Colecionador de Pedras

Colecionador de Pedras Sérgio Vaz




Resenhas - Colecionador de Pedras


35 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Amarildo 09/01/2014

Que sejamos todos culpados
Adquiri "Colecionador de Pedras" em um sebo virtual. Na avaliação da compra, descrevi que o exemplar adquirido veio com um corte na capa e em algumas páginas subsequentes, fato que não estava na descrição de seu estado de conservação. O livreiro entrou em contato comigo, pediu desculpas e se comprometeu a enviar um novo exemplar de graça. E o enviou, mesmo depois que eu lhe disse que não o precisaria fazer, porque o mais importante do livro não tinha sido afetado: a guerra que Sérgio Vaz trava e da qual quer que sejamos mais do que partícipes.
Vaz é belicoso, mas também é terno, e vai destilando essa ternura belicoso a cada página, a cada pedra lança nas vidraças para dizer que nas ruas há uma poesia difusa, inculta e bela, lírios em cada beco que ele rega não com as pedras que lança, mas com os cacos das vidraças que quebra.
Depois de admirar sua coleção, vejo que fiz bem em desprezar o conselho que Ferréz nos dá no prefácio do livro, pois não devemos temer ser subversivos, e repassei o exemplar adicional, afinal, não sou patrono e tampouco possuo habilidades para manipular massas.
Sendo assim, assumo de bom grado a total culpa pelos crimes que esse meu ato tornou possível hoje e amanhã.
comentários(0)comente



Anderson Meira 10/02/2014

Pedras e Flores
Por certo encontramos mais pedras que flores em nosso caminho mas as pétalas que colecionamos tem mais força e brilho que qualquer obstáculo. A poesia de Sérgio Vaz floresce e encanta mesmo diante da rudeza da realidade cotidiana da periferia. O poeta colecionada pedras e distribui flores!
comentários(0)comente



Jefferson Vianna 30/04/2019

Ser poeta não é escrever poemas, é ser poesia...
A poesia sempre foi uma das minhas paixões e por ser curioso, dela eu já li de tudo um pouco, poesias de Drummond, Manuel Bandeira, Fernando Pessoa, Vinicius de Moraes, Mario Quintana, Ariano Suassuna, Cecília Meireles, entre outros nomes importantes da poesia. O livro “Colecionador de pedras” do autor Sérgio Vaz, portanto a meu ver, foi uma agradável surpresa, tamanha a qualidade apresentada em pouco mais de 120 poesias. O autor dá voz à população carente, ou seja, pessoas que habitam as periferias brasileiras e os seus textos retratam (na maior parte das vezes) uma realidade dura, ilustram o cotidiano daqueles que “colecionam pedras” e que não vêem melhores alternativas se não nutrir a esperança de dias melhores. O livro é muito bem escrito, a leitura é fluída e envolvente e por vezes emocionante. Uma poesia atual, que grita em poucas palavras e instiga-nos a ser poesia, pois como bem diz o autor na página 109: “Ser poeta não é escrever poemas, é ser poesia.” Leitura recomendada!

Quotes do livro: “[...] não me esforço para acreditar em Deus, esforço-me para que Deus acredite em mim.” – pg. 59, “Quisera eu que minha solidão fosse adúltera...” – pg. 74 e “No orfanato, as crianças pedem esmolas com os braços abertos.” – pg. 80.
comentários(0)comente



yara 14/05/2020

"no caminho do crer ou não crer
vivo na dúvida do milagre;
entre as brumas da uva e do vinho
sou eu quem destila o vinagre;
caminho no chão em busca do céu
num fogo e água que não tem fim
porque não me esforço para acreditar em Deus,
esforço-me para que Deus acredite em mim." .

sempre que me deparo com um amante da poesia, não hesito em propagar a palavra de Sérgio Vaz.

é factível que, muitas vezes, a apreciação poética está equiparada a um fardo extremamente complexo, pois corresponde à representação de um fenômeno que envolve amplo conhecimento sobre movimentos literários, figuras de linguagem, léxico, mente lúcida, interpretação afiada e afins. desse modo, a poesia torna-se generalizada como um objeto de consumo de elementos mais abastados e esclarecidos - componentes de ínfima parcela social.

no entanto, tal plano de fundo transfigura-se em inexistente por meio da humana poesia propagada por Sérgio Vaz. iluminado como poucos, o poeta é uma figura única, capaz de suscitar em todos nós - independente de poder aquisitivo e nível de conhecimento - um pleno entendimento poético seguido de uma severa e necessária introspecção. por mais que a compreensão seja acessível, difícil é olhar para si depois da leitura de um livro como esse e insistir em ser a mesma pessoa.

se você não tem medo de mudar/evoluir e é capaz de suportar as críticas do seus travesseiro, "Colecionador de Pedras" é um ótimo caminho. afinal, "as pedras não falam, mas quebram vidraças".
comentários(0)comente



Soulcrespa 04/08/2020

Poesia periférica
Poesia periférica que nos faz refletir sobre tantos aspectos periféricos e culturais que nos circundam. Brilhante a forma com que Sérgio Vaz escreve, escancarado, criativo, potente. Vale a pena a leitura.
comentários(0)comente



@salvejorgelucas 15/08/2020

A voz da periferia.
Nunca me identifiquei com poesia, até encontrar esse livro.

