Nova Jaguaruara

Nova Jaguaruara Amaurício Lopes




Resenhas - Nova Jaguaruara


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NothingIsHere 05/10/2023minha estante
Oie


NothingIsHere 05/10/2023minha estante
Eu não fui a única sem entender a Raquel!
Que sinalzinho é aquele?
Fiquei perdida.
Qual a ligação do pai dela?


Manoel.Ramalho 05/10/2023minha estante
Com ctz não foi a única... ficou totalmente sem explicação toda a história dela... por alguns instantes eu cheguei a acreditar que ela tivesse algum parentesco com o Bonifácio... mas ficou sem explicação... aquele ponto no pescoço também ficou sem explicação... mas fico imaginando quantas centenas de páginas a mais resultariam estas explicações... e quantos novos personagens surgiriam, pois a cada soluço que o autor dava, brotava 2 personagens...




Luana 15/11/2021

Foi um tormento terminar essa leitura, talvez por que eu estivesse com expectativas demais mas o livro me surpreendeu muito negativamente.
Personagens rasos que não geravam qualquer aproximação, capitulos intercalados (nem possuem qualquer serventia na história) que quebravam o ritmo na narrativa, as coisas são sempre apressadas e supérfluas, nada dá medo, final corrido e simples, não gostei de nada do livro além da premissa super criativa e interessante e o fato da escrita não ser de toda ruim.
E um ponto que me incomodou muito durante a leitura foram os diálogos, escritos de forma extremamente formal em todas as situações, até pra descrever falas de crianças de sete ou oito anos, uma redação super complexa e estruturada escrita por uma criança de nove??? nada a ver
Acabo o livro desejando não ter perdido meu tempo, só terminei pq não gosto de abandonar histórias e por ser um livro curto, levei o final na leitura dinâmica e é isso.
Rafael Rodrigues 02/12/2021minha estante
Kkkkkk acho que concordo com vc kkkk, não curti muito tb, achei a premissa interessante, mas o livro me cansou e acabei deixando de ler por um tempo, voltei e acabei , mas não gostei foi final sksks


Rafael Rodrigues 02/12/2021minha estante
Do final*


Luana 02/12/2021minha estante
e o pior é esperar muito dele já que muita gnt dizia que era bom e falava sobre esse livro




AndressaK. 06/01/2023

Terror gostoso
Eu tô completamente encantada com essa história, ela foi tão complexa apresentando tantos personagens e situações e aí juntando vários e explicando td... Meu, q incrível, ameeei de mais.
Capítulo 22 vc é td q eu queria ler, pq eu aaaamo esse tema hehehe.
wtflaurete_ 08/01/2023minha estante
sabe dizer a classificação indicativa?


AndressaK. 08/01/2023minha estante
Ele ñ especifica idade, mas contém o seguinte aviso no início: "Contém cenas de violência, violência sexual e terror sobrenatural."


wtflaurete_ 09/01/2023minha estante
aah, obrigada!




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Maria Clara Machado 15/07/2020minha estante
Sobre a Raquel, ao meu ver, ela teve um papel importante na mudança de vida do Bruno, ela curou a mãe dele.

Veja que em certo momento no final fala-se sobre o sinal atrás da orelha que ela tem, ou seja, ela seria a nova "bonifácio" kkkk mas não tinha conhecimento disso. Isso explica a necessidade que ela sentia de ajudar o menino ao ver sua situação. Ela deixa a medalha junto a foto na casa do Bruno, a mãe vê e diz-se que tem "algo a mais", mas não revelam o quê.

Acredito que esse "quê" seja o próprio poder de cura dela que salva a mãe do caminho da insanidade e vícios.

Só não entendi a necessidade de aparecer o pai espírito e a mãe dela... Acredito que foi pra tratar do tema lgbt, apenas.

O final do Vicente ainda não ficou claro pra mim. Acredito que ele tenha enfrentado o mal, não se submetendo aos efeitos dos demônios sobre sua vida, maaas acho muito raso kkk ainda tô refletindo pra entender.


Maria Clara Machado 15/07/2020minha estante
Ahh e também concordo com as cenas de estupro. Pra mim aqueles capítulos não acrescentaram em nada...


moranguinho 20/07/2020minha estante
Nossa a sua explicação foi muito boa! Eu tinha reparado na "marca" atrás da orelha da Raquel, mas não consegui lembrar de associar a nada!! O que você disse faz todo sentido.

