A Mulher Desiludida

A Mulher Desiludida Simone de Beauvoir




Resenhas - A Mulher Desiludida


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Laísa 08/04/2023

Caramba. Fiquei tão envolvida com o conto da Mulher desiludida que sofri, tive pesadelos, e só falava sobre Mauricie e Monique.
Como já sabem o livro conta com 3 contos, o primeiro eu achei fofo. O segundo é muito bom, um monólogo. O terceiro, eu já estava tão envolvida na situação que eu queria entrar no livro e dá uns tapas no Mauricie.
Enfim, o livro é maravilhoso. E apesar de antigo, é muito atual.
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Miriam Morselli 07/05/2024

Ser mulher em décadas passadas é tão diferente de hoje?
Certamente é mais fácil a leitura para as mulheres. E será que os homens, não os críticos de profissão, leem Simone de Beauvoir?
SIm, é fácil ser mulher entender todas as "piras"; os exageros; todas as cessões que fazemos por quem amamos; de tudo que abrimos mão para exaercer o papel de mulher. Papel de mulher se explica mais profundamente tendo o livro sido escrito na década de 60.
Ver por essa ótica, causa um pouco menos de revolta, talvez.
É um passeio pelos conflitos de ser mulher, através de várias personagens
mulheres situadas em histórias
distintas.
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Gabi 01/10/2021

TRÊS MULHERES
O primeiro conto intitulado por *A idade da discrição* fala sobre a história de uma mãe que não aceita a posição política do filho, ela se vê traída por ele, pois suas opiniões sobre política são bem distintas e isso causa um grande aborrecimento não só para mãe e filho como para seu esposo que se vê em meio a esses dois seres tão diferentes e que não conseguem se acertar porque são muito parecidos em personalidade, os dois não cedem e com isso filho e a mãe chega a uma discussão onde culmina entre o rompimento de laços.
A protagonista se vê entre o passado e o presente, se vê nessa derrota consigo mesma por não ter feito com que seu filho fosse tão fácil de aceitar as coisas, vendo que a esposa do rapaz era muito influente no governo que liderava naquela época fez com que o esposo ganhasse um bom cargo como ministro, mas o pai e a mãe do rapaz eram liberalistas e em ênfase à mãe guardou muito rancor pelo filho ter aceitado a proposta.
Vendo que o marido aceitava a neutralidade ao invés de também comprar briga com o filho ela acaba também criando rancor dele e a vida a dois acaba os deixando ainda mais afastados.
A personagem se contradiz por ser liberalista e ter a característica muito moralista, por mais que não tente mudar isso percebe que agiu errado e no final do conto ela e o marido tem uma conversa muito franca sobre a vida a dois, sobre o que queremos pra nossos filhos e o que eles querem para a vida deles.
A história desse conto é simples, mas Simone evoca uma personagem ranzinza, moralista, dura e ao mesmo tempo por mais que ela são seja uma boa protagonista você consegue se conectar com o descontentamento dela com o filho e a época em qual a mulher recebia em si o peso da sociedade ao qual vivia trazendo consigo os preconceitos pré concebidos daquele tempo.

*Monólogo* é o tipo de conto que lhe causa desconforto pelo não falado, pelos pensamentos da protagonista rápidos como flashs de câmera, mas que captura toda sua essência toda sua indignação com o que passa ao seu redor.
Perpassam nesse conto persuasão, mentira, sentimentos contraditórios, mentiras que a família põe debaixo do tapete, arrependimento, suicídio, solidão, divórcio, o papel da mulher como principal interessada na educação do filho.
A personagem se sente tão sufocada que não há uma palavra dita, só pensamentos aleatórios, pensamentos que ninguém pode saber se não é capaz de ser internada. Ela não é uma outra personagem amável, sincera além da conta e isso não é uma qualidade, não em sociedade isso é um defeito, e qualquer pessoa que passa em seus pensamentos em sua vida a abandonou por causa disso.
Então ela termina sozinha, arrependida por negligenciar a filha, por não ter sido mais amiga dela, liga pra o marido pedindo a guarda do filho mais novo e claro o ex não a sede, dificilmente as mulheres ficam com a guarda de seus filhos.
Ela termina ali em noite de ano novo bebendo sozinha em casa escutando os fogos da festa.

