As alegrias da maternidade

As alegrias da maternidade Buchi Emecheta
Buchi Emecheta




Resenhas - As Alegrias da Maternidade


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Verbena 05/02/2022

Chorei do início ao fim
Eu não achei que seria isso tudo, mas foi, entregou tudo e mais um pouco, e agora eu to sem condições. Só entendi quais são as alegrias da maternidade no fim do livro, pq até então só tinha visto as tristezas msm.

O início era só tão violento, que me fez mal, ainda bem quem é uma narrativa fluida e fácil de compreender. A estória do Nnu Ego é contada desde a sua mãe ate o fim de seus dias. Ela sempre ficou buscando por algo que lhe prometeram pra o seu futuro, mas primeiro precisava se sacrificar, ser uma boa filha, uma boa esposa e uma boa mãe, sempre sendo de alguém e ao mesmo tempo sozinha. Ate que no fim já não restava mais nem um pedaço seu pra dar. Fica muito claro que ela aprendeu em seu costumes, que esse era o seu deve de mulher, ser o objeto de alguém, ser reprodutora e um pouco mais se quisesse ser digna e respeitada. A autora também aborda masculinidades, paternidade, relações familiares, desenvolvimento, tradições. Questões de saúde mental e raciais tbm aparecem. É muito assunto, mas um vai se entrelaçando ao outros e no fim tudo faz sentido.

Recomendo e atenção aos muitos gatinhos de racismo, miséria e violência física, emocional, de gênero e sexual.
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Ivandro Menezes 01/11/2020

Uma trajetória de esperança
A trajeto?ria de Nnu Ego e? das mais comoventes e potentes. Na?o e? apenas a jornada da filha de um li?der tribal e a destemida e livre Ona, mas tambe?m a de uma mulher como tantas outras, tomadas como propriedade e responsa?veis por trazer honra e felicidade a? casa de seu pai.

Nnu Ego sai da tradicionalista Ibusa para a moderna Lagos, permeada pelos ha?bitos dos colonizadores ingleses e destinada a ser esposa de um homem que abomina e despreza.

O conflito cultural e o o?nus de ser mulher va?o se somando trage?dia apo?s trage?dia, perda apo?s perda, na luta continua a?rdua de sobreviver.

A ideia de ma?e como fonte e alicerce se revela nas ac?o?es de Nnu Ego para suprir a decade?ncia de seu esposo, Nnaife, e alimentar os seus filhos vistos como benc?a?o e esperanc?a de um futuro melhor.

E o futuro melhor esta? sempre por vir, sempre por acontecer, e e? preciso morrer um pouco a cada passo para um dia desfrutar do zelo e cuidado dos filhos por quem se sacrifica.

A Nige?ria colonial, a Segunda Guerra Mundial, igbos e ioruba?s pacificados pela necessidade de subsistir em tempos a?ridos e ameac?adores. Nnu Ego vai envelhecendo e mantendo a esperava de que o futuro brilhante chegara?. E ela espera, sempre em tra?nsito, esvaziando-se e nutrindo a esperanc?a no horizonte a sua frente, seguindo a estrada de seus antepassados na direc?a?o de um futuro que possa lhe fazer justic?a e lhe trazer, enfim, as alegrias da maternidade.
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João 15/11/2020

Buchi Emecheta entrou em minha casa e desgraçou a minha vida.


"As alegrias da maternidade" sem dúvidas um dos livros que mais me deram socos no estômago. É sério. Sem falar que eu fico surpreso (não sei se devia) com o quanto a maternidade é abordada em livros de autores africanos e como todos eles conseguem ser tão poderosos e tão distintos entre si.

Eu sempre fiquei com medo de ler esse livros, afinal eu sabia que não seria uma leitura fácil. E não foi. É doloroso, é doloroso e lindo, é lindo, e então é extremamente doloroso. Mas também é muito muito lindo e poderoso.

Talvez eu reflita sobre esse final para o resto de minha vida. A jornada de Nnu Ego é desenvolvida com precisão e enriquecida pelos elementos culturais que a cercam. Os questionamentos que são levantados ao longo da narrativa, ainda mais quando levados em conta do momento histórico no qual estão inseridos, reiteram o potencial e a grandiosidade dessa autora.

