A mulher desiludida

A mulher desiludida Simone de Beauvoir




Resenhas - A Mulher Desiludida


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Bia 08/04/2017minha estante
Me deixou com vontade de ler :)


thay 08/04/2017minha estante
Menina esse livro é maravilhoso!!! Não vai se arrepender




Bia Oliver 06/02/2017

Minha primeira experiência com Simone
É a primeira obra que leio de Simone de Beauvoir, escritora feminista declarada, ativista política, intelectual. Suas obras são clássicas e influenciam significamente tanto no existencialismo feminista quanto na teoria feminista ainda nos dias de hoje.

O livro A mulher desiludida, cujo título original é La femme rompue (A mulher destruída), me fez pensar quantas vezes nossas traduções são eufêmicas e o quanto perdemos com isso. De qualquer forma a experiência dessa leitura eufêmica ou não, traz a realidade das mulheres de 50 anos atrás, que pasmem ainda tem detalhes que fazem parte do nosso dia-a-dia. (continue no blog)

site: http://www.leiturasecomidinhas.com.br/a-mulher-desiludida-de-simone-de-beauvoir/
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Isis.Sarlo 09/01/2017

Boa Leitura
São histórias de mulheres vivenciando as novidades de uma idade avançada.
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Lara 14/12/2016

Minha opinião sobre "A mulher desiludida"
Simone de Beauvoir, ícone do feminismo, é uma filósofa excepcional. Fato. Mas com esse livro, eu descobri um lado pouco explorado de sua obra: sua riqueza literária. Resumir a obra de Beauvoir ao feminismo me pareceu injusto ao ler este magnífico livro; cujo valor literário deveria ser considerado com mais fervor. É dividido em 3 contos: A idade da discrição, monólogo e o que dá nome à obra, a mulher desiludida. O primeiro conto foi o meu favorito, com dilemas e reflexões muito identificáveis e interessantes. O segundo já tem uma escrita mais experimental, quando Beauvoir dispensa o uso de pontuação adequada para dar o tom de desespero às súplicas de uma mulher perdida. Já o terceiro é escrito em forma de diário e também me agradou, provocando interesse em relação a situação de uma esposa tendo que lidar com uma outra mulher na vida de seu marido que, até então, tinha sido a base de sua vida. No geral, a escrita é fluída e o livro é bem rápido de ser lido. Recomendo a todos!
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Alcinéia_az 17/06/2016

A Mulher Desiludida

Simone de Beauvoir reúne no livro A Mulher Desiludida dois contos que retratam "a condição feminina". No primeiro conto é relatada a história de um casal, e todo o dilema se dá em relação ao conflito com o filho. O segundo conto é a narrativa de uma dona de casa que viveu toda a sua vida para a família, mas de repente se vê traída e abandonada pelo seu marido.

A Mulher Desiludida é toda a mulher que não conseguiu sucesso em seu casamento ou na criação de seus filhos, pois como Simone deixou claro em outras obras como O Segundo Sexo, a mulher é criada para servir e não esta preparada para enfrentar uma realidade distinta quando não vê êxito em sua servidão.

“Não tinha outra ambição a não ser criar a felicidade a minha volta. Não fiz Maurice feliz. E minhas filhas não o são também. Então? Não sei mais nada. Não somente quem sou mas como deveria ser. O negro e o branco se confundem, o mundo é um amálgama e eu não tenho mais contorno. Como viver sem acreditar em nada nem em mim mesma?”



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Ladyce 26/05/2016

Meio caminho andado
Fui à luta pelos direitos da mulher quando ainda morava nos Estados Unidos, membro da NOW [National Organization for Women] por alguns anos, participei de passeatas e de outras formas de protestos que pediam a igualdade de direitos e de salários entre homens e mulheres. É surpreendente, portanto, até mesmo para mim, só agora vir a ler Simone de Beauvoir, a grande feminista francesa, que revolucionou o pensamento de milhares de mulheres do mundo inteiro, no período logo após a Segunda Guerra Mundial.

Não sei quem tomou a decisão inicial de traduzir pela primeira vez esta série de três contos de Beauvoir e batizá-la com o título insípido de “Mulher desiludida” no lugar de “Mulher destruída” [La femme rompue] do original. Quem quer que tenha sido cometeu um desserviço ao mundo literário e, sobretudo às leitoras brasileiras, diminuindo mais uma vez a mulher, a leitora, com a suavização da própria denúncia feita pela autora. Vale lembrar que os portugueses não fizeram isso em suas edições, lá manteve-se o poder conotativo da palavra ‘destruída’.

