Luis0501 27/11/2023
Precisamos amar a nós mesmos
Marianne quer fugir do marido e de um casamento ruim. Primeiro ela tenta essa fuga através do suicídio, mas falha. Vendo então uma pintura do lugar mais bonito que ela já viu, a mulher de 60 anos decide morrer lá e viaja de forma impulsiva para o lugar. Mas Kerdruc é linda demais para morrer, então ele decide começar a viver.
Amei esse livro na primeira vez que li e em todas as vezes que reli. A mensagem que ele passa é direta e poderosa: devemos amar e viver, e nunca é tarde pra começar. Marianne é uma senhora idosa, mas parece uma criança eufórica quando, pela primeira vez em sua vida, ela experimenta coisas que antes jamais sonhava em fazer (como usar uma roupa vermelha). Essa vida que desperta dentro dela começa a afetar os outros moradores do lugar, pessoas que, mesmo aproveitando suas vidas, tem algo dentro de si que tentam esconder ou matar.
A única parte que eu não gosto é da "recaída" da protagonista. Em um momento do livro ela decide voltar para seu ex marido, mas no começo do percurso muda de ideia e volta para Kerdruc. Porém logo depois ela decide voltar pra ele de novo e depois desiste de novo. Isso fica repetitivo. Tudo poderia ter acontecido em um arco só e acho que deixaria o ritmo da narrativa muito mais natural.
Feita a crítica, vamos à finalização: uma história linda, de descoberta e superação, de amor e magia. Vale a pena ler, principalmente quando você acha que não vale mais a pena fazer nada, nem viver.
Nós não mudamos. Apenas nos esquecemos de quem somos.