Sobre o Vicente o que eu compreendi foi basicamente o que você disse mesmo, eu acho que ele meio que teve uma "provação" do maligno para ver se ele escolheria o dinheiro ou a humildade, e por fim ele escolhe se livrar do dinheiro.




tabatafreiitas 15/08/2023

Quando o autor vai escrever outro??
Eu li os dois livros desse autor e os dois são os melhores que li esse ano!
Que leitura maluca, eu fiquei alucinada para saber o que de fato acontecia nessa cidade. Ao ler as avaliações subestimei o fato do livro dar tanto medo, mas a medida que a leitura avançava fui percebendo que não conseguiria ler durante a noite!
A história é simplesmente fascinante! Eu amei o desenvolvimento dos personagens e suas conexões, perdi a conta de quantas vezes me surpreendi com os fatos, de quantas vezes lamentei os sumiços. O último capítulo para mim foi sem dúvida o que eu mais temi, fiz questão de ler de dia kk!
Não vejo a hora dele lançar outro livro, por favor LEIAM.
Flavia_Lo 15/08/2023minha estante
Ele tem outro livro, O Galinheiro, eu gosto um pouco menos do que esse, mas também é muito bom


tabatafreiitas 15/08/2023minha estante
Eu li o galinheiro também!! Preciso que ele escreva outro kkk


Flavia_Lo 15/08/2023minha estante
Simm, somos duas, os livros dele são muito bons




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Rafael Rodrigues 02/12/2021minha estante
Concordo com vc, tb não foi pra mim


Rafael Rodrigues 02/12/2021minha estante
Terminei sem entender nada, mas o que eu entendi achei fraco kkk


Filipe.Mello 02/12/2021minha estante
kakakkakakak




Jonatas Costa 02/01/2021

Que livro fantástico
Como falar sobre Nova Jaguaruara sem dá spoiler??
Um romance/suspense maravilhoso que, além das coisas fictícias, não foge da realidade, transmitindo a sensação de realidade nos acontecimentos do livro
Kary 02/01/2021minha estante
Está na minha lista !


Jonatas Costa 04/01/2021minha estante
Recomendo muito




t.Alita Araujo 15/01/2021

À meia noite...
Uma pequena cidade do interior do Ceará esconde um macabro segredo, ninguém em Nova Jaguaruara sabe explicar por que à meia noite as luzes da cidade se apagam por exatamente um minuto e o que aconteceu com as pessoas que sumiram misteriosamente desde quando esses fenômenos começaram a acontecer no início do século XX.

Esse segredo foi passsado de geração para geração e hoje em dia os habitantes, apesar de não saberem o motivo desses estranhos acontecimentos, evitam sair de casa à noite ou ir até à velha igreja na beira da estrada próxima a Nova Jaguaruara.

Tudo isso muda quando cinco forasteiros chegam à cidade para avaliar a instalação de torres de energia eólica em uma tentativa de resolver o problema de queda de energia que a anos assola a cidade.
Após um acidente na estrada próxima a antiga igreja, Maria - uma das forasteiras - desaparece misteriosamente,  desencadeando os acontecimentos que nos levam à descoberta dos segredos de Nova Jaguaruara.

Confesso que a parte mais aterrorizante pra mim, não foram as descrições dos fenômenos paranormais e sim a maldade humana com a descrição da violência nua e crua que sabemos que acontece todos os dias.

Com uma linguagem simples e belas descrições, o autor nos ambienta bem na atmosfera de mistério; as transições entre passado e presente e até mesmo cada arco de personagem nos deixam curiosos com o que virá em seguida.
jesusa02 16/01/2021minha estante
Sem spoilers, amei


t.Alita Araujo 16/01/2021minha estante
?




Kath 06/09/2018

Um livro de horror tão bom que chega a ser perigoso!
Quando vi a Beatriz Paludetto e a Tatiana Feltrin falando tanto desse livro, fiquei curiosíssima para ler, aproveitei uma promoção da Amazon e comprei no cartão de uma colega pela minha conta no site. Decidi, após um abandono e por ter finalizado antes do prazo, colocá-lo junto a mais dois livros na minha meta de leitura. Gente, posso dizer que todas as minhas expectativas foram devidamente satisfeitas. Geralmente fico com um pé atrás quando se trata de livros muito hypados pelo povo, se todo mundo fala é um sinal que há a enorme possibilidade de eu detestar como aconteceu em A Garota no Trem e Caixa de Pássaros. Felizmente isso não se repetiu com Nova Jaguaruara.

