Um Livro para Amar 16/01/2021
Ah, eu fico de boas sem o homem perfeito!
Sinopse: Como seria o homem perfeito? Esse é o assunto que Jaine Bright e suas amigas discutem certa noite. Quais seriam suas principais qualidades? Seria ele alto, atraente e misterioso? Precisaria ser carinhoso e atencioso, ou apenas musculoso? Jaine e suas amigas começam com o básico: precisaria ser fiel e confiável, responsável, ter senso de humor. Conforme a conversa fica mais animada, elas montam uma lista engraçada e picante. Sem querer, a lista é divulgada e, da noite para o dia, se torna uma enorme sensação, chamando a atenção, inclusive, da imprensa local e de canais de TV. Nenhuma das quatro esperava tamanha repercussão. Mas o que começou com uma brincadeira entre amigas se torna algo perigosamente sério quando uma delas é assassinada. Recorrendo a seu vizinho, um detetive imprevisível e muito atraente, Jaine precisa desmascarar o assassino para salvar sua vida. Saber em quem confiar pode ser questão de vida ou morte, pois o sonho de um homem perfeito se tornou um arrepiante pesadelo.
Ok, eu vacilei.
Assim, é de praxe eu nunca ler sinopse de livro. Para mim é essencial eu mergulhar no mundo do autor, sem saber nada da história. Dessa vez eu fiquei meio que arrependida. Vou explicar por quê.
O livro começa nos apresentando a uma criança aparentemente perturbada, perfil de psicopata. De cara dá para ver isso, muito filmes, livros e séries (Oi Dexter!Oi Hannibal!) nos preparam para esse olhar mais esperto. Mas logo o livro abandona a ideia, e a história migra para quatro mulheres maravilhosas e a amizade entre elas.
É tão bom quando nos deparamos com uma amizade feminina sem competição entre elas, que respeitam as limitações e a força de casa uma. Sério esqueci totalmente do psicopata mirim. Ledo engano.
Sobre as mulheres, são quatro amigas (Marci, Luna, T.J e Janie), que trabalham na mesma empresa e que mantem a sexta-feira sagrada para jantarem juntas e um bar/restaurante. Em conversa vai e bebida entra, elas enumeram características ideais (PERFEITAS) para se ter em um relacionamento com homens. Tipo “para mim o homem perfeito tem que ser fiel”, “para mim ter que ser confiável”. O que gera uma lista com o título o Homem Perfeito. Na boa, é brincadeira totalmente inocente, que me vejo super fazendo com as amigas.
A Lista:
Ser FIEL;
Legal;
Confiável;
Trabalho estável;
Senso de Humor;
Dinheiro;
Bom de se olhar;
Bom de cama;
25 cm
De leve, o que começou entre as amigas, acaba vazando para o jornal do trabalho e só do nada, vira noticiário local e do nada, uma sensação nacional. Nem preciso dizer que os homens se sentiram muito ofendidos com as exigentes características da lista, né? É irmão chateado, namorado chateado e marido fuloooo da vida. Homens e sua masculinidade frágil.
Enfim, até aqui estava achando tudo uma comédia meio que romance e então do nada, totalmente aleatório, umas das integrantes que criaram a lista, é assassinada. Eu fiquei em choque! Sério. Porque ela não foi só assassinada, houve crueldade e muito sadismo no rolê.
Automaticamente nos vemos em um mistério. No livro temos passagem da mente do assassino, mas o próprio assassino tem severas crises de identidade, onde o EU verdadeiro dele estava dormindo e só através da violência ele desperta.
Às vezes, ele desaparecia por semanas, meses, mas, agora, estava de volta ao reflexo, como se nunca tivesse partido. Ele não conseguira ir trabalhar hoje, temendo o que poderia acontecer se as visse ao vivo. As quatro vagabundas. Como elas ousavam zombar dele, provocá-lo com sua Lista?
Logo, o assassino pode ser qualquer um e assim como os personagens, nós também passamos a desconfiar de qualquer um.
Adorei este livro, é o primeiro que leio dessa autora. Com certeza vou procurar por outras obras. Recomendo demais, tanto para quem está à procura de um suspense, como de um romance.
Eu falei que rola um romance, né?
Quase me despeço sem falar do Sam. Que horrível da minha parte. Jaine (uma das amigas que criaram a lista) se muda para casa recém comprada e de cara se dá mal com o vizinho. Ele faz barulho quando chega de madrugada, tanto com o carro como a abertura da garagem, está sempre de mau humor, sujo e desgrenhado. E quando troca palavras com Jaine são ríspidas e sem a menor gentileza. Logo, Jaine que odeia acordar cedo (imagina de madrugada?) não vai com a cara do vizinho e o categoriza como babaca alcoólatra e apenas o odeia de leve.
Até claro, um evento aleatório, põe ela em uma briga com um motorista bêbado no bairro e Sam (o vizinho) aparece e ajuda ela. E adivinha? O vizinho é um detetive, que não é alcoólatra, é forte, inteligente, apaixonado por carros (como ela) e com uma língua afiada (como ela, mas sem os palavrões) maravilha né?
Ah, devo dizer que de todas as meninas, me identifico demais com a boca suja da Janie. Não me orgulho nada disso, mas as vezes só uns palavrões conseguem expor os sentimentos adequados. E pagar por cada palavrão dito? Tá aí, uma aposta que eu não faria, seria a ruína para minha conta bancária.
Enfim, recomendo demais ler sobre o desenvolvimento dessa relação de ódio X amor. Vale a pena! Ah se eu tivesse um vizinho desse nível, também não fecharia as cortinas, e chá gelado nenhum me acalmaria.
Só mais uma coisa, se fizeram uma lista, escondam. As vezes o Homem Perfeito pode ser muito perigoso. Beijos de luz
Priscila Nascimento.
site: https://umlivropamar.blogspot.com/2021/01/o-homem-perfeito.html