecido de quem pega cachorro?
? Bom, ainda bem que você nunca mais vai ter que usar aquela camisa ? comento.
Ele tira a chave do bolso.
? Tchau, Caymen.
? Tchau.

? Oi. Não sabia que você viria.
? Nem eu

? Que foi? ? ele pergunta.
? O quê?
? Você estava me encarando.
? Não estava ? protesto.
? Estava sim. Não estava? ? ele pergunta para Skye.
? É, estava.
? Bom, estou tentando decidir que motivos você tem pra viver.
? Como é que é?
Abro os braços para mostrar o estúdio incrível no meio do quintal da casa dele.
? Como você consegue sair da cama todos os dias com um futuro tão deprimente?
? Na verdade, alguém está me auxiliando com isso. Espero que ela possa me ajudar a descobrir o que eu vou fazer no futuro.

? Você é uma peste. Sabe disso, não sabe? ? Xander fala bem perto da minha orelha.
Ele me solta e eu viro sorrindo.
? Não, você que é. Eu disse que não queria que você conhecesse a minha mãe agora. Mas você não respeitou a minha vontade.
? É verdade. Eu queria provar que todas as mães gostam de mim. E a sua não é exceção. Ela me amou.
Meu coração falha por um segundo.
? Sério?
? Eu não sabia que ia me custar cento e cinquenta dólares para provar, mas ela ficou encantada.

? Você comprou uma boneca? ? Ele não está segurando um pacote, por isso o agarro pelas lapelas da jaqueta e olho dentro dela.
? Não está em mim, mulher. Eu guardei no carro.
? Qual você comprou?
? Você acha que eu lembro?
? Eu sei que lembra.
? A Daphne.
? Comprou uma chorona?
? Sim, eu estava meio frustrado, e aquela boneca chorona representa muito bem o meu humor. Vou dar de presente para a minha avó no próximo aniversário dela. ? E olhou para baixo. ? Você pensou que eu tivesse escondido a boneca no casaco?
Percebo que ainda estou agarrada à jaqueta dele.
? Se o seu ego cabe aí dentro, qualquer coisa é possível.

? Pensei que você estivesse fora da cidade.
Ele dá de ombros.
? Já voltei.
? Não esperava te ver antes do sábado. ? Minha voz está meio ofegante.
? Não consegui esperar.

? Quer ir comigo à festa beneficente?
? Quê?
? Daqui a duas semanas. Eles vão dançar, fazer fofoca, arrancar dinheiro das pessoas. Para minha mãe, isso é caridade.
? Outro dia da profissão?
? Não.
Encaro os olhos dele. Não seria mais adequado convidar a namorada?
? Já tenho planos para essa noite.
? O que você vai fazer?
? Evitar uma festa beneficente.

? Precisa de alguma coisa?
De você.
? Preciso do meu chocolate quente matinal, porque alguém me levou para o vício e depois interrompeu o fornecimento.
? Isso é um jeito sutil de dizer que sentiu minha falta na semana passada?
? Senti falta do chocolate quente. Penso em você somente como o cara que o traz para mim.
Quando esqueço o seu nome, falo que você é o cara do chocolate quente.
Ele dá uma risadinha, e eu me pego querendo poder ver seu rosto, ver como seus olhos se iluminam quando ele sorri.
? E eu senti falta do seu humor.

? Caymen?
? Sim?
? Não precisa desligar. Se quiser conversar mais, estou com tempo.

Ele toca meu cotovelo.
? Tudo bem?
? Sim, por que não estaria?
Ele não deve acreditar, porque me abraça. Fecho os olhos e inspiro seu cheiro.
? Estou aqui ? Xander fala com a boca no meu cabelo.
?Por quanto tempo??, quero perguntar. Mas digo:
? Você é um bom amigo. ? E me solto do abraço.

? Oi ? ele diz.
? Desculpa.
? Por quê?
? Por você não perder uma chance de me paquerar.
Ele ri.
? É você quem está no meu colo. Eu estava aqui, quieto, cuidando das minhas coisas.
? A culpa é do avião, então?
? É claro.
Tento levantar, mas ele me puxa de volta.
? Cara, que voo turbulento ? comenta.
? Engraçadinho

? Ela é muito sarcástica.
Bato no encosto de cabeça do banco de Xander.
? Já combinamos que esse comentário teria que ser sempre acompanhado pela palavra ?excepcionalmente?.
? Estou tentando não te incentivar.
? E acha que vai dar certo?