Quase cinquenta anos nos separam dessa publicação. É natural esperar que a realidade feminina tenha mudado, que alguns dos assuntos abordados nas histórias pareçam distantes da nossa realidade. É perturbador olhar à volta e constatar que ainda há um número desconcertante de comportamentos destrutivos no cotidiano feminino, semelhantes aos demonstrados nos contos de Beauvoir. Talvez pareçam mais atenuados, disfarçados por outros rótulos, com viés moderno, mas lá estão, vivos na maneira de pensar feminina.

A heroína de “A idade da discrição”, primeiro conto da obra, não consegue aceitar que seu filho adulto pense diferente dela. Ela perdeu o poder sobre o jovem profissional. Mas sua perda é muito maior e bem mais profunda. Seus medos são vários, o pior deles é o preconceito contra o envelhecimento. É uma intelectual que agora duvida de sua capacidade intelectual porque sua última publicação não tem o sucesso esperado. Também seu corpo, assim como o filho a trai, não é mais jovem: “um corpo de velho, apesar de tudo, é menos feio que um corpo de velha, disse a mim mesma… [49]. Tudo contribui para seu desequilíbrio.

O terceiro conto que dá título ao livro mostra o desequilíbrio emocional de uma mulher cujo marido, o centro de sua vida, tem um relacionamento extraconjugal. Mas a traição serve como alavanca para sua destruição. Subitamente Monique percebe que outros aspectos de sua vida não podem mais sustentá-la no mundo idealizado em que vivia. Há a perda da juventude e a realização do tempo que passa. Há o esvaziamento do ninho e a surpresa ao perceber que seu marido teria gostado que ela tivesse trabalhado, que ainda fosse uma profissional. “As mulheres que não fazem nada não suportam as que trabalham.”, ele diz [107]. A observação a fere. O fracasso do casamento ela chega a atribuir à maneira como educou as filhas. E ainda perpetua o sofrimento, pois àquela que segue seus passos, que se torna a dona de casa que ela foi, Monique não poupa: ela a vê com os mesmos filtro com que concebe sua própria imagem. É um momento revelador e profético sobre a perpetuação do preconceito na próxima geração.

Infelizmente, A mulher desiludida ainda é atual. À primeira vista parece que já atravessamos um longo caminho: temos maior liberdade sexual; grande número de mulheres é profissional. Muitas mantêm trabalho fora de casa, mesmo que, por vezes, só o façam por necessidade, mesmo que casadas. Mas basta aprofundar este olhar para perceber que ainda precisamos de uma variedade de mudanças na sociedade, sobretudo na maneira de encarar a vida. Os três contos de Beauvoir são histórias complexas e ambíguas, principalmente a segunda história, “Monologo”, que é um vômito verbal das frustrações de uma mulher contra tudo e contra todos. Mas todos os contos apontam para uma mudança de rumo para as mulheres, e do papel que os homens exercem em nossas vidas. De fato, os homens nos contos não são particularmente fortes. Há em todos um comportamento covarde, inábil, anêmico, vacilante. Para que uma mulher nova exista, há de haver também um novo parceiro mais preparado, eficaz e decisivo. Os dois precisam mudar. Talvez seja por isso que as mudanças não tenham sido mais radicais nos últimos cinquenta anos.

Esta não é uma leitura leve. Bastante deprimente. Revoltante muitas vezes. Mas importante: uma lembrança do caminho percorrido e uma perspectiva sobre aquele por vir. Ainda há muito trabalho pela frente.
Joice (Jojo) 26/05/2016minha estante
Adorei sua resenha!


Claire Scorzi 26/05/2016minha estante
De primeira linha, Ladyce! :)


Rafaela Bernardino 15/11/2016minha estante
Exatamente como me senti. Leitura pesada, deprimente e muito revoltante. É muito curioso perceber a diferença de gênero incrustado em todos os personagens. Inclusive na filha "mais moderna", Lucianne. Não há fôlego, é uma constante vigilância da personagem. Não há ninguém a se confiar. Nem mesmo no próprio passado. Leitura densa! Nada fácil. Não por isso ruim, excelente livro. Grande Simone!


larissa dowdney 26/05/2020minha estante
Embora não tenha gostado do livro, essa resenha é maravilhosa!




