Meia Guerra

Meia Guerra Joe Abercrombie




Resenhas - Arqueiro


60 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Diogo Matos 16/08/2018

O mais fraco da trilogia
Considero esse livro o mais fraco da triligia, pois apresenta os protagonistas mais desinteressantes e é o que tem a maior barriga dos 3 livros, além é claro, do final simples e acelerado. Apesar de tudo, a escrita de Joe Abercrombie é sempre agradável e acima da média.
comentários(0)comente



Romullo Randell 19/02/2018

Apenas meia guerra é travada com espadas.
A outra metade é travada com palavras.

A cada capítulo, Joe Abercrombie lembra o leitor o porquê do nome do livro, assim como em Meio Rei e Meio Mundo. Apesar de ter achado os desfechos dos livros anteriores mais intrigantes e reveladores, é muito bom conferir o derradeiro trecho da estória que começou com um Yarvi tímido diante dos obstáculos que enfrentaria (Meio Rei) e evoluiu pelos intrincados planos de Pai Yarvi (Meio Mundo).

Meia Guerra mostra de uma forma interessante a evolução de personagens já conhecidos e de outros recém apresentados. Em terceira pessoa, porém, o livro é centrado principalmente nas impressões de Skara (princesa herdeira de Throveland), de Raith (o enchedor de copos de Grom-gil-Gorm, rei de Vansterland) e de Koll (aquele mesmo, apresentado no finalzinho do primeiro livro e que viajou por todo o Meio Mundo no Vento Sul).

Abercrombie consegue apresentar uma estória em que o vilão de um pode ser o herói de outro e vice-versa. As nuances de um mundo pós-apocalíptico ficam um pouco mais evidentes, no entanto, está longe de ser o centro do livro; conserva mais uma lição de moral cíclica para a humanidade (e os antigos elfos, que seja!).
comentários(0)comente



Amanda 07/05/2018

O aço é a resposta
Conclusões sempre são arriscadas, a meu ver. Precisamos de respostas, de conexões, nos apegamos aos personagens e imaginamos seus desfechos. Queremos que acabe deste ou daquele modo e toda essa responsabilidade está nas mãos do autor. Já comentei por aqui que Abercrombie é ousado e implacável em sua escrita e isso não muda em Meia Guerra. Aliás, essas são as características primordiais da trilogia e interferem diretamente nesta jornada até a finalização.

Sempre que o leitor se pega pensando “mas ele não pode fazer isso”... bem, ele pode sim. Ele faz, doa a quem doer. Para uma trilogia que começou, repito o que disse na resenha de Meio Mundo, com uma premissa aparentemente tão clichê, pautada na promessa de vingança de Yarvi, é um choque acompanhar sua trajetória, sua evolução. Joe Abercrombie pega o caminho inverso de muitos Young Adults e pesa um pouco mais a mão a cada página, amadurecendo seu jovem leitor à medida que a história progride. ​

Um dos pontos mais destacados por mim em Meia Guerra foram as referências à cultura nórdica mais claras do que nos volumes anteriores. Sempre houveram alusões, como o comércio marítimo, os saques, as incursões, as paredes de escudos, mas agora temos um contato mais sólido com rituais pagãos, tradições, superstições. Isso enriqueceu muito a trama, nos dando um panorama mais completo desse mundo e uma camada a mais para explorar.

“Palavras bem escolhidas resolvem a maior parte dos problemas, só que, por sua experiência, o aço bem afiado é ótimo para lidar com os que sobram”.

Novamente, somos apresentados a novos personagens principais e novos pontos de vista, assim como o autor já havia feito em Meio Mundo. Conhecemos, então, a princesa Skara, o lacaio Raith e entramos no ponto de vista de Koll. Sempre há uma passagem temporal indefinida, porém curta, entre os livros, suficiente para os personagens anteriores terem crescido e amadurecido. Assim, ainda temos a presença de Yarvi, Thorn, os reis Uthil e Grom-gil-gorm, a rainha Laithlin, avó Wexen e o Rei Supremo, entre outros. Porém, o foco agora é nos mais jovens. Isso deu certo em Meio Mundo mas, em Meia Guerra não foi bem assim. ​

