A Mulher Desiludida

A Mulher Desiludida Simone de Beauvoir




Resenhas - A Mulher Desiludida


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Ana Manuela 10/05/2016

Fantástico
Essa é a primeira obra que leio de Simone e estou maravilhada. É incrível como a autora consegue criar personagens tão diferentes e com universos ímpares. É difícil não ler este livro e não enxergar pessoas que estão na nossa convivência diária ou,em alguns casos, se identificar com os pensamentos e inquietudes das protagonistas de cada conto. Esplêndido.
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Flávia M 31/03/2016

"Tenho medo. E não posso pedir socorro a ninguém."

Essa é a primeira obra que li de Simone De Beauvoir e fiquei desconcertada com a sensibilidade imensa que ela possui para descrever, com suas palavras e diante de seu ponto de vista (os acontecimentos sempre se passam em Paris e sempre com personagens que possuem uma boa situação financeira), a situação da mulher dentro das relações cotidianas.
Diria que a ordem dos contos se dá pelas suas respectivas forças, o primeiro conto é bem mais leve de se ler que o segundo e o segundo infinitamente mais leve que o terceiro. A questão do tempo está presente em todos.

Gostaria de falar mais sobre os dois primeiros contos, mas "A mulher desiludida" me desconcertou de uma forma que fica até difícil lembrar com precisão dos primeiros. Nessa novela, por meio de cartas, podemos acompanhar o dia-a-dia de uma mulher que vê seu casamento e em consequência disso, sua vida, se definhar sem poder fazer absolutamente nada para se defender. É injusto e revoltante e a culpa de tudo sempre é sua, sempre é ela que está sendo exageradamente cuidadosa ou não, sempre é ela que está oprimindo seu marido, sempre é ela que está diante de todas as acusações, sempre é ela que tem que ser exageradamente compreensiva. E mesmo depois de descobrir que vivia em mais de oito anos uma mentira, é ela que está sendo mesquinha e egoísta. É ela que não compreende a "psicologia masculina". O que estaria, verdadeiramente, por trás desse pensamento? É toda uma engrenagem que a faz viver naquela redoma, se dedicar inteiramente e só aos filhos, ao marido e quando perde tudo aquilo pelo que seu esforço de vida foi voltado, se vê vazia e perde-se de si mesma. E ela se vê sozinha. Afinal, quem iria compreender uma mulher que "se deixou levar" tão facilmente pela tristeza, que não faz nada para se cuidar? É repugnante aos olhos dos outros uma mulher em sua idade que não se cuida.

A gente vê essa situação ao nosso redor o tempo todo, em menor ou maior grau, mas a culpa sempre é daquela pessoa que não faz nada para sair daquela relação abusiva, que se corrói diante dela. Em suma, o que está por trás das palavras aqui é muito mais importante do que é dito, o que leva Monique a ter aqueles pensamentos diante de si mesma e a culpa que carrega nas costas por toda a situação é algo que ainda vai ficar por um tempo na minha cabeça.
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Paula.Cerqueira 13/02/2015

Todos os contos foram impactantes, mas de longe o último intitulado de A Mulher Desiludida foi o mais profundo/angustiante e um verdadeiro labirinto onde momentos de ilusão e desilusão se misturam formando uma história sofrida e angustiante. Esse conto é literalmente uma montanha russa de sentimentos.
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Dayana116 24/04/2014

A Mulher Desiludida é um livro de muitas emoções. Não há como passar incólume a leitura desse livro.

Simone reúne aqui três contos. Três mulheres. Três histórias. No primeiro conto, A idade da discrição, acompanhamos os dilemas de uma mulher ao envelhecer. A solidão, o comodismo do marido, o rancor pelo filho, a frustração com seu trabalho e a sua própria rigidez com relação ao mundo. É um conto interessante para refletir sobre os rumos de nossa vida e o que esperamos do futuro.

Já o segundo, Monólogo, acompanhamos a narradora debatendo consigo mesma as mazelas de sua vida. Suas queixas da infância, seus dois casamentos fracassados, o suicido da filha. Ela está o tempo todo acusando a todos e se isentando de qualquer responsabilidade sobre qualquer coisa, entretanto, ao mesmo tempo, observamos em sua fala sua parcela dos acontecimentos que a levaram aquele momento de solidão.

A Mulher Desiludida, o último conto e também aquele que nomeia o livro, foi o que mais me afetou. É narrado sob a forma de um diário e aqui acompanhamos uma mulher aos quarenta e quatro anos descobrindo que o marido tem uma amante. A maneira como essa mulher recebe essa notícia e a forma como ela lida com isso é muito enervante. Sua passividade desmedida e sua anulação. Mas ao mesmo tempo aquele marido cúmplice disso tudo que alimenta a sua obsessão. Porém, não deixamos de nos penalizar por sua situação.