E *A mulher desiludida*. O que falar quando seu marido diz a você que está tendo um caso? Monique não viu nada demais nisso, pois sabia que não passaria de aventura e tudo terminaria rápido, mas com o passar do tempo ela não poderia estar tão enganada.
Murielle nunca havia a traído até onde ela sabia. Já fazia 22 anos desde que se conheceram, desde que havia ficado grávida de sua primeira filha e haviam se casado.
As lembranças do passado sempre foram boas, cheias de amor e felicidade, os dois haviam se conhecido na faculdade, mas como Munique ficou grávida seu marido prosseguiu sozinho na carreira academia. Munique o ajudava em suas pesquisas, ficavam muito felizes quando faziam descobertas juntos, mas com o passar dos anos Munique foi perdendo o interesse no trabalho do marido e se dedicou a educação das filhas e os interesses do casal começou a ficar cada vez menores.
Quando Murielle chegou com a história do caso eram três da manhã, estava bêbado, bateu a porta com força e então lhe contou a verdade, mas só dias depois Munique percebeu que ele nunca batia a porta, nunca falava com ela em um estado deplorável de bebedeira, então se deu conta que ele já havia muito tempo tinha esse caso e percebeu que seu marido a iludia só não sabia quando e o porque.
Se deu conta que ele sabia que ela entenderia e como não ligava para casos aleatórios não ligou para a nova aventura do marido, mal sabia ela que a outra mulher seria algo mais, algo novo diferente.
Munique tenta sustentar o casamento a todo custo por medo do que vem depois do divórcio, o que seria dela já aos 44 anos? Sem uma formação, sozinha agora que suas filhas haviam feito suas vidas? Munique se vê a beira da loucura e ao tentar salvar o casamento se degrada ao ponto onde se torna obsessiva, chantagista e amargurada, tenta fazer o marido voltar a gostar dela e o tortura com chantagem emocional assim como o mesmo sempre fez com ela e ambos criam para isso um casamento ainda pior do que a muito tempo já era.
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Evelyn Véras - 30/09/2023

?Como viver sem acreditar em nada, nem em mim mesma??

"Só quando se perde a ilusão é possível enxergar, sem véus, a precária e provisória condição humana que nos faz instáveis e condenados à degradação. "

"Criança, adolescente, os livros me salvaram do desespero: isso me convenceu de que a cultura é o mais alto valor, e eu não consigo encarar essa certeza com olho crítico."

"A eterna juventude do mundo me deixa sem ar. Coisas que eu amava desapareceram. Muitas outras me foram dadas."

"Que alívio! É tão cansativo detestar alguém que se ama!"

"Eles me julgam me condenam e nenhum deles me ouve."

"Em geral, a solidão não me amedronta. E até, em pequenas doses, me relaxa: as presenças que me são caras me sobrecarregam o coração."
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Cris 25/02/2022

25.02.2022
Contém duas histórias contendo reflexões de duas mulheres, ambas casadas e na meia idade.

Uma está tendo problemas com o filho que sai de casa para casar, larga a faculdade e vai trabalhar no ministério da Cultura, cargo conseguido pelo sogro burguês. Ela acha que seu filho se desvirtuou de tudo que ela pensa ter transmitido a ele. Faz uma crítica à burguesia e à política.

A outra, depois que as filhas saem de casa seja por casamento ou por querer viver a própria vida, pensa que terá um tempo para ela e o marido, quando descobre que ele tem casos há dez anos. Fica arrasada, tenta salvar o casamento e se pergunta onde foi que errou.

Um pouco deprimente, mas nos faz ver que ainda nos dias de hoje, existem situações assim.
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Ryanne 11/10/2021

Atemporal
O livro traz três narrações independentes entre si.