“– Os homens vão discutir de quem era o peito mais cabeludo e o rugido mais alto. Os bardos vão cantar sobre o aço reluzindo e o sangue derramado. Mas o plano foi seu. A vontade foi sua. Suas foram as palavras que mandaram esses homens cumprir com seu propósito”.
Thorn era interessante, raivosa, divertida, ao passo que a princesa Skara não me pareceu uma troca muito justa. Thorn nos foi entregue pronta, bem construída desde a primeira impressão e aprofundada aos poucos. Skara, não. Por causa do desenrolar dos eventos, Skara cresce rápido demais de uma menininha chata e chorona para uma das mulheres mais poderosas da trama. Não há uma evolução tão natural e a personalidade dela não é cativante, é apenas ok. Raith é outro personagem que ficou aquém de Yarvi e de Brand, pontos de vista do primeiro e segundo livros. Também sem uma grande motivação, buscando uma redenção que não nos conta nenhuma grande novidade. Senti falta de personagens mais interessantes, como é tão comum nas criações de Abercrombie. Não chega a desmerecer a leitura e os leitores talvez nem se incomodem com isso, mas fica a ressalva.

​No entanto, a presença feminina continuou firme e forte. É inegável que é a escrita de um homem sobre mulheres, mas não há nenhum problema nisso porque é extremamente bem feita. Abercrombie não é de trabalhar com diferenças entre os gêneros – apesar de existirem no mundo do Mar Despedaçado papéis sociais mais esperados de mulheres do que de homens. O autor deixa claro ao não atribuir características estereotipadas a nenhum dos lados, demonstrando não ser essa a sua visão. As mulheres promovem uma representatividade que nos enche de orgulho.

O que permanece como constante em todos os três livros é a presença imponente de Yarvi. Cada vez mais manipulador, ele é o artifício de Abercrombie para puxar todas as linhas dessa trama, sem deixar nenhuma ponta solta. Yarvi é o maestro do Mar Despedaçado, ditando o tom da história mesmo nas sequências onde não é citado. Ele é uma presença incansável de forma a surpreender o leitor.

“Com muita frequência, quando derrubamos uma coisa odiosa, em vez de quebrá-la e começar do zero, nós nos colocamos no lugar dela”.

Meia Guerra é cheio de ação e artimanhas. Os livros anteriores preparam o terreno para o combate, mas senti uma demora para chegar na guerra propriamente dita. Esse tempo foi gasto com mais joguetes e diplomacia e isto poderia ter sido encurtado ou preenchido com elementos não tão explorados, como o reino da Imperatriz do Sul ou as relíquias élficas de tempos passados. Faltou falar mais sobre eles, tendo ficado mais na nossa imaginação do que no papel. O combate em si continua ótimo e imprevisível, mas, pessoalmente, as soluções apresentadas me pareceram um pouco fáceis, apesar de serem bem plausíveis.

Mais do que guerra e violência, esta é uma história de escolhas e consequências, prioridades, força e amadurecimento. Meia Guerra conclui muito bem a história do Mar Despedaçado e torna esta uma das trilogias obrigatórias para qualquer fã de fantasia, do mais jovem ao mais experiente, desde o mais clássico ao mais revolucionário.

site: http://www.ficcoeshumanas.com/fantasia--ficcao-cientifica/resenha-meia-guerra-mar-despedacado-vol-3-de-joe-abercrombie
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Cia do Leitor 16/02/2018

Meia Guerra
Nesse último livro da trilogia do Mar Despedaçado nós iremos conhecer dois novos personagens, que irão se juntas aos já conhecidos na guerra contra o Rei Supremo. Como aconteceu no segundo livro, os personagens anteriores perdem o destaque que tinham e sendo assim, a narrativa será focada nesses dois novos e um antigo, que já conhecemos mas que não teve grande importância nos livros anteriores.

"O orgulho vale pouco até mesmo para os vivos."

