Leve-me Com Você

Leve-me Com Você Catherine Ryan Hyde




Resenhas - Leve-me Com Você


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@gataleitora 17/11/2018

"Sinto que tem mais espaço dentro de mim do que costumava ter.”
“Topa embarcar nessa viagem com a Caveira?”
Ao responder esta pergunta, não imaginei a verdadeira jornada onde me lançaria e nem tampouco a poderosa ressaca literária onde mergulharia depois. Esse livro traz tanta força dentro de suas páginas calmantes, tantos ensinamentos e tanta doçura que é difícil se recuperar rápido assim que se encerra a leitura. Me vi ( mesmo nunca tendo feito) num verdadeiro Caminho de Santiago de Compostela. Eu fiquei lendo e relendo várias vezes os quotes que marquei, fiquei me imaginando diante das paisagens descritas, fiquei em estado de luto por ele ter terminado tão rápido, foi difícil desapegar.
“ Não acredito que o entorpecimento possa durar para sempre.”
Ainda estou nessa fase ....
Peço aqui licença para não usar a sinopse que vocês podem encontrar na internet e sim usar a que vem no fundo do livro, pois para mim é um texto que entrega bem menos do que o utilizado na internet e para mim foi gratificante cada surpresa que experimentei com este livro, desde como o protagonista encontra as crianças até quem ele é. Por isso também vou me ater mais a alguns dados que a outros na minha resenha.
Primeiro, esta capa maravilhosa, fico impressionada como a equipe da Darkside cria capas que conversam perfeitamente com o livro. Em Leve-me com Você, me encantei com a escolha de cores, pois além de ser as minhas cores preferidas ( podem conferir no meu instagram e aqui no blog), são cores com simbologias fortes.
O lilás “ simboliza respeito, dignidade, devoção, piedade, sinceridade, espiritualidade, purificação e transformação. Representa o mistério, expressa sensação de individualidade e de personalidade, associada à intuição e ao contato com o todo espiritual.” O verde é” uma cor calmante que harmoniza e equilibra. Representa as energias da natureza, da vida, esperança e perseverança. Simboliza a renovação, fertilidade, crescimento e saúde. “ (site significado da cores). Eu, como dentista, sei da importância de acalmar o paciente e estas cores estavam presente fortemente em meu consultório.
Segundo, o livro é uma ode ao amor paternal, algo que vemos pouco em livros, que normalmente enaltecem o amor maternal. Além de apresentar as grandes contradições que o homem vive, suas falhas, suas dores, seus conflitos, seus pecados, suas perdas.
“ Todo mundo anda por ai perdendo as melhores coisas por não querer que nada de ruim aconteça. Mas, quando uma coisa ruim tem que acontecer, simplesmente acontece. De qualquer jeito. Por mais que você tome cuidado.”
August sempre passou seu verão em um motor home cruzando os Estados Unidos com a família, descortinando paisagens e desbravando trilhas até o dia em que tudo muda nessa dinâmica familiar e rotineira e ele precisará de muita força para seguir em frente e não ceder à depressão.
O livro apresenta essa jornada dele acompanhado de duas crianças que mal conhece e como elas transformaram sua vida provocando uma avalanche de sentimentos. Dividido em quatro partes que fecham seus ciclos de forma suave e emocional: a gente chora, a gente sofre, a gente torce, a gente se exalta, a gente quer fazer justiça com as próprias mãos.
Mas quem somos nós para julgar e dar um veredicto?
Somos homens que muitas vezes queremos algo que não é para ser nosso, somos homens que sentimos que podemos fazer mais que o outro por diversos motivos, somos seres humanos, mas não somos insignificantes. Somos um grão de areia num Universo grandioso mas ao mesmo tempo somos únicos e especiais e é isso que o livro fez comigo, me fez sentir um grão de areia único e inigualável que pode ser levado pelas marés ou pode ficar quieto na beira da praia ... simplesmente Estar onde quer que esteja.
“ Era mais sobre estar do que fazer. Quando você encontra um lugar de que gosta, simplesmente fica lá.”
Precisamos valorizar as diferenças e cada um do jeito que é e viver cada momento como se fosse o único.
Saber que a própria escritora faz trilhas e viagens deste tipo, tornou tudo mais real ainda.
Estou apaixonada e sou uma viciada sem recuperação que quer mais livros desta escritora na estante.
6/5 estrelas





site: https://www.gataleitora.com/
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Coruja 22/11/2018

