Kafka à beira-mar

Kafka à beira-mar Haruki Murakami




Resenhas - Kafka à Beira-Mar


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Caroliny 08/05/2021

que pornô
Se fosse só sobre os personagens Nakata e Hoshino, teria sido tão melhor... Detestei essa fanfic pornô de Édipo Rei. E eu AMEI Caçando Carneiros e os contos do Murakami, mas esse aqui eu não estou conseguindo defender... 3 estrelas pela historia paralela do velhinho. Já a do rapaz de 15 anos, só me fez pensar ?pra que, meu Deus? Qual foi a necessidade? Qual a lógica? Acaba logoooo?.
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MathCZA 06/05/2021

Viajem surreal
Kafka à beira-mar de Haruki Murakami é uma jornada literária única. Seguimos duas narrativas paralelas que não parecem se relacionar, mas as quais, com o decorrer do livro, vão se tocando.
Numa somos apresentados a um adolescente de 15 anos que está fugindo de casa - e, mais importantemente, de seu destino -, encontrando refúgio numa biblioteca, e que, embora constantemente envolto de solidão, começa a se encontrar a partir de pessoas que conhece em sua trajetória.
A outra história (se é que as duas não são a mesma) acompanha um idoso que, em decorrência de um misterioso incidente em sua infância, perde a capacidade de ler e escrever, mas ganha a passa a conseguir conversar com gatos.
A leitura é incrivelmente fluida e o texto lhe arranca de sua realidade. Comigo isso se deu pela história se situar no Japão, país completamente diferente do Brasil em todos sentidos, mas sobretudo pelos diversos elementos surreais e metafísicos que vão aparecendo sem explicações, dando uma aura etérea à obra.
Permeado de uma prosa acessível e indubitavelmente bela, se percorre o livro quase com uma trilha sonora (literalmente, levando em consideração as constantes referências musicais), viajando por entre uma mistura cultural do ocidente com a japonesa. Não raro aparecem trechos de imensa profundidade, deixando a experiência que ainda mais irreal.
Pegue o livro, inicie a leitura e se perca nesse mundo. Percorra o Japão que Murakami nos mostra com todos seus fenômenos surreais. Não busque explicações além das que ele lhe dá, apenas aproveite a leitura e essa incrível viajem que ela fornece.
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Lasse_ 30/04/2021

Onde as sirenes não cantam
Não existe livre arbítrio, os pecados dos pais recaem sobre os filhos e a insensatez de um amarra o destino de todos. Está escrito no mar, codificado nas ondas que quebram à vista de dois amantes que se contemplam silenciosamente na praia, está ali escrito, onde os gatos podem ler e entender porque alguns perderam metade de sua sombra.

E o tempo psicológico não se importa com o tempo (relativamente) absoluto: momentos se estendem por uma eternidade enquanto alguém passa vinte anos sem envelhecer. É magia pura e simples, e toda distorção gera outra distorção oposta, e mesmo na circularidade do tempo mental é necessário que todos os eventos com começo tenham um fim. Toda ação gera uma reação. É uma lição que Murakami se empenha em ensinar, e faz questão que todos os personagens aprendam ela de um jeito ou de outro ou a tenham internalizada.

Mas o que mais falar sobre Kafka à Beira-mar? É mais um livro repleto de metáforas, seguindo o rígido estilo do autor com suas descrições detalhadas, repletas das percepções subjetivas que alteram a realidade através da magia do filtro da emoção humana. Isso é constante, mas o formato paralelo com que esse romance se estende demonstra a habilidade narrativa versátil do autor: As constantes mudanças de entonação nas falas dos multíplices personagens e as duas técnicas narrativas paralelas tornam o livro ainda mais completo, de forma a passar a verdadeira sensação de que a cena é narrada do jeito mais certo o possível. Kafka fala em primeira pessoa, com agudo olho para as reações dos outros personagens, e vez por outra o menino chamado corvo interrompe com suas sugestões na segunda pessoa. E o senhor Nakata, que não raciocina direito, é apresentado por um narrador em terceira pessoa que consegue captar a essência do personagem melhor do que ele o faria.

