Artthur0 26/04/2023
O Cemitério dos Livros Esquecidos
Chego ao fim dessa jornada com a difícil missão de podar em palavras o que foi ler essa serie, me sinto estarrecido, anestesiado e nocauteado. Simplesmente maravilhosamente perfeito, passar por esses 4 livros e conhecer cada personagem e cada cantinho obscuros de Barcelona e vendo-os se iluminarem através do tempo.
Com A Sombra do Vento abrir a porta para esse labirinto, turvado de emoções e explosões de sentimentos, adentrei em um dos meus livros preferidos da vida, com a escrita magistral de Zafon, usando e abusando de ferramentas narrativas, indo de primeira pessoa para terceira pessoa, flashbacks e um uso espetacular de ?diegéticos? em cartas, jornais e livros. E em seu final entrega algo incrível, fazendo um misto tremendo do que foi sentido durante toda a leitura como alegria, tristeza esvanecida, e um empolgação da qual tu queres sentir pra sempre.
Em O Jogo do Anjo me deparei com as mesma ferramentas de narrativas já conhecidas porém aqui somos presentado com um estudo de personagem extremamente complexo, ao mesmo tempo que constrói relações e desenvolve os coadjuvante com o seu protagonista. E o que dizer do ar sobrenatural que flerta com o terror concebido ao redor dessa história e tecido juntamente com a sinistra Barcelona do início do século XX. Seu encerramento um tanto quanto aberto a interpretações deixa sugestões que acima de tudo, conduzem nossa emoção mais uma vez para o além de intensa, nos crava no coração uma vertente de ?delírios?, que nesse momento se tornam mais do que viciante.
O Prisioneiro do Céu é entrelaçado o passado, o presente e o futuro, basicamente podendo se dizer que se trata de um livro de transição, desta vez um coadjuvante uni o fio que costura os protagonista dos últimos dois livros, abrindo espaço para dúvidas e questões que poderão ser respondida no livro seguinte. Entretanto mesmo se tratando de um livro curto, as comoções não se limitam ao seu número de páginas, é nesse momento que percebemos que estamos completamente entregue a aquele universo, completamente apaixonado naqueles personagens e completamente envolto na trama escabrosa que parece não ter fim as ditas ?maldições? daquela história.
Último capítulo saga, O Labirinto dos Espíritos, entrega mais questionamentos e com uma narrativa através de um investigação policial de fato, nos entregas todas as respostas das que queremos saber e aquelas que não queremos, cheio de sequencias instigantes que nos faz vibrar com cada passo com a protagonista da vez que conduz pôr fim a amarração de todas as pontas soltas. E no apagar das luzes Zafon nos brinda com o um capítulo final de arrasar a alma, tirando lagrimas de felicidade e satisfação, o encerramento da jornada remete ao seu início e nos faz literalmente viajar em um onda de sensações eloquentes e explosivas que meramente enche a nossa existência até transbordar ao ponto de sentir vazio e incompleto, pois algo de tamanha magnitude passou por nos e chegou ao seu fim.
Só que felizmente essa história vai durar toda uma eternidade em mim, em cada palavra, frase, texto, capítulo e livro lido, existe um pedacinho dentro de mim que nunca se esvairá, O Cemitério dos Livros Esquecidos vivera pra sempre em mim. Uma das maiores e melhores experiência que vivi e senti na minha vida.
Obrigado Don Carlos!