GiuBeretta 11/06/2024
"Ao canário que, assustado em caber na minha palma, morreu na minha mão"
Pequenas tragédias e como elas se desdobram ao longo da vida, esse livro é uma melancolia eterna. Aline Bei retrata uma vida sofrida, " A cura não existe ", tema da redação da personagem quando criança que perpetua como mantra ao longo do livro.
Ela escreve de uma maneira contemporânea que expõem as palavras, e extrai de palavras simples significados hiper-complexos. Tenho de concordar que se fosse escrito de maneira errada iria ser pedante para 🤬 #$%!& , mas Aline simplesmente arrasa na sua escrita .
Ela consegue simplificar uma vida complexa. E o jesuisinho acaba virando uma alegoria de sua própria vida, em que ela o zela, como ninguém antes lhe cuidou.
O peso do pássaro morto é não poder voar.
" Un pájaro de papel en el pecho dice que el tiempo de los bejos no ha llegado " - Ainda não é hora de ser feliz, está paz de espírito que ela não encontra em lugar nenhum.
" Flertei com a morte bruta, se aquele bicho quisesse acabar comigo eu estava pronta. - O Cão. [ ... ] Não me importo, que seja breve o nosso encontro . "
" Porque no tempo da minha memória somos para sempre, não existe morrer dentro, é como uma canção. Nos perdemos devagar pela cidade e não nos importamos só porque estávamos juntos e desde que estamos juntos, parece que alguém acelerou os relógios do mundo, penso que isso é Amor. "
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