Sabe quando você encontra uma história, por coincidência ou capricho do destino, no momento certo para você? Quando ela deixa de ser algo geral, para se tornar pessoal; quando ela parece conversar diretamente contigo ou com o momento em que você se descobre? Porque foi exatamente isso que Leve-me com você foi para mim: um enredo que espelhava a jornada em que eu mesma me encontrava.

Não foi proposital. Eu estava já saindo para o aeroporto quando me lembrei de que teria quase doze horas de voos pela frente, e embora já tivesse colocado o tablet na mochila, é sempre bom ter um livro físico em mãos. A obra de Catherine Hyde tinha sido um dos últimos volumes a chegar lá por casa e estava em cima da bancada, de forma que era mais fácil pegá-la que ir ficar pensando na frente da estante sobre o que levar. Assim é que, em algum lugar acima das nuvens, atravessando o Atlântico, comecei a ler sobre a jornada de August, que viaja atravessando os Estados Unidos para tentar lidar com o luto da perda do filho, Phillip. O objetivo é levar um punhado das cinzas do rapaz para o Parque Nacional Yellowstone, um destino que eles tinham planejado visitar juntos, mas que um acidente impediu de acontecer.

Minha própria viagem era uma despedida. Era algo que eu tinha prometido a uma tia muito querida, que perdi no início de 2017. Antes de sabermos da gravidade de seu diagnóstico, prometi que iríamos juntas a Paris e mais além; e até a última semana com ela consciente no hospital, minha tia falava nesse plano - ainda que, a essa altura, já soubéssemos que era improvável acontecer. Quando tia Marilu faleceu, cortamos uma mecha de cabelos dela, que guardei num envelope e, durante um ano e meio, planejei cada detalhe da viagem que teríamos feito juntas. Minha ideia era deixar um pouco dela por cada lugar que eu passasse.

...
"Mas, antes de terminarmos a conversa, e antes de ele beber todo o chá, a mãe dele entrou na sala e pediu para Phillip acompanhá-la a uma loja. Ela precisava fazer uma compra grande e queria ajuda para carregar tudo. Ele nunca recusava um pedido da mãe. Nunca. Acho que imaginou que voltaria logo. Então deixou a garrafa em cima da mesa, porque sabia que ia voltar logo. Mas ele não voltou logo."

"Quando ele voltou?"

"Não voltou. Ele e a mãe sofreram o acidente."

"Ah."

"Aquela garrafa ficou em cima da mesa nas duas semanas seguintes. Eu entrava na sala, olhava para ela, mas não conseguia jogá-la no lixo. No nível emocional, ainda não aceitava que ele não voltaria. Não sei como explicar essa parte. É como se eu soubesse, mas não compreendesse. Minha cabeça sabia, mas uma parte de mim não conseguia entender o que havia acontecido. Era como se a garrafa fosse prova de alguma coisa. Como se comprovasse que ele voltaria e terminaria de beber o chá. A garrafa quase tornava isso possível. Mas o tempo passou, e a garrafa começou a embolorar. E eu não suportava ver aquele bolor. Então lavei a garrafa e a guardei. Não consegui jogar fora."

"Por isso guardou as cinzas em uma garrafa velha de plástico, em vez de usar uma urna bonita."

"Isso."

"E leva a garrafa para todos os lugares aonde vai?"

"Não. Não levo. Estou levando para Yellowstone porque vou deixar as cinzas lá."

"Vai deixar lá?"

"Isso mesmo."

"Vai deixar a garrafa em algum lugar? E se alguém jogar fora?"