O grande destaque desse livro é a princesa Skara, uma jovem de 18 anos que vê sua vida ser destruída diante de seus olhos pelo campeão do Rei Supremo, Yilling, o Brilhante. Seu avô havia se juntado à aliança com Gettland e Vansterland, porém foi conhecido por sua ministra a voltar atrás e restabelecer a paz com o Rei. Porém esse esforço não serviu para nada, pois eles foram traídos pela avó Wexen, que acabou não cumprindo com sua palavra e matou tanto o rei quanto a ministra, sem contar os inúmeros civis de Throvenland. Além de todas as mortes, Throvenland ainda por cima foi incendiada pelo Yilling.

"Os derrotados podem vencer no futuro. Os mortos perderam para sempre."

Sara consegue escapar por pouco e acaba buscando refúgio em Gettland, junto a sua prima, a rainha Laithlin. E é por lá que ela irá mais uma vez se juntar à aliança, para buscar a sua vingança pelo seu avô e pela sua terra. Mas engana-se quem pensa que Skara é uma daquelas personagens que não tem medo de nada, muito pelo contrário. Ela não sabe muito sobre o mundo ou a vida, e desde o ataque parece estar sempre com medo. Porém ela aprendeu com sua antiga ministra a demonstrar seus verdadeiros sentimentos e a manter uma máscara de força e determinação.

"A nobreza não é demonstrada pelo respeito que damos aos mais elevados, mas pelo respeito que dedicamos aos mais baixos. Palavras são armas. Devem ser manuseadas com o cuidado adequado."

E ao que parece sua máscara é excelente, pois todos realmente acabam a vendo como uma mulher forte e decidida, que não tem medo de nada. Grande parte dessa fama também é conquistada graças as suas palavras, ela acaba descobrindo que tem o dom de dizer a coisa certa, no momento certo. Mesmo sem ter a força para lutar com uma espada, Skara acaba encontrando outra forma de participar dessa guerra e contribuir para a aliança.

"Coragem e vida longa raramente andam juntas."

O outro novo personagem desse livro irá juntar à Skara, contra sua vontade, e se tornará seu guarda-costas. O nome é Raith, o carregador da espada do rei Gorm. Ele é um jovem que cresceu em meio à violência, e foi justamente a violência e a matança que o levou até onde ele e seu irmão estão hoje. Ele é um matador que nunca se importou muito com quantidade de sangue já derramou, ele sempre foi o primeiro a correr em direção à uma batalha. Mesmo sendo tratado como um cão pelo rei Gorm, ele considera o seu lugar invejável e admira o seu rei.

"Você só pode dominar os temores enfrentando-os. Esconda-se e eles a dominam."

E não é só por causa da posição que ele tanto lutou para alcançar, ao seu enviado para Skara, Raith acaba ficando separado do seu irmão, a única família que ele tem. Sempre houve uma certa separação de deveres entre os irmão, Rakki é a inteligência, enquanto Raith é a força. Então Raith teme pela vida do irmão por ele não estar por perto para protegê-lo. Mas o que no início parece ser quase que uma punição para Raith, esse novo papel de guarda-costa da Skara acaba se revelando muito mais para ele. Ele começa a descobrir um lado dele que até então era desconhecido até para sim próprio e começa a perceber que ser um matador talvez não seja tudo o que ele poderia ser.

"Todo conhecimento, como todo poder, pode ser perigoso nas mãos erradas. O que importa é o uso feito dele."

O antigo personagem que ganhou um destaque nesse último livro é o Koll, aquele menino do segundo livro que acompanhou Yarvi, Brand e Thorn na viagem pelo Divino e o Renegado. Pois ele agora já é um homem, aprendiz do pai Yarvi e que em breve irá prestar o seu exame ao Ministério. Só tem um porém, quando se tornar um Ministro, Koll deverá renegar qualquer possibilidade de ter uma família, mas ele está apaixonada pela Rin, a irmã mais nova do Brand. Ele quer ser o melhor homem possível, não quer decepcionar o pai Yarvi, mas também não quer decepcionar a Rin e o Brand. Mesmo não sendo nem um pouco corajoso, Koll acaba também se tornando uma importante peça nesse jogo que é a guerra contra o Rei Supremo.

"A confiança é como vidro. É linda, mas só um idiota coloca muito peso em cima."

