A Mulher Desiludida

A Mulher Desiludida Simone de Beauvoir




Resenhas - A Mulher Desiludida


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Alexandre Kovacs / Mundo de K 05/04/2013

Simone de Beauvoir - A Mulher Desiludida
Ao ler este clássico do movimento feminista, me ocorreu questionar por que ainda devemos ler "A Mulher Desiludida" de Simone de Beauvoir (1908 - 1986) mais de quarenta anos após o seu lançamento original. A resposta talvez passe pela constatação de que o feminismo ainda não atingiu o seu objetivo básico de libertação da mulher em muitas sociedades ou ainda simplesmente para conhecer o texto de uma das maiores pensadoras da filosofia existencialista e da política do século XX, mas acho que o livro deve ser lido mesmo pelo que ele tem de melhor e isto pode ser confirmado com o distanciamento crítico que só o tempo promove o fato de ser uma bela obra de literatura sobre a solidão.

A obra reúne três novelas curtas ou contos sobre mulheres maduras que enfrentam crises familiares, profissionais e de relacionamento, paralelamente ao processo de frustração pelo envelhecimento. A primeira narrativa, "A idade da discrição", é claramente autobiográfica e trata do cotidiano de um casal de intelectuais maduros, politicamente de esquerda (semelhantes à Simone de Beauvoir e Sartre) que se sentem traídos pela opção conservadora do filho, Filipe, que decide aceitar o convite do sogro para uma vantajosa posição no Ministério da Cultura em detrimento de sua tese e de uma carreira acadêmica. A sequência abaixo, destaca as reflexões da protagonista sobre a vida em casal e o envelhecimento.

"Sempre oháramos longe. Seria necessário aprender a viver o dia-a-dia? Estávamos sentados lado a lado sob as estrelas, tocados pelo aroma do cipreste, nossas mãos se encontravam; o tempo havia parado por um instante. Iria continuar a escorrer. E então? Sim ou não, poderia ainda trabalhar? Minha raiva contra Filipe se esfumaria? A angústia de envelhecer me retomaria? Não olhar muito longe. Longe seriam os horrores da morte e dos adeuses. Seria a dentadura, a ciática, as enfermidades, a esterilidade mental, a solidão em um mundo estranho que não compreenderíamos mais e que prosseguiria seu curso sem nós. Conseguiria não levantar os olhos para esses horizontes? Quando aprenderia a percebê-los sem pavor? Nós estamos juntos, é a nossa sorte. Nós nos auxiliaremos a viver essa derradeira aventura da qual não retornaremos. Isso no-la tornará tolerável? Não sei. Esperemos. Não temos escolha."

O segundo conto, "Monólogo", tem como matéria-prima o fluxo de consciência da protagonista, Murielle, e o seu sofrimento após duas separações e o suicídio da filha Sylvie. Trata-se de uma composição experimental, em estilo livre e sem pontuação que tenta representar o pensamento confuso e doloroso da personagem diante da solidão em que ela se encontra na noite de Ano Novo.

"Durante toda a minha vida serão sempre duas horas da tarde de uma terça-feira de junho. 'A senhorita dorme um sono profundo demais não consigo acordá-la.' Meu coração deu um pulo eu me precipitei gritando: 'Sylvie você está sentindo alguma coisa?' Ela parecia dormir ainda estava morna. Tinha morrido há algumas horas me disse o médico. Eu urrei rodei no quarto como uma louca. Sylvie Sylvie por que você fez isso comigo? Eu a a revejo serena tranquila e eu desnorteada e aquele bilhete para o pai não significava nada eu o rasguei ele fazia parte da encenação aquilo não passava de uma encenação eu estava certa eu estou certa uma mãe conhece sua filha de que ela não tinha querido morrer mas ela havia exagerado a dose ela estava morta que horror! É fácil demais com essas drogas que são conseguidas de todo jeito; essas garotas por um sim por um não elas brincam de suicídio; Sylvie seguiu a moda: não acordou mais."