O enredo do livro é bem simples, mas não pouco complexo. Nós acompanhamos, a princípio, enredos muito distintos que podem dar a impressão, em um primeiro momento, de que o livro acompanha a vida de personagens em contextos diferentes, como vários contos que montam uma mesma linha de raciocínio, apenas mais para frente, em torno do capítulo seis ou oito, vamos entender que o tempo na história não é linear e aprendemos a separar o que é passado do que é presente.

A cidade de Nova Jaguaruara localiza-se no estado do Ceará. Um lugarejo simples, com pessoas tementes a Deus e um estranho evento diário: à meia noite, sem qualquer aparente explicação, as luzes de toda a cidade se apagam durante um minuto. Não importava quantas vezes se procurasse defeito no fornecimento de energia, nada parecia resolver o problema. Um grupo de amigos, desafiando a sorte, decide fazer uma aposta de entrar no local mais proibido da cidade, uma velha igreja abandonada a vinte e um quilômetros de Nova Jaguaruara, próxima a estrada. O fato do local ser proibido é graças ao número de desaparecimentos inexplicáveis que ocorreram nos arredores daquele local, tido por amaldiçoado pelas pessoas da cidadezinha.

Quando dá meia noite, os meninos fazem um sorteio para entrar na igreja. Pedro, o mais novo do grupo, é sorteado, mas de tanto medo que sentia, seu irmão mais velho, João, decide entrar no seu lugar. Vitorioso, sai alguns minutos depois com um cálice que pegara no altar, seu troféu. Contudo, ao tentar ir embora com seus amigos, João descobre tarde demais que nunca voltará para casa novamente. A história, então, segue o nascimento de Bonifácio em uma família tida por amaldiçoada, todos os homens dessa família morriam e o nascimento desse menino, cuja mãe morrera no parto, veio acompanhado de um evento extraordinário que levaria aquela cidade a uma reviravolta nunca imaginada.

Somos apresentados também a um grupo de cinco amigos que chega à Nova Jaguaruara para investigar a possibilidade de serem instaladas torres de energia eólica no local. Vindos de Fortaleza, esse grupo não poderia imaginar os segredos obscuros que se escondiam naquela cidade e que, muito em breve, poria todas as suas crenças e racionalidade em teste. Do mesmo modo, conhecemos Raquel, uma professora de ensino fundamental que está observando em Bruno, seu melhor aluno, mudanças estranhas de comportamento. Enquanto, nesses primeiros capítulos, essas histórias são apresentadas de maneira aparentemente aleatória para nós, não podemos sequer imaginar que haja a possibilidade de estarem interligadas de alguma forma e Mauro soube fazer isso de maneira magistral.

Nova Jaguaruara é não apenas um livro de terror passado no Brasil cuja leitura é muito válida por trazer no seu cerne momentos históricos do nosso país e elementos que conversam com a nossa cultura e crenças, mas também por ser um livro que, enquanto faz tudo isso, ainda tem a habilidade de evocar discussões e reflexões acerca de uma realidade que nos cerca e é tão presente no dia a dia de cada pessoa no Brasil e no mundo.

A luta do bem contra o mal é trazida não apenas a um patamar religioso ou fantástico, mas elevada a um nível muito humano, em que podemos reconhecer nas próprias personagens a batalha entre certo e errado, verdade e mentira, fé e descrença. Além das inúmeras críticas sociais veladas intricadas numa narrativa que prende o leitor através do mistério e da contínua aura de suspense que ancora os capítulos. Padre Honório (que não é um padre de verdade) faz uma crítica aos escândalos da igreja católica e mostra a natureza gananciosa do homem no mais extremo patamar, mas ainda vai além, somos mostrados, aquém do fato de ele ser um homem comum passando-se por padre, de que mesmo os sacerdotes consagrados e aqui me refito a todas as religiões sem exceção, são homens comuns e pecadores como todos os outros. Mesmo ele usando a igreja católica como um claro exemplo (e não sei se por indignação própria, por mero acaso, por experiência ou crítica direta) talvez motivado pelo enfoque que se dá qualquer tipo de absurdo comportamento por parte dos membros de seu clero, as falhas humanas presentes em Honório e nos membros do seminário de Fortaleza, estendem-se a representantes religiosos de todas as crenças espalhadas pelo mundo, porque o mal está arraigado no cerne humano e não na religião em si.