Ana Manuela 10/05/2016

Fantástico
Essa é a primeira obra que leio de Simone e estou maravilhada. É incrível como a autora consegue criar personagens tão diferentes e com universos ímpares. É difícil não ler este livro e não enxergar pessoas que estão na nossa convivência diária ou,em alguns casos, se identificar com os pensamentos e inquietudes das protagonistas de cada conto. Esplêndido.
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Flávia M 31/03/2016

"Tenho medo. E não posso pedir socorro a ninguém."

Essa é a primeira obra que li de Simone De Beauvoir e fiquei desconcertada com a sensibilidade imensa que ela possui para descrever, com suas palavras e diante de seu ponto de vista (os acontecimentos sempre se passam em Paris e sempre com personagens que possuem uma boa situação financeira), a situação da mulher dentro das relações cotidianas.
Diria que a ordem dos contos se dá pelas suas respectivas forças, o primeiro conto é bem mais leve de se ler que o segundo e o segundo infinitamente mais leve que o terceiro. A questão do tempo está presente em todos.

Gostaria de falar mais sobre os dois primeiros contos, mas "A mulher desiludida" me desconcertou de uma forma que fica até difícil lembrar com precisão dos primeiros. Nessa novela, por meio de cartas, podemos acompanhar o dia-a-dia de uma mulher que vê seu casamento e em consequência disso, sua vida, se definhar sem poder fazer absolutamente nada para se defender. É injusto e revoltante e a culpa de tudo sempre é sua, sempre é ela que está sendo exageradamente cuidadosa ou não, sempre é ela que está oprimindo seu marido, sempre é ela que está diante de todas as acusações, sempre é ela que tem que ser exageradamente compreensiva. E mesmo depois de descobrir que vivia em mais de oito anos uma mentira, é ela que está sendo mesquinha e egoísta. É ela que não compreende a "psicologia masculina". O que estaria, verdadeiramente, por trás desse pensamento? É toda uma engrenagem que a faz viver naquela redoma, se dedicar inteiramente e só aos filhos, ao marido e quando perde tudo aquilo pelo que seu esforço de vida foi voltado, se vê vazia e perde-se de si mesma. E ela se vê sozinha. Afinal, quem iria compreender uma mulher que "se deixou levar" tão facilmente pela tristeza, que não faz nada para se cuidar? É repugnante aos olhos dos outros uma mulher em sua idade que não se cuida.

A gente vê essa situação ao nosso redor o tempo todo, em menor ou maior grau, mas a culpa sempre é daquela pessoa que não faz nada para sair daquela relação abusiva, que se corrói diante dela. Em suma, o que está por trás das palavras aqui é muito mais importante do que é dito, o que leva Monique a ter aqueles pensamentos diante de si mesma e a culpa que carrega nas costas por toda a situação é algo que ainda vai ficar por um tempo na minha cabeça.
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Nádia C. 15/02/2016

Resenha Simploria
Gostaria de falar muito mais, mas vou falar só da última novela
A Mulher Desiludida de Simone de Beauvoir me fez ver que antes de querer gritar pra mulher "sai dessa, sua trouxa" precisamos ser cautelosos e entender o que é estar em uma prisão sentimental, em relacionamentos abusivos, tentar entender porque uma mulher passa tanto tempo vivendo das migalhas de "amor" de relacionamentos já destruídos, ou da falta de amor disfarçada de pena, ou da falta de amor disfarçado de ego do "parceiro", entre outros. Simone nos faz refletir, aflora nossa empatia com o outro, nos coloca de frente com a angústia do outro, para que o julgamento (que nem deveria haver) venha depois.
Ela vai tecendo em forma de diário e com muita sensibilidade o olhar de uma mulher que sofre tudo isso e não consegue sair - "mas tá nisso ai porque quer" - e nos faz pensar; será?
Ygor Gouvêa 20/02/2016minha estante
Livraço!