No último conto, Monique, típica dona de casa, vive uma situação humilhante ao descobrir que o marido Maurice tem uma amante; abandonada e desprezada ela conta em seu diário a degradação progressiva do relacionamento que ela procura manter de todas as formas, mesmo sabendo que é traída. O apego ao casamento, mesmo com o consentimento da vida dupla do marido com Noelli, a "outra", passa a ser uma obsessão e o único sentido da vida de Monique. Certamente, todos já ouvimos falar de algum caso assim.

"E esta noite, imagino que Maurice pode estar contando nossa conversa a Noellie. Como não tinha ainda pensado? Eles falam deles, portanto também de mim. Entre eles existem conivências como entre Maurice e eu. Noelli não é somente um estorvo em nossa vida: no idílio deles, eu sou um problema, um obstáculo. Para ela não se trata de um passatempo. Pretende manter com Maurice uma ligação séria e é esperta. Meu primeiro impulso fora o certo. Deveria ter dado logo um basta na história, dizer a Maurice: ou ela ou eu. Ele ficaria de mal comigo um certo tempo mas depois sem dúvida me teria agradecido. Não fui capaz."

Sobre o feminismo, agora me ocorre uma ótima citação de Mary Shelley (1797 - 1851), autora de Frankenstein que, já no século XIX, afirmava o seguinte: "Não desejo que as mulheres tenham mais poder que os homens, mas sim que tenham mais poder sobre si mesmas."
isabellamolkoli 18/12/2021minha estante
O feminismo não "libertou" mulheres porque não é interessante pro capitalismo e muito menos aos homens.


Pedro murangu 14/03/2024minha estante
Muito pelo contrário, não libertará por completo, pois vivemos no capitalismo e é super interessante existir um ser dominante nas nossas relações sociais




William LGZ 22/08/2023

Leitura enriquecedora
Três contos de três mulheres em diferentes contextos sociais, porém cujos problemas as levam para o mesmo destino: refletir a realidade em que vivem e sua vida ao todo, que mostram como apesar de cada uma ser divergente da outra seu gênero e principalmente a forma como a sociedade enxerga elas, em seus papéis como mulheres, as tornam semelhantes na dor.

É muito interessante como a escrita da autora se adapta conforme cada uma das personagens, cujas histórias são narradas em primeira pessoa, e como ela consegue trazer a nós, leitores, meditações e observações profundas e filosóficas através de fenômenos do cotidiano, que poderiam acontecer ou estar ocorrendo com você, sua mãe, sua tia... a lista segue.

Embora eu tenha achado monótono em certas partes, e ficado agoniado em uma específica onde o emprego de pontuações é propositalmente desvirtuado, é um livro que vale muito a pena ser lido pois decerto irá engrandecer sua visão do mundo e auto-análise. Eu recomendo.
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Claire Scorzi 03/02/2009

Feminismo Responsável
Três novelas significativas. "Idade da discrição", onde, além do conflito com as escolhas do filho adulto, a protagonista narradora vê-se diante do temor de ter perdido a criatividade como escritora.
No segundo, "Monólogo", uma mulher irada extravaza seu ódio e revolta diante do suicídio da filha - suicídio pelo qual ela é parcialmente responsável, embora não o admita.
No terceiro ,"A mulher desiludida", uma esposa de meia-idade depara-se com o afastamento do marido, que escolheu ficar com a jovem amante.
Nos três, a escrita é um jogo de sutileza e camuflagem: o que não é dito, ou dito ao contrário. As personagens femininas - em especial na 2ª e 3ª novelas - enganam a si mesmas, mas o leitor atento não é enganado por elas.
Minha preferência é pelo 1ª, pois o tema da perda da criatividade no escritor me empolga: estaremos mesmo destinados a nos repetir após os 50 anos?
No mais, este livro exemplifica o que considero um feminismo responsável: Simone de Beauvoir não transforma suas protagonistas em vítimas, mas deixa claro que muitas vezes somos cúmplices de nossa própria sujeição.
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Leticia Mello 31/12/2020

Envolvente e reflexivo.
Não esperava ser tão tocada e gostar tanto desse livro. Fiz a leitura no início do ano (que agora parece outra vida kk), e o utilizei como base pra fazer um trabalho da faculdade.
O livro é dividido em três contos que narram a história de diferentes mulheres de meia idade que enfrentam situações de crise, solidão e medo. Cada narrativa representa finais de ciclos na vida das personagens, que compartilham entre si a angústia e o temor perante o processo de envelhecimento.
A escrita de Simone é fluida e intensa, tocando em temas importantes e dores profundas a autora consegue transmitir com precisão a quem lê, todo o misto de sentimentos evocados nas histórias, tornando os leitores íntimos e complacentes perante as narrativas das personagens.
Simone de Beauvoir é precisa em seu livro, escreve sobre mulheres reais, que existem e carregam consigo as dores e lutas de uma vida inteira. A filósofa promove a reflexão, toca em pontos sensíveis e faz com que analisemos as situações como se nós estivéssemos as vivendo. Discorre sobre temas universais, em que medos humanos, envelhecimento, fracassos, perdas e desespero assumem algo íntimo e pessoal. A Mulher Desiludida, de Simone de Beauvoir, embora escrito em outra época continua atual, com histórias que se perpetuam até os dias de hoje. Uma reflexão que vale a pena ser feita, condensada em um livro tocante e intenso.

"O mundo se constrói sob meus olhos num eterno presente. Habituo-me tão depressa às suas faces que ele não me parece mudar."

"Sempre olháramos longe. Seria necessário aprender a viver o dia a dia? Estávamos sentados lado a lado sob as estrelas, tocados pelo aroma do cipreste, nossas mãos se encontravam; o tempo havia parado um instante. Iria continuar a escorrer. E então? Sim ou não, poderia ainda trabalhar? Minha raiva contra Filipe se esfumaria? A angústia de envelhecer me retomaria? Não olhar muito longe. Longe seriam os horrores da morte e dos adeuses. Seria a dentadura, a ciática, as enfermidades, a esterilidade mental, a solidão em um mundo estranho que não compreenderíamos mais e que prosseguiria seu curso sem nós. Conseguiria não levantar os olhos para esses horizontes? Quando aprenderia a percebê-los sem pavor? Nós estamos juntos, é a nossa sorte. Nós nos auxiliaremos a viver essa derradeira aventura da qual não retornaremos. Isso no-la tornará tolerável? Não sei. Esperemos. Não temos escolha."

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Raquel 16/01/2022

Doloroso
De cortar o coração! Você não sabe se estapeia as personagens ou se fica com pena!
Mulheres com dificuldade de aceitar que o tempo passou, que as coisas mudaram, as opiniões, a maneira de viver, o modo de agir das pessoas, principalmente das pessoas que amam.
Mulheres que pararam no tempo e se vêem perdidas sem conseguirem dar um passo a diante sem dar mais dois pra trás.
Mulheres com medo de mudança, com medo do novo.
Quem nunca conheceu alguém assim?
Triste, mas acontece e muitas vezes o mundo não é muito gentil com pessoas assim.
É assustador, às vezes, lidar com o novo! A gente tem uma identidade antiga, fora dos padrões atuais e não se vê se encaixando em lugar algum, nem a ninguém.
Doloroso esse livro. Minha primeira experiência com a autora.
Não precisa ter violência alguma pra causar dor ao leitor.
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skuser02844 24/01/2024

A mulher desiludida
O livro é dividido em três partes: A idade da discrição; Monólogo de Marielle e a Mulher desiludida. Ambos contam a história de três mulheres com mais de 40 anos, vivendo em uma década em que o papel social, relações familiares e perspectiva de futuro eram muito mais difíceis para as mulheres. É sabido que em qualquer década, em qualquer lugar que se tem notícia, ser uma mulher, é viver em constante estado de insalubridade. Mas precisamos lembrar que as que vieram antes de nós enfrentaram tempos muito mais sombrios. Por isso não canso de dizer que eu amo lê mulheres e sobre mulheres, poder se enxergar em vivências e histórias ainda que de outras épocas, é fortaleza e acalanto.
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Denise Ximenes 16/09/2022

"À ausência não se pode responder!"
Eu não sabia que poderia admirar ainda mais Simone de Beauvoir. Sua escrita, nesse livro, é incisiva! Aqui, ela narra a vida de três mulheres que, de alguma forma, representam todas nós!

Primeiro, o impacto do envelhecimento. Ousamos reconhecer que, com o tempo, vão-se os anéis? Vemos a transformação do tempo com maturidade? Enfrentamos as mudanças... ou fingimos não vê-las?

Depois, a expressão do pensamento de uma mulher, que vive a reprovação social por assumir uma postura autêntica e não se render ao fingimento. "Sinto nojo dessa prudência de quem não tem coragem de assumir uma posição."

Por fim, por meio das páginas de um diário (que dá nome ao livro), a protagonista vivencia os absurdos propostos por uma sociedade que banaliza o compromisso e endossa a atitude machista, perpetuando a submissão feminina.

Que iniciativa maravilhosa trazer à tona as mazelas que muitas mulheres vivenciam e que, por inércia ou insensatez, acabam por pactuar!

A própria autora nos encoraja à reflexão: "À ausência não se pode responder!"
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0sabela 23/07/2023

A mulher desiludida
Ruim, o livro prometeu muito para não ser quase nada. Nos contos as personagens são INSUPORTÁVEIS, os contos são extremamente confusos e não são bem desenvolvidos.
Mas talvez só não seja meu tipo de livro.
Denise Ximenes 23/07/2023minha estante
Nossa, minha percepção foi diferente! Talvez seja o momento de ler, que não é propicio sempre!


Denise Ximenes 23/07/2023minha estante
Bela, fiz uma resenha. Se animar, fique à vontade para ler a minha percepção sobre o livro!




Gláucia 26/11/2020

A Mulher Desiludida - Simone de Beauvoir
Composto por 3 novelas ou contos, escritos como um relato pessoal ou diário, que tem como base vivências femininas no que tange ao envelhecimento, traição, abandono.
A terceira, que dá título ao livro, é a narrativa mais forte, e fala sobre o processo de deterioração de um casamento pela infidelidade conjugal. Chega a dar um pouco de raiva (misturada com pena) da protagonista, como ela acreditou que uma situação daquela poderia dar certo?
Levanta mulher! Sacode a poeira, dá a volta por cima!
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Ladyce 26/05/2016

Meio caminho andado
Fui à luta pelos direitos da mulher quando ainda morava nos Estados Unidos, membro da NOW [National Organization for Women] por alguns anos, participei de passeatas e de outras formas de protestos que pediam a igualdade de direitos e de salários entre homens e mulheres. É surpreendente, portanto, até mesmo para mim, só agora vir a ler Simone de Beauvoir, a grande feminista francesa, que revolucionou o pensamento de milhares de mulheres do mundo inteiro, no período logo após a Segunda Guerra Mundial.

Não sei quem tomou a decisão inicial de traduzir pela primeira vez esta série de três contos de Beauvoir e batizá-la com o título insípido de “Mulher desiludida” no lugar de “Mulher destruída” [La femme rompue] do original. Quem quer que tenha sido cometeu um desserviço ao mundo literário e, sobretudo às leitoras brasileiras, diminuindo mais uma vez a mulher, a leitora, com a suavização da própria denúncia feita pela autora. Vale lembrar que os portugueses não fizeram isso em suas edições, lá manteve-se o poder conotativo da palavra ‘destruída’.

