Angelica75 13/05/20235!Delicadeza bruta. Lendo e sentindo junto, dor em forma de prosa e poesia.
Magnífico!
Nossa protagonista tem muitas "mortes" para lidar. A morte dos sonhos, da inocência, do lugar de mãe. São muitas dores e a maior delas, a dor de não conseguir amar o filho. O descompasso presente nessa dor é sufocante.
“meu filho
arrumou 1 Estilingue não sei onde.
da janela do quarto
o lucas e os amigos
bolaram um plano de matar
passarinhos,
eles gostam de ver
brutalmente interrompido
algo delicado que estava em
Movimento”
Na reta final, surge Vento. Tão companheiro, parecia imorrível, parecia um conforto. Nossa protagonista seria então menos triste e melancólica?
"Minha mãe insistia.
Dizia que o amor era um vento, logo passa e começa outro
com tanta naturalidade que você nem percebe"..."
Esse foi pro coração.