Por mais que não tenha uma narrativa exclusiva, Yarvi continua sendo o personagem chave da trama. Seus esquemas nesse livro chegam à outro nível e eu estava sempre altamente curiosa em saber o que ele faria a seguir. Infelizmente eu não posso entrar em detalhes, afinal não quero estragar a graça de ninguém. Mas se você já chegou nesse terceiro livro, você já conhece muito bem a inteligência do Yarvi.

"Um guerreiro que não tem pelo que lutar, a não ser por si mesmo, não é mais do que um bandido."

A narrativa, como eu já disse, segue a Skara, o Raith e o Koll, dessa forma cobrindo toda a extensão da estória. Como nessa trilogia em nenhum momento são narrados os fatos que estão se desdobrando no lado inimigo, a estória fica ainda mais emocionante, pois não temos ideia do que irá acontecer a seguir, se os planos darão certo ou não. A forma como o autor leva os leitores através das páginas é uma coisa impressionante. Bastava alguns segundos para me fazer esquecer do mundo real e mergulhar completamente no Mar Despedaçado. Devorei o livro rapidamente, pois não existe outra forma de ler esse estória. Além de possuir uma escrita fluida, a estória te puxa com ganchos que sempre te fazem querer saber o que irá acontecer a seguir.

"Todo mundo descobre um modo de tornar seu lado o correto, afinal de contas."

Joe mais uma vez conseguiu criar excelente personagens, pois novamente não temos heróis perfeitos. Mais uma vez temos seres humanos comuns, tentando fazer o melhor possível, repletos de medo, dúvidas e mesmo assim, coragem. É muito fácil simpatizar com os personagens, mesmo que eles não sejam sempre completamente bons. Muitas coisas importantes ocorrem nesse último livro, batalhas que me causaram princípios de infarto. Rolaram muitos momentos “por favor, não mate esse personagem”, mas não posso revelar o resultado das minhas rezas, hahaha.

"Aproveite as fagulhas que uma pessoa provoca na outra. Elas são a única luz nas trevas do tempo."

Por muitas vezes me parecia que esse não seria o último livro, que ainda teria um próximo. De certa forma o autor poderia até fazer uma nova trilogia, pois esse universo do Mar Despedaçado é muito rico e ainda existem muitas estórias que gostaria de saber sobre aquele mundo e sobre vários personagens. Fica realmente eu decidir qual foi o melhor livro da trilogia, mas esse aqui é um forte candidato. O autor não me decepcionou, mas ainda assim me deixou com gostinho de quero muito mais. Então ainda tenho esperanças que um dia ele retorne à esse universo.

"Os loucos e os idiotas não sentem medo. Os heróis temem e, mesmo assim, enfrentam o perigo."

Sobre a edição do livro, ela segue a linha dos dois primeiros, com páginas amareladas. A capa, mais uma vez, ilustra de forma maravilhosa os personagens do livro. Eu realmente amo as ilustrações dessa trilogia, são muito lindas.

"As pessoas não são apenas covardes ou heróis. São as duas coisas e nenhuma das duas, dependendo da situação. Dependendo de quem esteja com elas, de contra quem elas estejam. Dependendo da vida que tiveram. Da morte que esperam."

Eu já recomendei o primeiro e o segundo livro, então com esse aqui não seria diferente. É um maravilhoso livro de fantasia, com uma estória única e personagens maravilhosos. O que não falta nessa trilogia são batalhas e sangue. Mas um aspecto que me conquistou ainda mais é que as batalhas não são ganhas apenas com força bruta, mas com inteligência também. Eu sou apaixonada por personagens inteligentes, que mesmo sem serem os mais fortes fisicamente, acabam mudando o rumo da história. Se você gosta de fantasia épica, sem dúvidas você deveria incluir essa trilogia na sua lista de próximas leituras. Você não irá se arrepender.

"Apenas meia guerra é travada com espadas. - Ela pressionou a ponta do dedo na lateral da cabeça com tanta força que doeu, acrescentando: - A outra metade é travada aqui."

