Modernidade Líquida

Modernidade Líquida Zygmunt Bauman




Resenhas - Modernidade Líquida


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Lista de Livros 02/02/2023

Modernidade Líquida, de Zygmunt Bauman
Parte I:

“A desintegração da rede social, a derrocada das agências efetivas de ação coletiva, é recebida muitas vezes com grande ansiedade e lamentada como “efeito colateral” não previsto da nova leveza e fluidez do poder cada vez mais móvel, escorregadio, evasivo e fugitivo. Mas a desintegração social é tanto uma condição quanto um resultado da nova técnica do poder, que tem como ferramentas principais o desengajamento e a arte da fuga. Para que o poder tenha liberdade de fluir, o mundo deve estar livre de cercas, barreiras, fronteiras fortificadas e barricadas. Qualquer rede densa de laços sociais, e em particular uma que esteja territorialmente enraizada, é um obstáculo a ser eliminado. Os poderes globais se inclinam a desmantelar tais redes em proveito de sua contínua e crescente fluidez, principal fonte de sua força e garantia de sua invencibilidade. E são esse derrocar, a fragilidade, o quebradiço, o imediato dos laços e redes humanos que permitem que esses poderes operem.”
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“A guerra hoje, pode-se dizer (parafraseando a famosa fórmula de Clausewitz), parece cada vez mais uma “promoção do livre comércio por outros meios”.”
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Mais do blog Lista de Livros em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2022/12/modernidade-liquida-parte-i-de-zygmunt.html
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Parte II:

“O mundo é uma comédia para os que pensam, e uma tragédia para os que sentem.” (Horace Walpole)
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“Como observou Daniel J. Boorstin — com graça, mas não de brincadeira —, uma celebridade é uma pessoa conhecida por ser muito conhecida, e um best-seller é um livro que vende bem porque está vendendo bem. A autoridade amplia o número de seguidores, mas, no mundo de fins incertos e cronicamente subdeterminados, é o número de seguidores que faz — que é — a autoridade.”
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Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2022/12/modernidade-liquida-parte-ii-de-zygmunt.html
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Parte III:

“A capacidade de conviver com a diferença, sem falar na capacidade de gostar dessa vida e beneficiar-se dela, não é fácil de adquirir e não se faz sozinha. Essa capacidade é uma arte que, como toda arte, requer estudo e exercício. A incapacidade de enfrentar a pluralidade de seres humanos e a ambivalência de todas as decisões classificatórias, ao contrário, se autoperpetuam e reforçam: quanto mais eficazes a tendência à homogeneidade e o esforço para eliminar a diferença, tanto mais difícil sentir-se à vontade em presença de estranhos, tanto mais ameaçadora a diferença e tanto mais intensa a ansiedade que ela gera. O projeto de esconder-se do impacto enervante da multivocalidade urbana nos abrigos da conformidade, monotonia e repetitividade comunitárias é um projeto que se auto-alimenta, mas que está fadado à derrota. Essa poderia ser uma verdade trivial, não fosse o fato de que o ressentimento em relação à diferença também se autocorrobora: à medida que o impulso à uniformidade se intensifica, o mesmo acontece com o horror ao perigo representado pelos “estranhos no portão”. O perigo representado pela companhia de estranhos é uma clássica profecia autocumprida. Torna-se cada vez mais fácil misturar a visão dos estranhos com os medos difusos da insegurança; o que no começo era uma mera suposição torna-se uma verdade comprovada, para acabar como algo evidente.

A perplexidade se torna um círculo vicioso. Como a arte de negociar interesses comuns e um destino compartilhado vem caindo em desuso, raramente é praticada, está meio esquecida ou nunca foi propriamente aprendida; como a ideia do “bem comum” é vista com suspeição, como ameaçadora, nebulosa ou confusa — a busca da segurança numa identidade comum e não em função de interesses compartilhados emerge como o modo mais sensato, eficaz e lucrativo de proceder; e as preocupações com a identidade e a defesa contra manchas nela tornam a ideia de interesses comuns, e mais ainda interesses comuns negociados, tanto mais incrível e fantasiosa, tornando ao mesmo tempo improvável o surgimento da capacidade e da vontade de sair em busca desses interesses comuns. Como resume Sharon Zukin: “Ninguém mais sabe falar com ninguém”.”
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Mais em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2022/12/modernidade-liquida-parte-iii-de.html
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Parte IV:

