duda 09/01/2023
Eu tava com receio de ler esse pois achei que seria mais um livro de suspense meia boca que, por mais que eu ame livros desse gênero, já estava saturada demais e não aguentaria ler outro tão cedo. Mas me propus a um desafio nesse mês e me forcei a ler esse.
Logo no primeiro capítulo já amei. Adorei o fato de ser narrado, pelo menos na parte inicial, pela própria stalker. Desde esse momento já imaginei um caminho lindo pelo qual o livro poderia seguir e já achava que seria um 5 estrelas. Até por isso mesmo dei 2, porque no início ele me contagiou, me alegrou e eu não conseguia parar de ler. Mas eu não poderia estar mais enganada?.
Na parte dois, a narrativa muda. Isso me deixou meio frustrada, porque era incrível ver a Fig entender que era uma louca mas ao mesmo tempo não achar isso nada demais. Parecia mesmo que eu estava dentro da cabeça de um psicopata (mesmo sem saber como é uma). Então, na mudança de ponto de vista, eu meio que comecei a achar que talvez não fosse um 5 estrelas, mas talvez um 4? Ainda estava confiante, pois tinha gostado da parte do Darius. Claro, ele era um 🤬 #$%!& , mas entrar na cabeça dele e ver que ele sabia das coisas que fazia e mesmo assim continuava era legal, como na cabeça da Fig.
Já na terceira parte eu já tava odiando. A parte da Jolene foi horrível, sério. Não sei como a autora quis retratar isso, tipo uma psicopata maluca, um sociopata traidor é uma escritora vítima e traída? Essa narrativa não cola pra mim. Ou fizesse todos malucos ou nenhum maluco. Mas eu só comecei a achar isso depois, quando vi pra que lado a autora tava levando. Criei várias expectativas pro final, achando que a narrativa iria revelar algo inédito da Jolene, que ela poderia ser uma assassina, matando a Fig ou algo assim (quem dera, né, teria sido muito melhor).
E, para piorar, parece ter alguns erros na história. Talvez seja só nessa versão, não sei, mas é a primeira que leio da tag e sempre ouvi coisas ruins das edições deles. Não sei se em outras edições também é assim. Parece que a autora se perdeu no meio da história, criou coisas no final que nem existiram no começo.
Por exemplo, na primeira narrativa, a da Fig, em momento nenhum ela menciona que o George ainda mora com ela; do contrário, fala que eles terminaram antes mesmo dela se mudar pra casa ao lado da de Jolene e ele nunca apareceu fisicamente na história dela, apenas em momentos reflexivos e de lembranças da Fig. Em contrapartida, no último ponto de vista, da Jolene, há esse trecho: ?O George era apaixonado pela Fig. Dava para ver na cara dele, no modo como ele olhava pra ela, as coisas que ele aguentava?. Tipo, como assim? Do nada ele foi mencionado com provas de que ele esteve presente na vida deles, mas só nessa parte. Em outras, ele é esquecido. É contraditório, algo está errado. Teve alguns outros momentos em que eu achei que a história estava confusa e que não se completava, mas foi nesse, quase no final, que eu constatei que realmente as narrativas não batem.
Enfim, uma perda de tempo. Poderia ter sido muito bom se a autora narrasse algo em que a personagem maluca se dava bem no final, ou ainda que se dava mal e que era punida pela personagem boazinha, sei lá. Eu teria achado incrível essa coisa de enganar o leitor e no final revelar a verdadeira história, mas não foi assim. Uma pena, esse livro tinha um grande potencial, na minha opinião. Claro, eu não li a sinopse, não sei se as coisas das quais reclamei aqui já estavam explicitadas ou não, mas como eu não sabia nada antes de ler eu estou reclamando sim. Peguei ele num sebo e irei devolver ao mesmo sebo, pois não gostei meeeeesmo. Péssimo.