Resenha de Patricia Paiva do blog Cia do Leitor

site: http://www.ciadoleitor.com/2018/02/resenha-meia-guerra-de-joe-abercrombie.html
comentários(0)comente



Thiago 16/08/2021

Se perdeu
Livro ia bem até a metade, momento em que coisas estranhas passam a acontecer e de forma muito acelerada, ao contrário do que foi construído durante os livros anteriores. Para mim, a impressão que fica é que o autor não soube como finalizar a história que foi contada, sendo o livro mais fraco da trilogia. Uma pena, pois o primeiro é ótimo, o segundo é muito bom, mas o terceiro não passa de mediano.
comentários(0)comente



cotonho72 20/02/2018

Excelente!!!!
A Princesa Skara de Throvenland tinha de 17 anos e era uma garota pequena e magra, perdeu praticamente tudo, ela viu seu avô o rei Fynn e sua ministra Mãe Kyre, serem assassinados por Yilling, o Brilhante, depois de serem traídos pela avó Wexen a ministra do Rei Supremo. Skara conseguiu escapar e sobreviver graças à astúcia da ministra Mãe Kyre, que ordenou Jenner, o Azul, a fazer um juramento solar e um juramento lunar e levar a princesa para um lugar seguro. Jenner era um velho pirata muito conhecido no mar despedaçado e não quebraria por nada esse juramento.

Eles chegaram em segurança em Gettland no navio de Jenner, o Cão Negro, Skara foi recebida pela sua prima a rainha Laithlin, que ofereceu proteção e lhe fez uma proposta para que ela lutasse por Gettland. O imbatível guerreiro e rei de Vansterland Grom-gil-Gorm e o rei de ferro de Gettland Uthil nunca foram aliados, mas agora estavam juntos discutindo como iriam guerrear contra o Rei Supremo, ambos aguardavam o rei Fyn de Throvenland, pois ainda não sabiam de sua morte, mas em seu lugar apareceu a princesa Skara que com suas palavras apaziguou os ânimos e deu um novo rumo a todos. Ela deve unir uma aliança frágil entre Gettland e Vansterland, enquanto se aproxima de ser uma rainha e, portanto, seu voto será decisivo nos esquemas intermináveis ​​do pai Yarvi.

Pai Yarvi, ministro de Gettland, continua ainda mais ardiloso, com seus jogos ele faz aliados entre antigos rivais, Thorn Bathu continua com a mesma fúria incontrolável e temida por todos, Brand, agora seu marido, com a mesma força e coração, a guerra está declarada só que ainda não começou a batalha, mas os jogos e manipulações não pararam.

Outros personagens aparecem para enriquecer mais a história, Koll é filho do casal que Yarvi prometeu proteger e agora é o seu aprendiz de ministro, Raith, o portador de espadas de Grom-Gil-Gorm, um grande guerreiro, violento e sem emoção, só amava o seu irmão Rakki, além de mãe Owd.

O autor Joe Abercrombie mais uma vez não decepcionou, nesse terceiro livro seguimos de perto as jornadas dos protagonistas e a forma como eles mudaram e cresceram durante o decorrer do livro, avaliando posições, onde estavam e onde querem chegar, é interessante ver como suas decisões causam consequências durante toda a história à medida que elas mudam. Onde Yarvi, Thorn, Skara, entre outros enfrentam a ideia de que para chegar nos seus objetivos eles devem fazer coisas horríveis, precisam estar preparados para fazer qualquer sacrifício para vencer, e isso afeta as vidas de todo que buscam isso.
As respostas não são fáceis, e os heróis e vilões se misturam e se alternam ao longo da narrativa, nessa inesquecível trilogia vemos que em todos os livros jovens passando da adolescência para a idade adulta, têm de tudo nessa história, grandes guerreiros, traições, batalhas, amor perdido, os mocinhos fazendo coisas ruins e os vilões fazendo coisas boas e um final surpreendente.
Você acha que sabe onde a história está indo, e de repente tudo muda, essa é uma fantasia para todas as idades, mais quanto a quem são os vencedores e perdedores, isso é algo que o leitor terá que descobrir. Os juramentos são quebrados, a traição floresce e os amores são perdidos quando a guerra finalmente chega aos reinos que cercam o Mar Despedaçado. As palavras também são armas.