E a quem for ler o livro, vale sempre ressaltar: aqui se encontram metáforas em todos os parágrafos. Mas se você olhar mais de perto, frequentemente haverá uma metáfora dentro de uma metáfora. Isso porque estamos falando de Haruki Murakami.
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Sarah.Lopes 29/04/2021

Esse com ctz foi um dos livros mais fantásticos q já li. O Murakami é um escritor esplêndido, q te faz ficar maravilhado, trazendo referências orientais e ocidentais o tempo td, oq no final deixa a experiência da leitura ainda melhor. Falando do livro em si, é uma história que te deixa curioso, ainda mais se vc cair no livro só com o resumo da capa. Elre te surpreendente a cada página com coisas inesperadas e totalmente improváveis. Resumindo, eu recomendo de mais esse livro, principalmente pra quem conhece um pouco sobre literatura clássica e grega.
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Juliane 26/04/2021

Não é porque você fecha os olhos que as coisas ruins deixam de acontecer
Um jovem de 15 anos fugindo do futuro, um senhor buscando lembranças do passado.
Kafka à Beira-Mar é um livro que provoca o tempo.

Com uma escrita fácil, Haruki Murakami narra uma epopeia de duas pessoas que não se conhecem, mas que os fios da vida estão tramando a mesma malha. São muitas páginas sobre a fuga do jovem Kafka Tamura e da busca do senhor Nakata por algo que ele ainda não sabe o que é. Por vezes elas parecem contar mais do mesmo, mas tudo tem um grande sentido e a lição é de que as coisas só acontecem quando é a hora de acontecer.

O autor constrói as personagens com muitas referências ocidentais de música, filosofia e literatura, o que torna fácil a identificação. Além disso, são todos de um grandeza inspiradora. Quisera eu ter a sensibilidade e a paciência de Oshima e Hoshino, a perspicácia de Kafka Tamura ou a sabedoria de Nakata.
A fantasia que, isoladamente, não parece fazer sentido, aparece como uma brisa de aliviar tensões, pois as questões humanas tratadas na obra são muito profundas quando sentidas por nós.

Um livro que me fez rir, temer e chorar, que cresce mais e mais em mim.
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Punyama 23/04/2021

Displiscente. Repulsivo. Doentio. Inconclusivo.
Sinceramente, a forma tão displicente e descritiva com que Murakami retrata algumas cenas absurdamente repulsivas e desnecessárias como se estivesse descrevendo alguém passando um café ou conversando sobre o tempo, como se realmente não fosse nada demais... é nojento, é asqueroso. Não consigo entender até agora o porquê de abordar aquele tipo de coisa daquela forma. Não faz o mínimo sentido, é doentio.
Fora isso, Murakami planta inúmeros mistérios ao decorrer de todo o livro, como que pra tentarmos decifrar. Mas digo logo: você nunca vai conseguir decifrar, pois nem o próprio autor tem ideia de como resolver, ou pelo menos essa é a impressão que dá. Quanto mais a história avança, mais e mais mistérios são plantados e você fica esperando vir as explicações, porém elas nunca vêm. Então... por que colocar? Pra que inserir elementos fantásticos e instigar o leitor a quebrar a cabeça tentando entender, sendo que nunca vai ser explicado? A forma com que Murakami brinca com a arma de Chekhov é no mínimo insatisfatória.
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Madu Vieira 14/04/2021

Kafka à beira-mar

Só posso dizer que quando peguei o livro pra ler não sabia do que ele tratava e também não fazia ideia da escrita genial do Murakami. A escrita dele é fácil de ler, os capítulos são breves e ele escreve de uma forma inspiradora.
Até a metade do livro eu estava tentando entender se a história se tratava de uma fantasia ou não, tive que recorrer a uma resenha da internet pra me situar kkkk criei mil hipóteses sobre as coisas, depois criei mais mil e no final não era nada daquilo que pensei...o autor realmente conseguiu criar algo inovador e mirabolante.
Enfim, eu amei o livro,
Vale muito a pena leitura.
Ps: não tentem achar um sentido, porque não existe a palavra sentido nesse livro.
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arthur966 13/04/2021

o destino se assemelha a uma tempestade de areia, cujo curso sempre se altera. você procura fugir dela e orienta seus passos noutra direção. mas então a tempestade também muda de direção e o segue. isso acontece porque a tempestade não é algo independente, vindo de um local distante. a tempestade é você mesmo. algo que existe em seu íntimo. [...] ao emergir do outro lado da tempestade, você já não será o mesmo de quando nela entrou. exatamente, é esse o sentido da tempestade.
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Andrea.Pereira 03/04/2021

Meu primeiro Murakami
Eu pensei que já tivesse lido esse livro de tantas vezes que o coloquei na minha lista.

Um menino de 15 anos (e seu alter ego), foge de casa assombrado por uma profecia. Um senhor de 70 anos que não é muito bom da cabeça (como ele mesmo diz) com o dom de conversar com gatos. Dois personagens em busca numa trajetória que se cruza, apesar de deixar várias pontas soltas na cabeça do leitor ?.

