Ezeq 22/11/2021
Reflexões sobre a solitude
Recentemente, tenho pensado muito sobre o que é se sentir, de verdade, pertencente a algum lugar. Lendo esse livro, me senti como se eu também pudesse me sentir muito mais vivo e pleno vivendo na calmaria (às vezes não tão calma assim rsrs) das montanhas. Durante várias partes da leitura, dei uma pausa e refleti sobre a vida, sobre os rumos que tomamos, sobre histórias que deixamos para trás ao iniciar outras, etc. Pra ser sincero, fiquei um pouquinho melancólico.
Sobre a história em si, eu acho que queria algo a mais, não sei bem... Fiquei com uma sensação de incompletude por alguns pontos que foram deixados de lado, já que ambos os protagonistas não dominavam muito bem o dom do diálogo, o que fez com que acontecimentos do passado raramente fossem trazidos à tona, e isso me incomodou um pouco, porque fiquei querendo saber a todo o tempo sobre uma lacuna enorme que existe na história. No mais, eu gostei muito do livro, mas, por esse quesito mencionado, perdeu a chance de se tornar um dos meus favoritos.
Para terminar, deixo uma rápida citação de Byron, que, para mim, dialoga muito bem com a obra:
"Existe prazer nas matas densas.
Existe êxtase na costa deserta.
Existe convivência sem que haja intromissão no mar profundo, e música em seu ruído.
Ao homem não amo pouco, porém muito a natureza."