"Você só pode dominar os temores enfrentando-os. Esconda-se e eles a dominam." pag. 100.

site: http://devoradordeletras.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Nina 06/03/2018

É com uma dorzinha no coração que chego ao fim da Trilogia Mar Despedaçado, uma das fantasias mais interessantes que já li. Nela Joe Abercrombie cria um mundo fantástico, cheio de personagens fortes e ardilosos, e de uma maneira sutil, nos mostra que não existem heróis ou bandidos, que isso depende do lado da batalha em que você se encontra.

Em cada dos livros, a narrativa girou em torno de um personagem: no primeiro Yarvi, o astuto ministro aleijado, e no segundo Thorn Bathu, uma guerreira implacável. Agora é a vez de Skara contar sua história. Aos 18 anos, a princesa de Throveland não esperava ter ter que fugir no meio da noite enquanto sua família e seu reino ardiam em chamas nas mãos de Yilling, o Brilhante. Eles foram traídos por avó Wexen e Skara só conseguiu fugir graças à rapidez de mãe Kyre, que faz com que o pirata Jenner, o Azul, a leve em segurança para Gettland, o reino de sua prima Laithlin.

Apenas meia guerra é travada com espadas. - Ela pressionou a ponta do dedo na lateral da cabeça com tanta força que doeu, acrescentando: - A outra metade é travada aqui.

Cabe a Skara equilibrar a frágil aliança entre o Uthil, rei de Gettland, e Grom-gil-Gorm, o rei de Vasterland. Eles foram inimigos por toda a vida, mas graças a pai Yarvi perceberam que a única esperança de vitória é lutarem lado a lado. Mas Uthil e Grom não se entendem em nada, e cabe a Skara todos os votos decisivos. Justo a Skara, a menina que se viu rainha sem um reino, cercada por uma corte emprestada e díspar: Jenner, um pirata, Owen,uma aprendiz de ministra, e Raith um guerreiro impiedoso.

- Não me sinto uma rainha - murmurou Skara. Em seguida, tomou um gole e se encolheu ao sentir o álcool queimar descendo pela garganta dolorida. - Me sinto covarde.
- Então finja que é corajosa. Ninguém jamais se sente preparado. Ninguém jamais se sente crescido. Faça as coisas que uma grande rainha faria. Então será uma, independentemente de como se sentir.

Enfim, chegou o momento do acerto de contas e Joe Abercrombie soube dar um final épico para a série, exatamente como eu esperava. Em Meia Guerra, mesmo com o foco narrativo em Skara, Yarvi ainda é um dos personagens principais e cabe a ele tecer a trama que desenrolar essa guerra. Thorn tem bem menos destaque (o que é uma pena, já que ela foi minha personagem preferida) mas outros aparecem como Raith, o guerreiro atormentado pelo seu passado e que, ao conviver com Skara, começa a perceber a gravidade de suas ações. E Koll, que durante a série foi de escravo à aprendiz de ministro, e terá que fazer uma difícil escolha: viver ao lado do amor de sua vida ou mudar o mundo como ministro de Gettland?

Às vezes parecia que tudo que ele tinha por dentro era medo. De perder seu lugar. De ficar sozinho. Das coisas que havia feito. Das coisas que poderia fazer.
Lutar era a única que não o apavorava.

Não quero revelar muito sobre o enredo, mas já saibam que tem muita ação e reviravoltas. Mas o desfecho que Abercrombie traz me mostrou que o grande cerne dessa série não é a guerra, e sim o que uma pessoa é capaz de fazer para ter o que quer. Mentir, roubar, matar, conspirar, sacrificar a vida de amigos… vale tudo pelo poder? E com personagens bem distintos, ele mostra as consequências das escolhas de cada um. Eu fiquei petrificada durante toda a série ao perceber as sutis mudanças de um determinado personagem que mostravam no que ele estava se transformando. E de outro lado, temos Skara com toda sua virtude e coragem, mostrando que lutar pelo bem ainda vale a pena.

As pessoas não são apenas covarde ou heróis. São as duas coisas ou nenhuma das duas, dependendo da situação. Dependendo de quem esteja com elas, de contra quem elas estejam. Dependendo da vida que tiveram. Da morte que esperam.