Nenhum dos contos trás uma solução, um fechamento...são apenas os fatos. Fatos que transbordam emoção. Acredito que de todos os contos, o primeiro, é o mais leve. Embora não tenha solução ao menos nos fica a ilusão de que tudo vai ficar bem. Já os outros dois são mais crus. Mas não é a vida bem desse jeito? Só depende do sujeito o passo para a mudança (ou não). Ainda assim, espero que Monique tenha encontrado ao algo de bom atrás daquela porta fechada...que tenha sido o começo de um nova jornada.
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Manuela 15/04/2014

Três histórias
Três contos compõem esse obra de Simone de Beauvoir, todos delineando algo comum: a voz de uma mulher em meio à solidão. Pronto. Solidão é uma característica que permeia o livro, considerado um clássico do movimento feminista.

Os contos são carregados de pessoalidade, não à toa trabalhados em primeira pessoa, e nos remete àquelas confissões que fazemos, volta em meia, à nós mesmos. Apesar de passear por uma linha retilínea de pensamento, exceto pelo segundo conto que toma perfeitamente para si essa máscara, eles são o próprio pensamento.

O primeiro conto chamado, "A idade da discrição", talvez seja o de leitura mais leve. Nesse, a personagem narradora se mostra rígida em seus pontos de vistas acerca das coisas da vida - e se vê entre duas escolhas: o amor do filho ou agarrar-se àquilo que acredita. Constrói a tensão, mas talvez te leve, também, ao riso. Em seguida, em poucas páginas, nos é apresentado o conto "Monólogo", cujo texto trabalho com o fluxo de consciência da protagonista, Murielle, é de uma quase sandice diante de outras vivências impactantes. Penso que é quase enervante para o leitor, porém fluído. Por fim, o conto que dá nome à obra, "A mulher desiludida".

Sobre este, provavelmente tenha muitos adendos, mas não os trarei todos. Primeiro por que o li em uma madrugada de um par de horas - era impossível dormir sem saber o que seria, enfim, de Monique. Segundo por que, sendo mulher, o senti tão profundamente, de forma tão arraigada em mim, traduzindo outras histórias que não são minhas, mas que de certa forma me pertencem, que seria impossível, para mim, não vivenciá-la em inteireza.

"Coisa curiosa é um diário! O que se cala é muito mais importante do que o que se escreve".

Cada conto é escrito de uma forma, mas em todas elas é uma voz feminina que o conta. É poético. É quase delirante. É triste. É extremamente triste. Em todos os sentidos.

Vale o aprendizado.

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rosangela 20/11/2009

A mulher desiludida - Simone de Beauvoir



Simone de Beauvoir dividiu a obra: A mulher desiludida, ricamente, em três contos:

Primeiro conto:

A idade da discrição. Uma autobiografia, uma mãe, uma escritora existencialista e André um esposo intelectual e ético. Pais que educam Felipe para uma vida como a deles: íntegra, educada e ética, porém Felipe aparece, após algum tempo fora da vida depois de casado, como funcionário do Ministério da Cultura cargo indicado pelo sogro, situação expressamente inaceitável por seus pais, mas é a mãe que o enfrenta com mais rigidez, ao ponto de romper relações com o filho por um tempo. Entre muitas tentativas, mais tarde, Filipe amolece o coração da intelectual -mãe escritora-, afinal sua mãe é uma crítica, que estuda profundamente Rousseau e Montesquieu. Nela tudo é meticuloso, é destrinchado, descritivo e crítico, que aliás é o que mais enriquece o conto. Toda essa descrição e posicionamento nesse conflito de geração e de mudanças rápidas. Um filho conservador e os pais esquerdistas.

Sua mãe, uma existencialista, que não quer aceitar as mudanças do mundo e das pessoas, como se fosse possível viver como somos, sem ser afetado pelo que vem do mundo e de suas reais mudanças, sem muitos sentimentos, mas muito realismo e praticidade;

Segundo conto:

Um Monólogo sobre Murielle, uma mulher de 43 anos, que analisa e critica cada gesto alheio. Com a morte da filha, que aparenta ser suicídio, sentiu-se morrer junto à filha e jamais conseguiu recuperar esse tempo. Para aumentar, ainda mais, sua excessiva capacidade de julgar, teve que abrir mão de seu filho para o marido em troca de uma pensão e um lugar para morar.

Lugar esse desprezível e vazio e solitário. Uma marca interessante desse conto é a ausência de vírgulas, talvez para não interromper seu modo de vomitar tudo que pensa e julga sem interrupções durante toda a narrativa. Julga a preferência de sua família pelo marido, que a trocou por outra, julga as pessoas que só sabem parir, julga o excesso de pessoas no mundo, julga a filha que a abandonou, julga o mundo cheio de gente - ela detesta - gente que pari gente - sem pensar no futuro do mundo.

