O Fundo é Apenas o Começo

O Fundo é Apenas o Começo Neal Shusterman
Brendan Shusterman




Resenhas - O Fundo é Apenas o Começo


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Aline Maia 07/02/2021

Um livro incrível
"Não faz sentido negar que coisas assim acontecem. Mas não vão acontecer hoje - e esse fato me proporciona um profundo conforto. Profundo o bastante para me levar até o dia de amanhã".

Mergulhar dentro da mente de Caden e aos poucos descobrir que está acontecendo foi uma experiencia incrível. Neal Shusterman nos transmite isso de forma tão sensível!

Quando estamos dentro do barco acompanhando toda a jornada de Caden é possível visualizar cada coisa: as pessoas, as imagens assustadoras que ele está vendo, as sensações, os sentimentos... é como se estívessesmos vendo um filme com imagens que evocam um certo deslumbre assustador, mas que também é fascinante.

O que mais me tocou lendo "o fundo é apenas o começo" é a sua mensagem de esperança real, sem romantizações. Um tipo de esperança que é possível e alcançável.
Quem luta com algum transtorno mental sabe o que é isso. Cada vez mais que aprendemos a viver com as nossas sombras, mais é possível se confortar e ver a possibilidade de chegar até o amanhã.
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Felipe Miranda 09/08/2018

O Fundo é Apenas o Começo - Neal Shusterman por @ohmydogestolcombigods
Esquizofrenia, bipolaridade, transtorno obsessivo-compulsivo ou depressão. Eu não consigo traçar um espaço-tempo em que tudo isso seja fácil de entender. Eu não tenho propriedade para falar sobre nada disso e acabo de ler um livro que me mostrou o quanto a mente humana é delicada. Frágil como a mais fina porcelana e resistente como uma fragata em alto mar. O que concluo depois de uma das histórias mais cruas, pesadas e necessárias que pude conhecer é que nossas vidas são como barcos de papel no meio do oceano, sempre à mercê dos bons ventos e da coragem de quem comanda a proa.

O Fundo é Apenas o Começo foi escrito por um pai que acompanhou de perto seu filho perder o controle da própria mente. Do juízo mesmo. Das percepções do que é real ou não. Do que dói ou não, do que é bom e ruim, do que é certo e errado. De uma hora para outra (?) o jovem Caden Bosch se vê internado num hospital psiquiátrico para tratar uma série de sintomas anormais para um adolescente de 15 anos.

Sendo curto e grosso, nosso protagonista consegue transformar o banal em algo extraordinário só que no sentido mais negativo possível. Um quadro na parede se transforma numa passagem para um mundo sanguinário, um corte superficial é tão fatal quanto um acidente de trem e reações exageradas parecem fazer parte de uma rotina perigosa para ele e todos ao seu redor. Ele surta, apaga, perde o controle e vive numa montanha russa. Há dias bons, dias difíceis e dias que parecem semanas.
Caden não confia em ninguém porque aos seus olhos todos se tornaram inimigos. Ninguém pode confiar em Caden porque ele simplesmente não distingue pensamento de vida real. É como se ele flutuasse em um sonho infinito. O que acompanhamos no livro de Neal Shusterman é o dia a dia de um indivíduo tentando vencer as próprias batalhas, lutas que envolvem todos ao seu redor.

Confesso que todo esse cenário poderia ser muito mais pesado nas páginas do livro, até porque estou falando de uma ficção que beira o confessional. Este livro foi possível graças a uma vivência de fato. Porém, Caden possui uma mente tão fértil que todos os seus problemas, ou a maioria deles, se passam a bordo de uma expedição. Ele caracterizou todos ao seu redor como integrantes de uma tripulação que viaja em alto mar rumo a um destino misterioso e pouco conhecido.
Sua rotina no hospital é narrada dentro dessa fantasia. Há um capitão-pirata de um olho só, um papagaio, tripulantes e monstros submarinos. Todos os desafios que podem ser enfrentados quando se navega num mar desconhecido estão lá, na mente de Caden. Parece simples e fácil de vislumbrar essa construção narrativa, mas acredite, é um pouco difícil acompanhar a rapidez das coisas. A mente de Caden corre na velocidade da luz. Suas ilusões e alucinações revelam segredos íntimos. Há muito nas entrelinhas e na poesia do autor.
É obscuro? É.
Lento em alguns momentos? Também.