Quase cinquenta anos nos separam dessa publicação. É natural esperar que a realidade feminina tenha mudado, que alguns dos assuntos abordados nas histórias pareçam distantes da nossa realidade. É perturbador olhar à volta e constatar que ainda há um número desconcertante de comportamentos destrutivos no cotidiano feminino, semelhantes aos demonstrados nos contos de Beauvoir. Talvez pareçam mais atenuados, disfarçados por outros rótulos, com viés moderno, mas lá estão, vivos na maneira de pensar feminina.

A heroína de “A idade da discrição”, primeiro conto da obra, não consegue aceitar que seu filho adulto pense diferente dela. Ela perdeu o poder sobre o jovem profissional. Mas sua perda é muito maior e bem mais profunda. Seus medos são vários, o pior deles é o preconceito contra o envelhecimento. É uma intelectual que agora duvida de sua capacidade intelectual porque sua última publicação não tem o sucesso esperado. Também seu corpo, assim como o filho a trai, não é mais jovem: “um corpo de velho, apesar de tudo, é menos feio que um corpo de velha, disse a mim mesma… [49]. Tudo contribui para seu desequilíbrio.

O terceiro conto que dá título ao livro mostra o desequilíbrio emocional de uma mulher cujo marido, o centro de sua vida, tem um relacionamento extraconjugal. Mas a traição serve como alavanca para sua destruição. Subitamente Monique percebe que outros aspectos de sua vida não podem mais sustentá-la no mundo idealizado em que vivia. Há a perda da juventude e a realização do tempo que passa. Há o esvaziamento do ninho e a surpresa ao perceber que seu marido teria gostado que ela tivesse trabalhado, que ainda fosse uma profissional. “As mulheres que não fazem nada não suportam as que trabalham.”, ele diz [107]. A observação a fere. O fracasso do casamento ela chega a atribuir à maneira como educou as filhas. E ainda perpetua o sofrimento, pois àquela que segue seus passos, que se torna a dona de casa que ela foi, Monique não poupa: ela a vê com os mesmos filtro com que concebe sua própria imagem. É um momento revelador e profético sobre a perpetuação do preconceito na próxima geração.

Infelizmente, A mulher desiludida ainda é atual. À primeira vista parece que já atravessamos um longo caminho: temos maior liberdade sexual; grande número de mulheres é profissional. Muitas mantêm trabalho fora de casa, mesmo que, por vezes, só o façam por necessidade, mesmo que casadas. Mas basta aprofundar este olhar para perceber que ainda precisamos de uma variedade de mudanças na sociedade, sobretudo na maneira de encarar a vida. Os três contos de Beauvoir são histórias complexas e ambíguas, principalmente a segunda história, “Monologo”, que é um vômito verbal das frustrações de uma mulher contra tudo e contra todos. Mas todos os contos apontam para uma mudança de rumo para as mulheres, e do papel que os homens exercem em nossas vidas. De fato, os homens nos contos não são particularmente fortes. Há em todos um comportamento covarde, inábil, anêmico, vacilante. Para que uma mulher nova exista, há de haver também um novo parceiro mais preparado, eficaz e decisivo. Os dois precisam mudar. Talvez seja por isso que as mudanças não tenham sido mais radicais nos últimos cinquenta anos.

Esta não é uma leitura leve. Bastante deprimente. Revoltante muitas vezes. Mas importante: uma lembrança do caminho percorrido e uma perspectiva sobre aquele por vir. Ainda há muito trabalho pela frente.
Joice (Jojo) 26/05/2016minha estante
Adorei sua resenha!


Claire Scorzi 26/05/2016minha estante
De primeira linha, Ladyce! :)


Rafaela Bernardino 15/11/2016minha estante
Exatamente como me senti. Leitura pesada, deprimente e muito revoltante. É muito curioso perceber a diferença de gênero incrustado em todos os personagens. Inclusive na filha "mais moderna", Lucianne. Não há fôlego, é uma constante vigilância da personagem. Não há ninguém a se confiar. Nem mesmo no próprio passado. Leitura densa! Nada fácil. Não por isso ruim, excelente livro. Grande Simone!


larissa dowdney 26/05/2020minha estante
Embora não tenha gostado do livro, essa resenha é maravilhosa!




