Resenhas - Coisas Frágeis

Andrea 05/04/2012

Mais para não gosto do que gosto
Ao pensar nos nove contos de Neil Gaiman a primeira palavra que me vem à mente é: estranho. Mesmo passados alguns dias após o término da leitura, ainda não sei se gosto ou desgosto.

A escrita é rápida, algumas vezes subentendidas, outras escandalosamente diretas. Mas uma coisa é certa: não é leitura para quem gosta de histórias bonitinhas, mas também não chega a surpreender fãs de contos fantásticos em algumas de suas histórias.

Meu conto favorito foi “A Vez de Outubro”, ao relatar a decisão do filho caçula ao se sentir inferior aos seus irmãos mais velhos. O que parecia uma birra de pré-adolescente, mostra o quanto às comparações podem influenciar nos caminhos de quem não tem força para lutar contra.

A ironia, na minha opinião, ficou no conto “O Pássaro-do-Sol”, onde o desejo pelo diferente parece uma maldição que atinge gerações das mesmas famílias. Já o “Monarca do Vale” coloca ação, mitologia e uma certa lição de moral.

Resenha completa em: http://literamandoliteraturando.blogspot.com.br/2012/03/coisas-frageis.html

newtonlbneto 26/03/2012

Excelente
Neil é Fenomenal. Tudo que ele escreve é gostoso de ler. Prende do início ao fim. Este livro de contos em particular é sensacional, o último conto é de Shadow, o sinistro Baldur de Deuses Americanos. É um conto pós Deuses Americanos. Vale muito a pena ler. =)

Sal 21/02/2012

Bom!
Textos criativos, ligeiramente obscuros e inteligentes.
Talvez por limitação minha, não me contento com histórias que não tem um fianal conclusivo e amarrado. Algo como tudo mundo fica feliz, ou todo mundo morre, enfim, que termine de fato. A ausência disto em alguns contos é o único porquê que não dou a nota máxima.

Camila(Aetria) 17/02/2012

Diferente
Os contos são extremamente perturbadores.
E houveram alguns que honestamente me trouxeram à mente a escrita de Stephen King. Principalmente os do Sr. Alice e o do "Como conversar com garotas em festas".
E digo honestamente que quando li o Lembranças e Tesouros não gostei. Sei lá o porque. Mas quando cheguei no O Monarca do Vale, mudei de opinião e fiquei com vontade de ver mais histórias sobre o Sr. Smith e o Sr. Alice, tanto que julgo esse conto meu preferido, juntamente com o Como conversar com garotas em festas e O Pássaro-do-sol.
Em algumas partes me irritou um pouco não ter uma chave para uma conclusão mais clara, mas ao mesmo tempo achei incrível o fato de logo após ler a gente ficar pensando freneticamente em soluções para os tantos mistérios presentes em cada conto. Em alguns as conclusões são muito mais fáceis, em outros um quase nada de ajuda lhe é dado.
E me encantou muito a introdução de cada conto. Ela ajuda muito a saber um contexto, uma explicação, a origem de cada coisa.

Pandora 31/01/2012

As "coisas frágeis" são, na verdade, perturbadoras. A capacidade do autor de se colocar na pele das personagens e construir narrativas tão diferentes entre si - como diversas são as pessoas que retrata - é um dos grandes trunfos do livro. Sem contar que os contos são interessantes a ponto de te envolver, sem que você tenha tempo de se cansar deles.

Lucas 30/01/2012

Um excelente livro de um dos autores mais celebres que já li nos últimos tempos, um conto atrás do outro ao qual você têm vontade de não parar da primeira a última página. Recomendo a todos que gostam de contos mais adultos, sombrios, intrigantes e até engraçados.