Usei essa cada palavra dessa obra como roupa, me vesti. A poesia pode (e deve) ser acessível para todos.

"Se outros escritores pedem paz, ele quer guerra".
comentários(0)comente



harison 30/09/2020

Poesias Marginais
Uma delicadeza voraz na hora de falar sobre a realidade desnuda do nosso país, sustentada sobretudo por desigualdades de classes. É uma obra que precisa ser visitada por qualquer um que queira conhecer, simbolicamente, o resultado prático da construção de uma sociedade baseada em castas.
comentários(0)comente



Flavia.Santana 12/11/2020

O colecionador de pedras - 2007 (Sérgio Vaz)
Nessa coletânia de poemas, encontramos os mais diversos temas sendo discutidos em versos vicerais que a cada linha nos obrem os olhos para as minucidades do nosso dia a dia. Momentos que muitas vezes passam desapercebidos aos nossos olhos apressados e muitas vezes pegos pelo cabresto, nesses poemas saltam das linhas dando em nossa cara a realidade nua e crua dos nossos pares nas quebradas.
Sérgio, com sua doçura e sua crítica que dilata a ferida, nos mostra a vida de Chicos, Marias, Donas Zicas entre outros. Nos fala sobre as dores e delícias de serem quem são e nos faz deliciar com a representatividade.
Sérgio reverbera entre crianças, adolescentes, adultos e idosos. Com sua poesia marginal nos faz navegar entre mares já navegáveis e em alguns inimagináveis.
Ler O colecionador de pedras foi, para mim, como estar com um pé no céu e outro no inferno e ainda agradecer por isso.
E quando você pensa que ele já deu o nome e o sobrenome, percebe que ele não prometeu nada e entregou tudo quando se depara com o poema "João Cândido (a chibata da revolta)" que me deixou sem ar, me fez pesquisar sobre história por 3 dias e me fez pensar pra uma vida inteira.
Essa é a função de seus poemas, sempre cheios de refências que abrem sua mente e ampliam seu horizonte.
Aproveite e se deleite!
comentários(0)comente



Carla Verçoza 06/01/2021

Uma grata surpresa esse livro de poemas!
"Queria ter pensado menos no futuro, porém o passado simples nunca foi o melhor presente e a eternidade sempre me pareceu coisa de gente que tem preguiça de viver."

"A minha poesia, apesar de pouca e rala, cabe na tua boca dentro da tua fala. Apesar de leve e rouca, chora em silêncio mas nunca se cala. E apesar da língua sem roupa, não engole papel, cospe bala!"

"Fanatismo O fanático é como o fósforo: alienado dentro da caixa, serve a qualquer causa incendiária."
comentários(0)comente



Manu 22/02/2021

Pra falar de Sérgio Vaz até me falta o ar. Não foi uma leitura diária, mas a classifico como necessária. No poder das sínteses, crônicas bem escritas, poemas que desestabilizam esse lugar de conforto que criamos em nosso entorno. Vaz se apropria de palavras e mostra como deve fazer o verdadeiro dono delas. Aurélio ficaria alegre em saber que nós temos em nosso tempo alguém com esse talento.
comentários(0)comente



Cynthia Lia 16/03/2021

Sérgio Vaz escreve para provocar e expor as situações cotidianas da sociedade brasileira, especialmente da periferia.
Cada poema tem um brilho próprio e induz a mtas reflexões.
comentários(0)comente



Maria Fernanda Greiner 22/06/2021

Na época em que cursava letras fiz um trabalho de Estudos Literários I sobre um dos poemas de "Flores de Alvenaria", outra obra do autor.

Sérgio Vaz é um excelente poeta da periferia com uma carreira admirável como criador da Cooperifa. O premiado autor escreve com proeza belezas e tragédias da vida, como amor, pobreza, prostituição, união, violência policial etc.

O livro só não ganhou 5 estrelas pois alguns poemas trataram (acredito que propositalmente) a mulher de uma forma que me incomodou.
comentários(0)comente



Ginah 03/07/2021

Como eu admiro a habilidade de Sérgio Vaz transformar dores do cotidiano em poesia. Pedras em versos. E enxergar a beleza no cotidiano caótico.
comentários(0)comente



Marina 26/11/2021

Necessário
Um amigo me presenteou com esse livro e eu fiquei totalmente surpreendida. Ele traz o Brasil nas suas miudezas, fazendo a gente lembrar do que de fato o país é composto, de desigualdade, racismo, escravidão, fome, violência, periferia, etc. Mas ele tbm traz um pouco de esperança em algumas de suas páginas, até porque essa violência que o sistema nos coloca não define totalmente quem somos. Vale a pena a leitura!!
comentários(0)comente



Antonio Maluco 16/01/2022

Poesias
Até hoje não sei diferenciar poesia e poemas e eu gostei de algumas poesias que li no livro mas fica cansativo de ler pra quem não curte esse gênero literário mundial
comentários(0)comente



35 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR