Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Helena433 05/06/2023

Foi traído por aquilo que mais amava
Não consegui avaliar esse livro com 5 estrelas porque lá pelas tantas comecei a me perder na história, mas acredito que seja porque eu inventei de ler mais dois livros ao mesmo tempo (nunca mais repito isso). A história em si é muito boa e me prendeu bastante, os personagens são muito característicos e eu adoro o jeito retratado da realidade brasileira na fase do modernismo. Toda narrativa é voltada ao patriotismo de Policarpo e os julgamento que os vizinhos e conhecidos faziam dele. Dei risada nas partes em que ele se metia em confusão, mas comecei a ficar com dó quando chamaram ele de louco e o puseram num hospício. Quando tudo já ia de mal a pior, ele ainda resolve dar mais um chance à Pátria e isso só avança ainda mais para o seu triste fim. De fato, ele deu a vida pelo que mais amava e só se deu conta do quanto foi iludido nos últimos momentos de vida.
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Bia 28/05/2023

O Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, narra a trajetória de Policarpo Quaresma, um patriota ímpar, que causa estranheza nas pessoas pelos seus ideais e coragem. O livro é dividido em três partes.
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Henggo 28/05/2023

Épico quixotesco brasileiro
Um dos romances mais famosos de Lima Barreto, a história de Policarpo Quaresma é quase um épico brasileiro de um homem cujo nacionalismo passa dos limites. Um exemplo disso é a vontade de tornar o tupi-guarani como idioma oficial e fazer três grandes reformas: da cultura, da agricultura e da política. Achei interessante porque o autor faz críticas para os dois lados, tanto contra o patriotismo exagerado por parte do protagonista, mas também contra o modo como o povo brasileiro se recusa a melhorar e a absorver as mudanças. O modo como Policarpo Quaresma termina, após uma briga com Floriano Peixoto, é um dedo apontado para a maneira como todos nós, até hoje, tendemos a silenciar as vozes de revolta. São ótimas como piada, como diversão, porém, quando um idealista à la Policarpo começa a falar sério e a buscar os ideais que acredita, nós logo o invisibilizamos. É só ver o que acontece hoje em dia quando pessoas da periferia ou das favelas decidem protestar. A polícia chega rapidinho, rapidinho... Agora, mais uma vez, é um livro que dá voltas e mais voltas. Precisa de uma boa dose de paciência para mergulhar.
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Bruno236 27/05/2023

Obra Primorosa de Lima Barreto
Policarpo Quaresma: Um personagem que amou o Brasil, seus povos, seus territórios, suas culturas, suas tradições. Um personagem que seguiu seus valores morais e seus ideais até a última consequência.

Cômica, Sagaz, cheia de reviravoltas.
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Tuanny Cristine 27/05/2023

Feito no passado porém atual
Esse livro é muito bom mesmo, um dos melhores da literatura brasileira, li com o intuito de usá-lo em uma roda de leitura na escola mas foi muito mais que isso, gosto de ver que nem o maior e mais otimistras dos patriotas conseguiu não ser decepcionado pela sua pátria amada, é um livro que pode ser lido com vários olhos e isso é ótimo.
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Luana Rezende 27/05/2023

Não é o tipo de leitura que eu goste, mas se ele tivesse ficado quieto e seguindo a rotina inicial, não teria dado merda.
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Juliana3274 25/05/2023

Policarpo Quaresma é, desde jovem, um patriota. Mora no Rio de Janeiro, trabalha em um órgão público e nas suas horas livres, estuda afundo tudo que está ao seu alcance sobre o Brasil. Compra livros, compêndios, enciclopédias, para o espanto da vizinhança, por não ser ele formado em nada. Reservado, mas gentil e bondoso, tem o forte desejo de contribuir para o avanço do seu país e divulgar e valorizar a cultura e natureza nacionais. Após anos de muito estudo, ele parte para a ação, mas aonde isso o levará?

