Resenhas - Kerata

Julia1457 08/11/2019

Não. Eu não li.
Alguém me explica onde eu tava com a cabeça quando comprei esse livro. Só li até a pág. 50. Mas eu precisava descontar a raiva fazendo resenha. Já comecei o livro odiando. Parece que eu to lendo uma fanfic de alguém de 15 anos que se empolgou com Crepúsculo. Que merda. A autora começa o livro dizendo algo como " uma luz suave entrou pela veneziana". E ela também fala coisas ridículas como "pernas torneadas". Meu Deus do Céu. Bem que meu professor de filosofia dizia: não há mérito em escrever um livro se ele for uma porcaria. Se Não há nd legal pra contar, não escreva. Segundo ponto: se ela queria fazer um livro com infinitas cenas de sexos, anunciasse logo que era um livro hot e não a merda de um livro de serial killers. Em 50 páginas você ouve falar do crime em umas 2, enquanto o resto são todos os personagens agindo como animais. Perdi meu tempo e a paciência.

Mariane 06/09/2019

Decepção
Quando li a sinopse pensei "nossa, que tudo!". Adoro livros de suspense, policial, se tiver serial killer então ... Não me incomodou o fato de saber logo de cara quem era o assassino, pois na sinopse falava que poderíamos entender como nasce um serial killer.
Acontece que no miolo do livro sou bombardeada por cenas de sexo (em sua maioria inúteis).
Entendo que a autora queria abordar temas polêmicos para a sociedade, mas a forma como foram abordados e quantidade de personagens que em nada acrescentaram na história colocou tudo a perder.
A personagem central Clarice é um porre de tão chata. Aquela conversa de ser livre e fazer o que tem vontade não colou. Fora que o final dela é totalmente desproporcional a tudo que ela viveu no decorrer e de sua personalidade. Os demais personagens também não cativam. O único que pensei gostar acabou me decepcionando (transar com alguém dependendo mental e fisicamente pode ser no mínimo considerado estupro de vulnerável, e usar o papo de que a pessoa que nem fala está gostando também não cola. Não, isso não é romântico).
Deixa várias pontas soltas (que não são passíveis de serem explicados em uma continuação). O personagem aparece e some do nada, não dá nem pra saber que fim levou. O fim, não pode se dizer que é previsível, porém é totalmente sem sentido.
Por último, a livro deveria ser classificado como hot (dos ruins, porquê ninguém merece ler sobre sexo página sim e página sim) e não como ficção polícial, porquê oh, passou longe.
Fazia tempo que um livro não me desagradava tanto, conclui de teimosa e porquê, justiça seja feita, queria saber que fim levou aquele povo todo (e olha só, mais decepção).

Ileana Dafne 23/03/2018

No mínimo, decepcionante...
É um livro que passa na sinopse uma ideia completamente diferente do que se encontra no miolo do mesmo. A premissa me chamou muito a atenção e no decorrer da leitura foi sendo uma decepção atrás da outra.
Acreditei que o foco seria no serial killer, seu desenvolvimento, mas a autora quis elaborar tramas e mais tramas paralelas e o serial killer e seus assassinatos acabaram sendo pano de fundo para um drama chato e cansativo.
Algumas tramas nem encaixavam bem no contexto geral, mas creio que a autora quis enfiar no livro o máximo de assuntos polêmicos possível.
E juro que não esperava o bombardeio de sexo a que fui submetida... Normalmente existem momentos de tensão sexual e sexo propriamente dito nos romances policiais, mas fazia tempo que não encontrava nada tão recorrente assim num livro que não fosse erótico...
Os personagens não cativam (tenho que admitir que houve um que eu comecei a gostar, mas ele mal aparece e quando estava gostando, pufff, a história acabou e eu ponderei que no fim nem desse personagem eu gostei mesmo).
O livro tem focos de narrativa que mudam de pessoas e de tempo, isso não me incomodou, mas tinham personagens altamente dispensáveis que só fizeram dar volume ao livro porque não acrescentaram nada ao enredo principal.
Enfim, uma leitura que não pretendo repetir na minha vida.
Mas não digo que não seja recomendável para outras pessoas, afinal aqui é mais do gosto pessoal mesmo.

Markarroni 29/01/2018

Não julgue o livro pela capa
Sabe aquela história de suspense/terror de serial killer onde você acompanha as mortes do assassino, a investigação policial acerca dos crimes e todo um mistério sobre quem é o culpado? Esqueça! "Kerata - O Colecionador de Cérebros", da autora Juliana R. S. Duarte vai além disso.

Pra começo de conversa, o livro não é de suspense e nem de terror. Está entre um tipo de Romance e Drama. É bem provável que você descubra quem é o tal Kerata (a etiologia da palavra é apresentada durante os acontecimentos) antes da metade do livro, mas isso não vai retirar o encanto da obra, que ao longo da narrativa, passeia entre passado e presente e nos expõe de maneira insigne os porquês que levaram 'tal personagem' a se tornar um serial killer que coleciona o cérebro das vítimas.

Se torna bastante envolvente observar o progresso e o crescimento dos personagens. Há muita referência artística, outras notáveis, outras nem tanto. Intercorrem muitas descrições de sexo durante a narrativa, o que me fez refletir sobre o motivo pelo qual levou a autora a descrever tanto sexo: há vários personagens, uns vulgares, outros nem tanto, mas (quase) todos fazem sexo, mas poucos falavam sobre isso, e é o que acontece na vida real. Senti que a autora quis que esse tabu fosse quebrado, afinal de forma tradicional, para que qualquer ser humano seja gerado, é necessário ter havido sexo.

Copiosos temas polêmicos e patologias sociais são apresentados de forma engenhosa. Citando alguns, temos homossexualidade, fanatismo religioso, hipocrisia, tráfico de drogas e relacionamento familiar. O espaço aqui é muito curto para falar sobre tudo o que o livro nos oferece, por isso eu indico como #LeituraObrigatória.

Durante todas as 413 páginas, estive meticuloso, uma vez que a história conseguiu me manter atento, mas para mim, o apogeu do livro chega nas últimas 82 páginas. A premissa do livro é responder a pergunta: "Como nasce um serial killer?". E Juliana conseguiu nos responder de forma bastante prodigiosa e astuciosa.