Poly 24/08/2023
"Abra a porta", mas não todas
Vamos lá. Eu estava ansiosa por mais interações entre Zoya e Nikolai desde Crooked Kingdom e, de fato, eles são a melhor parte de King of Scars. A relação deles é uma mistura de companheirismo, sarcasmo e atração mútua, os diálogos são bons e divertidos e me deixavam sempre querendo mais.
Achei o desenvolvimento pessoal da Zoya muito bom, a história dela é muito legal, faz sentido com a personagem. O Nikolai também está bem, as histórias do passado dele são ótimas, as motivações... mas faltou um pouco de aprofundamento no que tange à maior preocupação dele nesse livro, que é salvar Ravka ao mesmo tempo em que lida com a escuridão dentro dele.
Outros personagens dão um tom a mais né, Genya, Tamar e Tolya, o Isaak na segunda metade do livro.
E aí chegamos ao arco da Nina. Gosto dela, mas o arco em Fjerda parece dispensável nesse livro. Desconectado com o resto da trama, parece um conto dentro de uma história maior. Fora o momento que ela enterra o Matthias (muito comovente), eu não via a hora dos capítulos dela terminarem para que eu pudesse voltar à Zoya e Nikolai.
Quanto ao final, gostaria que fosse diferente. Teria sido melhor focar nas questões políticas e nas lutas pessoais do Nikolai, novos pontos de vista e novos problemas, em vez de ressuscitar questões que já haviam sido superadas. Ao contrário do que foi ensinado aos personagens, algumas portas precisam continuar fechadas.