Anna 11/01/2012

Ta ai um livro que eu recomendo. Nunca tinha lido nada do Neil, e quando conheci ele resolvi que deveria comprar, com uma linda promoção nas americanas o livro estava super convidativo a compra. Não pensei duas vezes pra comprar. Ele pulou um pouco a ordem de livros para ler. Neil é comparado a Poe, mas confesso que não achei ele parecido. Gostei mais do estilo do Neil de escrever, suas histórias não são assustadores e seu estilo de suspense é diferente é aquele ' FAÇA AQUI A SUA INTERPRETAÇÃO' Em alguns contos você nota isso, mas como foi, será que deixei passar algo? deixa eu voltar, tenho que ler aquela parte de novo. Fiquei curiosa para ler o segundo volume do Coisas Frágeis. E Golias e Como Conversar com Garotas em Festas se consagram como para mim os melhores livros do livro. Neil tem o estilo que eu mais gosto em um livro, vários diálogos interessantes, personagem narrando a história depois de muito tempo que ela aconteceu, e além de todo suspense (como em Golias) uma pitada de romance na medida certa. Nada de mais, apenas, aquele ponto que precisava pra história ter algo mais. E só no ultimo conto que eu fiquei empacada e não me chamou muito atenção, mas é coisa de gosto. E gosto cada um tem o seu.

Coisas Frágeis é um excelente livro!

http://www.pausaparaumcafe.com.br/

Leitor Cabuloso 10/01/2012

RESENHA: “COISAS FRÁGEIS I” DE NEIL GAIMAN
Hoje vou apresentar-lhes Coisas Frágeis do Neil Gaiman (da editora Conrad). Um livro de contos que traz toda a versatilidade deste escritor/roterista (de quadrinhos e filmes) e mostra por que ele é considerado por muitos como o grande narrador dos tempos modernos. Suas histórias caminham por diversos gêneros sem titubear em nenhum momento. O livro conta com 9 (nove) contos escritos por vários motivos diferentes (todos apresentados e justificados na introdução onde o próprio autor relata o que o levou a escrevê-los). É importante dizer que Coisas Frágeis até parece um ponto de fuga para escoar a criatividade exacerbada de Gaiman.

Quero a princípio dizer que gostaria que um post tivesse sons como um podcast para que você pudesse me ouvir bater palmas para o senhor Neil Gaiman. Seus textos têm um efeito de infância sobre mim, pois sabe qual é a magia da criança? Não? Achar que seu mundo é uma grande aventura. A imaginação de uma criança está livre de dogmas, leis, hipóteses e de probabilidades; sua imaginação voa sem asas, ela sabe que algo extraordinário se esconde em cada canto; num beco escuro monstros espreitam, criaturas (místicas) vivem invisíveis em nosso mundo…, e o senhor Sandman jogou-me de volta neste mundo de possibilidades infantis. E é assim que o leitor se sentirá ao ler os contos que ele escreveu (não apenas neste livro, mas no conjunto de sua obra).

Existe uma sutileza em seus textos e no modo como a história se desenvolve. A magia está lá é só você abrir bem os olhos que ela estará ali no velinho que atravessa a rua, na dona de casa que faz compras tranquilamente no supermecardo, no estudante que caminha para o colégio. Sim! estes são os seres mágicos que Gaiman usa para construir suas narrativas e é por escolher elementos tão crives do nosso mundinho mundano que temos aquela sensação de vivermos num mundo mágico disfarçado de normal. Por isso agradeço: Obrigado Neil Gaiman, por me transportar para minha infância sem me chamar de retardado ou abusar de uma inocência já perdida; você faz o concreto ficar abstrato, o sólido ficar líquido, o certo ficar duvidoso… Muito obrigado por através de uma simples leitura conseguir me trazer tantas sensações que somente uma criança compreenderia e acharia normais.