“A passagem do capitalismo pesado ao leve e da modernidade sólida à fluida ou liquefeita é o quadro em que a história do movimento dos trabalhadores foi inscrita. Ela também vai longe para dar sentido às notórias reviravoltas dessa história. Não seria nem razoável nem particularmente esclarecedor dar conta dos lúgubres dilemas em que o movimento dos trabalhadores caiu na parte “avançada” (no sentido “modernizante”) do mundo, em relação à mudança na disposição do público — tenha sido ela produzida pelo impacto debilitante dos meios de comunicação de massa, por uma conspiração dos anunciantes, pela sedutora atração da sociedade do consumo ou pelos efeitos soporíferos da sociedade do espetáculo e do entretenimento. Culpar os atabalhoados ou ambíguos “políticos trabalhistas” também não ajuda. Os fenômenos invocados nessas explicações não são imaginários, mas não funcionariam como explicações se não fosse pelo fato de que o contexto da vida, o ambiente social em que as pessoas (raramente por sua própria escolha) conduzem os afazeres da vida, mudou radicalmente desde o tempo em que os trabalhadores que se amontoavam nas fábricas de produção em larga escala se uniam para lutar por termos mais humanos e compensadores de venda de seu trabalho, e os teóricos e práticos do movimento dos trabalhadores sentiam na solidariedade destes o desejo, informe e ainda não articulado (mas inato e a longo prazo avassalador), de uma “boa sociedade” que efetivaria os princípios universais da justiça.”
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Fayer 06/01/2023

Um pouco pesado para começar nesse mundo de filosofia. O autor é morbido e transfere sua depreciação da realidade para o livro, provavelmente ele tem algum transtorno. Não to falando que é ruim, tanto que eu leio Nietzsche e Shopenhauer, mas é muito fácil se perder nessa filosofia. Quem gostou desejo boa sorte pq só vai piorando.
Bruno Oliveira 17/05/2023minha estante
Livros de Filosofia são complicados mesmo para começar, pois em geral o autor pressupõe uma série de coisas que o leitor médio não conhece. Acho que, a menos que você goste muito do autor e queira conhecê-lo, compensa mais ler de modo indireto, quer dizer, ler livros de divulgação e coisas assim.




Dani 19/12/2022

Livro intenso, deve ser estudado, lido e relido. Nos ajuda a entender muito do que está acontecendo nas nossas relações com tudo e com todos.
Sem dúvida farei uma segunda leitura para conseguir captar ao máximo todos os conceitos.
Recomendo a todos.
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Henrique 10/12/2022

Leitura densa. Abordagem amplamente sociológica dos fenômenos e das mudanças da nova contemporaneidade, com algumas inserções de conceitos de psicologia e filosofia. Me deixa curioso a respeito do livro "Amor Líquido", espero que este detalhe esses fenômenos sob um ponto de vista mais individualizado e psicológico.
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Guilherme 28/11/2022

Muito bom
O livro é muito bom, confesso que não é uma leitura das mais fáceis, mas mesmo assim, mesmo não tendo o nível de entendimento prévio que o livro exige é possível entender a mensagem do livro. Fora isso o autor, o autor prova sua tese em vários aspectos sociais distribuídos pelos tópicos dos capítulos. Ler esse livro me faz ter mais vontade de conhecer a obra do autor.
Alex 30/11/2022minha estante
Bauman foi um gênio! Tem alguns vídeos no yt com entrevistas, em que ele explica seus conceitos de liquidez.


Guilherme 30/11/2022minha estante
Já tinha assistido alguns, por mesmo quis ler os livros... Concordo com vc, ele foi um gênio.




Movio 22/11/2022

Livro extremamente valioso e necessário. Além de trazer à luz questões críticas da sociedade atual, evidencia todas as mudanças encontradas nessa sociedade. Seu conteúdo é altamente reflexivo e portanto, fundamental para o processo de evolução individual e coletiva.
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yongguksoft 12/10/2022

" Todos aprendemos com amargas experiências que os premios podem se tornar riscos de uma hora para outra e prêmios resplandecentes podem se tornar marcas de vergonha. As modas vêm e vão com velocidade estonteante, todos os objetos de desejo se tornam obsoletos, repugnantes e de mau gosto antes que tenhamos tempo de aproveitá-los. Estilos de vida que são "chiques" hoje serão amanhã alvos do ridículo. Citando Bourdieu uma vez mais: "Os que deploram o cinismo que marca os homens e mulheres de nosso tempo não deveriam deixar de relacioná-lo às condições sociais e econômicas que o favorecem..." Quando Roma pega fogo e há muito pouco ou nada que se possa fazer para controlar o incêndio, tocar violino não parece mais bobo nem menos adequado do que quer outra coisa."
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M Ferreira 12/09/2022

O conceito de Modernidade Líquida é bastante conhecido e constantemente usado para descrever a contemporaneidade. Contudo, eu sempre tive a curiosidade de ler essa obra para compreender forma como o autor chegou à construção desse conceito.

Neste livro, em cada capítulo, o autor analisa e desenvolve cinco pontos principais que servem como base para compreender as mudanças observadas na, assim chamada, sociedade líquida. Sendo eles: emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e comunidade.

Em cada capítulo, os temas vão sendo destrinchados e costurados em uma narrativa muito envolvente que conduz o leitor aos pensamentos e observações críticas do autor. Reflexões que não se limitam à esfera social como um todo, mas se referem também às ações e perspectivas individuas de cada membro que compõem a nossa sociedade.

O livro não possui uma linguagem difícil, mas devido à complexidade dos conceitos abordados pelo autor, a leitura se torna mais densa, exigindo maior concentração para acompanhar o raciocínio do autor. Não é um livro para ler no ônibus, por exemplo. Acredite, eu tentei.

No entranto, é uma leitura enriquecedora que promove muitas reflexões e questionamentos sobre a nossa sociedade. Apesar de ter sido escrito há mais de duas décadas, o livro continua atual em suas críticas e pensamentos desenvolvidos. Recomendo a leitura para quem se interessa em assuntos como esse.
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Gabriel 14/07/2022

O mundo e suas transformações
"Modernidade líquida", do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, descreve as características do atual período de modernidade em face do signo da transformação constante, instabilidade e insegurança em relação às relações e instituições.
Bauman, para ilustrar a tese proposta, recorre à "modernidade sólida", período precedente de estabilidade, domínio tradicional e concretude. A modernidade líquida seria, pois, em contraponto, o período de liquefação das relações, instabilidade, fluidez, mudança e insegurança.
A obra destaca, ainda, a perda de centralidade do trabalho, a nova liberdade de movimento do dinheiro, formação de lugares sem sentido e de uma nova técnica do poder pós-panotípica e não foucaultiana numa sociedade de consumidores em que as mudanças são mais constantes que as permanências.
A linguagem é relativamente simples e o conteúdo fornece um bom ponto de vista para analisar o mundo atual. Aos que gostarem, podem ler, também, "Por uma outra globalização", do geógrafo brasileiro Milton Santos.
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Yuri.Selaro 09/07/2022

É a primeira obra do Bauman que eu leio e sem sombra de dúvidas lerei outras mais. Confesso que ao terminar o livro me senti meio estranho, meio cúmplice, mesmo que involuntariamente, dessa modernidade absurdamente individualizada em que estamos inseridos.

É uma ótima leitura para refletir sobre ação e reação de uma civilização cada vez menos comunitária, além de tocar em pontos sensíveis como a banalização da superficialidade e a transmutação das relações, a nível pessoal ou político, em mais um produto do capitalismo tardio. Também é um ótimo livro introdutório para entender os perigos do liberalismo.


Nota 10!
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Fabiane 05/06/2022

Que fôlego!!!
Não é a toa que Bauman é uma referência na área das Ciências Sociais na atualidade.
Este livro condensa uma análise profícua da sociedade pós moderna.
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Hildeberto 30/05/2022

Análise sólida
"Modernidade Líquida", de Zygmunt Bauman, é uma análise sociológica do mundo no final do século XX e início do século XXI.

O autor parte da premissa de que o sistema capitalista evoluiu, no final do século passado, para uma forma mais dinâmica e móvel, menos dependente de estruturas fixas e favorecido por arranjos flexíveis; desta constatação, o autor explica as diversas implicações para a liberdade individual, a vida em sociedade, as noções de tempo e espaço, o mundo do trabalho e a comunidade.

A tradução da Editora Zahar é primorosa, com um português bastante correto. Não obstante, é um livro de difícil leitura, pois, além dos conceitos serem complexos, Bauman recorre a muitas citações, frases intercaladas e, às vezes, a um excesso de frases subordinadas em um mesmo período - o que não favorece a leveza do texto.
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Evelin Bianca | @paginasete7 20/05/2022

#6 Uma reflexão sobre a sociedade
Zygmunt Bauman foi um sociólogo e filósofo polonês, sua obra Modernidade Líquida reflete sobre as mudanças ocorridas na passagem da modernidade para a pós-modernidade. Partindo dos conceitos de liquidez e fluidez, o autor demonstra que tudo que era sólido e firme no passado, na contemporaneidade já não permanece mais assim.

Emancipação, individualidade, tempo/espaço, trabalho e comunidade são os temas que permeiam os capítulos. O sociólogo trata das relações humanas ao longo do tempo, expondo conceitos de liberdade, mobilidade, política, consumismo e transitoriedade. Traz a história do trabalho e a relação com o capitalismo pesado e leve, do controle fordista às inúmeras possibilidades e ao nomadismo contemporâneo. Aborda o tempo e o espaço, antes conectados, agora separados na era da instantaneidade. Sobre comunidades, os pontos chave são a questão da segurança, a diferença entre nacionalismo e patriotismo, e a territorialidade.

É uma leitura um tanto densa e complexa, o autor traz inúmeras referências, contrapondo e complementando os pensamentos de diversos autores. Faz uma reflexão muito interessante sobre o mundo à nossa volta, e mostra que "está doente a sociedade que deixa de se questionar". Boa leitura!

06/26
280 páginas
Lido: 10 a 27/03/22
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Adilson22 16/04/2022

Livro muito bom, porém bem difícil de ser lido. A linguagem é complicada, de fato, um livro sobre sociologia e filosofia.
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Maria18724 13/04/2022

Bom
Leitura feira pro meu TCC, acabou não me ajudando muito no trabalho em si, mas aborda questões interessantes da sociedade atual. Quero reler quando tiver tempo.
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