Uma trama viciante, cheia de referências e simbologias... um surrealismo meio sci-fi, meio Mangá.
Eu devorei esse livro e quando terminei fiquei meio assim... com mil perguntas rsrs. Mesmo assim, amei e recomendo.
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Min 14/03/2021

Um ótimo livro mas não pra todo mundo
Essa ideia de duas histórias acontecendo paralelamente não funcionou comigo , eu fiquei completamente envolvida pela história e acontecimentos da parte do Kafka enquanto a do Nakata achei completamente entediante e isso atrasou muito minha leitura

O surrealismo aqui é fascinante, nunca li nada igual e provavelmente não irei. Quem quiser dar uma chance eu acho que vale a pena sim!
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Caroline 26/02/2021

" - O mundo é uma metáfora, Kafka"
De forma genial, Murakami entrega um livro todo pautado no realismo fantástico, gênero que ele domina com maestria (como li em outra resenha, "é a habilidade que Murakami tem de ultrapassar as fronteiras da realidade e voltar carregando um tesouro").
Aqui, há uma mistura de sonhos, imaginário, realidades que se encontram, o sobrenatural, o abstrato, todos presentes de uma forma maravilhosa, digna de Haruki Murakami.
Quando comecei a ler o autor, eu tive a impressão que ele deixava ganchos, finais abertos, pontas soltas, mas esse livro me fez compreender uma coisa: a resposta está ali, o tempo todo, presente nas páginas e, principalmente, dentro de você. E, ao pensar um pouco, conclui a mesma coisa de todos os outros livros que li do autor.
Ler Murakami é extremamente fácil. A sensação é de uma leitura meditativa. A escrita do autor parece ser "costurada" de forma perfeita e as traduções são sempre impecáveis.
A construção dos personagens é complexa. Em certo ponto da leitura, parece que até o mais abstrato dos personagens é real, e isso se dá devido às diversas camadas construídas, aos pensamentos, às digressões etc. Ler várias obras do autor faz com que você comece a perceber pontos da personalidade do próprio Murakami, como o amor por gatos, pelo jazz e pela corrida.
Ele deixa um pouco de si em todos os livros e, os leitores, também deixam um pouco de si nas leituras. Algo em você muda ao final de cada livro.
dmitrivileheart 26/02/2021minha estante
exatamente ? essa parte do jazz me lembrou q eu li esse livro ouvindo uma música ambiente, como se tivesse num café movimento com jazz tocando ao fundo, melhorou demais a experiência ?


Caroline 26/02/2021minha estante
Nossa, pq eu não tive essa ideia!? ? Mas, mesmo assim, foi uma experiência maravilhosa. Provavelmente nunca vou me esquecer dessa história ??


Aryana 26/02/2021minha estante
Ok, me convenceu. Lerei ?


Caroline 26/02/2021minha estante
É maravilhoso, Aryana! Depois me conta o que achou ?


Débora 26/02/2021minha estante
Que resenha maravilhosa, Carol! Sensível, delicada e profunda...amei!
Passou da hora de eu ler Murakami!!!


Caroline 26/02/2021minha estante
Obrigada, Débora ?? não vejo a hora de você ler algo dele ?




Raquel 22/02/2021

Confusão e bizarrices
Esse foi o primeiro livro do Murakami que li. Gostei, achei uma boa leitura. Três personagens entraram para a minha lista de pesonagens queridinhos, mas a partir do meio do livro a narrativa foi ficando confusa demais. Não me entenda mal, a bizarrice era muita, mas do tipo que te deixa intrigada.
Quanto mais confusa eu ficava, mais eu tinha certeza que teria uma explicação lá na frente. Só que quando cheguei em 80% e as coisas se complicaram ainda mais, eu percebi que era uma cilada, Bino.
Recomendo pelas frases impactantes e filosóficas, mas se você é do tipo que gosta de começo, meio e fim muito bem estruturadinho, este não é o livro pra você.
Para saber sobre o que é a história, a sinopse é mais do que o suficiente. Tenho medo de achar que não é spoiler e estragar a leitura de alguém.
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hidra 16/02/2021

tira as palavras de nossa boca
leve, doce e fantástico
o limiar entre o cotidiano e a fantasia não é somente extrapolado, como belamente tecido ao gosto do autor
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Diego Rodrigues 15/02/2021