Uma mulher e um monólogo denso é o segundo conto desse livro, construído com tantos julgamentos, em sua maioria com procedência. Um deles, é quando fala, que a civilização é capaz de sujar a lua, mas não pode aquecer um apartamento - seu aquecedor - no quarto, estava quebrado. Era frio seu apartamento, como tantos outros malconstruídos;

Terceiro

Último conto - a mulher desiludida - também denso e detalhado, relata a vida de uma mulher, que vive cuidando do lar, e de repente perde o marido e é desprezada pelas filhas, sendo obrigada a conviver em um lar desfeito, na solidão de seus pensamentos e do seu pavoroso medo de encarar o futuro tão sozinha, mas todas portas que foram fechadas, irão se abrir.

Toda a obra de Simone de Beauvoir revela um feminismo disfarçado vivido de acordo com a época que a autora vivenciou. Os três contos destacam três mulheres, que ultrapassando seus limites e os que foram impostos pela classe dominante em tantos anos, abstraindo-lhes mais e mais espaços, lutam para sobreviverem em um mundo que as ignoram. Esta escritora brilhante denuncia como era o mundo das mulheres, que ainda não haviam conquistado sua liberdade.
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Adriana Scarpin 08/02/2014

O livro está dividido em três contos/novelas/whatever A Idade da Discrição, Monólogo e A Mulher Desiludida que dá nome ao livro e que vem a ser o melhor dos três. Todos mostram uma mulher madura às voltas com a própria feminilidade e as mudanças que o tempo faz a tudo e a todos.
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Márcia Andréa 17/01/2009

Uma mulher realmente desiludida, amargurada.
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Miriam Morselli 07/05/2024

Ser mulher em décadas passadas é tão diferente de hoje?
Certamente é mais fácil a leitura para as mulheres. E será que os homens, não os críticos de profissão, leem Simone de Beauvoir?
SIm, é fácil ser mulher entender todas as "piras"; os exageros; todas as cessões que fazemos por quem amamos; de tudo que abrimos mão para exaercer o papel de mulher. Papel de mulher se explica mais profundamente tendo o livro sido escrito na década de 60.
Ver por essa ótica, causa um pouco menos de revolta, talvez.
É um passeio pelos conflitos de ser mulher, através de várias personagens
mulheres situadas em histórias
distintas.
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Dani 18/10/2009

Livro belíssimo, com algumas histórias bem tristes. Tive a oportunidade de assistir a uma peça sobre o livro há alguns anos, em São Paulo.
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Ingredhy 05/02/2013

Todos os contos são bons, mas o conto que da título ao livro A mulher desiludida, foi o que mais me tocou. A narrativa dese texto parece um labirinto, onde não se vê saída. Angustiante. Necessita preparo emocional para lê-lo.
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Li 13/05/2011

Resenha emocional
Não se passa incólume às histórias das três mulheres retratadas pela mulher de Jean-Paul Sartre. O cenário é desesperador. Ler as angústias que assolam o imaginário feminino desola; é como receber leves golpes à boca do estômago durante toda a leitura. Quando se é mulher e se é ciente da veracidade das narrativas a experiência se torna mais consistente e, por vezes, mais dolorosa.

A primeira história é a da mulher que se depara com o auge de sua velhice, chegada sorrateiramente nos últimos anos. Revê sua relação com o marido e com o filho recém-casado, o qual demonstra claramente não ter mais a incontestável influência materna. A segunda, um monólogo, é terrivelmente angustiante. O monólogo quando escrito é libertador, mas talvez seu criador não o releia tamanha a agonia que o açoitou durante o processo. No entanto é bem interessante acompanhar os pensamentos depreciativos de uma mulher à beira de um ataque de nervos após o suicídio de sua filha. Por fim, as memórias contadas num diário e que dão nome ao livro, trazem o cenário assolador de uma mulher que descobre mentiras por trás de verdades interpretadas pelas pessoas que julgava mais confiáveis. O que é interessante nesta última história é que o leitor se encontra na personagem de uma forma simbiótica e muito densa, o que esmaga-o. Eu particularmente precisei cessar a leitura por algumas horas, desolada, mas confesso que a digeri de um só golpe.

Todas são acompanhadas da beleza melancólica de Paris, aos olhos da depressão feminina. Só há uma ressalva: é importante ter preparo emocional.
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Gabriel 24/02/2011

Angustia
Através de três romances Simone de Beauvoir deixa evidente algumas angustias que teve ao longo de sua vida. Pelas historias tornam-se bastante claras as semelhanças entre suas personagens e ela e Sartre. eh visivel se desejo de ter tido filho, o qual ela realiza nos livros e sua possivel infelicidade de dividir seu esposo com outras mulheres.
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Silvana (@delivroemlivro) 24/11/2012

Quer ler um trecho desse livro (selecionado pelos leitores aqui do SKOOB) antes de decidir levá-lo ou não para casa?
Então acesse o Blog do Grupo Coleção de Frases & Trechos Inesquecíveis: Seleção dos Leitores: http://colecaofrasestrechoselecaodosleitores.blogspot.com.br/2012/10/a-mulher-desiludida-simone-de-beauvoir.html

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