spoiler visualizarGina Souza 10/01/2022
Margaret Murry e a importância de ser
No segundo livro da série, temos uma Meg mais madura e que tem a presença do pai (ainda que ele passe quase o livro todo viajando). Dessa vez ela precisa enfrentar uma ameaça macro e microscópica ao mesmo tempo. Enquanto galáxias inteiras estão simplesmente deixando de existir, seu irmão mais novo, ao mesmo tempo que tem que lidar com os garotos malvados da escola, enfrenta uma doença que ninguém sabe dizer exatamente o que é.
Durante as viagens da nossa heroína Mirim, ela trás uma série de questionamentos que colocam em foco a importância de ser reconhecido ( ou nomeado, como o querubim diz várias vezes). Seu inimigo principal, aqueles que fazem tudo deixar de existir e estão atacando seu irmão, vem com o propósito de não mais deixar nada ter uma existência completa.
Meg e seu fiel escudeiro, Calvin, precisam enfrentá-los e, para isso, reconhecer uns aos outros de uma forma mais profunda do que jamais fizeram. O livro mostra que dar nome à alguma coisa, vai muito além de simplesmente poder se referir àquilo, é quase como provar sua existência.
Quando você recebe um nome, você pode finalmente existir, ser nomeado é ser reconhecido, é saber que é especial de alguma forma, mesmo que para uma única pessoa.
Com uma leitura fluída e que acolhe muito bem o leitor, a única coisa que devo dar destaque negativo ao livro é que, mais uma vez, não tem um final muito específico. Os Ectroi foram realmente eliminados? O Universo está à salvo ou somente Charles Wallace é que era importante?
Além disso, o modo como o Querubim e o Professor simplesmente desapareceram me deixou incomodada. Dois personagens muito importantes no livro tiveram um final que pareceu escrito às pressas para que os protagonistas pudessem voltar à brilhar.
Salvo alguns pequenos erros, é um livro que eu recomendaria de olhos fechados e acho muito apropriado para aqueles que estão começando em suas explorações ou tiveram uma pausa nelas.