Eu já falei que nunca vou superar esse final? Me faltou ar. Essa última página exigiu de mim uma pausa para tomar fôlego antes de finalizar os dois últimos parágrafos.
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Talita.Lobo 11/11/2021

Sacrifícios e entrega
Ser mulher não é fácil! O tempo todo é um sacrifício encontrar o próprio lugar. O tempo todo te dizem o que fazer, como agradar, como agir. A maternidade pode ser muito mais difícil. Muito mais cruel. A maternidade exige sacrifícios, a maternidade exige vc estar sempre em último plano, a maternidade anula a identidade, apaga os quereres individuas, torna a mulher em si invisível. Todos sabem sobre criar filhos, menos as mães. Todos sabem como educar o filho dos outros. Todos sabem chamar a atenção de uma mãe. Uma mãe é pura entrega aos seus bebês. Não é incomum a mãe ?se dar em sacrifício? pelo bem estar de seu filho. Seu corpo é cama, é casa, é alimento. Uma mãe cuida do crescimento, da saúde, da educação, do sustento. E não é só sob entrelinhas que se escuta ?não faz mais do que a obrigação?. Quando os filhos crescem não estão na mesma pele daquela que faz sacrifícios, que abre mão de si. Os filhos também julgam, tb machucam, tb cobram?? mas a dor mora na ideia de que um dia os filhos vão embora?? um dia, quando sabe-se pouco de si mesma, uma mãe fica sozinha, não sabe mais cuidar dela própria, não tem mais de quem cuidar. A vida que parece retomar todo o sentido de um lado, perde todo o encanto se outro. Afinal?.. é muito carnal o tal ser mãe.

Para além do desabafo???. O livro narra toda a dura trajetória da maternidade, contextualizada em uma época e uma cultura específica. O livro é rico no enredo, na narrativas, nas emoções, nos sentimentos.
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Talita 27/05/2021

Título abertamente irônico
Livro originalmente publicado em 1979. A maternidade é trilhada por um longo e árduo caminho. Um mix de alegrias, tristezas e dificuldades. Neste livro em especial conhecemos a vida de Nnu Ego desde sua infância até a idade adulta. Conhecemos também um pouco da cultura de Lagos, na Nigéria. A autora nos mostra ao longo da narrativa como a sociedade patriarcal e a criação de filhos pode ser uma tarefa complicada mas nem por isso deixar de ser gratificante.
Paloma 28/05/2021minha estante
Pior que tem que avisar a ironia do título msm. I amiga compartilhou e acharam que ela estava grávida kkkk




Gica Brombini 26/01/2022

AS ALEGRIAS DA MATERNIDADE é simples, maravilhoso e um registro cultural.
Um livro sobre uma vida. Uma história sobre uma mãe, pois foi isso que Nnu Ego almejava ser, que foi durante mais da metade e sua vida e que continuou sendo mesmo após sua morte.
Eu simplesmente amei esse livro. A narrativa é construída a partir de uma linguagem simples e com uma escrita muito visual e imersiva. É ao mesmo tempo fácil e difícil de ser lida.
Em 'As alegrias da maternidade' acompanhamos de perto a vida de uma mulher, que pode ser lida como a realidade de muitas outras. Nnu Ego é um símbolo de força e perseverança, é o retrato de uma mulher que foi MÃE DE UMA VIDA. Foi mãe de dores e tristezas, foi mãe do pai e do marido, mãe dos filhos e das pequenas felicidades.
Esse é um livro repleto de cultura; ele nos mantém próximos de toda uma sociedade e de seus costumes de forma minuciosa e íntima - devo dizer que esse ponto simplesmente me encantou. É o tipo de livro que todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida, pois possui uma carga literária, crítica e sociocultural maravilhosa.
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Margô 20/07/2021

Lágrimas maternas.
Nnu Ego.
Nem que eu leia uma centena de livros de autoras nigerianas, este nome não será suplantado tão fácil!
Buchi Emecheta, traz de forma simples e fluida uma saga impressionante de uma mulher que viveu as tradições de sua aldeia, em pleno século XX.( Entre as décadas de 30 a 50).
Tradições estas, que para as mulheres, constituíam-se como verdadeiras barreiras para uma convivência com o mundo de forma mais justa e mais digna.

O que fazer quando você é educada, ( prefiro dizer "criada") para atender ao mundo dos homens? Se casa, é através de uma negociação, se parir meninas é humilhada, se for estéril é imprestável, se estuda é uma desgarrada da cultura de seu povo, se fica viúva, vai pertencer ao irmão mais novo do falecido, enfim é uma série de limitações, que me fez considerar que a vida daquelas mulheres, eram somente pra "servir".

No entanto, Nnu Ego, com todas as terríveis dificuldades que vivera com o primeiro e segundo esposo, o que a fez mais feliz nesta vida foi justamente ter estes nove filhos!

Era quem dava sentido à sua vida, ter uma "renca" de meninos e meninas que aqui e acolá foram fazendo dela uma mulher que sabia sentir a alegria da maternidade quando um deles ou delas subiam as escadas da vida.( E como sofreu com a perda dos que não vingaram!)