Três contos sobre três mulheres com mais idade, com bagagem, com história de vida. As protagonistas enfrentam questões relacionadas ao processo de envelhecimento, às questões políticas, aos divórcios, traições. É possível ver a força e fragilidade em casa uma dessas mulheres. É possível até se colocar no lugar delas, pois apesar de sua data de lançamento a temática do livro é bastante atual.

O livro é completo, é rico em detalhes e na construção dos personagens.

A primeira história trouxe temas atuais, como política, diferenças entre familiares. A questão do envelhecimento confesso que para mim foi a mais presente. É importante ler e refletir sobre essa fase da vida.

Confesso que o segundo conto me pegou desprevenida porque eu não entendi de cara o que estava acontecendo. No momento em que a ficha caiu, tudo fez mais sentido. Foi possível entender o sentimento da personagem principal.

A terceira narrativa me fisgou e não consegui parar de ler. Eu conseguia sentir a dor da personagem. Está organizado em formato de diário, sendo em sua imensa maioria narrado em primeira pessoa. É possível realmente se sentir próximo de Monique. E torcer por ela. E ficar triste com ela. E chorar por ela.

É um clássico; tive dificuldades de leitura por não estar acostumada com esse tipo de história, de conteúdo. São contos densos, com sofrimento, com questões para parar e pensar sobre. Não é uma leitura fluida, as vezes pausava também por estar triste com o que estava lendo. Mas ainda assim, e talvez por esse motivo, eu recomendo.

Por fim, é possível refletir sobre o papel da mulher na sociedade, no casamento, no mercado de trabalho, no envelhecimento, na criação de filhos. Um livro ainda muito atual, infelizmente.
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edzlke 21/08/2023

Doloroso!!
Meu primeiro Beauvoir foi Desentendido em Moscou, e eu lembro que à época da leitura eu me impressionei positivamente com o modo como a autora conseguiu me fazer sentir os mesmos sentimentos que a personagem feminina sem artifícios complexos. Beauvoir apenas conhece a si mesma e ao seu gênero, chegou a tal profunda compreensão do que sente que consegue explanar qualquer sentimento como se explicasse o que é dia e o que é noite.
Os dois primeiros contos são bons, tratam de crises familiares e sentimentais, mas o último, A Mulher Desiludida, é algo surreal.
Eu honestamente senti como se eu fosse a mulher traída por tantos dias quanto demorou a leitura. Eu entrei na pele da personagem e me dilacerava qualquer ação do marido da mesma como se fosse o meu próprio. Eu me exasperava com a incapacidade dela de agir, mas ao mesmo tempo eu não sei também se eu agiria. O amor é destrutivo quando se torna dependência emocional, e Simone de Beauvoir sabe fazer o leitor sentir exatamente o que ela busca. Foi excepcional, doloroso e majestoso!
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Samara 19/12/2022

Uma narrativa parada
Segundo livro da Simone que leio, é um livro de contos que conta a história de três mulheres de formas diferentes. É uma narrativa parada sem muita profundidade
Thaty.Abbondanza 19/12/2022minha estante
A escrita dela geralmente é assim ? Mais parada




Monique | @moniqueeoslivros 01/12/2021

A mulher desiludida
{Leitura 34 - 2021}
A mulher desiludida - Simone de Beauvoir

Esse livro tem três baita histórias. Mas peço licença aqui porque quero falar sobre a história que dá nome ao livro: a mulher desiludida.

Sempre quis ler Simone de Beauvoir. Por ser mulher, ser feminista, ser francesa, ser companheira de Sartre... enfim, por ser A Simone de Beauvoir. Mas eis que ela ainda me dá um mimo extra: a personagem se chama Monique.

E eis que acontece uma coisa engraçada: a gente se relaciona diferente com o livro quando a personagem tem o nome da gente (Psicólogos: Freud explica isso também?). E eis que a Monique me "deu nos nervos".

Casada há muitos anos, o marido responde a ela que, sim, ele tem outra mulher. E ela a conhece. E nada vai mudar entre eles. ? Ela então vai tentando, página após página, se moldar a essa situação, e isso fica cada vez mais complicado. E sim, ela fica cada dia mais iludida.

