spoiler visualizarekatherinah 02/11/2022
Hoyt estragando oportunidades de fzr coisa boa
O Príncipe Leopardo é exatamente o que eu queria ter lido de início, mas acabei pegando O Príncipe Corvo por causa da sugestão de algumas pessoas no grupo de leitura. Eu gostei mais dessa história. Acho que a Hoyt conseguiu fazer a história funcionar melhor do que no Príncipe Corvo. Temos um fio condutor ? as mortes das ovelhas, uma investigação, uma vingança ?, que envolve as personagens e isso deixou as coisas mais interessantes e agitadas do que simplesmente seguir o casal.
temos (de novo) o problema em que a partir de um pouco antes da metade ? geralmente quando ocorre a primeira cena hot ? a coisa degringola, porque começa a ficar meio que apressado. Eu gostei muito mais desses personagens, Harry e Georgina, do que do anterior, Edward e Anna. Apesar de ainda termos o mesmo problema de descrição (só foca na reação física sexual deles e não nas reações físicas românticas) o envolvimento entre eles acontece de um modo legal e divertido, engraçado até. Eu ri mais no livro anterior, até por causa da personalidade deles, mas ainda consegui me divertir.
eu tava interessada, intrigada, querendo saber o que estava acontecendo então li bem rápido. A melhor parte nesse livro inteiro foi a treta familiar dos Granville, porque é problema para lá e para cá, é gente que morre, gente que não se gosta. Foi a estrela desse livro para mim e como consegue se envolver com o Harry acaba funcionando muito bem. Eu também amei a relação de família da Georgina com os irmãos e a irmã. Senti falta de enxergar outras facetas da Georgina e ela em zonas de conforto em que conseguisse expressar melhor (outras situações sociais para termos uma impressão melhor de que ela é uma mulher aristocrática de 28 anos). Não gosto das cenas em que o Harry fica puto com ela por algum motivo, mesmo que plausível, e ela não consegue rebater. Aconteceu o mesmo com a Anna e o Edward o que é muito irritante.
o casamento, apesar de previsível, senti falta de fluidez para chegar nele. Depois de uns 60% as coisas começam a passar em quinze dias, uma semana e assim em diante. Mas isso estragou tanto a cadência da história... ainda não entendi como a Georgina conseguiu tirar o Harry da casa dos Granville, por exemplo. Já estávamos em ponto de clímax da investigação, mas era uma pulação de tempo (por causa da gravidez da Georgina, certeza) que não fez sentido demorar tanto para encontrarem o culpado. Pior ainda é aquela de Harry ficar fazendo esculturas de madeiras dos animais do conto e deixando para ela no quarto. Como ele teve tempo de fazer tudo aquilo com tanto esmero em momento de clímax da história?? Não faz sentido ele ficar indo e vindo da casa dela em um momento como aquele. Fiquei chateada porque gostei muitos das personagens (todas, não só o casal principal) e eu queria ter visto melhor esse desenrolar, as divergências de classe que os impedia de ficarem juntos, eles superando essas diferenças etc. Tudo se encaixou no final, mas até chegar lá faltou uma cadência melhor. Minha sensação é de que, novamente, a Hoyt queria coisas específicas acontecendo e que não importasse como ela iria colocar na história. Ela tem ideia de elementos e coisas que ela quer que aconteça, mas na hora de executar isso e tornar de uma forma fluida para você entender como história no todo não fica tão bom.
as cenas de hot continuam não sendo o tipo de coisa que eu gosto, mas achei menos ruim do que n'O Corvo. A primeira vez e a segunda vez comporam um pouco melhor e deu dimensão das personagens. As outras vezes foi mais entretenimento tanto que algumas cenas eu pulei, porque não acrescentam em nada.
a parte do romance eu achei melhor do que do livro anterior, mas eu ainda sinto falta da autora escrever sobre outras reações físicas que não seja o pênis do ereto...Cadê a palpitação do coração? Uma borboletinha no estômago? A mão trêmula? Aqui tem um pouco mais disso, o que já é algo positivo, mas ainda deixa a desejar.