? Está se divertindo? ? Xander pergunta. Agora eu o sinto perto de mim, sinto o calor de seu corpo provocando um arrepio em minhas costas.
? Sim. É incrível.
? Nunca te vi tão feliz.
E eu nunca me senti tão feliz. Ainda estou olhando pelo microscópio, mas não vejo nada, porque o hálito de Xander toca suavemente um lado do meu pescoço. Meu corpo reage e, quase involuntariamente, se aproxima de seu peito.
Ele passa os braços em torno dos meus ombros.
? Você devia estudar ciências. Não necessariamente aqui, mas onde for melhor pra você. Já consigo te ver toda fofa de jaleco branco.
Sorrio.
? É uma boa ideia. Talvez daqui a um ano

? Caymen. ? A voz dele é desaprovadora, como se soubesse em que estou pensando. ? Isso é um erro.
? Bom, não tenho muita opção, Xander.
? Você tem todas as opções que der a si mesma.
? Por que você se importa com isso? ? sussurro.
Por um segundo penso que Xander não me ouviu, porque estou virada para o outro lado, com seus braços ainda envolvendo meus ombros, quando ele diz:
? Porque eu me importo com você.

? Você vai me matar ? ele comenta, ofegante.
? Desculpa
[...]
? Caymen?
? Hum?
? Você parece com medo. Isso te assusta?
? Muito.
? Por quê?
? Porque eu não trouxe bala de hortelã.
? Agora a resposta verdadeira...
? Porque eu tenho medo do jogo acabar depois que você conseguir o que quer.
[...]
? Não sabia que era um jogo ? ele responde.

? Você queria me beijar?
? A palavra é quero. Eu ainda quero te beijar. ? E toco seus lábios com os meus.

? Uau ? falo enquanto giro num círculo lento. ? É aqui que vamos ver O iluminado.
Um canto de sua boca se ergue num meio sorriso, e ele se aproxima de uma prateleira coberta de DVDs, de onde tira um disco cuja capa tem a foto de Jack Nicholson mostrando o rosto assustador na fresta de uma porta.
? Você tem o filme?
? Eu comprei. Você disse que íamos ver.

? Aliás, muito obrigado.
? Por quê?
? Por me lembrar como é ser tratado como uma pessoa normal. Fazia tempo que eu não conhecia alguém que não sabia quem eu era.

? É tão bom ter você aqui. Na minha casa. Você devia vir todo dia.
Dou risada.
? Sou melhor em pequenas doses.

? Eu te levo de volta.
? Vou ficar ? respondo.
? Tudo bem. ? Xander começa a se afastar.
? Desculpa ? digo para suas costas. Ele para. ? Só estou pensando em mim. Você fez coisas incríveis por mim, e eu não fiz nada por você. Te levei para cavar uma cova. Você me levou para conhecer a Universidade de Nevada.
Ele vira e olha para mim.
Aponto para a rua.
? Eu ia te levar ao Eddie?s. Ele prometeu que nos ensinaria a fazer seus famosos muffins e contaria como abriu a padaria, essas coisas. Achei que você ia gostar, porque adora comida, e pensei que se daria bem como dono de restaurante ou algo assim. Mas isso tudo aconteceu e...

? Comprei um vestido ? conto naquele estado de glória.
? Hum... que empolgante.
? Se ainda quiser, posso ir com você à festa beneficente no sábado.
? Se eu quiser? ? Ele balança a cabeça. ? Eu vou adorar ter você comigo na festa. Pensei que você não quisesse. Sim, vamos.

? Você está linda.
? Estou me sentindo uma fraude.
? Por quê? Você não passou a vida indo a festas como essa?
? Ah, sim, toneladas delas. ? Bato no braço dele.
? Sorte sua. Minha mãe me obriga a ir.
? Ela tem razão. Seria um crime privar o mundo de te ver de terno.
Xander ajeita a bainha do paletó.
? Gostou?
? Sim. Muito.

? Minha mãe e eu tivemos uma briga feia.
? Por minha causa.
? Quanta arrogância. Você acha que tudo tem a ver com você?
? Por que você brigou com ela?
? Por sua causa.

? Trate bem a Caymen, ou vai se ver comigo. ? Ela aponta para Xander com ar ameaçador.
? Você não devia dizer isso a ela sobre mim? Seu neto sou eu, afinal. ? Ele se curva, beija o rosto da avó e cochicha algo que faz a sra. Dalton dar risada.
? O que você disse a ela? ? pergunto quando nos afastamos.
? Disse que você é perfeitamente capaz de fazer e cumprir suas próprias ameaças e que não precisa de guarda-costas.
? Isso é verdade.