E por tratar de um assunto que possui tantos desdobramentos (cada indivíduo é um mundo e, consequentemente, cada paciente também), a história é uma genuína aula. Somos apresentados ao jeito como Caden reage ao tratamento e também acompanhamos tudo que acontece ao seu redor. Sua família também sofre. Os meses que ele passa internado são uma provação para seus pais. Uma prova de amor. Tudo se adapta e sofre alterações por causa do que o garoto passa. É estupidamente forte ler sobre tudo isso. É sobre saúde e a falta dela. Sobre algo que ultrapassa os limites de estar bem. O que é estar bem? O que é a sã consciência e sua importância?

site: http://www.ohmydogestolcombigods.com.br/2018/08/o-fundo-e-apenas-o-comeco-discute-doencas-mentais-e-o-quao-delicada-e-a-mente-humana.html
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Eliz/@nossaliteratura 07/10/2018

Um livro sincero e importante
Confesso que as primeiras 50 páginas do livro seguiram lentas em minha leitura, não conseguia entender o ritmo, a variação de pessoa narrativa, ou para onde aquilo iria me levar. Sem ler nem ao menos a sinopse me arrisquei e, agora que escrevo essa resenha, sinto o quanto valeu a pena ter continuado.

Primeiramente destaco a escrita simples, – longe de ser simplista – direta e rica em detalhes que, às vezes, me fez reler alguns trechos para mergulhar nas figuras de linguagem que Caden Bosch, o adolescente de 15 anos e nosso personagem principal, tentava repassar. Somos conectados a ele.

Embarcamos na sua viagem em alto mar, com criaturas excêntricas que o fazem pensar ser o único ‘normal’ no navio. Um capitão e papagaio, ambos, sem um dos olhos, um zelador que passa íntimas lições de moral, cérebros selvagens correndo pelo navio e colegas de quarto que o fazem refletir sobre questões inimagináveis. No meio de todo esse tumulto, Caden apenas tenta seguir viagem para alcançar o tesouro buscado pelos marinheiros e sua tranquilidade.

O livro inteiro é uma viagem, – sem trocadilho medíocre – passamos pela infância e vamos até a adolescência de Caden, entramos em situações que nos levam a entender porque ele foi parar num navio em alto mar.

Durante toda a leitura tive a sensação de urgência, pressa, sentimento reforçado pelo tamanho curto dos capítulos que, inicialmente, me deixaram alheia à história. Me sentia incomodada.

Agora, após finalizada, vejo o quão importante foi sentir esse incômodo com a história, creio que foi isso que o autor quis nos passar. Trazer incômodos para nos tirar de uma zona de conforto carregada de preconceitos criados há séculos por gerações de pessoas que passaram pela mesma viagem a qual Caden é submetido.

Grifo: “As coisas que sinto não podem ser traduzidas em palavras, ou, se podem, são palavras numa língua que ninguém pode compreender. Minhas emoções têm o dom bíblico de falar em idiomas desconhecidos.”

site: https://nossaliteratura.wordpress.com/2018/07/03/resenha-o-fundo-e-apenas-o-comeco-de-neal-shusterman/
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Rita 21/10/2018

Significativo
É um livro intenso e, de certa forma, difícil demais de ler. Também é um livro importante e muito bem escrito. As doenças mentais ainda são tratadas de forma muito errada pelas pessoas: uns tratam com escárnio, outros com medo, outros com crueldade, outros com repugnância, outros com indiferença. Enfim, a completa falta de empatia pode surgir da ignorância, por isso livros como esse são essenciais para nos aproximarmos um pouco da realidade do outro. Nunca entenderemos por completo, pois mesmo passando por situações parecidas nenhuma é igual, mas respeitar e aceitar que existem essas realidades diferentes é o que precisamos para fazer desse mundo um lugar melhor para se viver.
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Gabre 25/10/2021

Caden Bosh e eu navegamos até o fim
Eu nunca vi a perspectiva da bipolaridade e outros transtornos representada de forma tão perfeita, e também não conseguiria explicar em palavras o sentimento que me causou.

Caden é um adolescente normal, até que ele começa a se sentir diferente, as vezes com um medo súbito, as vezes com uma energia impressionante para atravessar uma cidade a pé, as vezes com pensamentos fixos em coisas que só poderiam se passar em sua cabecinha.
Caden também vive em um navio, um lugar misterioso, com capitão mandão, um papagaio digno de desconfiança, tripulantes que não são tão estranhos quanto parecem, e acima de tudo um lugar de auto conhecimento

A vida nunca mais vai ser a mesma depois de viver um pouquinho com Caden, afinal, o fundo é apenas o começo.
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Ricc 03/05/2021

Sensível e tocante
Caden tem 15 anos, é um filho e aluno exemplar. De um tempo pra cá vem apresentando algumas mudanças de comportamento. Ele diz que está na equipe de corrida da escola, mas a verdade é que ele tem feito longas caminhadas, envolto em seus pensamentos.

Caden está a bordo de um navio rumo à Challenger Deep, uma depressão marinha conhecida como o lugar mais remoto da terra.

***CONTÉM SPOILERS***

A primeira impressão que temos ao iniciar a leitura é de que esse será apenas mais um livro de aventura juvenil. Mas essa é só a primeira impressão.

De um lado temos Caden em sua vida literal, do outro, Caden está a bordo de um navio. Intercalando entre capítulos ambas as perspectivas, somos imersos no universo de Caden. E então, podemos ter uma noção do quão complexo é a mente de quem possui algum transtorno mental.

