Resenhas - O Peso do Pássaro Morto

@playnaleitura 02/06/2020

Triste, arrasador e a realidade de muitas mulheres.
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Diego 14/08/2020

Terminei na bad
Essa foi uma leitura que doeu. A gente tem uma idéia tão distópica sobre a felicidade, que quando temos a oportunidade de ler algo como esse livro terminamos em pratos e desesperanços com o mundo.
A prosa dela é tão simples e natural que parecia que eu estava conversando com a protagonista.
É um livro muito forte em todos os sentidos da palavra, é um leitura cruel que pode te fazer mal em algum grau. Cansei de terminar os capítulos chorando vendo ela crescer e perder pessoas importantes ao longo da vida.
Apenas uma atitude pode acabar com as expectativas de uma pessoa e a faze-la crescer na amargura.
É isso que a vida é, dolorida, cruel e real. No fim somos uma esponja absorvendo coisas e sensações. E o peso de carregar infelicidade pelo resto da vida é horrível.

Luana.Nantes 10/05/2023

Vamos conversar de novo!

Um romance totalmente diferente de todos que já li. Livro curto, mas de leitura difícil, pois é outro livro que não se pode ler sozinho. É uma leitura que deve ser realizada com reflexões e muita empatia.

A história ainda está na minha cabeça, fazendo eu pensar em cada situação incômoda que a personagem viveu...

Eu indiquei pra várias amigas para poder conversar, porque eu não estava sabendo lidar com tanta informação crescendo no meu peito.

Nessa releitura eu acompanhei a leitura do audiolivro com meu livro físico, comprado para guardar essa obra prima na minha estante. A releitura sempre me traz grandes reflexões sobre a nossa memória, como ela é sensível e se esquece fácil de alguns detalhes. Foi uma experiência incrível

Três sentimentos/sensações que a leitura me trouxe:
#raiva
#tristeza
#sonhosnãorealizados

Super indico!!!

Flávia 24/04/2021

Lindo
"O tempo sempre leva as nossas coisas preferidas no mundo e nos esquece aqui olhando pra vida sem elas."

Juliana.Rissardi 03/06/2020

Esse livro, de lindo tem apenas sua narrativa em forma de versos...
Ele simplesmente joga a realidade na sua cara, sem rodeios, simplesmente as coisas acontecem porque são assim e pronto.
Tudo dói muito, cada página é um baque diferente e tudo é tão realista... A condição do abuso, a maternidade forçada, a questão delicada de sentimentos que a sociedade nos obriga a sentir e o principal, a morte, ela está ali, está aqui, está em todo lugar.
Nunca queremos falar dela, como se pudéssemos a afastar para bem longe, mas sempre teremos que lidar com a perda, o difícil é saber como iremos reagir diante dela.

DIRCE 01/05/2023

Para o livro 5 estrelas. Para Aline Bei a Via Láctea toda.
Fico receosa de ler livros que fazem muito bum. Penso que se tratam de livros destinados a serem best sellers e sem o menor conteúdo. No que se refere a Aline Bei, estava redondamente enganada: desconhecia o quanto ela teve que batalhar para ter o seu livro “ O Peso do Pássaro morto” conhecido pelos leitores (as). Mas mesmo desconhecendo essa sua batalha na semana do consumidor ( acho que era essa a semana) comprei os 2 livros dessa menina de uma talento inimaginável.
Li primeiro “A pequena coreografia do adeus “ porque a capa chamou a minha atenção, e após a leitura desse livro , li “ O peso do pássaro morto, porém, optei fazer o meu comentário pela sequência em que foram editados.
Logo de início, achei que a escrita da Aline lembrava muito “ O mesmo mar” do Amós Oz, entretanto, o que eles tem em comum é somente a prosa poética escrita em versos. Nunca tinha visto um livro com a diagramação que essa obra apresenta: Aline consegue impor sentimentos, sensações em uma página em branco, em um travessão, nos espaços entre uma frase e outra, às vezes nem se segue uma frase, há somente uma palavra solta como se ela flutuasse, mas com o poder de mil palavras.
Como já é um livro muito conhecido , pretendo ser breve no meu comentário. " O Peso do pássaro morto" traz à tona memórias de uma infância, (dos 8 anos) onde uma grande amiga da narradora perde a vida vitimada por um cão feroz. A dor dessa perda se entrelaça com a dor de um trauma na adolescência, e esse trauma a segue como um fantasma de carne e osso que a torna insensível ao amor e a impossibilita de dispensar cuidados a quem quer que fosse.
E narradora segue sua vida como uma sonambula, sem sonhos, sem esperanças carregando na memória a dor da perda e do trauma.
Até que certo dia , enquanto abastecia seu carro, surge um cão enorme que tinha nos olhos as chagas do abandono (conforme a fala da narradora) , e ela acaba acolhendo o cão e dá a ele o nome de Vento.
Durante anos, Vento passa a ser o fiel companheiro da narradora e ,é ele , o cão que desperta nela a necessidade de cuidar e de se sentir cuidada . Parecia haver uma espécie de simbiose entre a narradora e o cão.
Até que certo dia, aos 52 anos, de certa forma, apaziguada com a vida, a morte que está por todo o lado, poderosa, impiedosa, que insiste em brincar com o destino, acaba levando o Vento . E , sim: às vezes os mortos são mais poderosos que a morte.
Finalizo dizendo que todas as personagens possuem um nome , menos a narradora. Talvez porque a Aline quis retratar muitas mulheres abusadas que veem seus sonhos destroçados e seguem a vida sem esperança alguma.
Dou 5 estrelas para o livro e a Via Láctea toda para a jovem escritora Aline Bei.