É sempre tão gostoso mergulhar no Brasil de antigamente através dessas histórias. A escrita do autor é bem tranquila e fluida, só achei cansativas algumas partes. Mas o livro é muito bom, rapidamente me apeguei ao Policarpo e tomei suas dores. É triste ver como perduram até hoje algumas coisas as quais o autor faz críticas...
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Irineu.Dias 23/05/2023

Quando o nacionalismo vira utopia
Com clamores exagerados sobre o Brasil, Policarpo Quaresma se afunda cada vez mais em sua ânsia por um país nutrido em suas raízes coloniais. E a cada se afundando cada vez mais em um nacionalismo desconexo de uma realizada cheia de maldade e interperios.
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Alessandra 20/05/2023

O que é a pátria?
Eu não sei explicar o quanto esse livro me surpreendeu. No começo achei difícil ler, parecia que não acontecia muita coisa, porém, conforme foi passando eu entendi a grandeza da escrita, da história, da crítica contida nele. DO PERÍODO HISTÓRICO QUE ELE FOI ESCRITO e tudo pareceu SENSACIONAL.
Eu achei incrível, toda a história, toda a crítica, toda a situação aqui narrada.
Após a leitura vi vários vídeos sobre o livro que só expandiu a leitura.
É uma narrativa do Brasil que, mesmo depois de 100 anos de sua escrita, ainda vale a pena ler
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Ursa_Menor 18/05/2023

É um livro bem rápido e bem divertido, o protagonista é só um homem que gosta muito de ler e tem um patriotismo bem forte (mas ele não é um pseudopatriota como muitos espalhados pelo país ultimamente). Acabei dando risada em várias partes do livro porque o Policarpo se mete em muita confusão, mas apesar disso, achei o final bem triste, ainda mais por refletir um pouco da vida do próprio Lima Barreto.
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psraissafreire 16/05/2023

O triste preconceito que eu tinha com esse livro
Esta resenha será bem breve, pois estou irritada por causa da ponta de um lápis que quebrou e eu estou sem apontador aqui na biblioteca (sim, atrapalhou TODOS OS PLANOS de estudo de matemática que fiz hoje). Enfim, "Triste Fim de Policarpo Quaresma" foi uma leitura que efetuei para a escola, mas a professora de língua portuguesa saiu da mesma antes de passar algum trabalho referente a mais famosa obra de Lima Barreto. Eu poderia dizer que li o livro pra nada? Talvez, mas por agora não. Isso porque foi uma leitura deveras interessante, reflexiva e engrandecedora.

Quem me conhece sabe que eu era uma preconceituosa em relação aos clássicos brasileiros. Se me perguntassem sobre algum eu já entortava a cara, queria que mudasse de assunto e olhe lá! Entretanto, em 2022 eu li "Vidas Secas" e percebi que esta minha ideia sobre estes livros era leviana. Isto porque, de lá pra cá, eu percebi o como estas obras podem sim ter uma linguagem mais complexa e diferente da nossa atual, mas também podem ensinar muito, serem divertidas (abre-se um parêntese para citar o meu querido "Memórias de um Sargento de Milícias") e criticarem a sociedade brasileira de maneira única. Conhecer a história de Policarpo não foi diferente, pois sua característica mais marcante (seu amor pelo Brasil que chega a ufanismo) é ambígua e bem construída. Em certos momentos eu quis rir de suas ideias "muito fora da caixinha", mas ao mesmo tempo eu sentia uma melancolia por ninguém compreendê-lo. Uma espécie de Dom Quixote: sonhos altos para um mundo que sonha baixo; se isso não é triste eu não sei o que é.

Entretanto, senti em muitos momentos uma espécie de mecanização da narrativa. Ao tentar retratar a sociedade do contexto apresentado, o autor tece capítulos que me deram sensação de cansaço, falta de entendimento e vontade de terminar logo. Não sei bem como colocar em palavras, mas no meio do livro me parecia uma onda de contos com personagens semelhantes entre eles.