Mar Despedaçado é uma série que não traz grandes histórias de amor. Mas traz grandes personagens que me cativaram por não serem nem heróis e nem vilões, somente seres humanos falhos e inseguros. Uma série que me fez rir, torcer, vibrar e chorar muito (nunca vou perdoar Abercrombie pela morte de uma certa pessoa, chorei como um bebê!!!!). Uma série que não me canso de indicar. Leiam, é incrível!!!

site: http://www.quemlesabeporque.com/2018/03/meia-guerra-joe-abercrombie.html
Fernando Sousa 27/12/2019minha estante
A trilogia me chamou a atenção




Na Nossa Estante 05/04/2018

Meia Guerra
Meia Guerra é o livro de conclusão da trilogia Mar Despedaçado, que é composta por Meio Rei e Meio Mundo.

Como o título sugere, o Mar Despedaçado está à beira de uma guerra e todos querem estar do lado vencedor. A história aqui é contada pelo ponto de vista de Skara, Koll e Raith.

Skara viu toda sua família e seu reino serem tomados da noite pro dia. Após pedir apoio para Yarvi e seus aliados para retomar seu reino, ela se vê tendo que tomar decisões sobre o futuro de seu povo e de suas terras. Ao longo do livro, vemos Skara passar de uma garota amedrontada e confusa para uma rainha de verdade, convicta e confiante.

Raith é um guerreiro que só sabe falar a língua das espadas, machados e sangue. Tendo uma criação para se tornar uma arma, ele não questiona as ordens que recebe; só vai e executa. Quando é designado para se tornar guarda de Skara, a jovem rainha e seus ideias fazem com que ele comece a questionar suas ações.

Koll é um jovem que está dividido entre seguir a carreira no Ministério e seu amor por Rin. Assim como ele deseja mudar o mundo, sendo conselheiro de reis e rainhas, ele também quer passar o resto de sua vida ao lado de Rin. Claramente um exclui um outro e é o destino dessa guerra que vai influenciar em sua decisão.

Apesar do nome do livro ser Meia Guerra, a história aqui foca mais em todos os artifícios e politicagem que levam à guerra de fato. Como Skara diz, “somente meia guerra é feita através das espadas; a outra metade é feita através de palavras”. Não temos muitas cenas de batalhas, mas todas são bem angustiantes e bem descritas. Boa parte do livro é focado em Yarvi e suas artimanhas para vencer a guerra contra o Rei Supremo. Interessante ver a mudança do personagem que conhecemos lá em Meio Rei para o que nos é apresentado aqui.

Essa trilogia foi meu primeiro contato com as histórias do Joe Abercrombie. De primeira, confesso que estranhei tudo: escrita, narração. Não sei se isso se deve ao fato de que leio poucas fantasias escritas por homens. Porém, depois que esse estranhamento passou, eu me vi super envolvida na história e já querendo saber como tudo ia acabar. Um dos pontos positivos do Joe é que ele não nos poupa de como realmente é a vida no Mar Despedaçado. Algumas de suas descrições podem incomodar os leitores, mas elas são bem mais críveis.

Somente dois pontos me incomodaram nesse livro. O primeiro foi a morte de um personagem que eu gostava bastante. Não entendi muito bem porque ele quis ceifar a vida do personagem, fora que achei algo bem fora de contexto, mas vida que segue. O outro ponto foi a inclusão de um romance entre Skara e Raith. Eu achei tudo um tanto quanto forçado porque, pra mim, em todo contexto em que se passa a história não cabe desenvolver um romance. Abstraindo esses dois detalhes, a leitura foi muito boa.

Meia Guerra fecha de forma satisfatória a trilogia Mar Despedaçado. Super recomendo para quem gosta de histórias que envolvem reinos, politicagem, manipulações e conspirações porque nem toda guerra pode ser iniciada com espadas, mas sim com algumas palavras sussurradas no ouvido certo.

site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2018/03/meia-guerra-resenha-literaria.html
Daniel 30/11/2021minha estante
Bom, o romance da Skara com o Raith serviu pra ele não fazer AQUILO, e pra ele fazer AQUELA OUTRA COISA no final. Foi importante, sim.