Naiara146 10/10/2021

Levei um nocaute emocional com esse livro
Fiquei no chão quando terminei de ler, pensando muitos dias em tudo.
Essa história...tão forte e cheia de perdas significativas pelo caminho.
Uma escrita muito diferente, uma narrativa que nos aproxima da protagonista e nos faz sentir também do lado de cá, a dor dela que está contida em cada capítulo.

Confesso que eu queria uma nova trajetória para ela...mas o livro nos mostrou de forma nua e crua que essa foi a sua história, o que de fato se apresentou pra ela; um caminho cheio de percalços e desconstrução de tudo que ela viveu (aliás, de tudo que de fato ela NÃO viveu).

Leiam!

Thifany36 11/04/2023

Livro mais marcante que já li
Ele é sofrido do começo ao fim, em cada capítulo eu ficava mais triste.
É um livro muito bom mas eu não leria novamente.

Marta 09/08/2022

Muito bom!
Leitura gostosa, que flui com muita facilidade. Li durante 3 horas em uma manhã tranquila. Apesar que no meio do livro, eu já estava criando teorias e estavam todas certas, o livro é muito bom. Teve momentos que sorri e teve momentos que chorei. Recomendo muito.

jackpveras 16/07/2023

Intenso e Humano
Ler o livro não foi uma tarefa árdua. Apesar dos apesares, foi uma leitura muito catártica e sinestésica, confesso.

O árduo mesmo, no centro caótico de uma tarde de domingo, é saber que o livro apenas contou uma dentre inúmeras histórias que fazem parte do mundo real, sem filtros, sem clemência, sem vergonha, sem misericórdia.
Falar demais é contar detalhes, e eu prefiro guardar todos eles, esparramados, em uma gavetimha secreta de mim mesmo.

Poesia existencialista de altíssimo nível.

Lara.Bia 16/02/2020

Como é escrito em forma de poesia foi muito rápida a leitura, e é daquelas histórias muito tristes e que deixa um vazio após terminar de ler

Amanda.Figueiredo 16/07/2023

A esperança também não existe
Ja conhecia essa autora, e o primeiro livro que li dela me deixou triste, mas esse foi capaz de mexer em uma dor que eu nem sabia que tinha em mim.
Desde as primeiras paginas eu ja soube que esse livro iria me destruir, o jeito que tudo que aconteceu nele é tangível, todo sentimento nele era real, fiquei muito imersa.

Eu queria poder dizer que um abraço nessa mulher, que nem nome teve, ajudaria a aliviar sua tristeza, mas a verdade é que depois do que aconteceu ela não seria feliz nem se quisesse. Tantas coisas marcaram sua pele e suas memórias.. as perdas que ela numca esqueceu, uma pessoa que marcou sua vida da pior forma possível

Por um lado eu queria que o filho dela soubesse, talvez ele se esforçasse mais para conviver bem com ela, mas por outro lado, aquilo era a dor dela, íntima demais, vergonhosa demais para que os outros soubessem, e essa culpa, essa vergonha me deixou ainda mais triste, porque um desgraçado, que sequer namorava com ela oficialmente, acabou com a vida dela e ela que carregou a culpa e vergonha até a morte. Essa mulher conheceu a dor cedo demais, e eu sinto muito por ela, por tudo que ela teve que sofrer, inclusive pela morte do seu único amigo depois de tudo, o Vento. Sinto muito pelo Lucas também, era uma situação toda errada e ele nem devia estar incluso nela, mas ele estava e também nao tinha culpa.

Eu pensei que ela "superaria" a desgraça que lhe foi causada, mas a cada página que passava eu sentia que nada ia mudar e realmente nada mudou, pq a vida, difícil e cruel. Eu esperei que milagrosamente aquela mulher voltasse a ser feliz, que se tornasse aeromoça, que passase a amar o filho, que denunciasse o abusador e ele pagasse pelo o que fez, esperei que ela e o cachorro nunca morressem. Mas não é como queremos

E eu quero o mais rápido possível superar esse livro, pq estou sentindo uma dor imensa

Phamella.Sampaio 03/04/2023

Triste e poética
Um livro bem curtinho que te faz refletir sobre tudo...A gente está tão acostumando a viver na nossa bolha que acaba esquecendo que aqui é passageiro e acaba em um passo . Esse livro veio pra me lembrar disso.