Mas o final.. Caraca, gente, eu fiquei extremamente melancólica com o final. O título da obra faz bastante jus a isso, viu? Não se passava pela minha cabeça que eu ficaria tão triste com o fim de um personagem como Policarpo.

Acho que me vi em Quaresma. Seus sonhos, suas ideias, suas ambições... Ele sempre quis isso para um bem maior em que ELE acreditava. Todavia, no que a sociedade em que vivemos acredita?

aartemesalva-nat 16/05/2023minha estante
Parabéns pela resenha. A forma como você escreve me faz querer o livro. Mesmo tu dando 3 estrelas. Hahaha


psraissafreire 16/05/2023minha estante
kakakakakakaka fico feliz, Nat, é uma leitura que vale a pena! ?




Kath 15/05/2023

Tão atual...
Aos poucos, bem devagar mesmo, vou me inteirando da literatura brasileira. Comecei com Machado na escola, por espontânea vontade, sem a obrigação das aulas de literatura que, na minha época, não existiam e fiquei apaixonada pela narrativa lírica e fascinante dele em Iaiá Garcia e Helena. Depois tentei passar para José de Alencar e seu O Guarani, mas não me caiu muito bem, talvez porque, na época, eu não fosse madura o bastante para entender o propósito daquela obra. E, de fato, por essa impressão ruim, nunca retornei ao livro quando mais velha, porque a prosa de Alencar não me cativou. Ao longo da minha vida acadêmica, pude conhecer outros autores nacionais como Castro Alves, Vinícius de Moraes, Lygia Bojunga, Luis Puntel e o maravilhoso Aluísio de Azevedo com seu O Cortiço, obra pela qual me encantei.

Então, após revisitar Machado em O Alienista, obra que ainda não conhecia, decidi tentar Lima Barreto, autor ainda não lido por mim, mas muito comentado na faculdade e o escolhido foi O Triste fim de Policarpo Quaresma. Não tenho certeza se a escolha foi consciente ou apenas porque achei o volume grátis na Amazon meio sem querer.

A história acompanha Policarpo, um funcionário público completamente apaixonado pela sua pátria. Seu desejo era servir as forças armadas, mas por não ter passado nos testes médicos, precisou se contentar com seu emprego comum, no qual era muito dedicado ? embora fosse um trabalho enfadonho ? por ser sua maneira de contribuir para o crescimento do Brasil. 
Policarpo passava horas estudando sobre o país e, quanto mais aprendia, mais seu desejo de tornar o Brasil uma nação forte e independente aumentava, suas ideias começaram a ficar cada vez mais descontroladas até chegar ao ponto de escrever aos superiores pedindo que o tópico guarani, língua original do Brasil, fosse tomada como o idioma oficial do país, algo que o tornou chacota em todo o Rio de Janeiro. Mas foi quando, por distração, redigiu um importante documento em tupi-guarani que sua situação piorou.
Passando um período em um hospício por própria internação, os únicos a visita-lo eram sua afilhada Olga, junto ao pai, e seu amigo músico Ricardo Coração dos Outros, outrora seu professor de violão. Quaresma, embora não "curado" de seu patriotismo fanático, ao menos tomou a lição de freiar seus impulsos visionários e, assim, optou por se refugiar no campo sob o ideal de tornar-se exemplo a outros para levar a agricultura do país a um novo patamar e,  dessa forma, tornar o Brasil uma nação avançada e autossustentável. 

Contudo, logo Quaresma descobre que seu mundo utópico e idealista não se encaixa na realidade. São os homens de poder que decidem aqueles que prosperam e os que definham e são esses mesmos homens que delineiam o futuro da pátria que ele tanto ama. Todavia, por sua ingenuidade infantil e sua pureza de intenções, ele não se detém de fazer sua parte e vibra com cada pequeno sucesso.