Durante minha leitura percebi traços de intertextualidade bíblica na narrativa, principalmente pela presença de Bonifácio como um homem "milagroso" e justo. Além, claro, dos elementos de crença popular representados pelo bode em figura simbólica do mal, tal qual a serpente. Aliado a uma guerra entre a beatice comum na cultura sertaneja em contraste com o ateísmo de personagens que representam uma geração cada vez mais toldada no cientificismo e nas relações artificiais do mundo moderno. Além, claro, do quase total ateísmo de Bonifácio, figura da qual se esperaria, por razões óbvias, uma fé inabalável. Entra-se também nas questões de abuso de poder, violência doméstica, feminicídio, corrupção policial e, ainda que não totalmente explícito como os demais, descaso público governamental. Tudo isso intricado de maneira maravilhosa nas entrelinhas da história que vai e volta no tempo revirando nosso estômago e atingindo o âmago das nossas crenças.

Uma pessoa sem Deus é como um bicho solto à própria sorte.
Apesar de possivelmente não ter esse propósito, Mauro soube não somente retratar a religiosidade do sertão, firme e inabalada, enquanto traz junto a esta, reflexões quase filosóficas acerca do estilo de vida moderno em passagens como "O homem tem pressa e se vicia em soluções práticas para seus problemas" em que contextualiza a temática religiosa com a apostasia crescente na sociedade. Em si, o livro é uma enorme metáfora para a hipocrisia religiosa, descaso social, apatia e decadência humana ao mesmo tempo que trata essas questões de maneira pertinente numa narrativa bem amarrada, cheia de tensão e com cargas de horror ora explícitas, ora sugeridas. Há sim alguns problemas com a escrita ou a caracterização de algumas personagens, como no caso das expressões usadas pelas crianças, mas nada que comprometa de modo significativo a leitura desse livro fantástico de quem promete ser um dos mestres do terror nacional. Nova Jaguaruara evoca obras no estilo de Stephen King e H.P. Lovecraft de um jeito que é a cara do Brasil e envolve muito da nossa história e identidade cultural. Vale muitíssimo a pena ser lido. Finalizo essa resenha com três trechos dos capítulos finais do livro que exemplificam a imagem do inferno metaforizado pelo ponto de vista religioso e explícito na realidade social em que estamos inseridos.

"Ela viu fome, miséria e destruição. Sentiu como se nada na vida jamais pudesse dar certo. E foi tomada naquele instante pela sensação mais triste e desprezível que uma pessoa poderia sentir. Ela sentiu que estar vivo era um grande azar. E experimentou um sentimento amargo de descrença nas pessoas, descrença na sorte, descrença no futuro." (Capítulo 27)

Reconhecem esse quadro aí em cima? Eu sim.

"Todas as sensações de derrota, dor e doença são misturadas e injetadas em você naquele lugar. Gritaria e lamentação por toda parte. Um verdadeiro inferno." (Capítulo 28)

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.

"E não demorou para que um bando de pessoas desesperadas e sem um líder perdessem o fino fio do equilíbrio. Saques aos mercados e às casas foram praticados. Água e comida foram roubadas e desperdiçadas em golpes fracassados. Pessoas morreram pela fome, pela doença e pela rivalidade gerada." (Capítulo 29)

Essa aí gostaria de comentar. Quando li e marquei essa passagem fiquei pensando que ela se estendia além da simples representação ficcional, assim como a citada seca de 1915 e os campos de concentração cearenses que aparecem na narrativa. Encarei essa passagem de uma maneira mais social por assim dizer, o líder, ao meu ver, estende-se mais que um líder religioso, mas aplica-se a um representante político, alguém que realmente lute pelos interesses de um povo que sofre com a violência representada nos saques, na fome causada pela latente desigualdade social acentuada pelo descaso educacional cada vez maior. Gente, estamos em um país que está emburrecendo de maneira assustadora, carregado numa onda de ódio e perseguição às minorias e as mulheres, além de um analfabetismo político e ausência de criticidade preocupantes. Basicamente, estamos comendo uns aos outros vivos ao ponto de transformar a convivência na terra o inferno que antes só existia no nosso imaginário e numa possível punição pós-morte.