Luana 19/03/2021

A história que dá nome ao livro sem dúvidas é a mais interessante, mas só no final consegui me apegar à ela porque até o meio, só achava a personagem principal uma corna mansa. Só depois entendi que ela também é reflexo da sua época.

Mas mesmo assim, a escrita da Beauvoir é muito boa e vale a pena a leitura. Mas acredito que esse livro vai ser mais marcante quando eu for mais velha, porque todas as histórias tem muito a ver com a idade e o passar do tempo.
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Thais645 05/03/2024

"É na velhice que os fantasmas do arrependimento e da culpa costumam aparecer com mais frequência. Quando se chega a um tempo no qual o que ainda falta viver é muito menos do que o que já se viveu, o passado, as memórias e as escolhas que não foram feitas invadem o presente e exigem uma injusta prestação de contas para a qual dificilmente nos preparamos".
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Rafaela.Fernanda 27/06/2023

A mulher desiludida
Meu primeiro contato com a escrita da autora e foi uma grande surpresa. Acreditei que seria um livro denso de difícil leitura, porém estava enganada.
O livro é dividido em três contos e todos são muito bons. Recomendo a leitura!
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gabriel.a.brumatto 24/03/2024

A Mulher Desiludida - Simone de Beauvoir
Este é o primeiro livro que leio da escritora e filósofa francesa Simone de Beauvoir, grande influenciadora do movimento feminista ao redor do mundo com suas teorias filosóficas e políticas. Mas, não entrarei neste mérito, pois nesta resenha, trato da Simone ficcionista.
Esta edição de "A Mulher Desiludida" traz três contos escritos por ela, sendo eles: "A Idade da Discrição", "Monólogo" e "A Mulher Desiludida", que dá título à este livro. Todos os contos têm um qualidade inegável de escrita e enredo, de forma que a leitura é realmente muito prazerosa. De todos eles, o que mais gostei foi "A Idade da Discrição", pois achei simplesmente genial.
Enfim, termino esta curta resenha dizendo que adorei o livro, e que com toda a certeza, lerei mais obras escritas por Simone de Beauvoir, incluindo suas obras filosóficas. Recomendo a todos que façam a leitura, pois é uma obra que é de grande valia em um bom repertório literário.
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Rayssa 07/05/2020

Fundamental
O livro reúne narrativas cujo ponto central é a questão feminina disposta em uma sociedade dominada pelo masculino. O livro nos faz submergir na mente feminina, nos mostrando a decadência e os planos frustrados de vida. Baseada em confidências de mulheres feitas à própria autora, os temas são o casamento, a velhice, a maternidade e o relacionamento com os filhos. Por meio de uma escrita dura, porém sem perder a sensibilidade, as mulheres são descritas com extremo realismo e permanecem na nossa mente depois da leitura. São mulheres que vemos no nosso cotidiano, até mesmo dentro da nossa família, portanto é fácil criar um vínculo e empatia com cada uma delas. O livro suscita discussões atuais fundamentais sobre a visão da sociedade sobre a mulher.

site: https://www.instagram.com/abibliotecaoculta/
almeidalewis 09/05/2020minha estante
Um Semelhante a sua análise


almeidalewis 09/05/2020minha estante
Um semelhante a sua análise que eu gostei muito foi palavra de mulher de Anne Leclerc.amei quase impossível uma mulher não se identificar e ou / ter empatia pela obra descobri ela por uma nota de rodapé num livro de um psiquiatra suíço q escreveu a missão da mulher.demorei mais de 14 anos para conseguir a obra,mas consegui e amei mesmo.


Rayssa 09/05/2020minha estante
Interessante. Vou dar uma pesquisada.




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