O livro é uma coletânea de contos, como dito na introdução, cada um possui um estilo bem diferente, sem, contudo, deixar de ser Neil Gaiman. É como comentei no Drops Cabuloso #03: ele se adapta a história, mas não perde seu estilo. Se temos uma história que se assemelha aos contos de Arthur Conan Doyle (o escritor de Sherlock Holmes), ele nos transmite toda a ambientação necessária que uma boa história de detetives deve ter, sem, obviamente, deixar de lado o misticismos/sombrio que todas as suas histórias possuem. É como se Sherlock Holmes soubesse que nos esgotos sujos e becos escuros de Londres houvesse fadas, duendes, demônios, anjos e uma série de outras criaturas soturnas, mas que Arthur Conan Doyle se esquecera de nos avisar. E o tempo não é empecilho para o autor, seja na Londres vitoriana ou na atual, comandada sobre os olhos da rainha, todos nos sentimos próximos de suas ruas nebulosos e seus becos estreitos. Há uma enorme vontade de visitar a terra da rainha para tentar vivenciar um pouco mais o mistério de suas histórias. Gaiman parece convidar: “Venha a Londres, mas saiba que estará sendo vigiados pelos olhos da cidade”.

Outro ponto a destacar, e que sempre faço questão de ressaltar quando resenho um livro dele, é quanto ao estilo de sua escrita. Como é fluido e limpo. Narração e descrição num casamento perfeito. Os personagens são descritos como estereótipos, ponto negativo? JAMAIS! Ele ressalta uma característica da personagem e todas às vezes que ela aparece sabemos quem é, pois já há vimos num filme, num seriado, num desenho, numa HQ, num mangá… Confuso? Explico-me: já os vimos e isso traz um conforto para a leitura, uma sensação que também já vivemos aquela história ou de que ela poderia, sim, ter acontecido e agora ouvimos aquele velho amigo contar suas aventuras após retornar de uma bela volta ao mundo.

É estranha escrever esta resenha com tanto sentimentalismo e saudosismo, mas caso duvide de minha palavras vá ler Coisas Frágeis ou qualquer outra obra de Neil Gaiman e veja se não é esta a impressão que temos. Estamos cansados de ver os clichês por ai. Batizamos de “herói”, “vilão”, “mocinho”, “mocinha”, “nerd”, “loser”, “canastrão” e ao identificarmos já sabemos o que vai ocorrer. Pois Gaiman faz o contrário. Ele coloca os estereótipos lá, todos eles, mas os lança num universo de possibilidades infinitas: “e se o mendigo fosse imortal a ponto de desprezar a riqueza?”, “e se o loser do colégio fosse filho de um feiticeiro e que só descobre isso quando o pai morre?”

Vamos à análise dos contos:

UM ESTUDO DE ESMERALDA é um conto no estilo Sherlock Holmes. Temos todos os ingredientes de um interessante trilher policial, um assassinato, um detetive querendo encontrar o assassino…, mas com um final inusitado.

A VEZ DE OUTUBRO transforma os seres elementais, necessariamente a partir do título as estações do ano, em personagens que se juntam ao redor de uma fogueira para contar histórias. Conto interessante, pois mostra que mesmo seres místicos, como as estações do ano, também possuem seus mitos e lendas.

LEMBRANÇAS E TESOUROS conta a história de Smith um jovem que nasceu num manicômio e que é adotado por um homem “que tem dinheiro a ponto de ninguém saber que ele existe, pois somente alguém com muito dinheiro faz isso”. Para quem achar uma história boba, ou no estilo gângster, lembre-se de quanto falo dos estereótipos.

OS FATOS NO CASO DA PARTIDA DA SENHORITA FINCH faz menção ao circo dos horrores e o mistério de seus integrantes. Tem um tom de humor negro, mas é bastante divertido.

O PROBLEMA DE SUSAN lembra muito As Crônicas de Nárnia, o próprio autor admite na introdução, e mesmo não tendo lido este livro consegui identificar todo o questionamento levantado sobre a personagem Susan. Fico a me perguntar se quando ler As Crônicas de Nárnia e, em seguida, reler este conto sentirei vergonha deste breve comentário.