"Não, não vou deixar lá desse jeito. Vou deixar as cinzas, não a garrafa."

"Ah, vai espalhar. Já ouvi falar nisso."

"Acontece que acho que não é... bem, acho que não é exatamente legal. Mas ele viria comigo nessa viagem. E isso é o máximo que posso fazer para trazê-lo. Mas acho melhor não contar nada disso a ninguém."
...

Então, eis que eu estava a caminho de Paris, com aquele envelope na carteira, quando August conta a história da garrafa de chá e das cinzas de Phillip. E, como o ser humano gosta de atribuir significado a essas coincidências, não é surpresa que eu tenha começado a chorar na hora, ou que visse a coisa toda como algum tipo de sinal.

Importante aqui ressaltar que, embora a sinopse soe um tanto deprimente, Leve-me com Você é um livro surpreendentemente prazeroso. A história trata de perda, problemas de família, alcoolismo, mas também de esperança, resiliência, companheirismo. A presença inesperada de Seth e Henry, os filhos do mecânico que August acaba levando consigo na viagem em troca do conserto do trailer, faz com que o professor lide com algumas verdade sobre si e sobre o que aconteceu; para além disso, ele se afeiçoa aos meninos e se torna também para eles um ponto de apoio.

Não é a primeira vez que Seth e Henry têm sua vida virada do avesso. A mãe os abandonou quando pequenos; o pai é um alcoólatra e, já foi preso mais de uma vez por dirigir embriagado. Antes da chegada de August, a perspectiva era terem de ir para um abrigo do governo - algo que já acontecera antes e que terminara com Henry, o caçula, parando de falar com qualquer outra pessoa que não fosse Seth. Talvez justamente por isso, pelo desespero de não ter outras alternativas, seja possível acreditar no pedido de Wes para que August leve os filhos consigo durante o verão. A viagem para o Yellowstone representa novos pontos de vista, modelos pelos quais aspirar. A história de August os inspira a enfrentar a realidade sobre o alcoolismo do próprio pai, e também lhes dá alternativas à vida provinciana que levam. Como Seth mesmo diz em mais de uma ocasião, o que eles veem ao longo da jornada expande seu mundo: é a primeira vez que eles percebem que há algo maior para além da cidade e da vida que conhecem.

Seth e Henry tiveram de crescer mais rápido do que deveriam, mas eles não deixam de ser crianças. E August respeita isso, é gentil, capaz de aconselhar sem nunca adotar um tom de sermão e consegue se ouvir na mesma medida em que lhes fala; por essa exata razão, a relação que ele constrói com os meninos se revela tão sólida e genuína. As conversas junto à fogueira, nos acampamentos; as belezas e colossos naturais pelos quais passam, de reserva em reserva até Yellowstone; a forma como eles vão compartilhando e permitindo que o outro parte de sua história, tudo isso constrói uma base segura para o futuro de Seth e Henry, enquanto ajuda a cicatrizar as feridas de August. É um belo retrato de apreço e amizade entre diferentes gerações. O impacto que eles tiveram uns nos outros é duradouro, indelével.

Leve-me com Você consegue ser comovente sem soar condescendente ou melodramático. A autora não pesou a mão, mesmo nos momentos mais difíceis, e conseguiu criar personagens que soam como pessoas reais, que podemos reconhecer ou nos identificar. Sensível e inspiradora, essa é uma daquelas histórias para a qual retornar quando precisamos de conforto, para aquecer o coração.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2018/11/leve-me-com-voce-quando-uma-historia-se.html
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Edna 25/11/2018

Praticando o estar!
"Estou tentando pensar em palavras para contar como me sinto com tudo isso."


Somos apresentados logo nas primeiras páginas à August, um professor de Ciências, com um histórico de alcoolismo e como a maioria dos humanos ele viveu uma perda muito grande, uma separação logo em seguida mas ele tem um lado muito resiliente que faz vc querer estar ao seu lado.