? Vem, estão tocando a nossa música.
Ouço com atenção. Tem uma banda em um canto do salão, e a música é clássica. Como Lucas havia mencionado, não tem vocalista.
? Essa é a nossa música?
? Bom, é a sua banda, lembra? Portanto qualquer música que eles tocarem é nossa.
? Ah, verdade

? É bom ver o meu filho sorrindo assim. Um sorriso o deixa ainda mais bonito, não acha?
? Eu chamo esse sorriso de arma secreta.
Xander franze a testa.
? Chama?
? Na maior parte do tempo só em pensamento, mas às vezes pelas suas costas

? Que foi? O que eu fiz? ? Xander pergunta.
Devo estar disparando raios mortais pelos olhos, porque estou furiosa.
? Você só gostou de mim porque pensou... ? Não consigo terminar a frase. Estou muito brava.
Não só com ele. Com tudo. Com minha mãe, com a situação, com os avós que nem conheço. ? Tenho que ir.

? O que é?
? Quase esqueci quanto uma pessoa pode ficar insegura com esse seu olhar.
Espero que ele explique o que faz aqui.
? Muito bem, acho que a bola está comigo. ? Ele respira fundo. ? Estou diante da possibilidade de fracasso. Estou apostando tudo, mesmo sabendo que posso perder. E estou apavorado.
Engulo em seco, lutando contra o impulso de confortá-lo.
? Mas, como você disse, qualquer coisa que valha a pena ter também vale o risco

? Por que você está sorrindo como se tivesse ganhado alguma coisa?
? Porque você acabou de ser sarcástica comigo. E você só é sarcástica quando está de bom humor. E, se está de bom humor, não deve estar muito brava comigo.
? Sou sarcástica o tempo todo, Xander, de bom ou de mau humor. Não precisa fazer um gráfico.
Ele ri.
? Você tem ideia de como eu senti sua falta?

? Eu te amo ? sussurro.
? Oi? Não ouvi.
? Não abusa.
? Também te amo ? ele diz e cola o rosto ao meu. ? Muito.

? Pronto para a conversa pós-tempestade com a minha mãe?
? Não sei por quê, mas não me sinto tão confiante quanto naquele dia em que a conheci.
? Vai dar tudo certo. Todas as mães te adoram, lembra?
Ele dobra os joelhos, segura minha cintura e me tira do chão. Só a ponta dos meus pés toca o piso.
? Enquanto a filha dela me amar, eu encaro qualquer coisa.
? Até redrum? Porque, quando sairmos daqui, vamos para a sua casa ver O iluminado.
? Agora que eu sei que a rede de hotéis é o meu futuro, você acha mesmo que é uma boa ideia?
Sinto o sorriso dele no meu rosto.
? Não se preocupa, pode cobrir os olhos. Não vou rir de você... muito.
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emanuellebomfim 31/12/2022

ok
Dps de namorado de aluguel eu fiquei muito ansiosa para ler outros livros da mesma escritora, porque eu amei o livro, mas esse eu não gostei com a mesma intensidade, apesar de ter achado legal não foi um livro que eu amei tanto quanto o namorado de aluguel
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Minhasleiturasofc 30/12/2022

A distância que nos separa
Caymen Meyers aprendeu desde cedo a não confiar nos ricos. E, depois de anos observando-os, ela tem certeza de que eles são bons em apenas uma coisa: gastar dinheiro em inutilidades, como as bonecas de porcelana da loja de sua mãe.

Assim, quando Xander Spence entra na loja, basta um único olhar para Caymen perceber que ele tem muita grana. Apesar de ele ser um fofo e entendê-la como ninguém, Caymen é esperta e sabe que o interesse de Xander não vai durar. Porque, se tem algo que ela aprendeu com a mãe, é que caras ricos vão inevitavelmente partir o seu coração. Mason, o cantor de rock tatuado ? e classe média ?, tem muito mais a ver com ela, certo? Então por que ela não consegue tirar Xander da cabeça?

Quando a amizade e a lealdade de Xander estão prestes a convencer Caymen de que ser rico não é uma falha de caráter, ela descobre que o dinheiro tem um papel muito maior no relacionamento dos dois do que ela poderia imaginar.

Será que Caymen vai arriscar ter o coração partido para encontrar o seu verdadeiro amor?


?
 
