Larissagris 03/02/2022SE NÃO HOUVER AMANHÃ (JENNIFER L. ARMENTROUT)Porque às vezes os finais felizes só existiam nos livros que eu lia. (Pág. 17)
Eu era uma corredora também, mas não a do tipo saudável; eu fugia. Quando as coisas ficavam muito feias, eu caía fora, exatamente do jeito que meu pai tinha feito. Para mim, era uma arte olhar para o amanhã em vez de me focar no hoje. (Pág. 41)
Quando as pessoas nos deixavam e não viam mais a gente todos os dias, elas paravam de querer nos ver. Eu, mais do que ninguém, sabia que era verdade. (Pág. 94)
Mas eu queria ficar brava, porque ficar brava era melhor do que sentir vergonha, mágoa e decepção. (Pág. 113)
Como a pessoa supera uma coisa dessas? Como a dor diminui mesmo ao longo dos anos? Como é que um buraco na nossa vida, o lugar que pertencia à outra pessoa, vai conseguir ser preenchido algum dia? Como seguir em frente? (Pág. 154)
E sabe de uma coisa? Esperar é arriscado demais. Não existe uma hora ruim para dizer que se ama uma outra pessoa. (Pág. 189)
O que a espera faz? Nenhum de nós tem a garantia de um amanhã. Aprendemos isso, não aprendemos? Nem sempre temos um depois. [...] Cansei de viver como se tivéssemos. (Pág. 189)
A culpa de viver quando todo mundo morre é um fardo pesado para se carregar sozinha, Lena. Culpa de sobrevivente não é brincadeira. Você nunca vai realmente se livrar desse fardo, mas podemos diminuí-lo. Podemos torná-lo suportável. (Pág. 198)
Minhas mãos estavam úmidas quando as arrastei sobre o rosto. Tudo dentro de mim parecia ferido, esfolado. Uma noite mudou a nossa vida irrevogavelmente. Uma escolha tinha alterado o curso do que todos nós deveríamos nos tornar. O que eu teria feito diferente naquela noite se eu soubesse que não haveria amanhã? Tudo. Eu teria feito tudo diferente. (Pág. 251)
A culpa não é sobre fazer alguém se sentir terrível por suas ações e não é sobre ferir os sentimentos das pessoas. Ações e falta de ações têm consequências. Se não aceitamos a responsabilidade ou a culpa por elas, estamos correndo risco de repeti-las. (Pág. 253)
Bem, muitas vezes é difícil para as pessoas admitirem que elas também já fizeram escolhas que potencialmente poderiam ter transformado vidas, mesmo que não tenham recebido as consequências dessas ações. É ainda mais difícil para as pessoas olharem para si mesmas e reconhecerem que não são perfeitas, que às vezes, na vida delas, elas também foram essa pessoa. Que elas também tomaram decisões que poderiam ter terminado em desastre. (Pág. 262)
É sempre mais fácil apontar às falhas nos outros e ignorar as nossas. (Pág. 262)
Você sabe o que aconteceu, e o que poderia ter acontecido, mas não aconteceu. Isso nunca vai mudar. Você vai ter que aprender a viver com as decisões que tomou, aceitá-las, aprender com elas, crescer com elas e se tornar uma pessoa melhor por causa delas. (Pág. 263)
Há uma coisa que quero que entenda. Você não matou seus amigos, Lena. Você tomou uma decisão ruim naquela noite. Eles também tomaram decisões ruins naquela noite. Mas você não os matou. (Pág. 264)
Uma das coisas que eu tinha aprendido era que, quando alguém oferecia a mão, a gente pegava. E às vezes era difícil enxergar a oferta ou aceitá-la, mas a vida era mais fácil quando a gente conseguia. (Pág. 310)
Viver quando os outros morriam não era algo que a gente acordava um dia e superava, mesmo que às vezes parecesse que era assim. (Pág. 311)
A questão é que era preciso tempo, família, amigos de amor para aceitar o fato de que a vida seguia em frente. A vida continuava, e não podíamos ser deixados para trás vivendo em um passado que não existia mais. (Pág. 311)
Um segundo depois, os dedos de Sebastian encontraram os meus, e eu sabia, quando dei o primeiro passo, que, embora o amanhã não estivesse garantido, nunca prometido, haveria muitas possibilidades. (Pág. 312)