Nossa Senhora do Nilo

Nossa Senhora do Nilo Scholastique Mukasonga




Resenhas - Nossa Senhora do Nilo


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FellipeFFCardoso 16/01/2024

Tive que me desfazer de muitos vieses ao longo da leitura e entender - para além do que acho que já sei - a complexidade cultural que a colonização europeia, racista, usando de artifícios de poder como religião, embates étnicos, jogos de poder, instaurou nos países africanos, em especial em Ruanda, país onde se passa a história deste livro e também de onde a escritora é. Para mim, o grande trunfo da narrativa foi ter espelhado as dinâmicas políticas e sociais no microcosmo do liceu de meninas, elas que agem nas mãos dos adultos na replicação de padrões coloniais e estão, ao mesmo tempo, submetidas às injustiças raciais, machistas e violentas que perpetram e sofrem. É doloroso muitas vezes, não só por empatia, mas por culpa ocidental, globalizada, pelo olhar imperialista que ainda temos para o continente ao nos distanciarmos dos problemas como se não fossem nossos, assumindo um posicionamento de superioridade de pessoas que ainda almejam, mesmo que vivendo numa sociedade fundada por sistema similar, ao alinhamento ascendente mais à Europa como sinal de prestígio e menos às realidades de nossa própria miséria. Recomendo a todos, muito bem escrito.
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Josue.Fagundes 07/12/2023

Uma escola para meninas, situada no alto das montanhas da bacia do Congo e do Nilo, em Ruanda, aplica rigorosamente um sistema de cotas étnicas que limita a 10% o número de alunas da etnia tutsis. Quando os líderes do poder hutu tomam conta do local, o universo fechado em que têm de viver as alunas torna-se o teatro de lutas políticas e de incitações ao crime racial. Os conflitos são um prelúdio ao massacre ruandês que aconteceria tempos depois. Em Nossa Senhora do Nilo, Scholastique Mukasonga, sobrevivente do massacre, conta as experiências-limites pelas quais passaram as jovens do colégio, numa narrativa pungente que encantou o mundo.
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Marília 06/12/2023

Mais uma história sobre uma cultura querendo dizer que é melhor que a outra e fabricando mulheres com boas maneiras.
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Tanseles 03/11/2023

Um prenúncio da tragédia
A história se passa em uma escola para meninas em Ruanda e a partir daquele universo particular entendemos as relações da sociedade antes da tragédia do genocídio dos tutsis q aconteceriam anos depois.
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15/10/2023

Nossa Senhora do Nilo
Meu único contato com a história do conflito entre tutsis e hutus é o filme Hotel Ruanda, do qual gosto muito. Muitas vezes me confundi com os nomes das personagens, que achei que foram apresentadas de forma meio displicente ao longo do texto. Os primeiros 40% do livro são mais arrastados, mas depois a narrativa se desenvolve de forma mais clara. Entender um pouco mais sobre os conflitos, as influências da ocupação europeia e a realidade à época foi muito interessante. Final impactante. Recomendo.
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lara 12/10/2023

História em formato de ficção
Confesso que não sabia desse genocídio que havia acontecido em Ruanda, em 1994. Mas, quando terminei o livro, imediatamente fui procurar. Fiquei feliz que entendi todo o conflito através da história que tinha lido.

A história conta um liceu feminino que, apesar de distante do ?centro?, reflete as políticas de segregação e perseguição dispostas na sociedade da época. Com uma cota obrigatória para meninas tutsis de 10%, a escola é dominada pela religião dos colonizadores alemães e belgas e pela etnia dos hutus. Os caminhos para o golpe militar foram trilhados também dentro desse espaço elitista da sociedade. As relações entre as meninas explicitam a divisão étnica e o preconceito.

Como eu disse, acho que o que mais gostei foi como a autora consegue retratar amizades, desavenças, lideranças e relações interpessoais exalando a política. Ela consegue demonstrar o quanto o país entra numa crise étnica, economia e política ao descrever relações de meninas de elite num internato.