? A distância que nos separa é um livro leve e interessante. Ele traz um pouquinho sobre assuntos como faculdade,primeiro emprego e pressão social para ser alguém. O livro é curtinho,com leitura rápida e fluida.

? Caymem é uma jovem sarcástica,que trabalha na loja da mãe para ajudar,a loja de bonecas de porcelana.
Caymen vive com a mãe no pequeno apartamento acima da loja de bonecas que ela abriu após a garota nascer. Abandonadas pelo pai de Cayman,que família é rica,enquanto sua mãe ainda estava grávida, ela recebe um dinheiro e compra a loja e passam a viver disso.
Ela praticamente não tem diversão,vive pra ajudar a mãe com o único negócio que tem. Os negócios não vão bem e cada dia mais estão próximos a falência.

De outro ângulo temos Alexander (Xander),um jovem rico que vai herdar boa parte dos negócios da familia. Ele não quer isso,porém é pressionado.

Eles se conhecem na loja de bonecas quando ele vai comprar uma boneca de porcelana para a avó. São de mundos diferentes,e ela já aprendeu que não vale a pena se envolver com pessoas ricas,devido ao seu pai abandonar ela e mãe. A única coisa que tem em comum são as cobranças e a vontade de sonhar.

Ele vive rodeado de tudo que quer,enquanto ela é pobre ,trabalha pra ajudar a mãe. Mas apesar de terem condições diferente eles se aproximam,ela até tenta evitar gostar dele,mas surge uma amizade que fazem eles acabarem se apaixonando.

? Algumas cenas são bem divertidas como a brincadeira das profissões que eles fazem pra ver no que melhor se encaixam. Esse foi o livro que menos gostei dos que li da autora,mais o clichê é cativante,só deveria ser mais estruturado. O enredo foi muito rápido e não me fez gostar da leitura,como em Namorado de Aluguel da mesma autora. Mas é um clichê ótimo pra passar o tempo.
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Lindybooks 21/12/2022

Distância?
Eu amo de paixão a Kasie, por incrivél que pareça eu conheci ela por uma amiga que eu fiz aqui no skoob, ela me indicou os livros dela e eu amei, já todos (no pprtuguês né kkkkkk
esse sinceramente foi um dos meus fvfvs, eu amei como ele n desiste dela, como mesmo com essa difernça que separa tanta gente eles ficaram juntos, esse amor pelo musica e cara, eu tinha certeza que os pais dele iam ser uns merdas e eles foram maravilhosos! Simplimente amei a vibe, curti demais !
@lindysus
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Rafaela.Alves 16/12/2022

Aquele romance levinho mais +14 que cura ressaca literaria
A escrita é fluida fiquei com gosto de quero mais mas não teve pontas soltas alem de a protagonista fazer a gente rir muito com a ironia dela fora que o protagonista masculino é maravilhoso com ela serio vale super a pena lerem esse daqui
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luara29 16/12/2022

Leitura maravilhosa, muito rápida, clara e me prendeu do início ao fim.
Um romancezinho muito gostoso que eu acredito que pode, sim, curar ressaca literária, viu?
Eu quero um Xander pra mimmmm!!!
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Lana162 13/12/2022

Epílogo...
Fraco, óbvio e cheio de pontas soltas. A autora nem se dignou a fazer um epílogo pra ajudar a melhorar o livro, mas já li livros bem melhores em que o epílogo nem fez falta (mas NÃO é o caso desse, infelizmente)
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Patricia 03/12/2022

Um romance adolescente, recheado de deliciosos clichês. Xander é adorável e Caymen possui tiradas divertidíssimas.
Um livre leve, sem grandes pretensões, porém delicioso.
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Nickk 02/12/2022

a kasie ela-
Qualquer livro da Kasie é perfeito, mas esse.........
Um enemies to friends e friends tô lovers é impecável!
O enredo é super bem desenvolvido e o plot no final é surpreendente, pena que a kasie deixou o finalzinho aberto, mas em geral o livro é perfeito!!!!
(eu amo a kasie west, mds)
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kalisfc 27/11/2022

É um excelente livro mas confesso que esperei muito mais por ser da mesma autora de "Namorado de Aluguel". É bom, um romance leve e tem bastante diálogos, recomendo.
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.lilous 12/11/2022

a distância entre nós
eu não gostei muitokkk, mas não achei de um todo ruim tem uma história clichê, personagens clichês e tudo. É algo que você ler só pra passar o tempo uma leitura leve, com partes engraçadas e um romancizinho
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