Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma Lima Barreto




Resenhas - Triste fim de Policarpo Quaresma


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Irineu.Dias 23/05/2023

Quando o nacionalismo vira utopia
Com clamores exagerados sobre o Brasil, Policarpo Quaresma se afunda cada vez mais em sua ânsia por um país nutrido em suas raízes coloniais. E a cada se afundando cada vez mais em um nacionalismo desconexo de uma realizada cheia de maldade e interperios.
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Alessandra 20/05/2023

O que é a pátria?
Eu não sei explicar o quanto esse livro me surpreendeu. No começo achei difícil ler, parecia que não acontecia muita coisa, porém, conforme foi passando eu entendi a grandeza da escrita, da história, da crítica contida nele. DO PERÍODO HISTÓRICO QUE ELE FOI ESCRITO e tudo pareceu SENSACIONAL.
Eu achei incrível, toda a história, toda a crítica, toda a situação aqui narrada.
Após a leitura vi vários vídeos sobre o livro que só expandiu a leitura.
É uma narrativa do Brasil que, mesmo depois de 100 anos de sua escrita, ainda vale a pena ler
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Ursa_Menor 18/05/2023

É um livro bem rápido e bem divertido, o protagonista é só um homem que gosta muito de ler e tem um patriotismo bem forte (mas ele não é um pseudopatriota como muitos espalhados pelo país ultimamente). Acabei dando risada em várias partes do livro porque o Policarpo se mete em muita confusão, mas apesar disso, achei o final bem triste, ainda mais por refletir um pouco da vida do próprio Lima Barreto.
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psraissafreire 16/05/2023

O triste preconceito que eu tinha com esse livro
Esta resenha será bem breve, pois estou irritada por causa da ponta de um lápis que quebrou e eu estou sem apontador aqui na biblioteca (sim, atrapalhou TODOS OS PLANOS de estudo de matemática que fiz hoje). Enfim, "Triste Fim de Policarpo Quaresma" foi uma leitura que efetuei para a escola, mas a professora de língua portuguesa saiu da mesma antes de passar algum trabalho referente a mais famosa obra de Lima Barreto. Eu poderia dizer que li o livro pra nada? Talvez, mas por agora não. Isso porque foi uma leitura deveras interessante, reflexiva e engrandecedora.

Quem me conhece sabe que eu era uma preconceituosa em relação aos clássicos brasileiros. Se me perguntassem sobre algum eu já entortava a cara, queria que mudasse de assunto e olhe lá! Entretanto, em 2022 eu li "Vidas Secas" e percebi que esta minha ideia sobre estes livros era leviana. Isto porque, de lá pra cá, eu percebi o como estas obras podem sim ter uma linguagem mais complexa e diferente da nossa atual, mas também podem ensinar muito, serem divertidas (abre-se um parêntese para citar o meu querido "Memórias de um Sargento de Milícias") e criticarem a sociedade brasileira de maneira única. Conhecer a história de Policarpo não foi diferente, pois sua característica mais marcante (seu amor pelo Brasil que chega a ufanismo) é ambígua e bem construída. Em certos momentos eu quis rir de suas ideias "muito fora da caixinha", mas ao mesmo tempo eu sentia uma melancolia por ninguém compreendê-lo. Uma espécie de Dom Quixote: sonhos altos para um mundo que sonha baixo; se isso não é triste eu não sei o que é.

Entretanto, senti em muitos momentos uma espécie de mecanização da narrativa. Ao tentar retratar a sociedade do contexto apresentado, o autor tece capítulos que me deram sensação de cansaço, falta de entendimento e vontade de terminar logo. Não sei bem como colocar em palavras, mas no meio do livro me parecia uma onda de contos com personagens semelhantes entre eles.

Mas o final.. Caraca, gente, eu fiquei extremamente melancólica com o final. O título da obra faz bastante jus a isso, viu? Não se passava pela minha cabeça que eu ficaria tão triste com o fim de um personagem como Policarpo.

Acho que me vi em Quaresma. Seus sonhos, suas ideias, suas ambições... Ele sempre quis isso para um bem maior em que ELE acreditava. Todavia, no que a sociedade em que vivemos acredita?

aartemesalva-nat 16/05/2023minha estante
Parabéns pela resenha. A forma como você escreve me faz querer o livro. Mesmo tu dando 3 estrelas. Hahaha


psraissafreire 16/05/2023minha estante
kakakakakakaka fico feliz, Nat, é uma leitura que vale a pena! ?