GOLIAS excelente conto de ficção científica ambientado no universo de matrix (spoiler?! Jamais o autor também explica na introdução). Atenção para a noção de tempo que é desenvolvida na narrativa. Esta é a sutileza do conto. Gaiman não perde nenhum detalhe mesmo.

COMO CONVERSAR COM GAROTAS EM FESTA uma história que me lembrou muito os filmes dos anos 80 onde tínhamos o amigo “pegador” e o amigo nerd/loser que não conseguia se dar bem nas festas, contudo o conto tem um tom místico tão descarado que o final não seria outro.

O PÁSSARO DO SOL conta a história de uma sociedade alimentícia. Seus membros acham que já cometeram de tudo (com exceção de seres humanos, pois isto é proibido, afirma, com certa frustração, um dos personagens) e decidem ir à Cidade do Sol comer o Pássaro do Sol. Um conto muito simples, mas com uma pitada de humor negro fantasmagórico.

O MONARCA DO VALE é um problema para quem não leu Deuses Americanos. Ao lê-lo fiquei constantemente me perguntando se quem não lera o livro compreenderia este conto. A resposta fora um saudoso, mas relutante sim! Contudo, há muitos elementos que se perdem no conto sem a leitura prévia do romance; principalmente o seu final. A grande pergunta que norteia a história é: o que aconteceu com Shadow depois da aventura de Deuses Americanos? A conclusão me foi satisfatória.

Gandarella 05/01/2012

Delicioso
Que leitura deliciosa, passear entre os melhores contos de Neil Gaiman e me sentir dentro de cada história.
O jeito, todo especial, de que Gaiman tem para nos contar suas historietas realmente nos transporta para dentro de cada conto, como se estivéssemos ali junto aos personagens.

Diego Matos 22/12/2011

Uma lição de criatividade
Nos contos que compõem o Mémorias Frageis, Neil Gaiman mostra sua versatilidade ao escrever diversos contos com supreendendo pela qualidade de cada dos mesmos.

Kézia 30/11/2011

Vidas Frágeis
Nunca li nada de Neil Gaiman (eu sei, isso é horrível), mas para me iniciar no mundo de Gaiman escolhi Coisas Frágeis, que já queria ler a muito tempo! A leitura desse livro foi uma loucura!!! Tinhas horas que amava os contos, e outras que odiava!
Muito momento assim: ein? einnn??? Como assim??? Como asssiiiimmm??? E o resto?? Quero mais!!! Quero maisss!!! Uma loucura total, amei a narrativa de Gaiman, a forma como escreve, e com certeza quero ler muito mais livros dele!!!

Um Estudo em Esmeralda: é um conto no estilo Sherlock Holmes. Acredito que o detetive possa ser o próprio Sherlock. Temos todos os ingredientes de uma trama policial, um assassinato, o detetive, o amigo, as pistas, e um final diferente.
O conto mostra uma nova visão sobre o detetive Sherlock Holmes. Tão nova que o conto é bem surpreende e inusitado.

A Vez de Outubro: Os meses do ano tem vida, e eles se reúnem em alguma época, sentam ao redor de uma fogueira e contam histórias que aconteceram nos seus respectivos meses. Então, é a vez de Outubro contar algo que aconteceu no seu mês, e narra a história de um garoto que foge de casa e conhece um garoto fantasma.
Esse conto ganhou o Prêmio Locus de Melhor Conto em 2003, e Gaiman demonstra a sua incrível habilidade narrativa de criar uma historia simples, mas que consegue prender o leitor de maneira instigante.