Talento e consciência política são características que percebi na escrita do início ao fim. Certamente, irei procurar mais livros dessa autora. Tratar de política através das relações pessoais é uma coisa difícil, antropológica e crucial para compreensão de como a política impacta nas nossas vidas.
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Vinder 15/06/2023

Bom livro sobre uma parte da história de Ruanda e o conflito entre hutus e tutsis. Não chega a ser tão impactante quanto ?baratas?, mas vale a pena.
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lililu 09/06/2023

Segundo livro que leio dela
Esse livro é muito forte e triste, a intolerância, o discurso de ódio e morte em Luanda.
O livro traz de forma crítica as marcas/heranças negativas da colonização que influenciaram na estrutura social do país.
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Alice 02/05/2023

Eu demorei para realmente finalizar o livro, fiquei mais de um mês no "finalzinho", mas valeu a pena. Gostei bastante da leitura.
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Marcus 24/04/2023

Recorte de uma história
O livro conta a história de um colégio para moças da elite de Ruanda, que recebiam por cotas étnicas um percentual de alunas de uma etnia específica. A história demora a começar e é um pouco confusa sobre os lados desta disputa que culminou em uma guerra civil.
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Crixtina 11/04/2023

Muito impactante
?Um diploma de uma tutsi não é como um diploma de uma hutu. Não é um diploma verdadeiro. O diploma é sua carteira de identidade. Se por cima há uma tutsi, você não vai achar trabalho, nem entre os brancos. A cota é assim.?
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Leticia2063 01/04/2023

Fiquei sinceramente impressionada com a história, narrada de forma interessante por Scholastique Mukasonga.
O livro descreve sobre a realidade de Ruanda trazendo marcas das colonizações no país. Aborda do temas como a religião, política, a pobreza e a exclusão.
Confesso que, mesmo sendo tão brutal, senti falta do desenrolar de muitas coisas. Mas percebi que o livro foi narrado com um toque poético e, talvez, fosse isso mesmo que autora quisesse trazer.
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Carolina.Frade 02/03/2023

Uma leitura difícil
A escrita da autora é maravilhosa! Achei que fosse ter dificuldade pra me interessar, mas aconteceu logo no início. A sensação que tive é tudo em contado meio no tom de fofoca, então amei. E a autora tem um humor bem ácido bem, kkkrying/hehehelp, que eu me identifico e adoro.
No entanto, me senti angustiada. Acho que como mulher, imaginar adolescentes num internato católico em Ruanda, já traz muita bagagem?

É estranho porque gostei muito, mas não recomendo se você não estiver num período bom (especialmente se for mulher).
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Mahalia 26/02/2023

De arrepiar
Esse livro me impressionou. É muito forte e triste a intolerância, os discursos de ódio e morte em Ruanda. O livro traz, de forma crítica, as marcas/heranças negativas das colonizações que influenciaram na estrutura social do país: o catolicismo, a divisão em grupos rivais, a pobreza e a exclusão, são alguns exemplos.

Uma frase dita por Virgínia no final do livro, chamou minha atenção e, com um nó na garganta, reproduzo: "Ruanda é o país da Morte" (pág 116, na versão PDF que utilizei).

Infelizmente, como narrado no livro, Ruanda se mostrou ser realmente um país da Morte em 1994 (com o genocídio contra os tutsis). Ódio gera violência e o resultado é morte.

Um livro necessário, mas sem um final feliz.
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Thai.Campos 25/02/2023

Ruanda por outro olhar
Nesse livro a narrativa mergulha na realidade conflituosa de Ruanda a partir de uma cenário escolar, distanciado fisicamente do conflito por poder, mas refém deste ainda assim.
As meninas do Liceu entregam ao leitor as dificuldades herdadas do colonialismo e do machismo pelas suas histórias.
Recomendo demais a leitura e o interesse sobre as múltiplas realidades africanas.
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