Ele ama a profissão e mesmo em um momento dessa grande perda do filho aos 19 anos, ele sai de férias e busca o que maus ama estar com a natureza, os cânios maravilhosos que me fez querer estar junto naquele trailer!! Vamos juntos oonhecer lugares fantásticos como o Parque Yellowstone; Cânyons; Montanhas e Geisers

Existem cerca de mil Geisers em todo o mundo e metade destes encontram-se no Parque Nacional de Yellowstone nos Estados Unidos.

Nesse Verão August sai de férias com uma missão de espalhar as cinzas de seu filho em um ponto que Phillip amava e o trailer quebra no caminho.

Chega a oficina de Wes, pai dos pequenos Seth de 12 anos e Henry com 07, e vai ficar alguns dias aguardando o conserto.

August recebe de Wes uma proposta que vai mudar totalmente o curso de sua vida, Wes tem um quadro depressivo pelo abandono da esposa e entra de sola no álcool mesmo assim, cuida sozinho das crianças, a princípio ficamos chocados porque influencia as crianças e traumatiza principalmente Henry que fica mudo, um trauma de silêncio que só o irmão decifra.

É fácil julgar quando se está de fora, difícil tudo que Wes passa e se afunda causando confusões e afundando cada vez mais, já foi preso três vezes e terá que cumprir mais seis meses e nao tem com deixar as crianças.

Vamos seguir através desse cenário maravilhoso, vamos dar e receber amor com a aproximação de Seth, Henry e vamos nos emocionar muito com tudo, com os acampamentos, as reuniões, o coração mole de Seth mas com uma personalidade forte capaz de triturar seu coração, com a amabilidade de Henry e com a pessoa maravilhosa que é August e de todo o peso que terá na vida das crianças.

Muitas vezes queremos planejar tudo metodicamente o curso de nossas vidas, mas não é bem assim que funciona, um pneu furado pode mudar totalmente uma, duas, ou a vida de uma família inteira, a mudança de um percurso pode significar toda a sua felicidade ou a missão de uma vida inteira.

Esse livro me fez querer viajar mais, despertou em mim um desejo não só de conhecer um determinado lugar mas praticar o "estar" no lugar simplesmente ficar, parar para contemplar por horas, viver e sentir o lugar.

5/5
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@somaisumparagrafo 13/06/2024

@somaisumparagrafo
August, professor de Ciências e alcoólatra em recuperação, tem como costume em suas férias de verão cair na estrada com seu trailer para visitar parques e reservas naturais. Seu plano era visitar o Parque Nacional de Yellowstone com o filho, mas agora, tudo o que possui como companhia para essa viagem é a garrafinha de chá que contém as cinzas de seu amado garoto. Quando seu trailer quebra, August busca ajuda na oficina mais próxima e de lá, sai com dois garotos – Seth e Henry, como companheiros nessa dolorosa road trip.

Com uma escrita sensível, salpicada de melancolia, acompanhamos nessa narrativa a jornada de cura de August, Seth e Henry, onde cada personagem está quebrado à sua maneira, lindando com suas dores, medos e arrependimentos. Apesar da abordagem de temas dolorosos como luto, alcoolismo e negligência familiar, a autora conseguiu criar uma história cheia de empatia, que deixa o leitor com aquela sensação de esperança por dias melhores. Uma trama sobre dar e receber e encontrar motivos para existir, aquilo pelo qual ansiar diante os dias corriqueiros. Singelo, mas com abudantes reflexões e ensinamentos sobre vida, família, amor fraternal, rede de apoio e comportamento humano. O final conseguiu arrancar um sorriso bobo do meu rosto.

“...aquilo mudou tudo. Mudou nós dois. Depois daquele verão, sabíamos que você estaria lá. Não tem ideia da diferença que isso fez.”

Roud trip + luto + alcoolismo + found family + cura.
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Josélia 10/11/2018

Lindo e emocionante, ganhou meu coração nas primeiras páginas. Um grata surpresa.
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day 04/09/2018

encantador!
Um dos livros mais lindos que li esse ano.

o selo DarkLove é realmente um aviso para os corações sensíveis se emocionar.