É uma história extremamente sofrida, mas também extremamente rica, em produzir emoções não contidas. Não é nada que a leve às lágrimas ( pelo menos eu não chorei...rs) mas vivenciei outras experiências estéticas, como indignação, raiva, alegria, e até mesmo saudade... quando aquela mulher parideira deita-se à beira da estrada, seu esqueleto esguio, magro e cansado, nos deixando com o desejo enorme de vê-la descansando em baixo de uma frondosa mangueira, ouvindo a prosa boa de seu povo , lá nos cafundó da Nigéria... Ibuza.
Muito bom. Recomendo.
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Dani.Landim 28/03/2021

Para todas as mulheres...
Um único parágrafo que comprova a riqueza desse livro:

?Quanto mais eu penso no assunto, mais me dou conta de que nós, mulheres, fixamos modelos impossíveis para nós mesmas. Que tornamos a vida intolerável umas para as outras. Não consigo corresponder a nossos modelos (...). Por isso preciso criar os meus próprios.?

Buchi Emecheta
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Michele 23/02/2022

É possível existir alegria em meio a tanta violência?
É um livro que impressiona por retratar tão cruel e diretamente costumes tão diferentes dos nossos, ao mesmo tempo em que apresenta também problemas muito similares, como o machismo e tantas outras formas de violência.
As personagens sofrem por se verem presas aos costumes de seu povo enquanto vivem já em uma nova era pós-colonialismo. Nesse momento, não cabe mais viver da maneira que antes viviam em sua tribos, mas não sendo possível deixar suas crenças pra trás, acabam acumulando o pior dos dois mundos. E as mulheres, em meio a todas essas mudanças, seguem tendo a obrigação de terem muitos filhos, mas os homens não vivem mais caçando e plantando, agora trabalham para os brancos em troca de um salário pífio que mal dá pra alimentar a família (as várias famílias, pois se trata de uma sociedade poligâmica), assim cabendo a mãe todo o ônus desse novo estilo de vida.

"[...] Os homens... a única coisa em que eles estavam interessados era em bebês homens para dar continuidade a seu nome. Mas por acaso uma mulher não precisava trazer ao mundo a mulher-bebê que mais tarde geraria os filhos? 'Deus, quando você irá criar uma mulher que se sinta satisfeita com sua própria pessoa, um ser humano pleno, não o apêndice de alguém?', orava ela em desespero. 'Afinal, nasci sozinha e sozinha hei de morrer. O que ganhei com isso tudo? Sim, tenho muitos filhos, mas com que vou alimentá-los? Com minha vida. Tenho que trabalhar até o osso para tomar conta deles, tenho que dar-lhes meu tudo. E se eu tiver a sorte de morrer em paz, tenho que dar-lhes minha alma. Eles adorarão meu espírito morto para que zele por eles: ele será considerado um bom espírito enquanto eles tiverem fartura de inhame e de filhos na família, mas, se por acaso alguma coisa der errado, se uma jovem esposa deixar de conceber ou se houver escassez, meu espírito morto será culpado. Quando ficarei livre?'"
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Laura.Radicchi 14/04/2020

Ser mãe é....
Sobre este livro, não há muito o que dizer, apenas que ele é um livro que deve ser lido por todos.
Apesar de retratar o período colonial nigeriano, a autora aborda questões sobre o papel feminino na sociedade que até hoje são discutidos. Talvez Latour esteja certo e nós jamais fomos modernos. É visceral a maneira como é abordado o papel da maternidade, como uma mulher só será completa quando tiver filhos, e que todo o sofrimento causado é recompensado completude dos filhos. Ser mãe, para nós mulheres nunca foi uma escolha de fato e sim uma imposição, a protagonista deste livro assim como diversas mulheres na atualidade acreditam, e elas podem estar certas, de que a única felicidade genuína é a maternidade. Mas eu me questiono aqui, se todo este sofrimento é válido? Se de fato é possível se realizara nos filhos?
Enfim, este é um livro que merece ser lido com carinho e é aquele livro que quando você termina de ler, você entra em um Estado meio contemplativo, e fica tentando digerir o gosto amargo que ele deixa na boca.
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Paula347 04/04/2022

Melhor livro que eu li na vida
Acho que se eu só olhar pra última pág desse livro, eu choro de soluçar até hoje
Nunca senti tantas emoções lendo quando eu senti nesse livro
Só a história da mãe da personagem principal, daria um puta filme
Meu deus
A autora parece que pegou um pano e mergulhou no mais profundo sofrimento do mundo
E torceu e bateu com ele na minha cara
Que história
Me fez repensar uma vida toda
Pensar na minha mãe
Em mim
Em muitas mulheres que eu conheci
Um livro forte pra cacete
Taylor33 06/04/2022minha estante
Deu vontade e medo de ler


Paula347 06/04/2022minha estante
LE DE VERDADE
Melhor livro
Nossa senhora


Paula347 06/04/2022minha estante
Bom demais


Taylor33 09/04/2022minha estante
Meu bolso q lute pq vou por na lista de leituras


Paula347 09/04/2022minha estante
Vai valer a pena demais
Me conta quando ler




Aninha Selva 05/05/2020

Perfeito
Um livro que aborda bem as relações que existiam na Nigéria colonial. Para quem gosta de romance histórico, esse livro é rico em cultura. Nos faz refletir sobre crenças que temos e tentar entender a visão do outro...
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