Lembranças e Tesouros: conta a história de Smith um jovem que nasceu num manicômio, foi tirado de sua mãe ainda bebê, depois é levado para um orfanato, onde o diretor abusava dos garotos, e aos doze anos ele o matou, depois de alguns anos vivendo de todas as maneiras ele é adotado por um homem muito, muito rico chamado Sr. Alice. Ele estudou, se formou e matou quatro suspeitos que poderiam ser seu pai e que abusaram de sua mãe no Sanatório.
A história traz um mundo onde quem tem dinheiro é que faz acontecer, onde tudo o que se quer é o consegue, o principal objetivo, é tentar mostrar porque o protagonista é tão mal, e porque alguns ricos são tão estranhamente bizarros.

Os Fatos no Caso da Partida da Senhora Finch: A narrativa começa pelo fim,amigos estão comendo bolo e debatendo sobre o misterioso desaparecimento da Srta. Finch. A Sra. Finch sumiu quando, os amigos a levaram ha um muito suspeito e estranho circo em túneis antigos de metrô.
É um conto elaborado a partir de um quadro de Frank Frazzetta que Gaiman viu, em que aparece uma mulher selvagem entre dois tigres. O enredo nos faz lembrar ao circo dos horrores. Apesar do tom sombrio da narrativa, é bem divertido.

O Problema de Susan: Greta Campion é uma jovem jornalista que vai a casa da profª Susan para debater sobre sua última obra escrita e traçar seu perfil. Em meio as perguntas sobre a origem de seu livro, surge "As Crônicas de Nárnia" na conversa e um debate sobre o que realmente aconteceu com Susan, e Greta tem a sensação de que pode ter falado com a verdadeira Susan..
É um final diferente para Susan, a solução que Gaiman encontrou para um dos principais mistérios das histórias infantis: O que realmente aconteceu com a Susan de As Crônicas de Nárnia?

Golias: O personagem vê o mundo se dissolver em uma poça líquida colorida e não entende nada, o personagem tinha 19 anos, quando isso aconteceu. Um homem de paletó preto e óculos escuros surge diante dele, explicando que o que aconteceu foi fruto de um ataque e desaparece.
Com muitos deja vus, e quando está bem mais velho, ele descobre que o "mundo" não existe e que ele é apenas uma unidade descartável com o propósito de funcionar devidamente na "vida real".
É um ótimo texto ambientado no universo de Matrix, quem gostou do filme (como eu), com certeza vai gostar do conto, principalmente por ter um final romanceado.

Como Conversar com Garotas em Festas: Vic fora convidado para uma festa e levou seu amigo Enn. Vic nunca precisou se esforçar para se aproximar de uma garota, já Enn não consegue se entrosar tanto com elas. Quando eles chegam na festa, são recebidos por Stella, a mais linda do lugar, segundo Enn, mas logo se mostra interessada em Vic.
Com o intuito de ganhar alguma garota, Enn acaba conversando com três garotas com nomes estranhos e que falam assuntos totalmente de outro planeta, e enquanto sente inveja de Vic, ele tenta entender todas as conversas das meninas.
O Conto é uma ótima mistura de ficção científica e terror, que tenta expressar o pavor dos meninos quando chegavam nas garotas e na complexidade que elas acarretam, isso pode ser notado na seguinte frase “São só garotas – disse Vic. – Não são seres de outro planeta.”

O Pássaro do Sol: Um grupo de amigos participam de um Clube Epicuriano e dizem já terem comido de todos os tipos de animais existentes (com exceção de seres humanos, pois isto é proibido, afirma, com certa frustração, um dos personagens). Então, um deles encontra em seu livro uma página queimada sobre o pássaro-do-sol, alucinados, eles partem em uma viagem rumo a Cidade do Sol para encontrá-lo e provarem de sua carne.
Esse na minha opinião foi o pior conto do livro, simplesmente não consegui gostar, mas traz uma mistura interessante de sociedades secretas, culinária e mitologia egípcia. O conto foi um presente de Gaiman para sua filha a pedido dela.

