Paulo.Vitor 13/06/2022
O Muro
Um livro de contos, publicado primeiramente, em 1939, é uma aglomerado de conceitos defendidos e explicados por Sartre.
No primeiro, e melhor conto, vemos a exemplificação física do que significa o Muro, para os personagens, além de uma exemplificação personificada do que é a náusea, outro conceito de Sartre.
No segundo conto apresentado, e, na minha opinião, terceiro melhor conto do livro, vemos o muro sendo representado por uma pessoa, que tinha uma maneira particular de ver o mundo, e as consequências que esta pode ter na vida de terceiros.
O Terceiro conto, mostra como o muro pode ser, no caso, imposto pela própria cabeça, visto que o personagem principal é claramente um psicopata. Vemos também, de maneira resumida o que significa existir para o Sartre.
No quarto conto, vemos o muro também representado por uma pessoa, e também por um homem com uma personalidade específica, sendo praticamente um inerte (em todos os sentidos, até no sexual). Pra mim, o pior conto de todos, muito simples, e nada demais.
O Quinto e ultimo conto, e, considerado por mim o segundo melhor, vemos praticamente um contraexemplo, um exemplo totalmente contrário do que acredita Sartre sobre essência e existência. Se pegarmos a frase "A partir do que faço, me torno" vemos que Lucien acaba por ser exatamente o contrário, visto que as frases, xingamentos e comentários proferidos por outros tem tanto efeito sobre sua personalidade quanto de fato, suas vontades, preferências e ações. O Lucien foi até o extremo do preconceito, tudo para se juntar a um grupo de pessoas, e se sentir representado pois, nunca tinha se sentido parte de um grupo. Pra mim, este poderia ser apenas um pouco menor.
Quando finalizamos o conto, e entendemos o conceito, percebemos que é o conto mais atual, representando as ideias mais atuais, podendo ser usado em inúmeras situações nos dias de hoje.
É super interessante, por exemplo utilizar o pensamento "Somos protagonistas das nossas próprias histórias, faço da minha história aquilo que faço de mim" com, por exemplo, um indivíduo Transgênero, onde ele nasce com sua essência, se descobre, muda de gostos, e toma as ações necessárias para corroborar com esta essência, para no final, se consolidar como o que sempre quis ser.
Pensando por esse lado, é bem engraçado ver que um escritor nascido em 1905 era mais mente aberta e progressista em vários sentidos do que muita gente hoje em dia.