Kath 15/05/2023

Tão atual...
Aos poucos, bem devagar mesmo, vou me inteirando da literatura brasileira. Comecei com Machado na escola, por espontânea vontade, sem a obrigação das aulas de literatura que, na minha época, não existiam e fiquei apaixonada pela narrativa lírica e fascinante dele em Iaiá Garcia e Helena. Depois tentei passar para José de Alencar e seu O Guarani, mas não me caiu muito bem, talvez porque, na época, eu não fosse madura o bastante para entender o propósito daquela obra. E, de fato, por essa impressão ruim, nunca retornei ao livro quando mais velha, porque a prosa de Alencar não me cativou. Ao longo da minha vida acadêmica, pude conhecer outros autores nacionais como Castro Alves, Vinícius de Moraes, Lygia Bojunga, Luis Puntel e o maravilhoso Aluísio de Azevedo com seu O Cortiço, obra pela qual me encantei.

Então, após revisitar Machado em O Alienista, obra que ainda não conhecia, decidi tentar Lima Barreto, autor ainda não lido por mim, mas muito comentado na faculdade e o escolhido foi O Triste fim de Policarpo Quaresma. Não tenho certeza se a escolha foi consciente ou apenas porque achei o volume grátis na Amazon meio sem querer.

A história acompanha Policarpo, um funcionário público completamente apaixonado pela sua pátria. Seu desejo era servir as forças armadas, mas por não ter passado nos testes médicos, precisou se contentar com seu emprego comum, no qual era muito dedicado ? embora fosse um trabalho enfadonho ? por ser sua maneira de contribuir para o crescimento do Brasil. 
Policarpo passava horas estudando sobre o país e, quanto mais aprendia, mais seu desejo de tornar o Brasil uma nação forte e independente aumentava, suas ideias começaram a ficar cada vez mais descontroladas até chegar ao ponto de escrever aos superiores pedindo que o tópico guarani, língua original do Brasil, fosse tomada como o idioma oficial do país, algo que o tornou chacota em todo o Rio de Janeiro. Mas foi quando, por distração, redigiu um importante documento em tupi-guarani que sua situação piorou.
Passando um período em um hospício por própria internação, os únicos a visita-lo eram sua afilhada Olga, junto ao pai, e seu amigo músico Ricardo Coração dos Outros, outrora seu professor de violão. Quaresma, embora não "curado" de seu patriotismo fanático, ao menos tomou a lição de freiar seus impulsos visionários e, assim, optou por se refugiar no campo sob o ideal de tornar-se exemplo a outros para levar a agricultura do país a um novo patamar e,  dessa forma, tornar o Brasil uma nação avançada e autossustentável. 

Contudo, logo Quaresma descobre que seu mundo utópico e idealista não se encaixa na realidade. São os homens de poder que decidem aqueles que prosperam e os que definham e são esses mesmos homens que delineiam o futuro da pátria que ele tanto ama. Todavia, por sua ingenuidade infantil e sua pureza de intenções, ele não se detém de fazer sua parte e vibra com cada pequeno sucesso.

Quando a república começa a se instalar, lentamente, no Brasil sob a presidência do marechal Floriano Peixoto, marinha se revolta numa tentativa de expulsar o militar da presidência.  Não uma vez, Barreto se refere ao homem como ditador. Assim, vendo a oportunidade de ser útil a sua pátria num momento difícil, Quaresma se alista no exército em favor da República, mas tanto sua inexperiência quanto seus ideais patrióticos vão acabar condenando-o ao jugo de uma nação que só se importa com sua própria mediocridade. 

"O casamento já não é mais amor, não é maternidade, não é nada disso: é simplesmente casamento, uma coisa vazia, sem fundamento nem na nossa natureza nem nas nossas necessidades." P. 159

Ler esse livro me causou diferentes emoções. Apesar de ele ser bem engraçado em várias partes, o humor não me tocou. Mas o tom mais filosófico sim. A prosa poética e afiada de Barreto por vezes era um soco no estômago. Policarpo tinha suas vezes de Don Quixote, a loucura idealista por uma pátria perfeita e estável que, até poderia ser real, se as pessoas que a compõem fossem leais a si mesmas e ao desenvolvimento do todo e não de seus próprios umbigos. Mas nós sabemos que não é assim que acontece.

O livro foi escrito no final do séc XIX, mas soa tão atual como nunca. Tem seu tom acido e irônico diversas vezes, poderia muito bem ter sido escrito na época da ditadura,  e muitas passagens são até um pouco assustadoras por se encaixarem como luva na nossa sociedade "avançada". Carregado de personagens interessantes, por vezes propositadamente caricatos, Triste Fim de Policarpo Quaresma é o tipo de livro que acho todo mundo devia ler. 
Seu protagonista é um tolo idealista, por vezes patético, mas nos encanta pela sua inteligência aguçada, a inocência infantil e o empenho com que se dedica aos sonhos. Por isso, acompanhar sua saga e por vezes comovente e seu desfecho nos deixa um gosto amargo de uma realidade ainda muito jovem na nossa história. Recomendo.
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Jack Kline 11/05/2023

O melhor da literatura clássica brasileira!
Eu me apaixonei completamente pela personalidade de Policarpo Quaresma! O cara é simplesmente genial! A forma como ele vê o mundo é apaixonante e eu amei a sua diligência e paixão em tudo que faz.