Dito isso, deixo aqui minha forte recomendação para ler Nova Jaguaruara e aventurar-se nessa obra promissora de horror que cumpre a promessa de revirar seu estômago e gelar sua espinha!
Monise Nunes 01/11/2018minha estante
A cidade fica no estado do Ceará. E somente no Ceará :p
Vc colocou ali "fica localizada no estado do Ceará, em Pernambuco"


Kath 02/11/2018minha estante
Obrigada pela correção, já ajeitei.




Mello 11/10/2021

Tenho medo do escuro agora, amei
o livro nacional ?Nova Jaguaruara?, de Mauro Lopes, traz uma premissa e escrista bem diferentes do habitual.

Com um terror ótimo para te deixar com medo de ir no banheiro na madrugada para fazer pipi!

eu amei

nota: ????????
Samy 11/10/2021minha estante
fiquei traumatizada mas pensa num livro bom avv


Mello 11/10/2021minha estante
sim, eu acabei de ler de madrugada, pense num cagaço kkkkkkkk




Augusto 27/04/2021

Terror cearense, sim, senhor.
Uma pequena cidade do interior do Ceará guarda segredos e mistérios.
Todos os dias, religiosamente à meia-noite, as fontes de iluminação da cidade se apagam. Não interessa se é um fósforo, um lampião ou uma lâmpada LED. Durante um minuto a população de Nova Jaguaruara permanece na mais absoluta escuridão. As inúmeras tentativas da companhia elétrica de sanar o problema deram em nada. Não há qualquer defeito na rede de distribuição de energia.
Os mais velhos recomendam: sair de casa nesses 60 segundos de breu é péssima ideia. Histórias de desaparecimentos inexplicáveis de crianças, adultos e idosos existem aos montes. Há fotos em murais pela cidade de pessoas que sumiram sem deixar vestígio.
Só crendice boba de gente de interior, correto? Você, uma pessoa esclarecida, homem ou mulher de pensamento científico, certamente não teria receio de contrariar os conselhos e andaria tranquilamente pelas ruas durante o tal minuto de trevas, não é? Não é?

Não sei se alguém que lê esta resenha já passou por isso, mas... sabe quando os adultos começam a falar sobre aquele tipo de história de arrepiar os cabelos? Na minha família, esse momento era seguido da inevitável sentença: "Passa pra dentro, menino, que isso não é história pra criança estar ouvindo. Depois não consegue dormir e fica aperreando a gente".
Pois é... só que eu era a criança que encontrava algum lugar por perto pra me esconder de modo a continuar ouvindo tudo, de olhos arregalados e coração acelerado.
"Nossa, que corajoso. Você não ficava com medo?"
Pfff, claro que ficava. E dava trabalho pra dormir e tinha pesadelos também. O pacote completo.
Mas por alguma razão eu adorava essas histórias e, sempre que podia, estava de novo tentando me esgueirar para ouvi-las.
Então até hoje, quase sempre que me chega às mãos um livro do gênero, sobretudo quando acompanhando de uma boa indicação, o recebo com entusiasmo.

A premissa do livro de Mauro Lopes é boa. Há personagens cativantes, um bom ritmo e o autor tem boa "pena". Senti falta foi de um melhor trabalho de revisão. Muitos errinhos que, em alguns momentos, podem incomodar um leitor mais chato... como eu. Esperava também encontrar mais frequentemente os regionalismos do meu Ceará.
O enredo não é linear e não há indicações prévias que sinalizem a quebra na cronologia da narrativa (como uma data no início do capítulo, por exemplo). Isso pode confundir um pouco de início, mas tendo sido percebido uma vez, não atrapalha.
Surpreendeu-me positivamente a decisão de abordar temas como alcoolismo, estupro, alienação parental, violência doméstica, etc. Pertinente e não soou como militância. Ponto para o autor.

Algumas... decisões criativas me desapontaram. Mas tentando pensar de forma mais imparcial, percebo que isso aconteceu em virtude da concepção prévia que tenho sobre Deus, anjos, demônios, etc. Minhas raízes estão fincadas na teologia cristã protestante reformada e, por essa razão, certos conceitos soaram meio absurdos. Mas sei que os demônios, por exemplo, são comuns a diversas religiões e muitas delas divergem sobre os poderes e a atuação desses seres no mundo físico. Então, o que me incomodou, talvez não pareça um problema para outros leitores. Afinal o livro não foi escrito "para Augusto".
Mas... seja por esse motivo ou por outro qualquer que me escapa, a história perdeu fôlego no terço final e terminei um pouquinho desanimado.
Ainda assim, no todo, uma boa leitura.
FranciscoM 27/04/2021minha estante
Que beleza de resenha!
Vou ler em breve este livro. Aqui no Ceará! Haha


Augusto 27/04/2021minha estante
?
Valeu, Francisco.
Boa leitura.