Quando a república começa a se instalar, lentamente, no Brasil sob a presidência do marechal Floriano Peixoto, marinha se revolta numa tentativa de expulsar o militar da presidência.  Não uma vez, Barreto se refere ao homem como ditador. Assim, vendo a oportunidade de ser útil a sua pátria num momento difícil, Quaresma se alista no exército em favor da República, mas tanto sua inexperiência quanto seus ideais patrióticos vão acabar condenando-o ao jugo de uma nação que só se importa com sua própria mediocridade. 

"O casamento já não é mais amor, não é maternidade, não é nada disso: é simplesmente casamento, uma coisa vazia, sem fundamento nem na nossa natureza nem nas nossas necessidades." P. 159

Ler esse livro me causou diferentes emoções. Apesar de ele ser bem engraçado em várias partes, o humor não me tocou. Mas o tom mais filosófico sim. A prosa poética e afiada de Barreto por vezes era um soco no estômago. Policarpo tinha suas vezes de Don Quixote, a loucura idealista por uma pátria perfeita e estável que, até poderia ser real, se as pessoas que a compõem fossem leais a si mesmas e ao desenvolvimento do todo e não de seus próprios umbigos. Mas nós sabemos que não é assim que acontece.

O livro foi escrito no final do séc XIX, mas soa tão atual como nunca. Tem seu tom acido e irônico diversas vezes, poderia muito bem ter sido escrito na época da ditadura,  e muitas passagens são até um pouco assustadoras por se encaixarem como luva na nossa sociedade "avançada". Carregado de personagens interessantes, por vezes propositadamente caricatos, Triste Fim de Policarpo Quaresma é o tipo de livro que acho todo mundo devia ler. 
Seu protagonista é um tolo idealista, por vezes patético, mas nos encanta pela sua inteligência aguçada, a inocência infantil e o empenho com que se dedica aos sonhos. Por isso, acompanhar sua saga e por vezes comovente e seu desfecho nos deixa um gosto amargo de uma realidade ainda muito jovem na nossa história. Recomendo.
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Jack Kline 11/05/2023

O melhor da literatura clássica brasileira!
Eu me apaixonei completamente pela personalidade de Policarpo Quaresma! O cara é simplesmente genial! A forma como ele vê o mundo é apaixonante e eu amei a sua diligência e paixão em tudo que faz.

Me inspirou a querer buscar meus objetivos com o mesmo fervor! Mesmo que pareça, ou talvez seja, loucura.

Sempre fiel aos seus princípios, no fim acabou sendo traído por aquilo que mais amava. É realmente triste o fim de Policarpo Quaresma, mas isso não impede que seja um dos melhores livros nacionais que já li! Talvez o melhor que já li!

Olga meu amor, você é brilhante!! A relação dela com o pai e padrinho é linda! Sua curiosidade e inocência é encantadora e sua revolta final apaixonada. Um dos melhores personagens com toda certeza!

Tenho certeza que vou ler novamente algum dia! O mundo precisa de pessoas apaixonadas como Olga e Quaresma!
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Tamy 10/05/2023

Quanto patriotismo da parte de Policarpo!! ?
Um sujeito que amou seu país, que acreditou que no Brasil, nas suas terras, nas suas riquezas e em dias cada vez melhores. Aqui vemos a dedicação de Quaresma à pátria, como ele passa toda a vida estudando sobre o Brasil, conhecendo-o nos mínimos detalhes, na esperança de que esse país conquiste sua autonomia, tenha sua própria identidade, sem precisar buscar recursos fora, pois aqui tudo há! 

E assim seguimos os passos de Policarpo, todos os obstáculos que ele encontra ao tentar expor seus conhecimentos e a realidade com que ele se depara. 

Após tanta luta pela pátria, de estudá-la, de dedicar-lhes a vida, o que ele colheu? Valeu a pena todo o esforço? O que sua amada pátria lhe devolveu?

Ah, que triste saber que seu amor à pátria nada condiz com o amor dos demais compatriotas! Ah, que Triste Fim de Policarpo Quaresma! 
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