August é um homem solitário,depois da morte de seu filho,toda sua vida mudou.

Esse ano ele está viajando no seu trailer ,uma longa viagem que promete muita reflexão sobre a vida.

Porém como nada acontece como planejamos,o Trailer quebra ,e ao chegar a uma oficina mecânica,toda sua vida está prestes a mudar.

Esse livro fala de amor,não daqueles românticos ,mas daqueles amores que nos faz amar alguém totalmente desconhecido como um parente de sangue.

É um livro sobre confiança,generosidade e eternidade.

Eu super recomendo essa leitura linda.

Amei ,chorei,ri ,enfim ,fui muito bem aventurada lendo esse livro lindo.

site: http://escreverdayse.blogspot.com.br
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sophi 03/03/2019

incrível!
Neste livro nos é apresentado um homem chamado August que havia perdido seu filho, Phillip. Era uma tradição ele sair pelos Estados Unidos a fora com seu motorhome visitando as belezas naturais do país. Porém, desta vez houve um imprevisto, o trailer quebrou e ele precisa fazer uma parada em uma oficina que mudará tudo em sua viagem.
O dono da oficina, Wes, tem um pedido tanto incomum a August: ele solicita que August leve seus dois filhos com ele durante sua viagem no verão, uma vez que Wes será preso por dirigir alcoolizado. Após muito pensar August aceita a oferta e leva os meninos, Seth e Henry, com ele em sua viagem.
O livro se passa, em sua maior parte, na estrada. Durante a estória vários assunto serão discutidos de forma extremamente sensível e delicada, dando destaque ao luto e o alcoolismo. Um dos fatores que mais me encantaram na estória foi o laço que foi criada entre os meninos e August, eles se tornaram a família que sempre desejaram e a que haviam perdido.
Super recomendo a leitura, é um livro que consegue tocar com suas palavras aquele que às leem. Foi isso, espero que tenham gostado da resenha e até a próxima :)
?
?De certa forma, todos nós só temos o tempo que contamos desde que levantamos da cama de manhã. Mas já vi muita gente andando por muitas estradas. Algumas não muito felizes. E é isso que faz delas quem são?
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Na Nossa Estante 21/08/2018

Leve-me Com Você
O selo DarkLove da DarkSide® Books tem a enorme tendência de fazer me emocionar com qualquer livro da linha e com Leve-me com você não foi diferente.



August Shroeder é um professor de ciências que perdeu um filho e é um alcoólatra em recuperação. Todos os anos nas férias de verão ele pega a estrada com seu trailer, percorre quilômetros nas rodovias para visitar os belíssimos parques e reservas naturais. No passado, ele queria fazer a viagem com seu filho ao Parque Nacional Yellowstone, mas agora ele viaja com as cinzas dele guardadas no porta-luvas, em uma garrafa de chá.

No entanto, tudo muda quando o trailer quebra e August conhece um mecânico que tem dois filhos. Wes está prestes a ir para a prisão e consegue convencer o protagonista a ficar com as crianças e levá-las em sua viagem. Á princípio August não aceita, mas é convencido pela simpatia dos meninos. Seth é o irmão mais velho, um menino sério e corajoso. Henry é o caçula, bastante tímido e quieto, e, embora saiba falar, escolhe sempre o silêncio.



Durante a jornada dos três, acompanhada pelo cachorro Woody, eles desenvolvem uma bonita amizade, mais do que isso, August se torna naquele período o pai que os meninos nunca tiveram. Wes também é alcoólatra, mas ao contrário de August, não tenta se recuperar e isso afeta bastante a vida das crianças. Tanto que eles já passaram por abrigos que fizeram com que Henry se tornasse um garoto retraído e Seth participa das reuniões de Alcoólatra Anônimos com August durante a viagem para tentar entender melhor o pai.

