É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Erika 31/05/2020

Dias frios.
Primo Levi relata os seus dias passados no campo de concentração em Auschwitz, após ser capturado durante a Segunda Guerra Mundial.

É um livro duro? Sim. Bem complicado saber que enquanto eu estou no meu sofá, debaixo da cobertinha e reclamando do frio, milhares de pessoas trabalharam em uma temperatura abaixo dos 20 graus negativos, com roupas leves e sapatos de madeira que provocavam feridas horríveis nos pés.

Que depois de eu ter comido até passar mal, os judeus capturados por nazistas e facistas sobreviviam diariamente com um pedaço de pão no café da manhã e um prato de sopa rala no almoço e outro no jantar.

Que enquanto eu me aborreço com coisas fúteis, eles eram severamente castigados por simplesmente tropeçar por estarem fracos demais para suportar os trabalhos pesados que eram obrigados a fazer.

Que enquanto eu reclamo de dor de cabeça, os considerados ?sem serventia? para o trabalho eram selecionados para a câmara de gás.

Em nenhum momento do livro o autor faz discurso de ódio, rancor ou apontamentos parecidos com esses que eu acabei de fazer. Ele simplesmente relata os fatos através de seu ponto de vista, se questionando se os judeus capturados ainda poderiam ser considerados homens, ser considerados humanos. Após tanto sofrimento o orgulho que cada um poderia sentir desaparece, transformando seus corpos em robôs. Robôs que adoecem, sentem fome, sentem frio.

Esse tipo de história incomoda mesmo, mas acredito ser importante sairmos da nossa caixinha, não apenas para valorizar o que somos e temos hoje, mas principalmente para conhecermos o passado, para que atrocidades desse tipo nunca mais venham a se repetir. Vivemos tempos escuros, onde a bandeira do racismo é levantada sem temor, onde ideologias são criadas sem fundamentos, onde o ódio é um sentimento comum. E sinceramente não acho impossível que isso torne a acontecer.

Leiam este livro. Ele perturba sim, mas também mostra um feixe de luz.
Alê | @alexandrejjr 06/10/2020minha estante
Belíssimo texto, parabéns!




Eliza.Beth 27/02/2021

Seres humanos... até onde chegam
Muito difícil ler esse livro.
São tantas coisas absurdas visando transformar pessoas em animais.
Reduzi-las a pó certamente é cruel mas tirar, diariamente, as pequenas coisas q nos fazem humanos, que nos permite nos sentir um ser humano, realmente, ultrapassa o limite de humanidade.

Todo mundo sabe como essas pessoas eram obrigadas a trabalhar em Campos, arrancadas de suas casas, abandonando todos os seus pertences e pessoas amadas.

Mas e passar 4 dias sem beber uma gota de água? Ser chamado por um número? Receber um pote para comer mas não receber uma colher? Ter que manter as unhas cortadas mas para isso, ter como ferramenta os dentes? Se você perde um sapato, eles te dão outro mas você escolhe a olho, se tiver sorte, vai ser o seu número. Se não, azar o seu.

Sobre as seleções de quem continuava apto ao trabalho ou quem iria para as câmaras de gás, esse vou deixar para vc descobrir sozinho.

LEIAM ESSE LIVRO, PELO AMOR DE DEUS!
Natália Carolina 28/02/2021minha estante
:(


Eliza.Beth 01/03/2021minha estante
?


Carolina.Gomes 04/03/2021minha estante
?


Eliza.Beth 06/03/2021minha estante
Pancada atrás de pancada nesse livro




Lucasaugsue 17/09/2020

Marcante
Um relato no campo de concentração da 2GM em Auschwitz com os detalhes do dia-a-dia deles, no comércio interno com os suprimentos que recebiam. A deterioração da humanidade em alguns, mas a contínua esperança para outros.
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Marcio 02/06/2022

Nada justifica
Boa leitura, mas uma história cheia de barbáries, difícil de sintetizar as atrocidades por ela exposta. Muita agonia.
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Maria.Clara 04/02/2022

Acho muito complicado avaliar esse tipo de livro, porque é uma escrita de uma história muito pessoal, e sobre um assunto muito delicado.
Foi uma leitura muito proveitosa, através do Primo Levi você consegue enxergar com mais clareza como funcionava um Campo de Concentração Nazista. Somado à isso, é uma leitura que me deixou muito triste em vários momentos quando eu parei pra pensar e visualizar tanta barbárie contra o ser humano.
No mais, acho que é o tipo de leitura necessária à todos, pra que a gente não esqueça e jamais permita que isso ocorra novamente!
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Denise 22/12/2020

A desumanização
Uma assombrosa história do horror, da desumanização, do pior que se possa imaginar sendo feito de um homem a outro. Por mais chocante que possa parecer, a história é real e é narrada por um sobrevivente de Auschwitz, apenas alguns meses após o fim da guerra.

