Elias Flamel 10/10/2021minha estanteObrigado pela leituras e por suas pontuações. Primeiro vou falar da questão dos Deuses e do aprofundamento do mito criado.
Toda a cultura criada na vila de Keltoi gira em torno dos Deuses do Ciclo. Trata-se de uma comunidade que vive graças ao plantio e todo ato de plantar gira em torno de pedir e agradecer aos deuses. É dito no livro que Os Cinco servem a Destino, criando uma noção de hierarquia. É demonstrado uma cultura que acredita em novos ciclos (em novos tempos, em novas colheitas e até mesmo na esperança de uma vida melhor) e viver é caminhar por esses ciclos. No livro é mencionado a questão do pós vida e de forma sucinta é falado a origem do mito, segue o trecho em questão:
" Aprendi com os mais velhos, que neste mesmo pedaço de terra, os Cinco deuses do Ciclo dançaram e cantaram, para comemorar o primeiro nascer da vida, o primeiro ciclo criado por Destino. Quando os Cinco entregaram a vida para os homens, eles deixaram este palco na floresta para a tradição sempre ser continuada."
Não é algo poético ou uma grande construção com várias páginas, mas esta aí. É como alguém do campo com instrução, mas com uma personalidade humilde, falaria da origem das divindades dele.
O meu desejo não é entregar tudo no primeiro livro ou fazer algo complexo como o Tolkien. Sei das minhas limitações e tentei fazer um mito coeso com as seguintes bases:
Primeira base: divindades associadas à terra, a fertilidade e a agricultura. Foram inspirados nos Vanir da mitologia nórdica. São deuses condizentes com o modo de vida de Keltoi.
Segunda base: um deus superior antigo que controla ou deu origem aos outro deuses. Em muitos panteões vi esta figura primordial (Ymir e Cronos). Destino é essa figura e foi uma grande homenagem a um dos perpétuos do Sandman.
Terceira base: um paraíso, que no livro é mencionado diversas vezes como "Terras Verdejantes". Como também existe algo parecido com o inferno que é chamado de "Terras Secas". E a morte recebe o nome de Nihaya.
Os Deuses do Ciclo, por serem divindades de um polvo do cultivo de grãos, não são bélicos com armas e poderes. Entretanto, cada um deles possui uma representação. Seguem trechos retirados do próprio livro:
"O vento, o deus Vernum, assobiará a sua chegada, e quando chegar, a sua mão inquieta levará o dourado para esquerda e para a direita."
"Cresceram pisando na terra de Talaham e debaixo do céu de Vernum". - Nesse trecho mostro como Talaham representa a terra e reforço o ponto que tudo que envolve o céu está associado a Vernum.
"O Sol de Keltoi, o meu deus Mahalul, sempre entrega a sua luz com alegria.
"Antes do meu sono, a deusa Síolta cantou e me guiou, e também deixou que eu pisasse em suas sementes e em suas pétalas". - Não está explicito, mas subtende-se que Síolta é a deusa das sementes, das plantes e das flores.
"É Herba, a imagem infantil da deusa Síolta e nem a pedra da qual foi feita diminui a sua alegria". - Este trecho é explícito.
"? Esta velha pede uma nova colheita, deusa Nihaya ? escuto, logo que me aproximo.
? Ela sempre foi a sua deusa favorita, não é mesmo, Guilda. A deusa da morte, da noite e do renascimento".
Desculpe, mas é muito estranho você ter descoberto os nomes dos deuses só em 41% do livro. Segue uma frase retirada da terceira página do primeiro capítulo:
"? Mahalul, o nosso deus, já avisa com o Sol que o trabalho deve ser iniciado."