O Monarca do Vale: Shadow está na mesa do bar de seu hotel e um estranho homem se aproxima e começa a conversar sobre coisas sem sentido, afirmando que Shadow é um monstro. Depois pergunta se ele toparia uma trabalho no fim de semana, ele seria “leão de chácara” em uma festa particular, onde pessoas muito ricas praticam coisas bem peculiares. Mas Shadow não é nada do que eles imaginaram, e nem tudo sai conforme o planejado.
Esse é o maior conto e com certeza o melhor, aqui reaparecem o Sr. Alice e seu capanga Smith. ! Não sei muito o que pensar sobre ele, porque não li Deuses Americanos, onde Shadow é um personagem, mas amei a história principalmente por ter começo meio e fim!

Em Coisas Frágeis, Gaiman diz na introdução como foi o ponto de partida para cada um dos 9 contos. Ao ler os contos, entendi o porquê da escolha do nome ser Coisas Frágeis, sem me basear na explicações de Gaiman no inicio.
Gaiman apresenta histórias com sua temática favorita, o fantástico e o sobrenatural, manipulando diversos elementos como religião, mitologia, folclore e lendas urbanas. Em cada palavra das narrativas descobrimos a fragilidade de cada situação, em linhas recheadas de crueldade, violência, misticismo, aprendizagem, sordidez, crueldade, amor...
Coisas frágeis tenta mostrar que cada situação de nossas vidas podem ser frágeis, que cada pessoa tem seus segredos escondidos, e que cada pessoa é diferente, e que situações em nossas vidas podem no mudar a cada instante, pois a nossa vida é frágil!

cleitonmaranhao 15/11/2011

Surpreendentemente incrível!
Coisas Frágeis reúne diversos contos escritos por Neil Gaiman. A narrativa é completamente alterada a cada conto e a sensação ao acompanhar o livro é a de ficar com o coração na boca.

Thyeri 05/11/2011

www.restaurantedamente.com
Esse é o segundo livro de contos que leio de Neil Gaiman, e posso dizer que não deixou a desejar em relação à Smokes and Mirrors. Gostaria, primeiro, de comentar sobre a capa do livro, que achei perfeita (!!!), ela transmite exatamente o que será vivenciado quando o leitor imergir na narrativa de Gaiman. A beleza dos olhos, contrastando com a pele envelhecida se descascando, e por trás aparecendo outra nova e delicada; e o sangue escorrendo pela narina, apenas um filete...

E de maneira geral é isso o que os contos nos transmitem, pois vemos uma mistura de temas que o autor consegue juntar como só ele é capaz. Em "O Problema de Susan", ele consegue fazer com que a trama leve de C.S. Lewis se transforme em algo assombroso quando analisa o destino de Susan e o fardo que esta carrega.

Meu conto predileto foi "Golias", quando Gaiman nos apresenta um homem vivendo e revivendo sua vida de formas diferentes, e aos poucos descobrindo como tudo é efêmero e ilusório, e que é possível viver uma vida inteira em apenas 20 minutos. É revivendo a alegoria trazida em Matrix que Neil Gaiman nos traz essa belíssima e aterradora estória.

Outro destaque é "O Fatos no Caso de Partida da Senhorita Finch", onde primeiro nos é relatado o desfecho da estória para depois conhecermos seu início e meio. Nela somos levados à apresentação, junto com os personagens principais, num circo um tanto quanto diferente. No subterrâneo de Londres os personagens entram em nove salas, cada uma guardando "um pesadelo, um deleite, uma maravilha diferente (...)".

São estórias bem diferentes, pelo menos as que estou acostumado de ler, mas muito bem escritas e construídas. Uma ótima leitura para quem quiser sair um pouco de seu lugar comum. Afinal, com Neil Gaiman, não existem lugares comuns, e se você achar que sim, é por que não está olhando direito...


"Acho... que prefiro me lembrar de uma vida desperdiçada com coisas frágeis, a uma vida gasta evitando a dívida moral." (Neil Gaiman)