A abordagem de Neal é perspicaz, tocante e sensível, repleta de analogias e metáforas. Em muitos momentos eu me vi emocionado, aflito, tocado e confuso, assim como Caden. Os conflitos e a linha entre realidade e imaginação é tênue. É difícil dimensionar o que é real e o que é fantástico.

Somos internados em uma Unidade de Psiquiatria junto com Caden. Sentimos seus temores, seu desespero. Também estamos a bordo do navio, rumando à Challenger Deep, questionando se devemos confiar no papagaio ou no capitão. E, paralelamente a isso, acompanhamos o drama de outros personagens, como Calíope e Hal.

Aprender um pouco mais sobre transtornos e doenças mentais foi muito importante, necessário. Não é uma ilusão, é real. Não é simples, é complexo.

Uma experiência única. A empatia é profunda.

***

UM RELATO PESSOAL...

Tenho um primo de 8 anos que está inserido no espectro autista. E, apesar dele possuir um diagnóstico diferente do de Caden (esquizofrenia), eu consegui enxergar muito melhor alguns traços, falas e comportamentos do meu primo. Acrescentou muito em minha vida.

Obrigado, Neal.

***

- Challenger Deep 1: as histórias de Calíope e Hal também me tocaram profundamente. A tentativa de suicídio me deixou angustiado e chorei.

- Challenger Deep 2: me coloquei no lugar dos pais de Caden em vários momentos e isso me fez refletir demais.

- Challenger Deep 3: Neal foi corajoso e sensível em expor algo tão pessoal de uma forma tão pública. Compartilhar sua experiência não deve ter sido fácil, mas foi um lindo gesto em busca de empatia. Fica aqui minha admiração.

- Challenger Deep 4: a evolução dos desenhos junto com a evolução do personagem foi algo tão sutil e inteligente. Brilhante!
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Nathalia 07/02/2021

Livro essencial a empatia
Li esse livro por causa da maratona literária de verão do canal GF. Não poderia agradecer mais. Uma leitura muito importante para nos colocar no lugar do outro, entender como é ter um transtorno psicológico. O início é bem confuso se você não souber disso, por isso já avisei para que vocês não abandonem no início por não entenderem o que está acontecendo. O autor foi absolutamente incrível em sua história. Recomendo fortemente, é incômoda, mas muito relevante. Quando terminarem, e não entenderem kkkk assistam a discussão do livro no canal do Victor Almeida, tivemos vários pontos abordados que clarearam as coisas.
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Francielle Braghiroli 29/01/2021

As águas profundas da mente..
Livro maravilhoso, envolvente, emocionante e incrível. Vale a pena a leitura com toda certeza.
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Yasmin.Fontes 07/08/2021

Genial
Primeiro, é uma história "baseada" em acontecimentos reais. Isso porque o filho do autor sofre do mesmo transtorno mental que o Caden, protagonista da história. O autor conta sobre o trabalho em conjunto que ele e seu filho tiveram para explorar esse mundo sombrio da mente humana.
O início é um tanto confuso e parece que não vai ser uma história que faça sentido. Mas continua a leitura, porque o final é tão perfeitamente genial que tudo - TUDO MESMO - se encaixa e faz muito sentido. Virou um dos meus livros favoritos e foi uma história que continuou na minha mente, de tão profunda que é.
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camilaxxx 26/09/2021

sem palavras
literalmente impecável, nada vai superar as trocas de cenários entre a realidade e a alucinação, como os dois na verdade estão interligados pelos personagens e como você sente todos os sentimentos, sentidos e pensamentos do Caden
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Sat 28/12/2020

Impressionante a maneira com a qual Neal Shusterman nos traz o interior de uma mente transtornada sem fazer tudo soar absolutamente (e somente) transtorno. Curioso, não? Neal conseguiu escrever sentido por entre cada delírio do protagonista, o que me encheu de satisfação ao ler porque, confesso, não suporto a loucura interminável descrita nos outros livros de personagens esquizofrênicos, em que as páginas são preenchidas com surtos e mais surtos que não vão a lugar nenhum no aspecto narrativo. E é exatamente essa construção impecável que diferencia "O fundo é apenas o começo" de "A menina submersa" e outros do gênero, revelando um brilho especial, que vale cada prêmio que essa obra recebeu.
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betina 07/12/2021

Obrigada Neal.
Segunda leitura e continua sendo um dos meus livros favoritos. Foi incrível acompanhar a jornada do Caden mais uma vez e sentir aquele quentinho no coração vendo o desenvolvimento dele. Leitura super importante e mais do que recomendada!
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manu ×× 20/01/2021

Se você pensa em abandonar esse livro no começo porque é confuso e não está entendendo nada, por favor, NÃO FAÇA ISSO. Cada detalhe que parece não fazer o menor sentido, faz sim, e descobrir como, é incrível. A jornada do Caden é fantástica e a nota do autor é de quebrar o coração.
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