Thiago.Moreira 11/09/2021

Lembrete de ouro: Leia e valorize os autores nacionais
Li poucos livros de terror que se passam no Brasil e esse, com certeza, é o melhor deles. O autor soube fazer uma narrativa dinâmica, imersiva e rica em detalhes digna de grandes autores, como o Stephen King. A história é bem intensa e o final de tirar o fôlego. Recomendo mt!
taiane 11/09/2021minha estante
A vontade de ler esse livro é grande, mas me falta coragem kk


Thiago.Moreira 12/09/2021minha estante
Kkkkkkkkkkkkkk eu entendo




VitorLeite 19/09/2020

Uma história um tanto... surpreendente.
De início fiquei bastante curioso para entender como as histórias contadas neste livro se relacionariam, já que pareciam tão alheias umas às outras. Gostei bastante da forma como o autor alternava entre presente e passado (ainda que eu tenha demorado a notar essas mudanças temporais rs) e da forma como desenvolveu os personagens.

O fato de ser uma história de terror/mistério cuja ambientação ocorre no nordeste brasileiro deixou tudo muito mais próximo da (minha) realidade: o clima, a vegetação, os problemas, as lendas, as personalidades... Tudo contribuiu para uma boa experiência de leitura.

Entretanto, algo me incomodou da metade para o final do livro. Não tenho certeza se foram alguns acontecimentos irreais demais de engolir ou se foi a explicação macabra que estava por trás desses acontecimentos. Talvez se eu soubesse exatamente do que o livro trataria, nem tivesse o começado pra começo de conversa. Mas já que o fiz, não posso negar que o autor fez um trabalho muito bom na construção da narrativa e que, àqueles que gostam (?) de histórias envolvendo demônio(s) e etc, certamente deverão, talvez, gostar da obra muito mais do que eu.
Ceds 20/09/2020minha estante
Boa noite, eu queria saber uma coisa sobre esse livro (ainda não li): ele tem algum/a caso/cena de possessão?


VitorLeite 20/09/2020minha estante
Spoiler a seguir:


Sim. O autor não se prolonga neles, não detalha demais etc, mas esses casos são meio que "essenciais" para a trama. Não vou explicar como para não dar mais spoiler. A não ser que não pretenda ler e queira saber mesmo assim.




24/02/2021

AMEI
Gostei bastante da escrita dele, não gostei foi da cena de violência contra a mulher sempre me da muito gatilho esse tipo de coisa e não achei que teve intuito nenhum pra historia da personagem. Adorei a história e como foi tratado os capítulos intercalados. Recomendaria muito ainda mais por ser nacional!
M.A 24/02/2021minha estante
EU FIQUEI INCOMODADA DEMAISSS. Sei la, parece que foi só pra evidenciar a "maldade" pq sinceramente pra história da personagem foi super.... Também tentei pensar que seria pra mostrar que a presença do Bonifácio curava até um trem desses... mas nao sei nao, fiquei bem mal


26/02/2021minha estante
Sim, foi a unica coisa que não gostei nenhum pouco




jusousan 28/10/2021

Nova Jaguaruara
Após pesquisar livros para o temático mês do halloween, me deparei com esse livro do Mauro Lopes, um autor brasileiro.

O livro perpetua entre terror e suspense e me pegou de surpresa. Muito bem desenvolvido e com uma narrativa envolvente, o autor entrega o que promete.

O que mais gostei, além da história, foi o fato do autor intercalar presente e passado. Para mim, enriqueceu muito a experiência.

Aqui temos várias nuances do mal e do terror que perpetua entre a história da cidade e dos personagens que aparecem. Foram poucas páginas, mas que me deixaram querendo mais.

Por fim, por mais que não tenha me assustado, gostei de como a trama teve aquele toque de lenda urbana, mesmo que o final tenha sido um pouco forçado e, assim, tenha tirado um pouco do brilho da história.

Mas, recomendo a leitura. Certamente ficará na minha memória.
Gustavo Rodrigues 28/10/2021minha estante
De nada


jusousan 29/10/2021minha estante
obrigada hahahah lembrar de sempre pegar dicas no teu




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