Colecionador de Pedras

Colecionador de Pedras Sérgio Vaz




Resenhas - Colecionador de Pedras


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Soulcrespa 04/08/2020

Poesia periférica
Poesia periférica que nos faz refletir sobre tantos aspectos periféricos e culturais que nos circundam. Brilhante a forma com que Sérgio Vaz escreve, escancarado, criativo, potente. Vale a pena a leitura.
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yara 14/05/2020

"no caminho do crer ou não crer
vivo na dúvida do milagre;
entre as brumas da uva e do vinho
sou eu quem destila o vinagre;
caminho no chão em busca do céu
num fogo e água que não tem fim
porque não me esforço para acreditar em Deus,
esforço-me para que Deus acredite em mim." .

sempre que me deparo com um amante da poesia, não hesito em propagar a palavra de Sérgio Vaz.

é factível que, muitas vezes, a apreciação poética está equiparada a um fardo extremamente complexo, pois corresponde à representação de um fenômeno que envolve amplo conhecimento sobre movimentos literários, figuras de linguagem, léxico, mente lúcida, interpretação afiada e afins. desse modo, a poesia torna-se generalizada como um objeto de consumo de elementos mais abastados e esclarecidos - componentes de ínfima parcela social.

no entanto, tal plano de fundo transfigura-se em inexistente por meio da humana poesia propagada por Sérgio Vaz. iluminado como poucos, o poeta é uma figura única, capaz de suscitar em todos nós - independente de poder aquisitivo e nível de conhecimento - um pleno entendimento poético seguido de uma severa e necessária introspecção. por mais que a compreensão seja acessível, difícil é olhar para si depois da leitura de um livro como esse e insistir em ser a mesma pessoa.

se você não tem medo de mudar/evoluir e é capaz de suportar as críticas do seus travesseiro, "Colecionador de Pedras" é um ótimo caminho. afinal, "as pedras não falam, mas quebram vidraças".
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Jefferson Vianna 30/04/2019

Ser poeta não é escrever poemas, é ser poesia...
A poesia sempre foi uma das minhas paixões e por ser curioso, dela eu já li de tudo um pouco, poesias de Drummond, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes, Mario Quintana, Ariano Suassuna, Cecília Meireles, entre outros nomes importantes da poesia. O livro “Colecionador de pedras” do autor Sérgio Vaz, portanto a meu ver, foi uma agradável surpresa, tamanha a qualidade apresentada em pouco mais de 120 poesias. O autor dá voz à população carente, ou seja, pessoas que habitam as periferias brasileiras e os seus textos retratam (na maior parte das vezes) uma realidade dura, ilustram o cotidiano daqueles que “colecionam pedras” e que não vêem melhores alternativas se não nutrir a esperança de dias melhores. O livro é muito bem escrito, a leitura é fluída e envolvente e por vezes emocionante. Uma poesia atual, que grita em poucas palavras e instiga-nos a ser poesia, pois como bem diz o autor na página 109: “Ser poeta não é escrever poemas, é ser poesia.” Leitura recomendada!

Quotes do livro: “[...] não me esforço para acreditar em Deus, esforço-me para que Deus acredite em mim.” – pg. 59, “Quisera eu que minha solidão fosse adúltera...” – pg. 74 e “No orfanato, as crianças pedem esmolas com os braços abertos.” – pg. 80.
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Anderson Meira 10/02/2014

Pedras e Flores
Por certo encontramos mais pedras que flores em nosso caminho mas as pétalas que colecionamos tem mais força e brilho que qualquer obstáculo. A poesia de Sérgio Vaz floresce e encanta mesmo diante da rudeza da realidade cotidiana da periferia. O poeta colecionada pedras e distribui flores!
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Amarildo 09/01/2014

Que sejamos todos culpados
Adquiri "Colecionador de Pedras" em um sebo virtual. Na avaliação da compra, descrevi que o exemplar adquirido veio com um corte na capa e em algumas páginas subsequentes, fato que não estava na descrição de seu estado de conservação. O livreiro entrou em contato comigo, pediu desculpas e se comprometeu a enviar um novo exemplar de graça. E o enviou, mesmo depois que eu lhe disse que não o precisaria fazer, porque o mais importante do livro não tinha sido afetado: a guerra que Sérgio Vaz trava e da qual quer que sejamos mais do que partícipes.
Vaz é belicoso, mas também é terno, e vai destilando essa ternura belicoso a cada página, a cada pedra lança nas vidraças para dizer que nas ruas há uma poesia difusa, inculta e bela, lírios em cada beco que ele rega não com as pedras que lança, mas com os cacos das vidraças que quebra.
Depois de admirar sua coleção, vejo que fiz bem em desprezar o conselho que Ferréz nos dá no prefácio do livro, pois não devemos temer ser subversivos, e repassei o exemplar adicional, afinal, não sou patrono e tampouco possuo habilidades para manipular massas.
Sendo assim, assumo de bom grado a total culpa pelos crimes que esse meu ato tornou possível hoje e amanhã.
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