É daquelas histórias onde o machismo é colocado nu e cru, e isso nos irrita, nos fere, e até nos imobiliza. E tendo o mesmo nome da personagem, foi como se uma parte acontecesse comigo também.

Indico muito essa leitura, e com um aviso: se você não sentir raiva, asco ou algum outro sentimento exasperado assim, você está do lado errado. ?
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Madu 08/06/2021

Um livro que todas deveriam ler.
Simone de Beauvoir dividiu a mulher desiludida em 3 contos, onde ambos possuem histórias, personagens e cenários diferentes, porém contém suas similidariedades: em todas histórias é possível enxergar as dificuldades da mulher ao chegar em sua longevidade, principalmente dentro do contexto patriarcal.
Durante o livro, percebe-se que todas mulheres contidas na obra possuem dificuldades no quesito de amor próprio, que acompanha o apego emocional - todas personagens não conseguem se enxergar como algo além de esposas e mães, e é demonstrado uma primordialidade pelo casamento.
Em contrapartida, os personagens masculinos são caracterizados como livres, e são mostrados fora do contexto matrimonial.
Ao longo do livro refleti bastante sobre a frase " Homens aprendem a amar muitas coisas, e as mulheres aprendem a amar sobretudo, os homens." esta síntese é demonstrada ao longo da obra de diversas formas, gostaria de destacar especificamente esta parte do terceiro conto "a mulher desiludida" : "Parece-me não haver mais nada para fazer. Agora tricotar, cozinhar, ler, tudo me parece em vão. O amor de Maurice dava importância a cada minuto de minha vida. Ela está vazia. Tudo está vazio: os objetos, os instantes e eu."

Esta obra é perfeita, e li ela em um momento essencial da minha vida, recomendo a todas lerem.
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Nana 24/07/2023

Livro nr 27 do projeto "A volta ao mundo através dos livros"
País sorteado : "França"

Esse é meu segundo livro da Simone de Beauvoir e gostei muito dos dois. O primeiro que li dela foi "Mal-entendido em Moscou"
Aqui temos três contos ótimos, com personagens muito convincentes, o tempo todo tive a sensação de estar lendo histórias reais.

O primeiro conto: "A idade da discrição", eu amei, me identifiquei, sofri e me emocionei junto com a protagonista.
O segundo: "Monólogo" é uma loucura, me deixou angustiada com o desespero daquela mulher. Mas gosto quando a leitura me tira da zona de conforto e me joga na realidade da vida.
O terceiro: "A mulher desiludida" também é muito incômodo pois trata da traição, sendo que senti raiva do marido Maurice, e ao mesmo tempo eu tinha vontade de dizer para a Monique "deixa esse homem ir, não fica mendigando o amor dele por favor", aiiii que desespero me deu!

Bom, em resumo, na minha opinião é uma ótima escritora, um ótimo livro e recomendo principalmente para mulheres maduras (acima dos 40 anos) pois nos faz refletir e ajuda no crescimento pessoal.
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soubarroca 13/05/2023

Simone, Simone
Uma obra que me surpreendeu pela simplicidade e qualidade da escrita. Achei que seria uma obra mais "erudita".

Simone admirava mulheres de sucesso, mas também dirigia seu olhar fantástico àquelas que falhavam.
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Danielle530 04/04/2022

Perfeito e triste
Essa obra nos força a encarar as decisões que tomamos durante nossa vida. A vida de uma mulher que opta por dedicar sua existência a outros e que não quer ou não possui outros interesses, me parece tão arriscada quanto fazer esportes radicais. Esperar que os outros tenham por nós a mesma consideração é uma ilusão. Não sei se isso é algo sentindo apenas pelas mulheres, mas me parece que somos as mais afetadas. Sinto que nosso valor é tão pouco, que nada do que fazemos está certo e que em algum momento tudo irá desmoronar. Irei reler em breve esse livro. Tenho muito a aprender.
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