Me inspirou a querer buscar meus objetivos com o mesmo fervor! Mesmo que pareça, ou talvez seja, loucura.

Sempre fiel aos seus princípios, no fim acabou sendo traído por aquilo que mais amava. É realmente triste o fim de Policarpo Quaresma, mas isso não impede que seja um dos melhores livros nacionais que já li! Talvez o melhor que já li!

Olga meu amor, você é brilhante!! A relação dela com o pai e padrinho é linda! Sua curiosidade e inocência é encantadora e sua revolta final apaixonada. Um dos melhores personagens com toda certeza!

Tenho certeza que vou ler novamente algum dia! O mundo precisa de pessoas apaixonadas como Olga e Quaresma!
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Tamy 10/05/2023

Quanto patriotismo da parte de Policarpo!! ?
Um sujeito que amou seu país, que acreditou que no Brasil, nas suas terras, nas suas riquezas e em dias cada vez melhores. Aqui vemos a dedicação de Quaresma à pátria, como ele passa toda a vida estudando sobre o Brasil, conhecendo-o nos mínimos detalhes, na esperança de que esse país conquiste sua autonomia, tenha sua própria identidade, sem precisar buscar recursos fora, pois aqui tudo há! 

E assim seguimos os passos de Policarpo, todos os obstáculos que ele encontra ao tentar expor seus conhecimentos e a realidade com que ele se depara. 

Após tanta luta pela pátria, de estudá-la, de dedicar-lhes a vida, o que ele colheu? Valeu a pena todo o esforço? O que sua amada pátria lhe devolveu?

Ah, que triste saber que seu amor à pátria nada condiz com o amor dos demais compatriotas! Ah, que Triste Fim de Policarpo Quaresma! 
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Karine 09/05/2023

Bom mas arrastado
Apesar de ser repleto de personagens com enredos desinteressantes (Ismenia cof cof), o Ricardo coração-dos-outros me encorajou a terminar essa história.
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Maria 08/05/2023

Apesar do livro ser bem arrastado, gostei bastante de como decorreu a história de Policarpo, suas nuances enquanto patriota e as idealizações do que seria o melhor para o país.
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Paloma 03/05/2023

Policarpo é um sonhador, utópico. É interessante estar com ele em suas reflexões.

Olga sem dúvida é a personagem que mais gostei. Ela consegue pensar fora da caixa, embora seja guiada e submetida aos costumes da época.

Este livro representa tanto o Brasil que não há palavras para descrevê-lo.

Senti uma sensação de "o Brasil vai mudar, vamos fazer de tudo para que mude", mas ficamos esperando pela mudança como o Policarpo ...

"A Pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete".
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Barbara.Costa 02/05/2023

Urgente e Necessário
Temos que ler Lima Barreto pra ontem!
tentando ler algumas coisas que na escola era obrigatório e que não li kkk revistando ou melhor conhecendo mesmo uns ''antigos'' Brasis nosso. tão atual que soa ironico demais pra ser verdade.
Essa edição é incrivel, além dos desenhos somam-se aulas e aulas pós livro. Aulas de termos, pessoas, expressões, palavras, aulas de Lima Barreto e muito de Brasil. Esse país racista com todo esforço e empenho em continuar sendo...Lima Barreto é um grito, um berro frente a toda comodidade e intensão da elite brasileira em nao ser incomodada frente a seus privilégios. Tentaram reduzir o artista, esmagar sua existencia como até hoje o tentam fazer com pessoas racializadas nesse país. ''pré-moderno'' o cacete! um dos fundadores REALMENTE modernistas... a gnt aprende tudo muito europizado, é a piada da piada ...semana de arte de 22 bando de playboy reproduzindo Europa colocando a palavra ''tupy'' no final, enfim...qnt mais pra dentro mais tenso esse país.
Tem uma parte na edição que fala que é quase obrigação de quem le Lima Barreto ter que ''ajudar'' tira-lo desse silencio absurdo sobre sua vida, sua obra e sua grandiosidade...
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Priciliana0 28/04/2023

Relevante...
A narrativa é arrastada, mas bem construída. Nos mostra os excessos de uma pessoa e a quebra de expectativa da mesma. Queria ter lido anos atrás. Me identifiquei em certos pontos, em outros, achei puro fanatismo, apesar de ter ficado com dó do personagem. Mas enfim, é um bom livro.
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