DeiaMolder 13/04/2018

Meia guerra
O que possa falar a não ser que amei essa trilogia, terminou direitinho, sem nenhuma ponta solta e o melhor como pensei que os acontecimentos seguiriam. Recomendo!
comentários(0)comente



George 31/05/2018

Surpreendente
Joe Abercrombie tem uma capacidade de criar personagens complexos, surpreendentes. Sai do convencional, suas criações sao humanas com emoções próprias e parece que dotados de vida própria, o final de cada capitulo e cheio de surpresas, quase impossível nos permitir tempo entre um exemplar e outro... nao quero parar de ler.... Maravilhoso...
comentários(0)comente



Mundo de Tinta 14/06/2018

Blog Mundo de Tinta
Após assistir ao assassinato de seu avô, o rei Fynn de Throvenlan, Skara foge para Gettland em busca de segurança e apoio para reconquistar o seu país perdido para Yilling, o Brilhante, tirano a serviço do Rei Supremo.
Apesar de sua pouca idade, Skara sabe que tem uma responsabilidade com seu povo e uma vingança a realizar por seu avô.
Com suas habilidades desenvolvidas para quando herdasse o trono associada ao seu dom natural para eloquência, ela logo consegue convencer os reis inimigos Uthil e Grom-gil-Gorm a lutarem lado a lado em seu benefício. Skara recebe um grande apoio, mas sabe que tudo tem um preço. Mais a frente cada um dos seus parceiros irá mostrar a que veio e qual o seu interesse na guerra. Afinal, quase todos ali tem juramentos e vinganças a cumprir.
Nesse enredo, encontramos o já muito experiente Pai Yarvi, nosso antigo conhecido daqui; sua mãe, a rainha Laithlin; Thorn, a heroína girlpower do livro 2; Brand e outros personagens que apareceram e cresceram durante o desenrolar da história.
A trilogia é juvenil mas não faz feio frente às adultas.
É difícil não soltar spoiler porque as tramas estão muito envolvidas por isso vou ser breve...
Gostei da protagonista Skara, personagem multifacetada, inteligente e engenhosa. Consegue envolver seus servos e também seus leitores. Tem muita desenvoltura com sua posição mas no fundo, continua uma adolescente tímida, instável, cheia de hormônios e com pouca auto-estima. Não torci muito por ela mas também não decepcionou.
Pai Yarvi continua sendo meu personagem favorito, gostei de suas reviravoltas, das justificativas e das conclusões, achei tudo muito impressionante e coerente. Senti falta da Thorn durante boa parte do livro, e isso não me agradou, principalmente pela alta expectativa (pô, já que ele escreveu um livro só pra contar a história dela, pode-se imaginar que ela será muito importante no terceiro, né?!). Pois bem, esperava muito mais ação da parte dela, principalmente nas batalhas principais.
E por falar em batalhas... Rei Uthil, Grom-gil-Gorm, Raith, a bruxa Skifr (uma das personagens mais bacanas dos três livros) e o próprio Yilling, não pouparam esforços e renderam grandes confrontos. Minhas partes favoritas!!
Esse foi de longe, o mais sangrento de todos, com combate corpo a corpo, com armas mágicas e muitas estratégias de guerra, emocionante!!
Fiquei de bem com meu querido Joe Abercrombie, apesar de não totalmente satisfeita com os finais; ainda acho que ele tem muitos ganchos na mente, mas no papel não funcionam muito bem. O destino de alguns personagens muito importantes é finalizado sem nenhum carinho com o leitor, de uma forma simplista e eu diria até descuidada.
Concluindo... Leiam a Trilogia Mar Despedaçado e leiam Joe Abercrombie. Ele arrebenta nossos corações mas é muito bom!!


site: http://blogmundodetinta.blogspot.com/2018/06/resenha-de-tinta-meia-guerra.html#more
comentários(0)comente



@solitude_e_books 20/09/2018

Algumas palavras
Sem sombra de dúvidas esse foi o melhor livro da trilogia mar despedaçado, achei ele bem mais profundo é sendo assim com muita sabedoria através dos diálogos dos personagens.

Penso que Joe Abercrombie estava muito inspirado ao escrever esse livro.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Andreyna 27/03/2020

Final incrível
Ainda fico impressionada com as reviravoltas que o autor foi capaz de pensar e escrever tão bem
comentários(0)comente



60 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR