Aisha Andris @AishandoBooks 12/05/2023
Nossa fofoqueira preferida volta a ter voz
“Nada Escapa a Lady Whistledown” se passa em 1814, numa inesperada temporada de inverno, quando o Tâmisa congela, o que atrai todo mundo para Londres.
O primeiro conto se chama “Um Amor Verdadeiro” e foi escrito pela Suzanne Enoch, traz a história de uma jovem que está prometida em casamento desde criança, mas o homem com quem deveria se casar nunca veio sequer fazer uma visita. Ela não tem nenhuma objeção, já que não tem o menor desejo de se casar. Só que as coisas mudam quando ela aparece no jornal da Lady Whistledown fazendo “anjinhos na neve” com outro homem e desperta o ciúme do seu noivo, que vem a Londres decidido a reivindicar o que lhe pertence. Ele só não contava com a atração irresistível que sentiria por sua esquiva noiva e com a forte personalidade dela. Agora ele está decidido a conquistá-la de qualquer maneira e convencê-la de que os dois foram feitos um para o outro. Achei a história boa, mas teria sido bem melhor se a autora tivesse explorado mais o “enemies to lovers”, que é o forte dela. Esse conto fica com o posto de mais fraquinho do livro.
O segundo conto se chama “Dois Corações” e foi escrito pela Karen Hawkins, traz um “friends to lovers” delicinha entre uma dama que ficou órfã muito cedo e herdou uma grande fortuna, o que permitiu que conquistasse sua independência e decidisse se manter solteira em vez de entregar o controle da sua vida a um marido, como as demais mulheres de sua época, e o irmão da melhor amiga dela, de quem se tornou extremamente próxima. Após anos vivendo sozinha, ela começa a considerar o casamento com um certo cavalheiro. E adivinhem o que acontece: seu grande amigo começa a sentir ciúmes e a procurar um monte de defeitos em seu, talvez, futuro noivo. Achei a história bem divertida e gostosa de ler, gostei muito. Pensem num mocinho libertino, mas lerdo, que só percebe que gosta da mocinha aos 45 do segundo tempo. Já a mocinha tem o estilo de se vestir meio Porcina e, ainda por cima, é dona de um macaco. Amei isso!
O terceiro conto, escrito pela Mia Ryan, se chama “Uma Dúzia de Beijos” e foi o meu preferido do livro. Aqui a gente acompanha a história da filha de um marquês que foi expulsa de casa com a mãe pelo primo distante que herdou o título do pai dela, o que obviamente não a torna muita fã desse homem. Ele aparece na cidade pela primeira vez após cinco anos, e sua beleza chama a atenção da mocinha, mas assim que descobre quem ele é, obviamente o interesse dá lugar ao rancor… ou quase. E para piorar as coisas, o marquês tem um comportamento odioso toda vez que se aproxima dela. Sabe a parte engraçada disso tudo? É que o coitado já está completamente rendido pela mocinha, tentando se aproximar dela de todas as formas, mas só dá bola fora devido a um tiro que tomou na cabeça em meio à guerra e deixou algumas sequelas, entre elas não conseguir expressar direito o que está querendo dizer. É triste, mas engraçado ao mesmo tempo e rendeu meu tipo favorito de “enemies to lovers”, que é quando a mocinha tá no enemies e o mocinho, no lovers. E bom, gente, eu simplesmente amei tudo sobre esta história, é linda demais! O único defeito mesmo é ser conto e não um romance, queria mais umas 300 páginas desse casal. É uma pena que não tenha nenhum livro dela publicado aqui no Brasil, porque fiquei com muita vontade de ler, tenho certeza de que seria maravilhoso.
O quarto e último conto foi escrito pela Julia Quinn e se chama “Trinta e Seis Cartões de Amor”. Aqui a gente acompanha a história de uma jovem que foi cortejada a temporada inteira por um cavalheiro que acabou se casando com outra depois, o que obviamente não fez bem ao coração e ao orgulho dela, porém, seis meses depois, ela acaba chamando a atenção do irmão mais velho do mesmo cavalheiro que a desdenhou. E pensem no glow up, já que esse homem é nada mais, nada menos que um fucking conde! E além de conde, ainda é lindo, gostoso, charmoso, cadelinha, eu me apaixonei por ele ao mesmo tempo que a mocinha. Conto perfeito, quase tão bom quanto “Uma Dúzia de Beijos”. E esse tem epílogo, ou seja, a Julia Quinn entregou tudo.
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