Uma jornada em busca do autoconhecimento
Quem me acompanha por aqui já sabe o quanto eu gosto de conhecer novos países e novas culturas através da literatura. E o Japão figura entre um dos países que acho mais intrigantes e enigmáticos e que, portanto, tenho mais vontade de conhecer. Minha primeira experiência com a literatura japonesa se deu através da obra de Kenzaburo Oe, que, apesar de eu ter gostado, não posso dizer que tenha exatamente me cativado. Não foi bem o que eu buscava naquele momento, que era uma maior imersão na cultura e nos costumes japoneses. Para essa segunda investida resolvi apostar em um dos maiores nomes da literatura japonesa contemporânea. Haruki Murakami teve sua obra traduzida para mais de cinquenta idiomas e foi vencedor de inúmeros prêmios em sua carreira, entre eles o Tanizaki (1985), o Yomiuri (1995), o Franz Kafka (2006), o Jerusalém (2009), o Catalunha (2011) e o Hans Christian Andersen (2016). Sua escrita é marcada por surrealismo, fatalismo e melancolia, com fortes influências de autores como Franz Kafka, Kurt Vonnegut e Raymond Chandler. E posso dizer que, dessa vez, eu acertei na escolha!
.
Publicado pela primeira vez em 2002, "Kafka à beira-mar" vai nos contar a história de dois protagonistas em uma jornada em busca do autoconhecimento. Kafka Tamura é um adolescente tímido e solitário que mora com o pai. Quando pequeno, sua mãe o abandonou levando consigo sua irmã e, desde então, ele nunca mais as viu. Seu pai não é mais que um estranho morando na mesma casa e, para piorar, ele ainda o amaldiçoou com uma terrível profecia. É por essas e outras que, na véspera de seu aniversário de quinze anos, Kafka decide fugir de casa e acaba indo morar numa biblioteca que guarda muitos segredos. Do outro lado temos Satoru Nakata, um velhinho simpático que, quando criança, passou por uma experiência traumática que o deixou "fraco da cabeça". Nakata perdeu a memória e capacidade de ler a escrever e, além disso, desenvolveu o curioso dom de conversar com gatos. Agora, ele passa seus dias procurando por gatos perdidos em troca de recompensas oferecidas pelos donos dos bichanos. Mas o que Kafka e Nakata, dois personagens tão distintos, podem ter em comum? Isso só o destino é capaz de responder.
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Ao mesmo tempo em que vai lidar com questões tão sérias como a busca pelo autoconhecimento, solidão, sexualidade e amadurecimento, Murakami também irá trazer diversos elementos fantásticos para a história. O surrealismo se faz muito presente na obra e o autor fará o uso de muitas metáforas durante a narrativa, brincando o tempo todo com realidade e fantasia. Como se não bastasse todos esses elementos, "Kafka à beira-mar" ainda traz inúmeras referências a literatura, música clássica, tragédias gregas, artes e cultura pop em geral. A cultura japonesa, é claro, também se faz presente. Além de nos levar a diversas cidades do Japão, a leitura irá nos permitir conhecer algumas das lendas e costumes do país. Esse é um daqueles livros em que a narrativa e a jornada dos personagens irá superar a trama em si. A escrita de Murakami é tão leve, gostosa e cativante que nem mesmo as muitas pontas soltas que o autor deixa ao final da obra sequer incomodam. O poder de imersão do autor é tão grande que, em poucas linhas, ele consegue nos fazer esquecer do mundo ao redor e nos transporta direto para as ruas do Japão. Sabe aquele tipo de livro que você sente saudade ao fechá-lo? Que mesmo quando não está lendo você se pega pensando nos personagens e querendo voltar logo pra junto deles? É isso que "Kafka à beira-mar" foi pra mim, um aconchegante abrigo e um refúgio seguro para os dias difíceis. Mas não se engane, longe de ser apenas uma leitura para se distrair, "Kafka à beira-mar" é mais como um convite para o leitor se recolher e olhar para dentro de si mesmo em busca do autoconhecimento.

site: https://discolivro.blogspot.com/
Marie67 15/02/2021minha estante
Gostei!




Giovanna1599 12/02/2021

"Você adormece. E, quando acorda, é parte de um novo mundo."
esse livro foi uma montanha russa de emoções, literalmente, algumas partes eu odiei, outras eu amei demais e acho que isso é o que define a experiência de ler qualquer livro do murakami, você espera uma coisa e recebe outra totalmente diferente.
algumas coisas que me incomodaram em norwegian wood voltaram a me incomodar nesse livro, pra quem leu eu quero dizer que me incomodei com a profecia kkk pra quem vai ler ainda se preparem. me senti muito enojada em várias partes do livro mas enfim consegui terminar.
eu sentia que precisava ler alguma coisa dele esses dias por conta desse senso de ordem que eu sinto quando tô lendo, o autor consegue descrever tão bem as imagens e eu amo muito saber sobre a rotina dos personagens.
enfim, muitas coisas me incomodaram pra caramba, mas é um livro tão bom que eu não consigo não dar 5 estrelas, acho que assim como o outro livro dele esse também me marcou de algum jeito.
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