O livro é divido em três parte sendo as duas primeiras com Seth e Henry ainda crianças e acompanhar o desenvolvimento deles é bastante bonito. Existe uma enorme delicadeza em simples gestos de August para proteger os meninos, ao menos tempo que tenta não se apegar a eles, afinal, isso tornaria a despedida ainda mais triste. Na terceira parte existe um grande salto temporal na história e uma enorme inversão de papéis que fez me emocionar bastante.



Os personagem são bem reais e é possível perceber a evolução de Seth e Henry para a vida a adulta e os traumas que os dois carregam por ter um pai alcoólatra e viverem sem mãe. Mas August se torna uma pessoa presente na vida deles e os laços que os une é muito forte. Muito difícil não chorar ou se emocionar com o final dessa linda história.

Leve-me com você tem uma ótima ambientação, sendo um livro muito sensível e que trata de temas pesados como o luto, o maus tratos na infância, abandono, de uma maneira leve, se aprofundando em algo essencial na vida de todos: o amor. De modo muito honesto e realista, Catherine Ryan Hyde prioriza o amor como fonte transformadora da vida e nos mostra que o sentimento vai muito além de laços sanguíneos.



E para finalizar, sempre vale destacar a edição da DarkSide® Books, em capa dura, com uma mapa do trajeto dos personagens e folhas com bordas azuladas.



site: https://www.oquetemnanossaestante.com.br/2018/08/leve-me-com-voce-resenha-literaria.html
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Lara.Mendes 06/02/2019

Me leve com você...
Esse livro mexeu comigo do início ao fim. Muitos ensinamentos me foram passados... Não só para os meninos...
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Bru 12/11/2018

Emocionante
Sinceramente um livro gostoso e que só nos passa amor! Não tem nada de luto, só senti amor infinito! Leitura gostosa e cativante!
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spoiler visualizar
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rxvenants 15/02/2019

Raison d'être. A razão para viver.
Esse livro foi feito pra deixar o coração quentinho.

Catherine construiu uma narrativa muito tocante e os personagens são puro amor.

A primeira parte do livro, com os irmãos ainda crianças e com um August recém machucado pela morte do filho foi a mais impactante pra mim.

É muito mais fácil eu me identificar com livros e personagens quando estes estão em seu momento mais triste e perdido, tentando superar todas as dificuldades.

O começo do relacionamento dos três é a coisa mais pura do mundo e a minha vontade de guardar a parte um num potinho é maior que 1000. O capítulo 10 é meu favorito e a única parte do livro em que chorei. Nunca vou esquecê-lo.

A parte um me cativou de uma forma gigante, principalmente por eu conhecer bem a relação de August com a perda de um familiar. Eu continuava achando paralelos com a minha vida e foi muito emocionante pra mim.

Entretanto, não consegui me relacionar tanto com os personagens depois de crescidos, apesar de amar o gesto de levar August em uma viagem e cuidar dele, assim como ele mesmo fez com os meninos 8 anos atrás. Eu achei uma retribuição muito bonita, mas não consegui me conectar tanto com os três no final do livro tanto quanto no começo.
Achei essa parte algumas vezes repetitivas e arrastadas e não fluiu tão bem pra mim quanto no início.

Apesar disso, eu amei o livro de paixão. É muito bonito mesmo a relação de Seth, Henry e August e como eles são os apoios uns dos outros. Eles encontraram motivos para viver depois de experiências traumáticas na companhia uns dos outros.

No final, só sei dizer o quanto o nome "Leve-me com você" é profundo em relação a história.

Em sua memória, em suas dores e perdas, em suas viagens e em seu amor, leve-me com você.
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Taci.Souza 15/02/2019

"[...] quanto mais você vive, mais entende que o seu interior é muito parecido com interior de todo mundo. Se está sentindo alguma coisa, é bem provável que qualquer pessoa sinta a mesma coisa."
...

Sentimentos em suas diferentes formas e manifestações. Essa é a pauta central de 'Leve-me com você'. Através de uma narrativa delicada, Catherine Ryan Hyde vai além de uma história para entretenimento, e apresenta uma autêntica lição sobre emoções intensas e características do ser humano. De forma simples e eficaz, a trama desenvolvida por ela, nos ensina sobre medo, dor, raiva, tristeza, egoismo e perseverança... amor em sua forma mais pura e sincera.