Paula.Cerqueira 13/02/2015

Todos os contos foram impactantes, mas de longe o último intitulado de A Mulher Desiludida foi o mais profundo/angustiante e um verdadeiro labirinto onde momentos de ilusão e desilusão se misturam formando uma história sofrida e angustiante. Esse conto é literalmente uma montanha russa de sentimentos.
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regifreitas 24/05/2014

Resenha disponível em:

http://vialittera.blogspot.com.br/2014/05/a-mulher-desiludida-de-simone-de.html
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Dayana116 24/04/2014

A Mulher Desiludida é um livro de muitas emoções. Não há como passar incólume a leitura desse livro.

Simone reúne aqui três contos. Três mulheres. Três histórias. No primeiro conto, A idade da discrição, acompanhamos os dilemas de uma mulher ao envelhecer. A solidão, o comodismo do marido, o rancor pelo filho, a frustração com seu trabalho e a sua própria rigidez com relação ao mundo. É um conto interessante para refletir sobre os rumos de nossa vida e o que esperamos do futuro.

Já o segundo, Monólogo, acompanhamos a narradora debatendo consigo mesma as mazelas de sua vida. Suas queixas da infância, seus dois casamentos fracassados, o suicido da filha. Ela está o tempo todo acusando a todos e se isentando de qualquer responsabilidade sobre qualquer coisa, entretanto, ao mesmo tempo, observamos em sua fala sua parcela dos acontecimentos que a levaram aquele momento de solidão.

A Mulher Desiludida, o último conto e também aquele que nomeia o livro, foi o que mais me afetou. É narrado sob a forma de um diário e aqui acompanhamos uma mulher aos quarenta e quatro anos descobrindo que o marido tem uma amante. A maneira como essa mulher recebe essa notícia e a forma como ela lida com isso é muito enervante. Sua passividade desmedida e sua anulação. Mas ao mesmo tempo aquele marido cúmplice disso tudo que alimenta a sua obsessão. Porém, não deixamos de nos penalizar por sua situação.

Nenhum dos contos trás uma solução, um fechamento...são apenas os fatos. Fatos que transbordam emoção. Acredito que de todos os contos, o primeiro, é o mais leve. Embora não tenha solução ao menos nos fica a ilusão de que tudo vai ficar bem. Já os outros dois são mais crus. Mas não é a vida bem desse jeito? Só depende do sujeito o passo para a mudança (ou não). Ainda assim, espero que Monique tenha encontrado ao algo de bom atrás daquela porta fechada...que tenha sido o começo de um nova jornada.
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Manuela 15/04/2014

Três histórias
Três contos compõem esse obra de Simone de Beauvoir, todos delineando algo comum: a voz de uma mulher em meio à solidão. Pronto. Solidão é uma característica que permeia o livro, considerado um clássico do movimento feminista.

Os contos são carregados de pessoalidade, não à toa trabalhados em primeira pessoa, e nos remete àquelas confissões que fazemos, volta em meia, à nós mesmos. Apesar de passear por uma linha retilínea de pensamento, exceto pelo segundo conto que toma perfeitamente para si essa máscara, eles são o próprio pensamento.

O primeiro conto chamado, "A idade da discrição", talvez seja o de leitura mais leve. Nesse, a personagem narradora se mostra rígida em seus pontos de vistas acerca das coisas da vida - e se vê entre duas escolhas: o amor do filho ou agarrar-se àquilo que acredita. Constrói a tensão, mas talvez te leve, também, ao riso. Em seguida, em poucas páginas, nos é apresentado o conto "Monólogo", cujo texto trabalho com o fluxo de consciência da protagonista, Murielle, é de uma quase sandice diante de outras vivências impactantes. Penso que é quase enervante para o leitor, porém fluído. Por fim, o conto que dá nome à obra, "A mulher desiludida".

Sobre este, provavelmente tenha muitos adendos, mas não os trarei todos. Primeiro por que o li em uma madrugada de um par de horas - era impossível dormir sem saber o que seria, enfim, de Monique. Segundo por que, sendo mulher, o senti tão profundamente, de forma tão arraigada em mim, traduzindo outras histórias que não são minhas, mas que de certa forma me pertencem, que seria impossível, para mim, não vivenciá-la em inteireza.

"Coisa curiosa é um diário! O que se cala é muito mais importante do que o que se escreve".

Cada conto é escrito de uma forma, mas em todas elas é uma voz feminina que o conta. É poético. É quase delirante. É triste. É extremamente triste. Em todos os sentidos.

Vale o aprendizado.

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