spoiler visualizarBeatrizbya641 01/07/2023
Tá. Mas e o gambá?
O livro tem uma narrativa cativante, que nos leva a ter empatia com o Ted desde o primeiro capítulo. Sem dúvida me senti transportada junto com as paranoias e desdobramentos das linhas de raciocínio do personagem chegando até mesmo a só pensar em determinada linha de raciocínio quando o próprio personagem caminhava por ela.
Embora eu não tenha gostado do livro, achei interessante os looping da memória Vacilante do protagonista, foi como experimentar a sensação de estar enlouquecendo junto a ele. É difícil uma narrativa ter esse condão de fazer você sentir quase que de forma palpável sentimentos tão abstratos.
Parece besteira, mas uma das coisas que mais me atormentou durante toda a leitura era saber o simbolismo do gambá, visto que ele estava constantemente aparecendo nos sonhos ou memórias do Ted. Nas últimas páginas Cheguei ao ponto De sentir desespero ao pensar que todos os símbolos foram explicados de certa forma.
A única conclusão que eu consegui tirar disso tudo, é que apenas as pessoas que transitavam entre a sanidade e a paranoia conseguiam ver os animais tidos como imaginários.
Veja, em um dos capítulos, Ted, mike e aquele outro paciente do Lavender estão conversando sobre os animais que viam ( o gambá, a lagosta, o rato), e um deles Menciona que os animais são como figuras intermediárias entre o ponto onde a loucura e a sanidade se encontram, de modo que, se você seguir o animal, estará alimentando o lado da insanidade ( o é reforçado quando ted cobre a ferradura com seu casaco e decide seguir o Gamba).
Assim, eu concluo que o advogado também transitava no mesmo abismo psicológico que Ted, considerando que ele via o mesmo gamba que ele, ao invés de outro animal.