Partindo da ideia de que os prisioneiros em Auschwitz não tinham uma condição humana em sentido amplo (não tinham mais sentimentos humanos, não tinham maia desejos, esperança, orgulho e não tinham sequer ânimo para revolta) dada a ação do nazismo, Primo Levi conta detalhes pouco conhecidos do cotidiano desses prisioneiros para que se entenda o grau de desumanização a que foram submetidos e como, apesar das negativas do autor, resistiam (ainda que com o simples ato de respirar).

A narrativa é crua e dura. Os fatos aparecem sem qualquer sentimentalismo, talvez porque em Auschwitz não coubesse mesmo qualquer tipo de floreio.
A escrita de Primo Levi, sem sombra de dúvidas, faz desse livro uma leitura única sobre um tema já tão explorado. É uma leitura dolorida, incômoda, difícil. Não teria como não ser difícil conhecer a desumanização do ser humano, pelas palavras de quem sobreviveu a ela. Mas é uma leitura necessária para que estejamos atentos, para que não esqueçamos e, sobretudo, para que isso jamais torne a acontecer.
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Carolina2755 08/04/2022

Incrível!
Acredito que, como muitos outros livros que abordam a temática, deveria ser uma leitura da grade estudantil. Foi a falta de humanização que trouxe tanta desgraça pro mundo, e, com toda certeza, Levi vem nos mostrar, por meios de relatos sobre o Campo, como ser mais humano.

Não há muito mais o que falar sobre esse livro. É incrível! É histórico! É fundamental! Não terminei a obra da mesma forma que a comecei. Minha forma de olhar para o mundo mudou. Minha forma de olhar para o holocausto mudou. Minha forma de olhar pra dor mudou. Minha forma de olhar para a VIDA mudou. Primo Levi fez isso comigo, me fez enxergar com mais clareza as barbáries que guiaram o Nazismo -o desejo de tornar sub-humano àqueles que estavam nos campos de concentração-, me fez enxergar o quão longe o homem vai quando carregado pelo ódio e, o mais importante, ele me fez ouvir a voz de muitos que não conseguiram falar, me fez ouvir o grito de libertação daqueles que nunca foram libertos, e não é um grito bonito, é desesperador, angustiante.
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Pandora 18/01/2022

Eu não costumo ler livros sobre a Segunda Guerra. Acho um assunto explorado, muitas vezes, de maneira indevida, desrespeitosa e romantizada. Porém, além deste elogiado livro ser o escolhido num grupo de leitura do qual participo, é o livro de memórias de um sobrevivente dos campos de concentração nazistas.

Eu gostei muito da forma como o livro foi escrito, sobre fatos cotidianos do campo e suas lutas diárias internas - que iam muito além do domínio nazista -, mas também com reflexões sobre a humanidade, sobre o que fazemos sob condições adversas, sobre quem podemos ser na luta pela sobrevivência.

Todas as mortes são lamentáveis, mas o que dizer dos que pereceram momentos antes da libertação ou logo após a chegada dos libertadores?

Eu tive sentimentos e reflexões similares aos que senti durante a leitura de Ensaio sobre a cegueira, do Saramago. Quando toda a nossa dignidade nos é destituída… o que sobra? É isto um homem?

“Assim como a nossa fome não é apenas a sensação de quem deixou de almoçar, nossa maneira de termos frio mereceria uma denominação específica. Dizemos “fome“, dizemos “cansaço“, “medo“ e “dor“, dizemos “inverno“, mas trata-se de outras coisas. Aquelas são palavras livres, criadas, usadas por homens livres que viviam, entre alegrias e tristezas, em suas casas. Se os Campos de Extermínio tivessem durado mais tempo, teria nascido uma nova, áspera linguagem, e ela nos faz falta agora para explicar o que significa labutar o dia inteiro no vento, abaixo de zero, vestindo apenas camisa, cuecas, casaco e calça de brim e tendo dentro de si fraqueza, fome e a consciência da morte que chega.” - pág. 182
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Pr.Thiago 22/04/2022

É ISTO UM HOMEM
'É isto um homem?' é um libelo contra a morte moral do indivíduo. No livro, o escritor e químico italiano Primo Levi relembra seu sofrimento num campo de extermínio, sem, contudo, invocar qualquer resquício de autopiedade ou vingança. Deportado para Auschwitz em 1944, entre outros 650 judeus italianos, Levi foi um dos poucos que sobreviveram, retornando à Itália em 1945.
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Sandrinha 13/10/2020

Lindo, triste e tocante
Uma leitura que vale a pena! Vale cada minuto, cada respirada profunda, cada nó na garganta...
Fiquei tão envolvida com essa leitura que eu dormia e acordava com o livro perto de mim, para não perder ele de vista... kkkkkkk
Foi uma das experiências literárias mais tocantes da minha vida. Obrigada Primo Levi, eu sei que o senhor não teve um destino feliz, mas graças as suas palavras eu fiquei mais consciente de quem eu sou e porque eu sou como sou...
??????
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Yasmin1403 17/10/2022

Um livro que revela a realidade das pessoas que sofreram, todos os dias, ameaças e torturas nos campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial. Um livro muito forte e importante, que nos ajuda a ter consciência de como funciona um mundo com ideias nazistas.
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sadbroccolitree 05/01/2022

Visceral!
Demorei para finalizar o livro, pois houve um momento que todo o peso da história (e o saber de que se tratava de algo real) se tornou muito pesado. É um livro visceral, mas necessário. Não podemos esquecer as monstruosidades das quais o ser humano é capaz e a memória disso tudo precisa se manter viva para que isso não se repita. Fico imaginando pessoas que passaram por campos de concentração, ou perderam familiares naquele lugar horrendo, vendo, hoje em dia, negacionistas tentando espalhar que nada disso aconteceu. Enfim, uma leitura que é um tapa na sua cara, mas muito necessária!
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Leila 23/07/2020

Um relato angustiante
Na obra É isto um homem? Primo Levi
narra as suas memórias no campo de concentração de Auschwitz. Em um texto seco, duro e amargo ele recorda o horror visceral que vivenciou por longos meses em terras polonesas sob o controle do Terceiro Reich, local onde a crueldade humana manifestou-se da maneira mais sórdida possível. Confesso que avançar das linhas fui sendo consumida por uma profunda angústia ante capacidade de alguns homens de infligirem tanta dor e sofrimento a outros seres humanos.

Em tempos tão sombrios como os nossos onde contemplamos diariamente discursos de ódio, essa obra nos recorda o porque devemos lutar de modo hercúleo para que tais horrores jamais voltem a se repetir.

.

É um homem quem mata, é um homem quem comete ou suporta injustiças; é um homem que, perdida já toda a reserva, compartilha a cama com um cadáver. Quem esperou que seu vizinho acabasse de morrer para tirar-lhe um pedaço de pão [...] Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; não é a experiência de quem viveu dias dos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem?.
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Larissa Tavares 06/01/2023

Como definir o que se sente ao ler Primo Levi? Mas, além das inúmeras tristezas, dores e marcas existentes numa experiência inumana de um campo de concentração, me marcou muito os momentos raros que ainda conseguíamos ver o resquício de humanidade.
A existência de Lourenço, aquele que ajudou Levi e seu amigo Alberto, sem pedir nada em troca foi uma passagem marcante pra mim.
E o final, com aquele grupo dos três amigos, Charles, Arthur e Primo, além dos demais que juntos lutaram até a última gota pela sua vida em um regime de cooperação e, mesmo insconsciente, pela vida do outro em um sistema de união.

Incrível obra e me pergunto porque demorei tanto pra fazer essa leitura.
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Allison - @oallisonperin 12/01/2021

É impossível não favoritar essa experiência
Primo Levi foi um dos sobreviventes do Campo de Concentração de Buna-Monowitz, em Auschwitz.

Essa é sua memória nua e crua, sem vingança, que parte da desconstrução de um homem capturado pelo regime nazista até a reconstrução dos cacos que lhe sobraram após a libertação pelas tropas soviéticas.

"É isto um homem?" é uma obra-prima. É um relato preciso de dor, fome, frio, solidão, violência, brutalidade, desumanização, doença, crime dentros dos campos nazistas. É um relato da História tão primorosamente registrado que conta com o poder de te inserir nesse recorte macabo para que você jamais perca a sensibilidade humana (e se esqueça do Holocausto).

Marquei mais de 60 passagens, chorei diversas vezes e repetiria a dose outra vez. É impossível não favoritar esse tipo de experiência: todo mundo deveria fazer essa leitura.
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