A maneira sutil como a autora aborda temas como alcoolismo e a relação entre pais e filhos,sem mascarar os problemas sob falsas perspectivas, nos oferece a possibilidade de mergulhar na trama, conectar-se aos personagens, compartilhar suas experiencias, e assim, acompanhar, vivenciar e entender a complexidade que cerca as relações humanas.

A medida que a leitura avança, o leitor se coloca no lugar dos personagens, e desperta para uma infinidade de emoções. Essa empatia acaba por conduzir a uma auto-reflexão, onde somos convidados a avaliar atentamente nossos próprios sentimentos em relação a vida além das páginas do livro. O produto final desse mosaico de particularidades, é uma história encantadora e comovente, saída de uma mente cuja sensibilidade é evidenciada no cuidado apurado com que as palavras são organizadas no papel.

Minha reação ao final da leitura foi abraçar o livro e concluir, entre lágrimas, que essa é uma história que sempre levarei comigo. Mais uma vez a Darkside Books presenteia os amantes da 6ª arte com uma edição de beleza e capricho impares, o que torna a leitura desse livro, uma experiência ainda mais emocionante e inesquecível.

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Dani @oslivrosdadani 22/02/2019

Simplesmente maravilhoso.
August é um professor de ciências que leciona para o ensino médio. Todas as suas férias de verão e gasta na estrada, mas naquele ano tudo seria diferente, na verdade seria doloroso, pois Phillip seu único filho não estaria ao seu lado. Mesmo assim ele iria, iria por ele e pelo filho. ?
No decorrer o trajeto seu motorhome apresentou problemas mecânicos . August ficou feliz em encontrar uma oficina na estrada.O problema apresentado no motor não era tão simples assim, por isso August teve que permanecer lá por alguns dias.

Durante esse período ele pode conhecer Seth e Henry os dois filhos do mecânico.
Seth o mais velho falava sem parar, um menino muito bem articulado e inteligente. Já Henry por algum motivo que August não sabia ao certo só se comunicava com o irmão. Uma comunicação feita por olhares e pequenos gestos, mas nenhuma palavras.
Quanto mais tempo passava mais August ficava angustiado. E Isso não se dava ao tempo perdido, e sim o dinheiro que seria gasto com a manutenção do veículo. Afinal ele não planejou ter esse tipo de despesa.
Quando o mecânico ficou sabendo que o dinheiro gasto poderia arruinar a viagem de August, decidiu propor-lhe um acordo.
Não cobraria nada pelo concerto, desde que o homem levasse Seth e Henry nessa viagem.

August não acreditou no absurdo daquela proposta. Nem mesmo quando o mecânico confessou que passaria três meses preso para pagar a pena de um crime que havia cometido. E por isso não teria com que deixar seus filhos.
August só conseguiria pensar no quanto aquilo tudo era insano. A negação seria o melhor a fazer. Uma proposta tão absurda que nem August se deu conta de em qual momento havia concordado com a situação.

Duas criança e um adulto, um novo laço ali nascia, mesmo que imperceptível. E a vida deles mudaram para sempre.
Afinal, as vezes passamos a vida inteira pro lado de certas pessoas e não conseguimos criar um elo.
Mas em outras um simples verão é muito mais do que suficiente para estabelecermos uma ligação para toda vida.

Um dos melhores livros que já li. Leve-me com você aborda questões como a perda, o luto , o vício, a dor, mas também o companheirismo, a superação, a empatia e amor.
Uma trama que nos faz refletir sobre muitos assuntos de nossas vidas e que nos prova que família nada tem a ver com laços sanguíneos, e sim com a cumplicidade e amor incondicional que pode surgiu em diversas situações.
Tenho que enaltecer a forma tão singela que autora tratou de todos esses assuntos. A narrativa do livro é extremamente fluida e envolvente, daqueles que você não quer largar .

Uma obra maravilha que precisa ser lida por muito.
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